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História How To Love (Caminah) - Capítulo Único


Escrita por: waxwings

Notas do Autor


Eu fiz essa one faz algum tempo, mas nunca tinha postado em português em nenhum lugar além do 5Hfanfiction no tumblr. Espero que gostem.

A imagem acima é só porque ela é fofa mesmo hihi'

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction How To Love (Caminah) - Capítulo Único

- Então ele chegou em mim do nada e me beijou! Tipo, ele me jogou contra parede e a próxima coisa que eu lembro é da língua dele na minha garganta!

- Uou. E o que você fez? – Dinah tentou soar um pouco mais entusiasmada do que ela realmente estava.

- Eu o empurrei É CLARO!

- Bem, normalmente você acaba na cama com eles, então, quem vai saber. – Camila encarou Dinah, que estava em sua cama com os braços cruzadas sob os seios enquanto observava sua amiga caminhar de uma lado para o outro, com olhos extremamente arregalados.

- Com licença, – Camila falou pausadamente e caminhou na direção de sua amiga à sua frente, felizmente, Dinah estava sentada, então ela era a mais alta nesse momento. – Eu não sou uma vadia, eu não durmo com todos os caras que eu beijo ou que tentam me beijar.

- Eu nunca disse que você era uma vadia, eu só quis dizer que você dorme com muitas pessoas. O que não é mentira. – Enquanto Dinah falava, Camila podia sentir suas orelhas esquentarem com a raiva que crescia.

- Porque você está me julgando?! Até onde eu sei, você nunca saiu desse quarto pra nada que consista em realmente viver! – Camila basicamente gritou, mas a outra garota apenas se moveu para se sentar à sua mesa de estudos.

Enquanto as palavras de Dinah soavam surpreendentes para Camila, as de Camila não eram nada que Dinah nunca tivesse ouvido. Ally disse uma vez, mas não com essa quantidade de raiva, ela falou isso com preocupação escrita em todas as suas feições. Suas duas exs também. Até Lauren disse isso da última vez que elas se viram, o que foi dois anos atrás. As coisas não mudam muito quando você vai para a faculdade.

- Verdade, – Dinah falou simplesmente. – e, como eu não sou uma pessoa que sai e vive, você se importaria se eu fizesse minhas atividades e estudasse? Eu tenho ess-

- QUE PORRA DINAH? EU TO AQUI TENTANDO CONVERSAR E VOCÊ QUER ESTUDAR, CARALHO! – Agora Camila gritou de verdade, empurrando a cadeira de Dinah para que ela pudesse encarar a mais nova.

- Bem Mila, apesar de você estar me dizendo pela primeira vez que não teve a melhor noite de sexo da sua vida, e, pelo contrário, você a negou, eu ainda tenho duas provas e um trabalho pra terminar com data de entrega para amanhã. Então, você realmente se importa? – Ela respondeu com o tom de voz tedioso, com um lápis na mão e uma careta.

Dizer que Camila estava com o queixo no chão seria atenuar a situação. Ela nunca havia ouvido sua melhor amiga a tratando desse jeito. Dinah sempre foi carinhosa e compreensiva para qualquer coisa e a qualquer momento que Camila quisesse falar. Mas agora, parecia que ela apenas a queria machucar ou não se importava com nada que saísse da boca dela. De repente, Camila não queria mais conversar.

- Bem, eu espero que você morra uma porra de virgem solitária com sua merda de cabeça enfiada em um desses livros! – Ela gritou, batendo os pés para que Dinah pudesse ouvir o quão irritada ela estava.

- Se eu pudesse, eu adoraria. – Dinah sussurrou apenas para si, desejando que ninguém a ouvisse.

Mas Camila ouviu.

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Agora, Camila estava andando de um lado para o outro em seu quarto. Sua colega de quarto estava em aula provavelmente, então ela tinha todo o pequeno quarto para mergulhar nas palavras de Dinah. Principalmente, nas seis últimas.

Se eu pudesse, eu adoraria.

O que ela adoraria? Morrer virgem? Ser solitária? Morrer com sua cabeça dentro de um livro? Nada do que Camila havia dito eram coisas boas, e aí ela joga essa bomba. E, pelo volume da sua voz, Camila sabia que não era pra ela ter ouvido. E ainda por cima, havia o adicional de ela estar tão distante e fria. Não era normal de Dinah ser assim, mas era normal de Camila ter pavio curto e ir embora antes de explodir e fazer as coisas piores.

Ela caiu de cara em seu travesseiro, gritando em puro desespero. Tudo o que ela queria fazer agora era voltar ao quarto de Dinah e a fazer falar, não importando quantas provas e trabalhos que ela tivesse para o dia seguinte. Mas o orgulho de Camila era muito grande e ele estava machucado. Ela afundou suas unhas no colchão, tirando os lençóis do lugar, fazendo sua bagunça particular. Talvez sua cama pudesse parecer um pouco com o trânsito de pensamentos dentro dela. Não, a cama ainda estava muito arrumada.

Duas batidas e uma voz a tirou da bagunça que ela chamava de pensamentos. – Mila, posso entrar?

- Claro. – Ela disse abafado contra o travesseiro.

- O que você fez? – Normani disse calmamente, dando batidinhas na perna da mais nova.

- Porque é sempre "eu" quem faz as merdas? Porque você não poderia perguntar "o que aconteceu" ao invés de pular em afirmações? – Camila se sentou, deixando espaço para Normani se sentar ao seu lado.

- Okay, é sua culpa?

As palavras travaram em sua garganta. Era? Diabos, ela nem conseguia entender o que tinha acontecido, como ela iria saber se era culpa de alguém?

- Eu não sei, Mani. – Ela respondeu verdadeiramente. – Eu só tava contando pra Dinah os eventos de ontem e ela disse que durmo com geral e eu acho que isso meio que me empurrou ao limite.

Normani apertou os lábios, os deixando como uma linha fina, segurando a mão mais próxima de Camila com as suas duas.

- Você não está me contando os detalhes, Mila. – Ela disse cuidadosamente. Camila ergueu as duas sobrancelhas, ficando chocada com aquela afirmação.

- Perdão?

A negra respirou fundo antes de continuar. – Ally me ligou. Ela disse que quando chegou ao quarto delas, Dinah estava chorando e soluçando descontroladamente. A única coisa que ela entendeu foi "Camila".

- E-eu... Mani...

- O que aconteceu, Mila? – Normani disse, dessa vez mais séria.

Camila estava lutando contra suas próprias lágrimas. "Se eu pudesse, eu adoraria" queimando em seu cérebro. Mas, ainda, ela não entendia o que realmente estava acontecendo. E, de repente, ela vomitou tudo para Normani. Nem mesmo escondendo as palavras horríveis que ela disse no fim, mexendo suas mãos pra cima e pra baixo, tentando explicar. Apenas deixando para si as seis últimas palavras de Dinah. Normani estava sendo compreensiva, mas também chocada.

- Você precisa falar com ela, sem surtar ou gritar. Dinah se importa muito com você, e eu sei que você não quis dizer isso, mas agora está feito e vai ter que pedir pelo perdão dela.

- E também Mila, você sabe que você dorme com muita gente. Não é como se ela tivesse dito que você é uma puta ou algo do tipo, mas todas nós sabemos que você já transou com um bom número de garotos e garotas pelo campus. – Camila abriu a boca para responder, mas Normani colocou um dedo nos lábios dela indicando que não tinha terminado. – Meu ponto é que Dinah sempre esteve desconfortável com as tuas histórias, então eu entendo de onde veio tudo isso, mas, diferente de ti, ela não consegue ser tão direta sobre algo quando a incomoda. É claro, você pode fazer o que quiser, é a tua vida, entretanto não pode esperar que ao construir um relacionamento com alguém e não achar que eles não vão se preocupar com as tuas escolhas. Além do mais, você tá quase magoando ela de propósito. Entende?

- Mas não hoje à noite, ok? – Camila respondeu concordando com a cabeça. – Tanto eu quanto Dinah provavelmente precisamos dormir para esfriar a cabeça, pelo menos eu preciso. Além do mais, são quase onze horas, e eu tenho aula amanhã de manhã.

- Tudo bem. Mas você tem as próximas vinte e quatro horas para concertar isso.

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Dinah tinha estudado muito para as provas, mas tendo dormido apenas duas horas, tornava se concentrar muito difícil. Agora, além de ter uma dor de cabeça crescente causada por falta de sono, ela estava suportando um desespero crescente de receber qualquer nota abaixo de um A-.

Mas, infelizmente, ela não pode culpar apenas a si mesma por sua noite acordada e sua falta de concentração. Como de costume, Dinah passou as horas que deveria estar se focando escrevendo as respostas certas, pensando em Camila. Sobre suas lindas e perfeitamente esculpidas feições, seu sorriso, seus olhos, e suas palavras extremamente dolorosas. Dinah sabia que, por dentro, Camila não queria dizer aquilo, mas isso não diminuía a dor.

É só que Dinah estava apaixonada por Camila já há um tempo. Sim, não é só uma crush, ela já tinha desistido de convencer a si mesma que esses sentimentos eram simples assim, quando eles já tomaram conta da sua mente de forma que fizeram Dinah conseguir seus primeiros Cs em uma vida inteira. Ela estava cansada de sentir tanto, mas não é como se ela conseguisse evitá-los. Ela já tentou. E ela se arrepende disso até hoje.

Agora, ela estava cochilando na biblioteca, no seu lugar secreto. Ou, ao menos, tentando. Dinah continuava acordando por culpa dos seus sonhos estranhos. Isso acontece muito. Ela chega a fase mais profunda do sono muito rápido quando está muito cansada, dando à ela muitos sonhos e impedindo que ela descansasse. E mais, os sonhos sempre voltavam para uma certa garota de olhos castanhos.

Dinah não poderia fugir dela mesmo se quisesse.

Entretanto, estar apaixonada por uma garota como Camila é exaustivo. Quando Dinah disse que Camila dorme com muitas pessoas foi uma forma de diminuir a realidade dos fatos. Camila saía sempre que tivesse vontade, o que significava quatro dias por semana no mínimo. Dinah se desligava sempre que ela começava a falar sobre os garotos e garotas ela tinha ficado, as histórias por detrás dos seus chupões, e todas as coisas assustadoras que você certamente não quer ouvir vindos da garota pela qual você está apaixonada pelos últimos treze meses.

- Hey, posso sentar aqui? – Uma voz muito conhecida tirou Dinah de seus pensamentos, levantando sua cabeça e prendendo seu olhar com o da dona da voz.

- C-claro, eu já estava saindo. – Dinah disse mexendo nas suas coisas, tentando pegá-las o mais rápido possível, mas parou quando sentiu a mão da garota em seu pulso.

- Chee, eu tava esperando que a gente pudesse conversar. – Camila disse suavemente, fazendo borboletas entrarem em erupção dentro de Dinah. Oh, as coisas que essa garota a fazia sentir. – Eu prometo que não vou gritar contigo, só acho que precisamos concertar algumas coisas.

- Seria estranho para você ser vista falando com um zumbi, já que eu certamente não vivo. – Dinah respondeu grossa. Bem, ela podia estar apaixonada pela garota, mas ela não estava nem um pouco a fim de ser um saco de pancadas.

- Por favor, D, eu estou verdadeiramente arrependida pelas coisas que te disse ontem à noite. Você é a minha melhor amiga e não posso ficar em paz sabendo que eu te magoei tanto.

Dinah apertou seus olhos, olhando para Camila esperando que ela começasse a rir. Ela nunca, nunca pede perdão. Algumas coisas estão realmente mudando para melhor.

- Okay... – Ela se sentou novamente e virou seus olhos para a cubana, decidindo dar a ela uma chance. – Sou toda ouvidos. – Dinah cruzou os braços e ficou olhando para ela, Camila pensou em se sentar, mas já estava muito baixa naturalmente e resolveu permanecer com a diferença de altura natural delas.

Camila respirou fundo, ela conseguia fazer isso.

- Primeiramente, eu estou verdadeira e profundamente arrependida pelo o que disse. Eu não queria dizer nada daquilo, você é diferente de mim e eu preciso entender que o seu jeito de curtir a vida não vai ser o mesmo que o meu, com isso sendo dito, eu espero que encontre amor e não acabe sozinha. Você merece ser feliz e eu não tinha o direito de dizer palavras tão venenosas.

- Mas eu não sabia que, vamos dizer assim, meu jeito de curtir a vida te magoava de qualquer forma. E eu realmente não entendo isso. Tipo, garotos fazem a mesma coisa que eu, e ninguém diz nada, então porque é tão errado e doloroso para você que eu faça isso? Eu me cuido, uso proteção e tomo anticoncepcional, então sim, tenho tudo sob controle. Então porque isso te incomoda tanto?

- Porque você é muito especial para deixar qualquer pessoa entrar em você sem sentir nada além de desejo, você vale muito mais do que isso. – Dinah disse percebendo o que tinha dito apenas alguns segundos depois que as palavras saíram. Mesmo assim, ela não se arrependia.

- Eu? Especial? A gente tá falando da mesma pessoa aqui, DJ? – Camila riu de forma dolorosa. – Eu não to nem perto de ser especial, e você sabe disso.

- Odeio quando você faz isso. Se puxando pra baixo desse jeito, é horrível e não é verdade.

- É verdade... Minha mãe disse que é... – Camila desviou seu olhar, não sabendo se ela poderia suportar o olhar que Dinah estava dando a ela. Era quase como se ela fosse... Importante. Deu de ombros, não podia deixar essas ideias se aprofundarem.

- Sua mãe está errada. – Dinah disse simplesmente, mas séria, empurrando as cadeiras para poder ficar mais próxima de Camila. – Você é uma das pessoas mais especiais e carinhosas que eu já tive o prazer de conhecer. Eu, Mani e Ally nunca poderíamos suportar a faculdade sem você, Chancho. Nós te amamos, e todas pensamos que a forma que você escolheu viver não está apta ao seu valor, mas não é nosso lugar para determinar isso. Mas, acredite quando eu digo, você vale muito mais do que apenas uma noite.

Camila abriu a boca para discordar, mas Dinah foi mais rápida. – Você merece amar, e ser amada de volta.

- Eu nunca poderia ser amada. – Foi tudo que Camila conseguiu dizer. Ninguém nunca tinha dito algo tão forte para ela, e ela não sabia como responder.

- Então, me deixe te amar. – Dinah disse o mais rápido que conseguiu, segurando as duas mãos de Camila, para enfatizar suas palavras. – Me deixa te mostrar o quanto você merece ser amada e como é ser amada verdadeiramente.

- Você me deixaria? – Ela perguntou mais uma vez, sentindo a garota a sua frente tremer.

Depois de alguns minutos, Camila finalmente voltou aos seus sentidos e olhou dentro dos olhos carinhosos de Dinah. Eles tinham amor dentro deles, ela conseguia sentir um calor gostoso fluindo deles. E ela queria isso, ela precisa disso.

- Sim, eu deixo.


Notas Finais


Hello little ones!
Bem, eu nunca decidi se continuo essa fic ou não, por mais que eu ache que ela pede um segundo cap... Eu não sei. Então, se alguém quiser, me avisa que talvez eu continue.
Beijos de luz ;*


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