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História How To Love a Little Girl - 16


Escrita por: featliam

Notas do Autor


Oee. Tudo bom?
Mais um cap, espero que gooostem!
MUITO OBRIGADA POR TODO O CARINHO PELA FIC! Mesmooo, amo vcs <3
Me desculpem a demora e, bem, esse também não ficou mto legal. Espero que gostem.
Me desculpem algum erro e boa leitura.
Beijos,
Lo

Capítulo 17 - 16


Quando Aria acordou, a noite já se mostrava presente pela janela. Ela bocejou e jogou a coberta para o lado, se sentando lentamente. Suas quase costas doeram, a dor que sentia agora não era comparada a dor que sentiu quando sofreu a pancada. Espreguiçando os braços, ela ficou de pé e estralou o pescoço travado.

Do outro lado do sofá, Liam dormia tranquilamente – depois de mais uma noite vendo filme juntos. Os traços estavam calmos e relaxados. Aria parou para pensar a última vez que tinha visto o irmão dormir daquela maneira, calmo e sereno, e sua resposta foi indefinida. Ela não sabia quando tinha sido a última vez. Talvez um pouco antes de tudo dar errado com a gravadora. Ou talvez antes de ter acabado com a banda.

Ela jogou a coberta sobre ele e foi em direção a cozinha. Já estava em casa descansando fazia três dias. Tinha ligado para Niall, falando que não podia ir trabalhar naquela semana, e depois de ouvir mil e um xingamentos, ele acabou concordando com os seus problemas. Aria estava um pouco aflita... Deixar o Niall o dia inteiro sozinho com a bebê? Bom, ela sabia que lá no fundo ele se preocupava... Beeeeeem lá no fundo.

Era uma sexta-feira e o médico disse que no fim da semana ela já poderia voltar para a escola. Claro que ela não queria ir, mas Liam já deu um sermão tenso nela, falando que ela estava faltando demais e que ele já tinha recebido algumas ligações que reclamavam do seu desempenho na escola, ou seja, tentar faltar o mínimo possível, e como o irmão parecia estar infeliz com tudo, decidiu fingir que escutara ele uma vez e que iria para a escola naquele dia.

O relógio na cozinha marcava seis da manhã. Aria tomou um gole de água para engolir um comprimido para a dor e foi para seu quarto. Ela tomou um banho rápido, vestiu um uniforme limpo e arrumou o material para o dia. Desceu as escadas, deixou uma mensagem para Liam e foi para a cozinha, pegando algo para comer e seguindo para a garagem.

Não estava a fim de andar, então pegou um dos carros do irmão e foi para a escola. Chegando lá, ela estacionou o carro perto da entrada e respirou fundo antes de sair, pisando no gramando perfeitamente aparado e de uma cor verde bem saudável. Aria arrumou a mochila sobre as costas de uma maneira que não forçasse sua coluna e seguiu para o campus da escola.

Como sempre, havia um mundo de alunos uniformizados para lá e para cá, apenas esperando que desse o horário de entrada para fingirem ir estudar.

Eventualmente, sentiu uma sensação estranha, uma coceira na orelha, aquela sensação que você tem quando parece que está sendo observada, então, o mais discreta possível, Aria virou a cabeça, encontrando com os olhos um grupo de meninas qualquer que estavam com os olhos fixados nela, como se ela fosse apenas mais uma presa para seu bando.

Aria desviou o olhar e continuou andando em direção ao condomínio. No entanto, podia até ser impressão, mas durante sua pequena caminhada, percebeu mais olhares em sua direção. Será que estava com a blusa do uniforme do avesso? Não... Não estava do avenço, às vezes deveria ter alguma coisa nos dentes... Ou estava descabelada.

Quando passou pela porta para entrar no corredor, avistou Mia retirando algumas coisas de dentro do armário.

- Tem alguma coisa nos meus dentes?? – perguntou à amiga assim que se aproximou dela – Hein? – Aria abriu um grande sorriso.

Mia, depois de ter pulado de susto, analisou os dentes da amiga.

- Primeiro. Oi! Você voltou, como está? Segundo. Não, não tem nada nos seus dentes, Aria. Por que quer saber?

- Senti muitos olhares em mim desde que cheguei. – ela levantou os braços para chegar o cecê – Também não estou fedendo.

- Ás vezes eles sabem que agora está solteira e estão te analisando para cair em cima. – Mia fechou o armário.

- Então essa escola deve ter muitas lésbicas. – disse Aria, o coração doendo após ter ouvido as palavras de Mia – E obrigada por me lembrar que estou solteira.

- Ah, sinto muito, Aria. Não queria te deixar mal... É que tudo isso ainda não parece verdade para mim. Nunca imaginei que Christina faria uma coisa dessas, ela sempre foi uma boa amiga... Contar para Tyler não era tarefa de ninguém mais além de sua.

- Mia, podemos falar de outra coisa? Não quero falar sobre isso.

- Tudo bem. Quer falar sobre como está sua coluna?

- Melhor. Bem melhor, ainda dói um pouco, mas os remédios ajudaram bastante.

As duas começaram a andar em direção a sala de biologia.

- E seu irmão?

- Cansado e frustrado. Como sempre. Estou pensando em voltar no museu e conversar com Zayn hoje de novo.

- Aria! Zayn não quer conversar com você, ele deixou isso bem claro.

- Mas eu quero conversar com ele. E eu não desisto até conseguir o que quero.

Ambas passaram pela porta da sala número 7. A sala era uma sala comum, repleta de carteiras, uma lousa e coisas escritas pela parede. No entanto, diferente do habitual, naquele dia, as carteiras estavam todas vazias e em vez te terem aqueles cartazes de alta ajuda grampeados pela parede, várias folhas sulfites com textos escritos haviam tomado seus lugares. Aria puxou um da parede e leu as letras graúdas da notícia que parecia ter sido copiada na Internet.

“Confirmado! Fontes dizem que a Garota Misteriosa é na verdade Aria Payne”.

Logo abaixo tinha uma foto dela saindo do carro de Niall no dia em que machucou as costas e ele a levou para sua casa.

- Oh-ou. Isso não parece bom. – disse Mia ao lado da amiga.

Aria, ainda atordoada, saiu da sala, dando de cara com vários armários repletos das mesmas folhas.  Mais folhas. Por que tinha mais folhas? Ela correu até os armários e começou a arrancar as notícias dali. Mia sacou tudo e foi ajuda-la, achando mais um ponto acumulado com aquelas folhas do outro lado do corredor... E outro mais para frente... E mais um perto da entrada, todos cujo elas não tinha reparado.

- Está na escola inteira??? – perguntou Mia, arrancando mais alguns. 

- E-eu... Eu não sei! – respondeu Aria, ignorando todos os olhares em sua volta – Droga, Mia! Quem fez isso??

Mia abriu a boca, mas a fechou logo em seguida. Aria entendeu de primeira. 

- Não. – Aria negou – Ela não teria feito isso!!

Sem nem ouvir mais alguma coisa, Aria se virou e correu para o segundo andar. Mia saiu correndo atrás dela pelas escadas, tentando impedir que a amiga fizesse o que pensava o que iria fazer. Tudo o que menos precisava era de mais uma encrenca.

- Aria! Aria, espere!

Mas Aria nem escutou, ela foi até aquele armário que já conhecia de cor e viu Christina parada, pegando os livros e os colocando na bolsa. Os pés de Aria aceleraram e ela agarrou o braço da garota, puxando-a para o lado perto de uma sala qualquer. Christina levou um susto e ao ver quem havia a puxado, fez uma cara de desgosto totalmente nojenta.

- Não pensei que fosse tão baixa, Christina! – falou Aria, enfiando um dos papéis que tinha arrancado da parede na cara dela – Por que fez isso?

- Eu não fiz isso, sua tonta.

- É claro que foi! Ninguém mais sabia que eu estava indo para a casa do Niall! Droga, Christina! Sei que está com raiva, mas precisava chegar a esse ponto?

- Por acaso está surda? Já falei que não fiz isso! Mas agora eu sei que você já tinha contato para outra pessoa que não fosse eu. Bom saber que pra você eu seria a última a saber de tudo. – ela arrancou o papel da minha mão e o amaçou.

- Será que dá pra parar de se fazer de coitada? Isso está me dando nos nervos!!

- Meninas... – Mia tentou acalma-las, mas nem foi ouvida.

- Eu? Coitada? Você fica falando essas coisinhas de que é complicado e que não pode falar nada e eu me faço de coitada?

- Sim! Você! Está agindo como uma criança agiria!

- Eu...

- Ora, ora, ora.... Se não são as melhores amigas para sempre finalmente brigando. – Kyle brotou ao lado das duas. Ela mordeu a unha grande e vermelha, fazendo uma cara maléfica.

Era só o que me faltava, pensou Aria.

- Vai embora, Kyle! Isso não é com você. – disse Aria.

- Ah... Pobre e burrinha, Payne. Acha que eu sou idiota ou o quê? Quem você acha que espalhou tudo isso pela escola? – ela sorriu, extremamente orgulhosa.

Aria sentiu como se tivesse levado um tiro na cabeça.

- Você fez isso? P... Por quê? Como... Como sabia disso?

- Dã. Quem você acha que mandou os fotógrafos ir atrás de você toda a semana passada. Eu, né? Quem mais teria essa ótima e incrível ideia? – ela jogou os cabelos para trás – Agora, veja você. Está sem amigos, sem namorado e quem sabe não estará sem irmão também. Do jeito que eu queria que você estivesse.

- Por que fez isso? Por que você me odeia tanto? – Aria estava a ponto de socar alguém.

- Porque é isso o que eu faço. Infernizo a vida das pessoas, como diversão.

- Você é doente. – disse Mia, tão irritada quando Aria.

- Olha, eu pensei que só teríamos uma única manchete dessa garota invadindo a casa dele, mas não foi plano meu fazê-la ir visita-lo todos os dias. Isso foi por conta própria, Aria.

Aquilo era... Cruel!! Muito cruel! Kyle deveria ter algum problema sério, porque não era possível.

Aria estava enjoada. Queria vomitar. Mais do que nunca, sentiu mais olhares em sua direção. Ela olhou para o lado e concidentemente viu Tyler parado do outro lado do corredor, encarando-a com dor nos olhos. Mais um tiro pareceu ter perfurado seu coração.

Sem dar explicações, ela desceu as escadas com pressa e saiu da escola rapidamente. Quando entrou em seu carro, ela pegou o celular e digitou “Niall Horan” nas notícias. Links publicados há poucas horas mostravam seu nome. Aria Payne. Aria Payne. Aria Payne e Niall Horan.

Discou o número já começava a ser familiar e levou o aparelho até a orelha.

- Aria? – Niall atendeu no primeiro toque.

Ele vai acabar comigo, pensou ela.

- Niall. – ela respirou fundo – Temos um problema.

A linha ficou muda do outro lado por alguns segundos.

- Eu sei.

ღღღღღ

Niall acordou naquela manhã com seu telefone tocando. Ele tateou o criado mudo e encontrou o celular, atendendo com todo o seu mau humor matinal.

- Que é?

- Horan! Posso saber onde você está? – escutou uma voz grossa e irritada do outro lado da linha.

Bufou.

- Eu estava dormindo, Biff. – ele resmungou – O que quer?

- O que quero? Esqueceu que tem uma carreira? Um emprego? Você já desmarcou ontem com a entrevista na rádio. Você não pode simplesmente cancelar hoje. Niall! É a Ellen! Não se falta no programa dela.

Niall se sentou, esfregando os olhos. Tinha se esquecido que naquela sexta ele iria encontrar a Ellen, aqui em Londres, para uma entrevista especial com ele. Merda.

- Merda, Biff... – ele resmungou – Será que não podemos mudar para semana que vem?

- Semana que vem? Acha que ela estará aqui semana que vem? Olha, aqui, estrelinha, você anda muito abusado ultimamente! Escute só, ou você aparece onde você tem que aparecer, ou eu simplesmente demito você. Entendido?

- Você não pode me demitir! O que acha que fariam com você se me demitisse?

- Não sei, mas se você não chegar no estúdio às oito, nós iremos descobrir.

E assim, Biff desligou na cara de Niall.

- Filho de uma puta.

Niall jogou o celular na cama e se levantou. O relógio marcava sete e meia da manhã. Não conseguiria chegar a tempo nem voando. Por culpa das costas da Aria, ele teve que ficar com o bebê em casa. Não podia largar Haley sozinha e não podia chamar outra pessoa para cuidar dela, então, teve que inventar desculpas naqueles dias, dizendo que estava doente, com dissentiria, e coisas do tipo.

Só que Biff parecia estar falando sério quando disse que podia demiti-lo.

E era o programa da Ellen. Não podia faltar no programa da Ellen! Quem recusava a Ellen? NINGUÉM!

Bebê ou Ellen?

- Não acredito... – ele passou a mão pelo rosto – Vou me arrepender.

Niall vestiu uma roupa qualquer em segundos recordes. Vestiu os tênis, enquanto pulava para o corredor e simplesmente arrancava Haley do berço, acordando-a no ato. A choradeira começou, mas Niall decidiu simplesmente ignorar. Precisava se apressar. Ele desceu pela escada e pegou alguma coisa comestível na geladeira para ele, e uma mamadeira para Haley.

Arrumou-a no seu colo e foi para o lado de fora, colocando-a no porta-bebê, ou seja lá como aquilo chamava. Deu a volta, entrando no carro e dando partida, segundos depois, ele já estava saindo da casa e indo para o endereço salvo no celular.

Haley berrava no banco de trás e Niall se sentiu mal por tê-la acordado daquela maneira. Pobrezinha, devia ter ficado muito assustada.

- Calma, Haley, tá tudo bem. – ele olhou para ela ao parar no farol – Calma. Quer que eu cante? – ele se virou para frente, continuando seu caminho – Vou cantar para você, sei que você gosta.

O restante do caminho foi feito com Niall cantando músicas aleatórias. Quando ele começou a cantar I Won’t Give Up, Haley foi se acalmando até parar de chorar no final da música, e foi exatamente no momento em que ele chegou no local marcado.

Duas dúzias de fotógrafos pularam em seu carro e ele xingou com todas as suas forças. Por que tinha que ter fotógrafos em todo o lugar?

Ele com certeza se arrependeria disso.

Niall esperou um segurança aparecer e abrir a porta do carro para ele. O segurança já estava o puxando para o outro lado – e Niall estava quase indo, mas sua consciência falou mais alto – mas ele desviou e foi até a porta traseira, tirando Haley de lá de dentro. Quando se virou, os flashes pareceram triplicar. Sentiu seus olhos serem preenchidos por pontos brancos e ouviu o começo de choro de Haley. Por extinto, ele automaticamente, escondeu o rosto da bebê com a mão e andou em direção a entrada do estúdio, a cabeça baixa até atravessar a porta e se livrar de todos aqueles flashes.

Tirou a mão do rosto de Haley e viu seus olhinhos azuis arregalados, assustados, prestes a chorar novamente. Se sentiu ainda mais mal. Se ele que era um adulto não suportava aquilo, imagine ela. Tentou acalmá-la novamente, mas em vez de cantar, encostou sua mão no rostinho dela, limpando uma lágrima com o dedo e acariciando a bochecha dela de leve. Haley foi ficando mais tranquila e calma, deixando aquela expressão tensa e de pré-choro ir embora.

Niall sorriu, fitando os olhos azuis de Haley. Passar dois três dias sozinho com aquele anão de jardim não foi fácil, pelo contrário, foi extremamente difícil – e irritante em vários aspectos – mas, por mais que não quisesse admitir, Niall havia gostado. Foi como se tivesse tido três dias de um cara normal. E pela primeira vez em duas semanas, não estava se importando com o que iria sair nas revistas.

- Horan! – escutou seu nome ser chamado e despertou, olhando para cima – O Horan chegou! – uma mulher baixinha com coisas penduradas na orelha começou a gritar e, logo, uma equipe enorme já estava em cima dele, arrastando-o para um lugar qualquer, fazendo maquiagens, perguntando sobre o bebê, comentando sobre o roteiro da Ellen.

Só que Niall mal conseguia prestar atenção, eram muitas coisas em sua cabeça de uma vez.

- Certo, Sr. Horan, vai precisar entrar daqui a pouco, em dê o bebê, por favor. – a mesma mulher de antes começou a tirar Haley do seu colo.

- Ei! O que pensa que está fazendo? – perguntou ele, se surpreendendo mais do qualquer outro ali – Quer dizer, rum, pra onde vai levar ela?

- Eu segurarei ela para o senhor. – respondeu a mulher, mal humorada – Anda logo! Você entra daqui a pouco! É o próximo convidado.

- Tá, tá. – ele se levantou – Tem uma bolsa no meu carro com mamadeira. Mande alguém buscar e dê pra ela.

- Tá legal.

- E segure ela direito.

- Tá, senhor! Ande, eu cuidarei bem da sua filha.

Niall parou. Parou de falar, de andar e parou para pensar no que estava fazendo. Ele estava mesmo se importando com ela. Estava mesmo preocupado com uma criaturinha insuportável que iria embora daqui duas semanas. Não! Não mesmo que ele iria se apegar a ela! Distancia dessa garota! Culpa da Aria! Droga, Aria, droga.

- Ela não é minha filha.


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!
Até segunda!


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