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História How To Love a Little Girl - 37


Escrita por: featliam

Notas do Autor


Uhu, olá chuchus! Viram? Estou publicando!! Sei que duvidaram, mas deixei esse cap prontinho para não ter desculpa depois. Bom, desculpa mais uma vez pela demora, mas minha vida pessoal sempre vem em primeiro plano, entendem? Desculpem mesmo :(
Bom, espero que gostem do cap e muuuuuuuito obrigada pelo carinho no cap anterior.
Boa leitura e me desculpe agum erro.
Beijos,
Lo.

Capítulo 38 - 37


Aria estava sentada na mesa do refeitório. Mia falava alguma coisa ao seu lado, mas ela mal prestava atenção, estava ocupada demais pensando em um par olhos azuis e um cabelo loiro bagunçado. Um suspiro saiu de seu peito e um breve sorriso apareceu em seus lábios ao se lembrar da noite anterior. Seu coração batia e a vontade de vê-lo novamente era tão grande, que chegava a sufoca-la.

- Ei! Ei! Ei! – Mia estralou os dedos na frente do rosto de Aria – Estou te chamando há uns cinco minutos!

- O quê? – Aria saiu de seu transe, encarando Mia com uma cara assustada – O que você disse? Estava distraída...

- Ok. O que está acontecendo? – Mia pegou uma batatinha de seu prato, molhando-a no ketchup e comendo-a como se a batatinha fosse sua inimiga mortal. – Está com essa cara o dia todo.

- Que cara? – Aria fez de desentendida, comendo uma batatinha.

- Essa cara que meninas burras de seriados fazem quando beijam o amor da vida delas. – disse ela, de uma maneira pensativa – É. Com certeza é essa cara.

- Não sei do que você está falando.

- Não? Tem certeza? Nem um loiro irlandês bonitão não te faz se lembrar de nada? – Mia arqueou as sobrancelhas e Aria abaixou o olhar, sentindo as bochechas queimarem. – Ahá! Sou uma ótima detetive! E só de imaginar que você disse que nunca mais ficaria a fim dele.

- Ah, Mia, eu... Sei lá. – ela apoiou a bochecha na palma da mão. – Não tenho nada a declarar.

- Que lindo! – Mia sorriu, a boca cheia de batatinha – Aria, não deve ter vergonha de amar, é o sentimento mais puro do mundo.

- Mas... Amor? Mia, isso já é forte demais... Não acha? Sei lá... Nós nem temos nada oficial.

- Você me faz roncar de desgosto, Payne. – Mia soltou um ronco, obrigando Aria a soltar uma gargalhada. – Vocês são o casal mais chato do mundo! Por que não se declaram um pro outro logo?

- Mia... Não sei. Niall fica estranho quando pergunto algo sobre uma relação... Ele não deve sentir a mesma coisa que eu.

- Às vezes ele tem medo de relacionamento, oras. Qual a última vez que você viu Niall Horan com uma verdadeira namorada?

- Acho que a última foi a Sara. – disse Aria, se lembrando da noite em que estava em Nova York e Niall revelara o verdadeiro paradeiro de Sara: a mãe falecida de Haley.

- Viu? Você até já sabe sobre a ex dele. Acha que isso não quer dizer que está super apaixonada? Só meninas psicopatas apaixonadas sabem disso. – conclui Mia, comendo outra batatinha.

- Fica quieta, porquinha. – Aria deu um tapa no ombro da amiga, rindo mais um pouco.

- Mal educada. – Mia se fez de ofendida, mas, na verdade, lutava para não rir que nem Aria.

O restante do dia foi passando lentamente, Aria teve algumas aulas chatas, o de sempre. No final do expediente, ela saiu da escola e foi diretamente para a casa de Niall, sabendo que ele precisava sair rápido naquele dia, pois teria um show de noite e teria que chegar mais cedo no estádio para ensaiar. Ao chegar a casa dele, ela estacionou o carro e entrou pela porta.

- Oi, pequena! – ela se deu de cara com Haley, que estava sentada no tapete, brincando com um ursinho de pelúcia enquanto assistia TV – Quem te deixou aqui sozinha? – ela pegou Haley no colo – Onde está o papai? Hein?

Haley reproduziu sons desconexos e depois babou um pouco, rindo em seguida.

- Ok. Vamos pegar algo para limpar isso, certo? – Aria riu, se direcionando para a cozinha.

Ela entrou na cozinha, acendendo as luzes apagadas. Ao se virar, Aria levou um susto, quase escorregando no chão liso. Niall estava ali, a cabeça abaixada nos braços, cruzados sobre a mesa, enquanto seu cotovelo empurrava uma garrafa de vidro vazia para a ponta da mesa. Aria franziu a sobrancelha, tentando acalmar seu coração disparado.

- Niall! – falou Aria, assustada – Você me matou do coração! Por que estava aqui com a luz apagada?

Niall não respondeu, continuou ali, deitado.

- Niall? Para de me ignorar. – falou Aria, levando Haley até o cadeirão e depois indo até Niall, cutucando-o no ombro – Niall? Niall? Niall? Niall! – não houve uma resposta. Aria sentiu uma pequena sensação desesperadora dentro de seu corpo – Niall!! Niall!!

A cabeça de Niall levantou bruscamente, assustando novamente a garota. Ele lançou um olhar para Aria. Seus olhos estavam cerrados, levemente vermelhos e inchados, e a cara amaçada. Ele levantou a mão, apontando o dedo na direção dela, dando a impressão de que iria falar alguma coisa, mas seu corpo se desequilibrou e Niall foi com tudo para o chão.

- Niall! – Aria foi rapidamente ajuda-lo, puxando seu braço para que ele levantasse – Vamos, levante.

- Nãaaaaaaaaaao. – ele miou, a voz mole e confusa como de um...

- Você está bêbado? – Aria arregalou os olhos, soltando o braço dele e deixando que sua cabeça caísse no chão novamente. – Eu não acredito. Levanta! Anda!

- Hmmm. – ele resmungou, continuando deitado no chão.

Com raiva, Aria ajudou Niall a se levantar, apoiando-o sobre seu ombro. Ela o levou até a sala e o jogou ali, no sofá, voltando para pegar Haley no cadeirão.

- Eu não acredito que você está bêbado. – ela colocou Haley no tapete junto com seus brinquedos – Como pode ficar bêbado com uma criança em casa? Você poderia ter machucado ela!

- Quem? – perguntou ele, tentando inutilmente se sentar no sofá.

- A Haley, Niall!!! – Aria bateu nele com uma almofada – Será que nunca aprendeu as regras com um bebê em casa? – continuou com o ataque de almofada rapidamente em seu ombro – Hein?

- Para com isso! – ele tentou gritar, mas sua voz saiu mole e baixa demais, as palavras quase incoerentes. – Eu... Hm.

- Levanta daí! – Aria parou de bater nele, jogando a almofada em sua cabeça só de bônus – Você tem um show hoje e é bom se recompor para não decepcionar suas fãs! Anda, levanta!

Niall, miando, tirou a almofada de seu rosto e se levantou num pulo, mostrando o quanto mais alto era perto dela. Com uma expressão meio estranha, ele deu um passo a frente e, por um segundo, Aria pensou que ele fosse ataca-la e sair correndo para pegar mais bebida, mas em vez disso, supreendentemente, e o corpo de Horan caiu sobre o dela. Aria precisou fazer força para se equilibrar com o peso jogado sobre seus ombros, a cabeça dele se alojou no pescoço dela e seus braços a abraçaram forte, forte demais.

- Eu sou um idiota. – ele resmungou.

- Niall, o qu...

Antes que Aria conseguisse pensar em terminar seu raciocínio, sentiu a região do seu ombro ficar úmida, enquanto sua blusa branca do uniforme grudava na pele como cola. Surpresa, ela arregalou os olhos ao escutar Niall fungado perto de seu pescoço e uma sensação estranhamente devastadora invadiu seu peito. Ele estava chorando. Tudo bem, poderia até ser um típico choro de bêbado, mas só o fato de saber que lágrimas escorriam pelos olhos de Niall, um pedaço de seu coração era brutalmente arrancado de seu peito.

- Niall... Não precisa chorar. Está tudo bem. – falou ela, tentando leva-lo de volta para o sofá – Hm... Você não é um idiota. – conseguindo sentar, Aria desgrudou os braços de Niall do seu corpo e o encostou no sofá, vendo perfeitamente seu rosto pálido com as bochechas marcadas por rastros de lágrimas.

Ele é só um bêbado chorão, Aria, se controle.

- Eu... Sou... Um idiota. – ele falou mais uma vez, as palavras tropeçando umas nas outras, quase que incoerente.

- Olha, você não é um idiota. – disse ela, tentando sorrir – Você só está bêbado e estranhamente sensível.

Niall jogou a cabeça do outro lado para poder encará-la. Aria sorriu ao ver que ele a olhava e acompanhou uma lágrima descer solitária pela bochecha dele, parando lentamente perto do queixo até ele passar a mão para tirá-la institivamente dali.

- Vai me contar o motivo de ter se embebedado até cair? – perguntou Aria, vendo Niall responder com um balanço negativo de cabeça. – Tá legal. Então eu vou botar a Haley para dormir, depois vou te deixar menos bêbado para que consiga ir pelo menos ao show. E nem adianta negar, você não vai decepcionar milhares de fãs por culpa de uma garrafa idiota de vodca.

- Foram três... Babaca. – reclamou Niall de uma maneira superior, a voz mais mole do que antes. Ele parecia sentir que tinha a ofendido.

- Certo. Três. – Aria franziu o cenho, tentando não rir da maneira na qual ele a chamara de babaca.

Aria pegou uma Haley sonolenta no colo e a balançou para os lados sem tirar os olhos de Niall, tamanho o seu medo de ele voltar para a cozinha e tomar qualquer outra bebida alcoólica que ele achasse naquela casa. Assim que Haley dormiu, Aria precisou subir rapidamente subir para coloca-la sobre o berço, cobrindo o seu pequeno corpinho com duas cobertas cor-de-rosa para aquecê-la naquele tempo nublado. Ligou o abajur de peixinhos brilhantes e apagou a luz antes de descer para o primeiro andar. Ao chegar a sala novamente, se deparou com um sofá vazio e bagunçado, sem Niall por perto.

Suspirando, Aria foi para a cozinha e o encontrou na geladeira, pegando uma lata de cerveja atrás de alguns frios. Quando ele ia abri-la para degustar aquele liquido que Aria julgava ter um gosto horrível, ela arrancou a cerveja da mão dele e fechou a geladeira.

- Niall, não! – com a cerveja em mãos, ela foi até o lixo e a jogou dentro do saco preto.

- Ei! Não...

- Posso fazer isso? Enquanto você estiver bêbado, eu posso tudo. – ela agarrou a mão dele, levando-o para perto do elevador – Inclusive jogar suas bebidas fora. Na verdade, eu posso fazer isso até quando você está sóbrio.

Niall não respondeu, apenas observou Aria apertar o botão para o elevador se abrir para eles. Ambos entraram e a visão de Niall se tornou borrões até ele chegar em seu próprio quarto sendo guiado por Aria, ou por outra garota, na verdade não sabia mais quem estava do seu lado. Tudo estava confuso demais para seu gosto. Tudo o que conseguia pensar era em Sara e em mais cerveja.

Quando se deu conta novamente, estava em um banheiro, em seu banheiro. A mesma garota de antes estava tirando sua blusa. Ei! Aquilo era estupro! Como ela chegava e simplesmente tirava sua camisa daquele jeito? Quem ela pensava que era? De qualquer maneira, ele não disse nada, Niall não queria dizer nada. Sabia que se tentasse falar algo, seria algo incoerente e impossível de um ser humano comum compreender.

Um segundo parecia ter se passado e agora ele estava de pé, colocando seus pés em uma água fria e nada agradável. Queria sair de lá, mas mãos o empurravam para dentro.

- Entra logo, Niall! – disse uma voz feminina atrás de si. – Por favor!

Ele estava tão confuso, que acabou atendendo o pedido da garota. Entrou de vez em algo que parecia ser uma banheira, sentindo a água fria em suas canelas. Se sentiu tonto e seu corpo acabou caindo de vez, aterrissando sentado na banheira. Um calafrio enorme subiu por todo e seu corpo, uma sensação péssima de água gelada no bumbum. Como se não bastasse, sentiu seus cabelos molhados e logo, uma quantidade razoável de água escorria pelo seu rosto. Seu cérebro pareceu esfriar, o calafrio passou e Niall conseguiu focar sua visão, trazendo-o a realidade. Ainda zonzo, ele respirou fundo, inalando a água que caia em seu rosto e tossindo engasgado, jogando o cabelo para trás. Depois de algumas tossidas, tapas em suas costas e umas fungadas, ele foi se sentindo melhor. Sua mente se clareou e a sensação pós-álcool foi se mostrando presente. Um enjoo forte atingiu seu estomago.

- O que tá acontecendo? – perguntou ele, a voz ainda meio mole, mas as palavras saíam mais coerentes do que antes.

- Quando você estiver totalmente sóbrio, eu te dou uma surra. – disse Aria, fazendo com que ele desviasse o olhar, totalmente confuso, para ela. – Vou esperar você no quarto. Não quero estar aqui quando você começar a botar tudo para fora. – ela sorriu, de forma calma e se levantou, deixando uma toalha ao lado da banheira.

Ao sair do banheiro, Aria respirou fundo, olhando o quarto de Horan. A cama estava arrumada e sobre ela, havia duas garrafas vazias de vodca. Com a que estava na cozinha, dava exatamente três, como ele dissera. Ela caminhou até a garrafa, pegando-a para tirá-la dali, quando reparou em um pedaço de papel ao lado do vidro vazio. Curiosa, ela pegou o pedaço de papel e o observou atentamente, só para saber se não era algum lixo para jogar fora junto com a garrafa. Era uma folha pequena, com uma letra pequena escrita sobre as linhas azuis claro, e estava grampeada a mais algumas folhas, pelo menos mais umas cinco.

Aria se sentou na cama e leu as primeiras palavras, imaginando que não seria nada demais.

Querido, Niall,

Não sei como te dizer isso, mas tentarei falar com as palavras mais simples ditas por uma mulher. Eu estou grávida.

Não sei se vai se lembrar do mês passado, onde nos encontramos e, bem, foi lá que tudo aconteceu. Você não responde a nenhuma das minhas ligações ou mensagens, então parei para pensar que talvez você estivesse ocupado demais para olhar seu celular.

Decidi, então, escrever uma carta (você sabe que cartas sempre foram meu meio de comunicação favorito). Gostaria de conversar um pouco com você sobre isso, por favor, entre em contato o mais rápido possível.

Com amor,

Sara.

Aria estava com os olhos levemente arregalados. “Com amor, Sara”. Era uma carta de Sara, uma carta de ninguém mais ninguém menos do que Sara... Sara... A mãe de Haley. Sara, a mesma mulher que Niall disse que havia morrido e que era mãe de sua filha.

Aria olhou para trás, para se certificar de que Niall não estava olhando. Ela jogou a carta para cima, dando de cara com outra folha, igual a anterior, com a mesma letra perfeitamente legível dançando sobre linhas. Mordendo os lábios, ela expulsou a sensação de culpa e leu a carta seguinte.

Querido, Niall

Essa é a segunda carta que te escrevo para tentar contar o que tenho em mente. Não te enviei a primeira ainda porque acho que não tenho coragem. Ficou um tanto quando clichê, ou até mesmo sem emoção, aquela não era a verdadeira Sara, entende? Acho que você compreende meus verdadeiros surtos de identidade.

De qualquer maneira, a notícia que tenho que te dar não merece ser passada desta maneira, por meio de uma carta, ou por uma mensagem, até por um telefonema. Gostaria de me encontrar com você, então, por favor, entre em contato o mais rápido possível.

Com amor,

Sara”.  

- O que está fazendo?

Aria levou um susto, ouvindo a voz de Niall atrás de seu corpo. Ela se levantou rapidamente, virando-se para encará-lo com o coração entalado na garganta. Largou a carta rapidamente na cama e se sentiu horrível, sabendo que tinha invadido a privacidade dele, uma privacidade realmente grande onde nunca deveria ter metido o nariz.

- Desculpe, Niall... A carta estava aqui em cima e...

- Tudo bem, Aria. – sua voz soou calma e ele caminhou até seu armário.

Aria se sentou novamente e sua cabeça começou a pensar milhares de coisas de uma vez. Era por isso que Niall havia bebido? Para afogar as mágoas passadas depois que lera algumas cartas de Sara, sua ex-namorada, mãe de Haley, provavelmente a mulher que ele mais amou em toda sua vida. Aria se sentiu ainda pior quando uma sensação incomoda apareceu em seu peito. Como ela podia ser tão baixa a ponto de sentir ciúmes? Não! Aquilo era horrível. Sara era um doce de pessoa, era um anjo em forma de humana. Nunca, jamais em toda sua vida permitiria se sentir enciumada por ela novamente. Nunca!

Sua atenção voltou de volta para a realidade quando sentiu um peso a mais na cama. Olhando para o lado, viu Niall se sentando, já vestido com uma calça jeans preta e uma camiseta vermelha com alguns desenhos pretos e brancos. Ele estava com a aparência melhor, parecia melhor, não exatamente pronto para um super show, mas... Melhor.

- Está se sentindo melhor? – perguntou ela, a voz baixa e serena.

Niall respirou fundo, deitando-se na cama com uma expressão vaga. Depois de alguns segundos, ele finalmente respondeu:

- Em qual sentido? – perguntou, fitando o teto branco e impecavelmente limpo.

Aria, então, naquele momento sentiu que ele estava sofrendo internamente e outro pedaço de seu coração foi arrancada de seu peito. Ela subiu completamente na cama, deitando e rolando para perto de Niall, deitando-se de lado para poder fita-lo com precisão.

- Se quiser desabafar, eu estou aqui. – disse Aria, ajeitando-se no travesseiro – Sou uma boa ouvinte.

Niall ficou em silencio, sem responder a proposta. Aria decidiu apenas observá-lo e não insistir, respeitando a privacidade dele em não querer comentar sobre aquele assunto delicado. Fitou seu perfil, um perfil que parecia ter sido desenhado com linhas finas, perfeitas e delicadas. Niall parecia uma pessoa tão jovem, mas ao mesmo tempo tão madura, isso deixava a mente de Aria totalmente imersa em pensamentos. Niall a deixava imersa em pensamentos.

- Ela me mandou várias mensagens. – a voz de Niall quebrou o silencio, surpreendendo a garota – Sara me mandou mensagens. – seu rosto se virou na direção do dela e Aria pode ver a angustia em seus olhos – Eu pensava que ela queria voltar, ou coisa do tipo e eu só ignorava, nem lia. Tudo o que ela queria fazer era conversar comigo.

- Niall...

- Eu subi hoje para pegar uns brinquedos no carrinho que a Haley veio e... Achei as cartas. Ela escreveu para mim quando estava no hospital, Aria. Ela estava morrendo e ainda sim pensava em mim. Tudo o que eu fiz foi ficar aqui, aproveitando a vida maravilhosa que eu tenho. – ele passou a mão no rosto. Seu tom de voz começara a adquirir um tom de raiva.

- Você não sabia, não pode se culpar. – respondeu Aria, sinceramente.

- Mas... Se eu tivesse visto as mensagens, retornado as ligações, teria sido diferente... Eu poderia ter me despedido.

- Niall – Aria levantou sua mão, tocando levemente em sua bochecha. Niall, surpreso, virou os olhos para ela, encarando-a com tristeza. – Sara sabe que você não fez o que fez por maldade. Ela era uma menina bondosa, tenho certeza que não guardou mágoas. E sim, é verdade que se você soubesse, seria diferente, mas... não foi. Você precisa olhar para frente e encarar o presente sem pensar no passado. Tenho certeza que ela gostaria que você fizesse isso.

- Aria, como eu vou fazer isso? Ela...

- Niall, não podemos viver apegados ao passado. – disse ela – Você errou? Errou, mas, então, se sente mal, agora tem a chance de concertar seus erros. Sei que você amava Sara e que mesmo depois de terminarem, ela significava muito para você. Mostre a ela que você pode ser um bom pai a Haley, acho que é isso o que ela mais gostaria de ver, o bem da sua filha.

- Eu não sei ser pai, Aria. – retrucou Niall, irritado.

- Você já é um bom pai. – disse ela, sorrindo – Quer dizer, só precisamos cortar um pouco as bebidas e tudo ficará bem. – Niall riu fraco, lembrando-se de si mesmo botando tudo para fora minutos antes. – Você cuida dela, brinca, se preocupa, já aprendeu a trocar fralda e ainda por cima canta pra ela. Haley não poderia ter um melhor pai. E nem vem negar, porque você sabe que é assim. Promete que eu não vou mais te pegar bêbado por aí?

- Só se você sempre estiver aqui do meu lado para me ajudar. – respondeu ele, fitando os olhos castanhos claros de Aria.

- Eu sempre vou estar do seu lado, Niall. – as palavras saíram se sua boca antes mesmo que ela pudesse pensar em dizê-las.

Niall sorriu internamente. Aquelas palavras confortaram seu corpo, sua mente, sua alma. Seu coração acelerou e ele se sentiu relaxado, sabendo que toda aquela sensação aparecia quando estava perto de Aria, uma sensação já tão comum e tão gratificante, que era impossível ele se sentir triste. Seu peito ardeu e ele sentiu que precisava compartilhar aquele sentimento com ela, assegurando-a de que ele nunca sairia de perto dela também, mas se conteu, apenas deslizando sua mão para a dela e a segurando com força enquanto sua cabeça latejava. Os pensamentos de Sara eram frescos, apostos para atormentá-lo, mas quando tocou ela, não existia mais Sara, nem problemas que envolvessem uma tristeza e culpa profunda... Existia apenas ele e Aria.

 


Notas Finais


Uma pergunta antes de qualquer coisa: e essa coisa do Louis ser pai? Sério, eu ainda não to conseguindo acreditar que realmente é verdade... Quer dizer, é verdade? Estou ficando louca com isso!
Bom, só isso e até segunda.


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