P.O.V Frisk
Sans nos teleportou para a parte de cima do monte Ebott, quando chegamos lá demoramos um pouco para soltarmos as nossas mãos. Aquela sensação era tão boa! Eu poderia ficar assim horas e horas.
Eu resolvi pular primeiro, Sans poderia teleportar lá pra baixo, mas eu ainda teria a cama de flores douradas. Tomando fôlego, dei um passo a frente e pulei. Estava tão acostumada com a queda que quando eu não pousei na famosa cama, gritei.
-Kyaaaaaa!- Olhei para o lado, para saber o porquê de não ter aterrissado nas flores, mas quando notei, eu não estava no chão. Eu estava nos braços de Sans, estilo “noiva”.
-Kiddo, se for assim nunca mais te ajudo a pousar- O esqueleto me jogou no chão, bufei de indignação.
-Eu não reclamei!- E saí andando pela frente de Sans, indo até a casa de Chara.
Chegando lá, aproveitei que o esqueleto estava um pouco mais distante que eu, entrei na casa, sem bater nem nada. Meu plano era fazer uma surpresa para os irmãos Dreemurr. Comecei a andar distraidamente pela sala, admirando os detalhes daquela bela casa. Mesmo mais velha e habitada por dois irmãos que provavelmente a limpavam bem pouco, ela ainda tinha o seu brilho. As paredes daquele tom bege-claro, as estantes de livros- agora sem livros- marrom, as plantas, que milagrosamente ainda estavam vivas e tudo.
Me dirigi até a sala de estar/jantar, queria esperar lá. Quando estava entrando na sala, Sans apareceu.
-Ai!- Reclamei, me recuperando do susto- Não faça isso comigo!
-Isso- Falou Sans, olhando nos meus olhos- É por ter fugido
E me jogou na poltrona, me encarando com suas orbes escuras. E foi chegando mais perto e mais perto até que…
-Hey!- Falou Chara, notando que nós estávamos ali. Nós coramos intensamente, eu em vermelho, ele em azul.
-Oi, Chara!- Levantei num pulo e dei um abraço nele. Chara encarou Sans, ódio no olhar. Aquilo estava tenso, então eu disse que faria um chá de flores douradas para quebrar o gelo.
-É… Bem, eu vou fazer chá para nós. Assim eu conto o quê viemos fazer aqui.
-Claro- Respondeu Chara, me encarando nos olhos com um sorriso.
-Não demore- Disse por fim, Sans.
Me encaminhei até a cozinha, peguei a chaleira e pus a água para ferver, enquanto pegava uma bandeja, xícaras, pratos, talheres, açúcar e procurava as pétalas de flores e, talvez, uma torta de canela-caramelo. Achando tudo do que precisava, cantarolei uma canção que me entrava pela cabeça.
Ouvi um barulho agudo, o chá estava pronto. Arrumando tudo na bandeja, me encaminhei com tudo até a sala. Chegando lá, Chara estava com a alma azul, sendo arremessado no chão por uma aura azul. Subitamente, o humano se levantou, sacou a faca (N/A não sei de onde ele sacou essa faca) e avançou até o esqueleto, que desviou. Percebi que Sans cantava uma música:
Vá em frente e tente se acha que
Vai vencer
Já percebeu que não terei pena de você
Acha que pode pensar que irá me poupar?
Você quer a Kiddo e eu
Não vou te dar...
(N/A: Parodiei, sim. Se reclamar faço um cap só pra por essa música.)
E Chara também cantava, eram dois homens, brigando sem motivo.
Vá em frente e use sua habilidade
E me mate ilusionando a realidade
Pode ficar esperando paciente
Mas minha DETERMINAÇÃO é resistente
Sou a pessoa em quem ela vai contar
Que Frisk nunca deixará pra trás…
E então, como um raio, um osso no qual Chara desviou veio até mim, perfurando o meu peito.
GAME OVER
Isso não pode acabar assim… Frisk! Tenha determinação
Voltei ao meu save, na frente da casa de Toriel. Entrei na casa, fui até a sala de estar e gritei para os dois:
-Olha só! Já deu, não é?
-Ainda bem que você tem o save para salvar a sua pele- Disse Chara, sorrindo docilmente.
-Graças a Asgore, né?- Apoiou Sans
-Vou fazer o chá, novamente. E acho que devíamos chamar Flowey, mas provavelmente ele já notou que o mundo resetou.
Me dirigi a cozinha e fiz tudo de novo. Voltando até a sala, todos estavam sentados na mesa. Dei a volta, coloquei a mesa e sentei no meio de Sans e Chara, com Flowey na frente do mesmo. Me esqueci que Flowey provavelmente não tomaria o chá de flores douradas, seria “canibalismo”.
-Bem, devem estar se perguntando o por que de estarmos aqui.- Comecei
-E como!- Concordou Chara.
-Quero saber do por que de eu ter sentido que o mundo resetou.- Flowey sendo Flowey.
-Kiddo, é melhor você começar.
-É-é...- Comecei, nervosa – Estamos oferecendo para os dois- apontei para eles- Uma casa e estudo na superfície. E para Flowey, uma oportunidade de voltar a ser Asriel.
Vi os olhos de Flowey brilhar, mas, espera…
-Eu não tenho alma- Flowey completou
-Podemos criar uma para você. E, bem, nas primeiras semanas vocês vão ficar numa casa alugada, quando Flowey virar Asriel, vocês ficaram conosco, na nossa casa.
-Frisk, eu acho que não…- Começou Chara
-Por favor, Charazinho!- Chamei-o pelo apelido, o que fez ele corar.
-Tudo por você e por Flowey.- Concordou, ouvi Sans bufar.
-Bem, vou ajudar vocês a fazer a mala.
-Mas já?- Admirou-se Flowey- Achei que era só daqui a alguns dias ou sei lá.
-É agora- Disse rápido- Vamos lá!
Peguei Flowey e sai pelo corredor até o quarto deles. Chegando lá, entrei com ele no quarto e esperei Chara chegar, pegando as malas deles.
-Apressada você, não, Frisk?- Comentou Chara, fechando a porta- Assim vou pensar que você nos quer lá encima logo.
-Seu idiota- Respondeu Flowey
-Mas está certo de qualquer jeito.- Disse olhando nos olhos vermelhos do humano- Quero vocês lá comigo.
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