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História How To Love a Little Girl - 3


Escrita por: featliam

Notas do Autor


Oiiii galera!!! Tudoo bem??
MAAAAAAAAIS UM CAP! Muito obrigada pelos favs, vizus e comments, mesmo, mesmo, mesmo! Amo vcs!
Esse capítulo ficou meio ruim, mas espero que gostem mesmo assim!
Boa leitura e me desculpem algum erro.
Beijos,
Lo.

Capítulo 4 - 3


Niall se encontrava sentado no sofá preto de coro, seus olhos fixos no bebê a sua frente. A garotinha estava deitada no carrinho, com os olhos fechados, demonstrando que ainda dormia profundamente desde uma hora atrás. Enquanto isso, ele tentava compreender o que estava fazendo, o que estava acontecendo. Havia um bebê na sua casa. Um bebê que poderia ser sua filha. Como pode ter chegado a uma situação dessas? Ele não tinha recursos para criar um bebê... Muito menos sabia como cuidar de um bebê. Simplesmente odiava crianças, ainda mais quando elas não tinham capacidade de falar, andar, ou usar a privada.

Haley. Esse era o nome de sua suposta filha com Sara, sua ex-namorada falecida. De acordo com a certidão, ela havia nascido em setembro do ano anterior, ou seja, ela tinha cinco meses de vida. Se somarmos esses cinco meses com os nove de gravidez, dá um ano e dois meses, e se contarmos em meses para trás, daria o exato mês em que Niall encontrara Sara depois de um tempo separados... Quando tiveram uma noite louca, juntos... Onde, provavelmente, aquela coisa havia sido procriada.

Niall sentiu ódio de si mesmo por saber matemática.

Zeus lambeu seu braço, fazendo-o sair do pequeno transe traumático que entrara. Niall encarou o cachorro, que começou a abanar o rabo e parecer mais agitado, sinal de que queria dar uma volta, como sempre fazia em certo horário. Mas agora aquilo não importava no momento, já que ainda havia um bebê na sua sala.

- Agora não, Zeus. – falou o dono – Não vê que tenho problemas maiores?

Zeus tombou a cabeça para o lado, confuso, e antes que Niall o mandasse embora dali, ele começou a latir daquela maneira alta e chata que o rapaz tanto odiava. E como se não fosse o suficiente, misturando-se com o latido infernal, um choro agudo de criança veio a tona. Niall fez uma careta enquanto observava a garotinha, já com olhos abertos, com a boca escancarada, chorando como se tivessem-na jogado no chão.

- Ótimo! – miou Niall – Droga de cachorro, droga de bebê.

Ela continuou chorando e Niall decidiu ficar parado apenas esperando que ela parasse de uma vez, já que uma hora ela pararia. No entanto, o choro parecia ficar mais alto a cada segundo existente, propagando-se pela atmosfera até seus tímpanos e alertando seu sistema nervoso que aquilo era completamente irritante. Niall bufou alto, se levantando e indo na direção do carrinho cor-de-rosa enquanto xingava Zeus mentalmente por não deixa-la dormir até a semana seguinte – onde já teria algum plano bolado para lidar com aquilo – e poupa-lo de situações como esta.

- Hm... Para de chorar. – parou de frente para o carrinho – Anda... Para! – fez um sinal com a mão para que o bebê parasse – Por favor, não vê que é irritante? Como tem tanta água nesse corpo?

Então, uma luzinha se acendeu acima de sua cabeça. Ela poderia estar com sede! Crianças também sentiam sede!

Levou as mãos até o carrinho, tirando a garotinha de lá de dentro. Deixou que suas perninhas agitadas balançassem no ar, enquanto a segurava, totalmente afastada de seu corpo, com os braços totalmente esticados – parecia até que Haley tinha alguma doença contagiosa que se passava pelo tato – enquanto caminhava para a cozinha. Ao chegar ao cômodo, girou entorno de si mesmo em busca de um lugar pra senta-la, e após perceber que ela poderia fazer xixi em suas cadeiras caras, coloco-a sentada em cima da pia, encostando suas costinhas na parede para que ela não caísse e chorasse mais.

Após se assegurar que ela não sairia dali, foi até o armário, pegando um de seus copos, e depois retirou uma de suas garrafas de água da geladeira. Encheu o copo até a boca, quase tacando água na cara da criança que não parava de chorar, e foi até ela, se ajeitando para ficar de frente para seu corpinho.

- Certo, criatura irritante, tá aqui sua água. – deixou o copo na frente para ela, que continuou chorando – Anda, bebe! – mais choro – O quê? Prefere suco? Refrigerante? Cerveja? Para de chorar, meu Deus! – Niall suspirou, puxando os cabelos para baixo, tão irritado a ponto de matar alguém – Tá legal, tá legal... Eu dou para você, mas não se acostume com isso!

Niall voltou a segurar o copo de água e se inclinou, levando o copo até a sua boquinha sem dentes, encaixando-o nos lábios delicados da criança. Ele inclinou o copo de leve, fazendo ela parar de chorar e tomar um gole da água com cuidado, desviando a boca em seguida, demonstrando que só aquilo era o suficiente.

- Tem certeza que não quer mais? Não adianta chorar depois! – falou Niall, pousando o copo na pia e encarando o rostinho delicado de Haley, molhado devido as lágrimas que haviam caído há pouco. – Certo, acho que resolvemos um problema e... – a criança interrompeu seu raciocínio, tossindo e jogando para fora toda a água que ela bebera, na cara de Niall, liberando gargalhadas gostosas de sua garganta... Ao contrário do próprio Niall, que permaneceu parado, sentindo aquela coisa nojenta descendo por seus olhos – Muito engraçado, muito engraçado. – deu um passo para o lado, abrindo a torneira e lavando o rosto com as mãos – Muito engraçado. – passou um pano para secar a face e voltou a encarar Haley com raiva. Ela o encarava de volta com um sorriso no rosto. – Muito, muito, muito engraçado! Olha aqui, criatura irritante, vamos estabelecer regras aqui, ok? – ela o acompanhou com os olhos – Nada de chorar, nada de cagar, nada de mijar, comer só quando eu for comer e, o mais importante, nada de vomitar no Niall. Entendido? – olhou para o rostinho dela, que soltou outra gargalhada em seguida – Por acaso eu tenho cara de palhaço, garota?

Haley levantou os bracinhos gordinhos na direção de Niall, e quando fez isso, seu corpo foi tombando para frente, perdendo o equilíbrio que a parede lhe proporcionava. Horan conseguiu segura-la antes que sua cabeça fosse com tudo para a pia.

- Pelo jeito vou ter que te ensinar a sentar também. – a observou enquanto a levava, da mesma maneira, de volta para a sala – Ah cara, você só bebeu água, por que seu vomito fede tanto? Quer saber, eu...

Niall adoraria continuar reclamando, mas algo chamou ainda mais sua atenção. Na sua sala, encarando suas coisas, havia uma menina, uma menina completamente molhada que estava molhando completamente seu tapete enquanto observava seu quadro valioso que era uma linda réplica de um quadro do Picasso.

Horan encostou o bebê no chão, deixando-a ao lado de Zeus e pegou seu taco de baseball ao lado de algumas bolas autografadas. Foi então que algo passou por sua cabeça: e se ela fosse uma assassina do mal que quisesse mata-lo? Assim que o visse, ela enfincaria uma faca em seu coração, ou lhe daria um tiro na cabeça.

Ainda bem que sou esperto, pensou Niall antes de pegar uma máscara que era a réplica de um cara de um filme qualquer aí. Ele a vestiu delicadamente, levantando o bastão e indo na direção da garota que encarava seu quadro em uma expressão perturbada. Niall ficou bem próximo e quando estava a ponto de golpeá-la, a garota se virou, soltando um grito ao vê-lo.

- O QUE ESTÁ FAZENDO? – ela perguntou, desesperada, mas Niall ignorou e virou o taco com força.

Aria desviou, correndo para detrás do sofá.

- O QUE ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? – gritou de volta, indo em sua direção.

- Niall? – Aria parou de se esconder, se erguendo com cara de “não acredito” – Sério que fiquei com medo de você? Como sou idiota!

- Não me chamo, Niall. Ele não está em casa. Sou o segurança dele. – respondeu ele, lembrando do lance de ela ser uma assassina.

Aria virou os olhos, irritada.

- Por acaso essa é sua casa também, segurança? – ela cruzou os braços – Quando tentar fingir ser outra pessoa, tenta não falar que essa casa aqui é sua, Horan.

 - Eu te conheço? – Niall abaixou o taco, meio indignado. Como ela ousava a falar daquela maneira com ele? – Quer saber, eu vou ligar para a polícia.

Aria se desesperou.

- NÃO! Por favor, não ligue para a polícia! – ela se aproximou de Niall, tentando impedi-lo de pegar o telefone.

- Você invadiu minha casa, sua louca. – ele falou, pegando o celular no bolso – Quer que eu faça o quê? Te dê chazinho?

- Por favor, Niall, não faça isso! – ela pediu, se aproximando dele.

Niall parou de se mexer. Ele sentiu aquela forte e chata sensação de dejavú e franziu o cenho, tirando sua máscara para encarar melhor a garota. A frase que ela disse, soara muito familiar para ele. Olhou para a moça como se ela fosse mais estranha que o bebê presente em sua casa, mas mesmo assim seu rosto parecia estar presente em sua mente. Os cabelos castanhos claros, ou loiros escuros, dependia de cada ponto de vista; os olhos cor-de-mel e aquele nariz lindo e redondinho.

- Eu te conheço. – ele apontou para a garota, um tanto quanto chocado e confuso.

Aria arregalou os olhos e mais que imediatamente, cobriu o rosto com o cabelo melhor. Niall não podia reconhece-la. Não era nem para Niall estar em casa!

- O quê? Claro que não! Nunca te vi na minha vida!! – ela disparou as palavras – Rum, vou embora.

Niall continuou encarando-a como se ela fosse um fantasma. Um nome veio imediatamente a sua cabeça

- Aria Payne. – Niall riu, ironicamente – É você não, é?

- Não sou não. Quem é Aria? A garota do seriado de TV? Ai que loucura, to indo embora.

- É você sim! – ele caminhou até ela, impedindo que ela fosse embora – Lembro de você. Vivia usando um suéter feio de rendas!

- O quê? – sua voz saiu esganiçada – Puf... Eu... Puf...

- Você também mentia muito mal. – Niall cruzou os braços, fitando-a.

Aria bufou, visivelmente irritada.

- Tá. Sou eu. Tá de parabéns, por acaso quer algum prêmio por isso?

Niall continuou encarando a garota com aqueles olhos azuis intensos.

- Você está... – ele falou, deixando a frase no ar, sem saber exatamente o que dizer.

- Magra? Sem aparelho? Sem os óculos de mil graus? Com um corte diferente do cabelo? Conseguindo falar sem parecer uma idiota? É, estou. – ela deu de ombros, fazendo uma cara de desprezo para o irlandês metido.

- Eu iria dizer mais irritante, mas isso também conta. – Niall deu de ombros, mas por dentro estava completamente chocado pelo novo visual da garota. – Tanto faz, vou ligar para a polícia.

- Não! Horan! Você não entende! Liam me mata se souber disso! – ela falou, apressada, se aproximando de Niall – Por favor, seja legal uma única vez na vida.

- Você acabou de invadir minha casa e de me chamar de chato. Não quer mesmo que eu chame a polícia? – ele arqueou uma das sobrancelhas – E se isso vai deixar o Payne bravo, vou ficar muito feliz em fazer isso.

Aquilo era injusto. Até parece que Niall nunca tivera invadido uma casa para... Roubar uma cueca. Talvez não. Mas ela tinha motivos! E motivos bons!

Aria iria tentar negociar mais uma vez, quando um barulho agudo interrompeu sua fala. Niall arregalou os olhos, parecendo ter se lembrando de alguma coisa. Sua pele ficou mais pálida que o normal e ele resmungou um palavrão.

- Isso... Isso é... Choro de bebê? – a garota franziu o nariz, olhando na direção do choro.

- NÃO! Não.... Não. – Niall chamou sua atenção antes que ela visse a criança bem atrás dela, mas foi completamente e obviamente em vão.

Aria se virou e deu de cara com Haley caída com a barriga apoiada no chão. Ela chorava litros, fazendo com que o grande cachorro ao seu lado chorasse junto, triste, sem saber o que fazer.

- Meu Deus! – Aria foi até ela, pegando-a com as mãos. – Ela caiu? Segure ela, Horan, eu estou molhada.

Niall fez uma careta de nojo.

- Ela gosta de água. – ele deu de ombros.

Aria fez uma cara perplexa.

- Por que tem um bebê na sua casa? – ela perguntou, tentando acalmar a menininha sem aconchega-la em seu colo molhado. – Por acaso anda comendo criancinhas no jantar?

- Há-há-há... Muito engraçado. – ele respondeu. Precisa achar uma desculpa para aquilo – É minha, rum, sobrinha.

- Sobrinha? – Aria arqueou a sobrancelha, logo virando os olhos para a garotinha.

Ela tinha cabelos castanhos, mas os olhos azuis eram o que chamava mais atenção nela.

- Ela tem seus olhos. – a garota falou, balançando lentamente o corpo de Haley – Ela parece com você, Horan.

- Run, é.

Haley foi parando de chorar aos poucos, até que finalmente nem mais um pio saia de sua boca. Aria colocou ela deitada no carrinho – que só então tinha reparado que estava ali – e se virou para Niall, imaginando que ele deveria estar achanado aquela situação tão estranha como ela achava. Vamos analisar em ordem. Aria havia invadido sua casa, ele tentou acerta-la com um taco de baseball, ameaçou chamar a polícia, reconheceu que ela era a irmã estranha de Liam Payne – uma pessoa que não tinha lá afinidade, não mais – e agora Aria colocava sua sobrinha para dormir em um carrinho. Não era exatamente uma situação normal.

- Como conseguiu fazer isso? – ele perguntou, intrigado.

- Isso o quê?

- Como fez ela parar de chorar?

- Trabalhei de babá por algum tempo. – respondeu, cruzando os braços – Não entendo, se não sabe cuidar de crianças, por que ficou com sua sobrinha? Isso devia ser ilegal, ela estava jogada no chão quando cheguei. Por acaso os pais dela sabem disso? – perguntou Aria, realmente preocupada. Nunca se sabe se Horan reaumente planejava usar aquele bebê como o prato principal do jantar. Mas além de tudo isso, ela também era curiosa.

- Rum, er, claro. – o rapaz respondeu.

- Você hesitou.

- Não hesitei.

- Hesitou. – Aria deu um passo a frente, encarando Niall – Por que hesitou?

- Você está muito intrometida? Minha vida pessoal, sacou? Espera só os policiais chegarem! Você está ferrada, menina. – ele pegou o celular novamente, começando a discar aqueles três números no teclado.

Aria pensou rápido. Certamente, ela ficaria muito encrencada de ter que ser buscada por Liam na delegacia mais uma vez. Ele a comeria viva. Pior, a mandaria de volta para a casa dos pais, teria que sair de Londres e provavelmente dizer adeus para seu sonho de estrelar na televisão. Por causa de tudo isso, botou seu cérebro para pensar. Niall hesitou quando dissera sobre o bebê, algo deveria ter aí.

Ela tinha duas opções: usar o poder da chantagem, o que seria um tiro no escuro, ou sair correndo pela porta e dar o fora dali o mais rápido o possível. Só que Niall já sabia quem ela era, iria mandar milhões de viaturas com cães assassinos atrás dela.

Chantagem, então.

- Se ligar para a polícia, contarei para as pessoas sobre esse bebê!

Niall ficou sem reação, adquirindo uma expressão de raiva com um misto de confusão. Mas o que podia fazer? Aria não podia se meter mais em encrencas. Ou era chantagem, ou ela voltava para a casa dos pais.

- Você não faria isso. – disse o loiro.

- Faça, então. – desafiou, apontando para o telefone – Ao menos, claro, que ela realmente seja sua sobrinha e não tenha nada a esconder.

- Eu nem te conheço, menina, vai embora da minha casa.

- Se você não ligar para a polícia, eu vou.

- Como posso garantir que não vai contar pra ninguém sobre ela?

Aria arqueou a sobrancelha, sorrindo fraco.

- Então quer que ela fique em segredo? Por quê, Horan? – a garota riu ironicamente – Vai me dizer que ela é sua filha?

O tom de Aria foi totalmente brincalhão, sem um pingo de sinceridade, mas a expressão que Niall adquiriu no rosto fez a garota parar de rir e pensar. Essa não era a reação que esperava! Com certeza não era. Pensou que Niall a atacaria com palavras e seria grosso, como estava sendo desde começo – não que ela estivesse sendo educada, mas contava mesmo assim.

- Está querendo dizer... – Aria inclinou a cabeça, olhando para o bebê e depois para Niall. Havia muito semelhança ali – Não acredito! – ela levou a mão a boca, extremamente, completamente e profundamente chocada – Ela é sua filha!

- Claro que não! De onde tirou essa ideia ridícula? Puf... Eu? Filha? – Niall ria, falando aquelas coisas mais para ele mesmo do que para a invasora de casas.

- Se realmente não tem nada a esconder... – continuou Aria, tentando controlar todo o espanto que sentira com aquilo – Por que tem medo que eu fale dela?

Niall lhe lançou um olhar fulminante e mortal.

- TÁ! TÁ! TÁ! – Niall jogou os braços para cima – O que faço para te manter calada?

- Não ligue para a polícia. – a garota sorriu vitoriosa – E me dê uma cueca sua.

- O quê? Uma cueca? Pra que você quer uma cueca, menina estranha?

- Para de me chamar de menina, eu tenho um nome! – esbravejou Aria – E quero uma cueca. Uma que você tenha saído em alguma foto sua em público.

Niall encarou Aria totalmente confuso.

Tudo para ela ficar de bico fechado. 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!
Até amanhã.


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