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História How To Love a Little Girl - 23


Escrita por: featliam

Notas do Autor


Oiiiie pessu. Tudo bom?
EEEEEI AMORES, muito obrigada pelos comentários lindos maravilhoso, favs e visus <333333333333 mesmoo, serio mto mto mto obrigada, de core!
Eu espero que gostem desse cap!!
Boa leitura e me desculpem algum erro.
Até segunda <3
Beijos,
Lo.

Capítulo 24 - 23


Aria observou o mapa em mãos mais uma vez. Ela fitou aquelas linhas coloridas e confusas e cruzou o corredor lotado até o final, se deparando com nada mais além de uma parede. Ela bufou, amaçando o mapa com força e o jogando no chão. Por que não conseguia simplesmente se concentrar? Nem um mapa conseguia ler.

Calma, Aria, hoje é seu grande dia, mantenha a calma; pensou ela.

Olhou para o relógio pelo oitava vez em um minuto. Os ponteiros marcavam três e meia da tarde, o que significava que ela ainda tinha tempo, mas do jeito que andava, era capaz de chegar atrasada. A mulher da secretaria dissera que o anfiteatro ficava no último andar ao lado de uma praça de alimentação gigantesca. Aria tinha encontrado a praça de alimentação, mas nada de teatro.

- Er, com licença. – ela abordou um cara que passava ao lado dela – Poderia me dizer onde fica o anfiteatro?

O rapaz parou de andar e de falar com mais quatro pessoas que pararam com ele. Ele levantou os olhos castanhos para ela, secando-a dos pés a cabeça, e sorriu, passando os livros do braço direito para o esquerdo.

- Você deve ter vindo fazer teste para a bolsa. – disse ele.

- Sim! – Aria sorriu, arrumando a bolsa sobre o ombro – Será que você...?

- Está vendo aquela porta ali? – ele apontou para uma porta pequena ao lado de uma janela gigante de chique. – É a porta dos fundos do teatro.

A menina atrás dele escondeu a boca na mão e se virou para sua amiga ao seu lado. Aria apenas ignorou, estava atrasada demais para se importar com outra coisa.

- Muito obrigada! – Aria sorriu para ele.

Ela se virou e foi na direção da porta. Ela abriu a maçaneta e entrou, tropeçando em algo bem a sua frente. Aria foi parar no chão e como se não bastasse, sentiu algo molhado se espalhar pelo seu jeans novinho. Ela se sentou, olhando em volta e não encontrando um anfiteatro.

- Um armário de vassouras? – resmungou para si mesma – Malditos estudantes metidos a besta que não respeitam um aluno do colegial.

Ela se levantou e saiu do armário de vassouras. Tinham duas manchas enormes em sua calça na região da cocha, uma de cada lado.

Na hora que entrou no armário, tinha tropeçado em um balde cheio de um líquido fedorento e estranho. Agora além de molhada, estava fedida. Ótimo jeito de fazer o teste da sua vida! Nada como aparecer naquele jeito, não? Aquele dia estava sendo um dia e tanto.

Ela abriu sua bolsa e tirou o celular lá de dentro, pensando seriamente em ligar para Niall e pedir para ele trazer uma outra calça para ela, mas Aria parou no momento que iria discar o número. Não sabia se conseguiria falar com ele depois de tê-lo, ou melhor, ele tê-la beijado. Estava envergonhada! Sim, envergonhada! Mesmo que aquele beijo tenha sido O beijo, não fazia parte de seus planos. Ela não via Niall daquele jeito... Bom, não até ele ter chegado com aquela boca maravilhosa e ter feito mágicas apenas encostando sua mão em sua cintura. E que pegada. Ela adoraria beijá-lo de novo.

- Não! – falou para si mesma, mais alto que o normal, trazendo a atenção de alguns estudantes que estavam por perto – Desculpe. – sorriu sem graça.

Agora além de molhada e fedida, ela também era louca.

Respirando fundo, Aria guardou o celular na bolsa, deixando sua ideia de lado. Nem daria tempo de ele trazer outra calça mesmo.

Liam estava dormindo na cama de Niall – mesmo sem ter permissão – quando um barulho ensurdecedor o fez acordar assustado. Ele sentou no sofá e olhou para os lados, meio confuso. Seu olhar foi entrando em foco e conforme as batidas de seu coração se acalmavam, ele concluiu que era apenas Haley chorando.

Ele se levantou, espreguiçando os braços e indo até a bebê chorando no chiqueirinho no canto da sala.

- Ei, garotinha, tá tudo bem, não precisa chorar.

Liam a pegou no colo e começou a balança-la de um lado para o outro, tentado fazer com que ela parasse de chorar. O problema era que nunca tivera jeito com crianças, nem mesmo quando Aria era pequena, então fazer Haley parar de chorar seria um pouco complicado.

- Olha o bichinho. – ele pegou um bichinho de pelúcia jogado no chão. Era uma joaninha azul gigante – Olha que bonitinho. Oiii, sou o Sr. Joaninha. – ele colocou a joaninha no rosto e fez uma vez fina de quando vamos falar com animais ou bebês, no caso.

Lógico que Haley não parou de chorar, aquilo era mais assustador do que fofo, ou engraçado, ou seja lá qual impressão ele queria passar fazendo aquela... coisa.

Aqueles seriam longos dias.

Quando Aria achou a porta do anfiteatro, já tinham se passado dez minutos desde seu tombo no armário de vassouras. Tinha uma placa enorme em cima da porta escrita “ANFITEATRO” e a porta ainda estava aberta, ou seja, dava para ver um monte de poltronas vermelhas espalhadas por um salão gigante.

Ela entrou finalmente no anfiteatro e olhou em volta enquanto descia para as primeiras fileiras onde algumas pessoas estavam sentadas. Era como um verdadeiro e respeitado teatro, com milhares de assentos espalhados em três andares, camarotes nas laterais e um palco gigantesco bem na frente. E para ficar ainda mais maravilhoso, tinha um lustre enorme e dourado no teto, iluminando o teatro com a ajuda de algumas lamparinas da mesma cor espalhadas pelas paredes.

Aria não conseguiu conter um suspiro. Imaginou-se se apresentando naquele palco e depois conseguindo papéis em filmes dignos de Oscar. Conseguiu até esquecer por um segundo sobre seu beijo com o Niall... Mas aí lembrou por ter pensado que tinha esquecido, então não conta mais.

Ela desceu os degraus cobertos pelo impecável carpete vermelho e se sentou em uma poltrona na ponta da primeira fileira ao lado de um garoto que mexia no celular. Ela deixou a bolsa sobre a perna, querendo disfarçar o molhado em suas chochas e tentou permanecer calma até alguém aparecer e começar os testes.

Ela pegou o celular e apertou o botão para checar as horas, aproveitou para ver se tinha alguma mensagem ou alguma ligação perdida. Não que ela esperasse que Niall mandasse alguma coisa para ela, não mesmo... Por que ele interromperia seu sono para levantar da cama macia e quente e lhe desejar uma boa sorte no teste depois de tê-la beijado com aquela boca linda e perfeita? Puf, bobagem, é claro que ele não faria isso.

Ela suspirou. Era óbvio que ele não faria isso, era do Niall. Era apenas o Niall.

Suspirou mais uma vez, tacando o celular na bolsa.

- Esperando alguma ligação importante? – disse o garoto do lado dela.

Aria levantou o olhar para ele, um pouco surpresa de ele estar tentando puxar assunto. Ele tinha o rosto magro, barba sem fazer por uns dias, um cabelo meio loiro meio ruivo, era difícil definir. E para completar aquela cachoeira de beleza, ele tinha olhos verdes claríssimos, chegavam a ser quase transparentes.

Ele também era cheiroso. Cheiroso como o Niall.

- Mais ou menos... E você? – ela apontou para o seu celular.

- Mais ou menos. – ele deu de ombros, rindo. Pelo sotaque, Aria percebeu que ele também era inglês – Sou Dean. – ele esticou a mão para ela. – Não sou o Winchester, mas sou tão bonito quanto.

Aria riu da piada tosca e apertou a mão dele.

- Sou Aria, não a Montgomery, mas sou tão sexy quanto.

Foi a vez de Dean rir.

- É um prazer, Aria. Então? O que te traz aqui tão longe de casa? – perguntou Dean, mostrando que também tinha sacado sua nacionalidade.

- Provavelmente o mesmo que você.

- Sonha em atuar desde que era um feto na barriga da sua mãe, mas a família não apoia sua decisão e não sabem que você está aqui hoje, então a polícia já deve estar te procurando faz horas?

- Olha... Quase isso. A diferença é que minha família sabe que eu estou aqui... Quer dizer, minha mãe não queria que eu viesse, mas... Bom, aqui estou eu.

- É, Aria, somos muito parecidos.

- Nem me fale, Dean.

- Boa sorte no seu teste, espero que consiga realizar seu sonho.

- Espero que nós dois consigamos realizar esse sonho.

Dean sorriu e tirou um pacote de salgadinho da mochila preta.

- E nós vamos.

- Pronto, Haley! – Liam apareceu com uma mamadeira – Chega de chorar, huh? Olha o que eu trouxe!

Haley estava sentada no sofá, rodeada de bichinhos e brinquedos que Liam tentara dar para ela. Tudo o que ela fazia era tacar o brinquedo longe e chorar ainda mais. Liam já estava ficando louco quando lembrou que ela poderia estar com fome.

- Prontinhoo. – ele deu a mamadeira para ela, mas ela virou a cabeça, chorando ainda mais enquanto recusava aquele leite quentinho que Liam tinha acabado de preparar com todo o carinho do mundo. – Haley! Por favor! Toma o leite!

Ela apenas continuou chorando e chorando e chorando e chorando.

- Desisto!!!! – falou Liam – Por que você chora tanto????

Liam, cansado, deitou a cabeça no sofá ao lado dela e respirou fundo... e, bem, ele não deveria ter feito isso. Um cheiro terrível invadiu suas narinas e ele se afastou rapidamente, buscando ar-não-poluído-com-cheiros-tóxicos para respirar. Que cheiro horrível era aquele?????

- Ah não... – ele olhou para Haley chorando – Não, não, não, não, não, não! Eu não vou trocar isso! Não vou! Não mesmo!

Como ele iria trocar uma fralda? Primeiro, ele não sabia trocar fraldas; segundo, aquilo era extremamente nojento.

Certo. O que fazer em momentos como aquele? Podia ligar para sua mãe... Mas não adiantaria nada, porque ele teria que limpar Haley de qualquer jeito. Podia esperar até Aria e Horan chegarem para fazer aquilo... Mas aí a Haley ia ficar toda suja e seria ainda mais nojento. Podia ligar para algum amigo que tivesse filho para ajuda-lo. ISSO! ISSO! ISSO! Amigos que tinham filhos!!

Liam pegou o celular rapidamente e procurou o número de Xirley, uma “colega” sua.

- Alô, Xirley? Oi, é o Liam... Liam, Liam Payne. É. Sou eu. – pausa para Xirley falar algo – É que eu queria sua ajuda. É. Sua ajuda. Não! Não esse tipo de ajuda... Olha, você tem um filho, não tem? Então, eu... Alô? Alô? Xirley? Alô? – ele afastou o celular da orelha – Ela desligou na minha cara! Droga, Xirley!

Quais as outras opções que tinha? A mais próxima era Xirley. Tinha o Tobby, mas ele estava viajando com a família. O Ben? Também não. Ahhh! A July! Ah não, ela estava internada com suspeita de dengue. Tinha a Lou... Mas ela também estava viajando. Não tinha ninguém para quem ele pudesse pedir ajuda.

Espere... Tinha uma pessoa sim.

Liam olhou para Haley chorando angustiada. Era uma situação extrema, e situações extremas, exigiam medidas extremas.

Liam voltou para o celular e discou um número que ele estranhamente ainda sabia de cor.

- Aria Payne. – disse o diretor sentado há algumas fileiras atrás dela – Você é a próxima.

Era sentiu o coração palpitar. Ela ficou gelada dos pés a cabeça e teve que fazer força para conseguir se levantar e subir no palco. Ela colocou as mãos trêmulas na frente das manchas da calça, tentando escondê-las e tentou enxergar o diretor sentado com seus ajudantes, mas tudo o que viu foi uma luz branca cegando seus olhos.

- Só para confirmar. Você mora em Londres e estuda no S&V High School?

Ela demorou quinze segundos para entender a pergunta.

- Sim. – respondeu.

- Certo. – ele anotou coisas em sua prancheta.

Aria sentia todos os olhares em si. Só esperava que ninguém pensasse que ela tinha mijado nas calças.

- Avise quando estiver pronta, Srta. Payne.

Aria sentiu o corpo congelar de vez. Ela respirou fundo e tentou lembrar as falas da cena que estudara por horas. Não era mais uma cena difícil para ela, era só colocar suas emoções para fora que tudo ficava ok. Ela treinara. Ela sabia.

- Tudo bem, podemos começar. – ela disse, a voz saiu um pouco falha devido o nervosismo.

- Muito bem. Eu vou ler as falas do William e você sita as da Anna. Ação! – ele limpou a garganta, lendo a primeira fala de William – Mas não dá Anna, será que não percebe que eu não sou seu melhor caminho?

Houve silêncio.

Aria sabia a próxima fala. Ela sabia... Então por que não falava? Por que ela simplesmente não falava??

Mais silêncio.

- Srta. Payne? – o diretor lhe chamou a atenção – Sua fala.

- Ah, desculpe... Ahn... Podemos começar de novo?

- Claro. – ele concordou e Aria respirou fundo. Ela olhou para Dean e este fez um sinal positivo com a mão, incentivando-a.

Aria fechou os olhos. Quando era pequena e voltava nervosa da escola, sua mãe sempre ia acalma-la. Ela dizia para ela fechar os olhos e pensar em algo que trouxesse paz, algo que fizesse seu humor passar de ódio e tristeza, para felicidade e extrema alegria. Aria imaginava coelhinhos, cachorrinhos, depois passou a pensar nos seus desenhos animados favoritos, aí chegou ao ponto em que ela imaginava Niall ao seu lado, tocando em sua mão e dizendo que tudo ficaria bem. Isso quando ela tinha aquela quedinha por ele, quando achava que ele chegaria para ela e declararia seu amor incondicional.

- Vou ler a frase novamente – alertou o diretor - Mas não dá Anna, será que não percebe que eu não sou seu melhor caminho?

Então Aria começou a pensar em tudo que a fazia sorrir. Coelhinhos. Cachorrinhos. Barney em How I Met Your Mother. Theo James. Chris Pine. Niall Horan.

Os olhos de Niall vieram em sua mente, azuis e intensos. Aria se viu ao lado dele, um pouco mais cedo, citando as falas que deveria falar naquele momento. Ela se aproximava dele, seu cheiro ia ficando mais forte, intensificando a cada passo que ela dava em sua direção. Seus olhos fitando-a como se estivesse admirado. Sua boca sussurrando seu nome de uma maneira que fazia seu coração explodir e suas pernas tremerem. Suas mãos tocando sua bochecha e cintura e seus lábios sobre os dela, beijando-a como se nunca mais fosse fazer aquilo novamente.

Aria abriu os olhos. Ela encontrou o diretor no meio das poltronas vermelhas e disse todo o seu texto, com toda a emoção que podia. A cada palavra, ela se sentia mais confiante e mais apta para continuar. Ao terminar a cena, ela limpou as lágrimas e sorriu orgulhosa, nem se importava mais com a calça molhada.

- Muito obrigado, Srta. Payne. – disse o diretor logo após de abrir um sorrisinho de lado – Entraremos em contato.

Aria sorriu e desceu do palco se sentindo mais leve.

Ela tinha encenado bem e a única coisa que faltara para ficar perfeito, foi o beijo de Anna e William.

 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!
Até segunda <3
Tenham uma felixxx Páscoa!


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