História How to not Love You (JIKOOK) - Nós não vamos morrer... Né...? Hyung?

[PARK JIMIN] 

A música começou a tocar. As pessoas se juntaram em um centro iluminado por lamparinas coloridas e dançantes, com diversas formas. O mar parecia ter se agitado conosco, e a lua ter ficado ainda mais clara. Ela beijava o mar, e brilhava forte em nossos rostos; era a noite perfeita. Enquanto o DJ trocava suas músicas na medida em que terminavam, as pessoas movimentavam suas cinturas, braços e pernas, criando uma forma própria de dança para se encaixar a música. Algumas dançavam juntas, outras separadas... Pulavam, sorriam, definitivamente, elas pareciam felizes. E eu então, não conseguia tirar meu sorriso do rosto, que esboçado ficou, até ser chamado por uma senhora, já de idade por sinal, e Jeon, que estava ao seu lado. Ambos seguravam uma taça de provavelmente champagne. 

– Amor, essa é a minha tia, irmã de meu pai! – Disse o Jeon, enquanto me aproximava. Reverenciei e segurei a mão da velha mulher, beijando - a em seguida. 

– Muito prazer senhora, meu nome é Park Jimin. – Disse e levantei a expressão para enxergar a mulher, que suspirou. 

– Senhora não, aish, nem sou tão velha assim. – Ela disse, fazendo JungKook rir baixo. – Talvez um pouco. Mas enfim, Jimin, sou Jihyun, e desculpa pelo idiota que você teve que casar! 

– Aish tia, eu melhorei! – JungKook diz e cruza seus braços com um bico. 

– Claro! Graças a ele! – A mulher aponta para mim, ajeitando seu charque azul claro. – Brincadeira Kook, sabe que a tia ama você! – Ela aperta a bochecha de Jeon, que permanece com o bico. – Enfim, Jimin, obrigada. Você transformou não só Jeon, como também Hoseok, que estava perdido no mundo. – ela diz.

– Não, Hoseok mudou sozinho senhorita, não fui eu não. – Eu digo, mas ela nega. 

– Não, você ajudou sim! Você foi um anjo para os dois. – Ela diz, me fazendo sorrir timidamente. – Por favor querido, me prometa que cuidará desse bebezão? Ele foi como meu filho. – A mulher olha Jungkook e sorri bobo. – E aposto que sua mãe estaria orgulhosa de você, Jeon. – JungKook sorri, com uma provável vontade de chorar, e eu sorrio, logo respirando fundo.

– Sim, ela está. Tenho certeza que ela está, Jeon. – Disse, confirmando o que havia dito a mulher, vulgo Jihyun. – E não se preocupe dona Jihyun, cuidarei bem dele. – Eu o olho e sorrio bobo, enquanto observo suas feições. 

O restante da festa, foi apenas divertimento. Tiramos fotos para o álbum, e agora estávamos indo encerrar a festa; eles colocariam a valsa dos noivos. Nervoso, mordi meu lábio inferior e apertei os olhos. As pessoas se distribuíram para os lados do centro, ficando por ali, enquanto eu e JungKook nos organizavamos. A música começou em uma melodia lenta, e sem muitos instrumentos, fazendo Jeon colocar as mãos em minha cintura e eu em seu pescoço. Comecei a mexer o quadril de um lado para o outro, cuidando meus pés para que não pisasse aos de Jungkook. Jeon riu nasal, e tirou uma mão de meu quadril, direcionando para meu queixo e o levantando. 

– Olhe para mim, amor! – Ele disse, e sorriu, voltando sua mão para meu quadril. Nossos olhos não se desencontraram em nenhum momento, pelo menos agora. Nossos sorrisos estavam esboçados, e meu rosto pouco corado.  Nas voltas que dávamos, eu observava de vez em vez, os presentes; todos tinham um sorriso, todos tinham um amor, todos tinham um futuro em que estavam destinados a seguir; na verdade, todos temos um. Mas não, eu nunca me imaginei aqui, nem agora. Talvez esse deve ser o chamado destino. Quem diria que, um oficial, mais cobiçado do mundo, bonito e inteligente, iria casar com um fugitivo; é, quase. Mas o pior, é que não era qualquer fugitivo, era Jeon JungKook, o cara que mais procurei durante anos. Definitivamente, o destino brinca com nós, falo por experiência própria. Quem imaginaria, que eu casaria com JungKook, que eu estaria no mesmo local que um Jeon Hoseok ou Kim Taehyung, meu ex... Ou com Min Yoongi, o cara que eu mesmo prendi. Aish, que destino complicado; Mas sinceramente, eu gosto desse destino. 

Enquanto pensava, eu observava JungKook e sorria. 

– O que foi amor? – Perguntou Jeon, também sorrindo. 

– Estou feliz! –  Respondi. – Feliz por estar com você. – Acariciei seus pequenos fios da nuca, delicadamente. 

– Eu também... Muito... – Ele diz, e acaricia meu rosto. – Amor, sabia que eu te odiava? – Ri baixo. 

– Duvido! – Respondi, ainda rindo e movimentando - me dê um lado para o outro. – Você me amava e me ama ainda. 

– Aish, como você sabe? – Jeon fez um bico e eu ri, colando um pouco mais nossos corpos e deitando minha cabeça sobre seu ombro, enquanto os passos diminuíam de velocidade. 

– Oras, eu sei. Até mesmo eu me amaria se fosse você! – Disse, rendendo uma risada baixa de Jeon. Fechei meus olhos por um momento, mas logo os abri, piscando para Yugyeom; afinal, foi ele que me disse. Novamente fechei os olhos, sentindo minha mão ser tomada por Jeon, entrelaçada ao mesmo. Ele estava com a bochecha deitada sobre meus cabelos, por eu ser menor, e também mantinha seus olhos fechados. Eu podia sentir seu coração batendo forte e sua respiração descontrolada. 

– Jimin, eu fiz tudo que fiz por você, e se pudesse faria de novo. Me desculpe pelas lágrimas que fiz você chorar, me desculpe pelas noites em claro que fiz você ficar esperando por mim... Eu te amo Jimin, e de nada que fiz, me arrependo. – Jeon diz, fazendo - me arregalar os olhos e o encarar, cerrando os lábios. – Por você, eu viraria fugitivo novamente. – Ri timidamente e neguei. 

– Não! Pelo amor de Deus! – Brinquei, fazendo JungKook rir. – Mas, concordo, se tomaria esse mesmo rumo, eu não hesitaria em ser fugitivo novamente. – disse. 

– Prefiro você sendo meu oficial birrento. – Respondeu JungKook, rindo. O acompanhei, e aproximei nossos rostos, juntando nossos narizes. 

– Jeon, eu te amo, muito. Mesmo que eu nunca que imaginaria isso! – Disse, e Jeon riu. – As vezes o destino brinca com a gente, traça caminhos que nunca poderiam ser traçados se dependesse de nós, mas... – Acariciei o rosto de JungKook com os dedos. – Sinceramente, eu amo esse destino. 

– Prazer, destino. – Jeon diz e eu rio, encarando os lábios de JungKook intensamente, até fechar os olhos e os colar. As pessoas bateram palmas, enquanto aproveitavamos aquele beijo cheio de sentimentos. Ao fim dele, sorrimos timidamente, e agradecemos a todos pela presença. A festa iria encerrar para nós ja que Yugyeom e Mark, agora, ficarão responsáveis pela mesma.

Nós já estávamos indo para o carro, quando os meninos nos encontraram.

– Mark, pelo amor de Deus, cuida da minha casa. – Disse. 

– Sua? – Questionou JungKook. 

– Nossa – Fiz ênfase. – Nossa casa. – Respondi. 

– Na verdade, minha não é? Você que invadiu minha casa e não saiu mais. – Diz JungKook, fazendo - me cerrar os olhos. 

– Você que me levou lá, seu palhaço. – Respondi, batendo em seu braço de leve em seguida.

– Tá tá tá, hyung! Cuidarei. – Disse Mark, interrompendo - nos.

– E nada de festas! Vou voltar daqui a uma semana, hein! Pelo amor de Deus. – Choraminguei, entrelaçando minhas mãos, quase que rezando. 

– Não se preocupe hyung, não deixarei esse irresponsável fazer festa nenhuma! Afinal, estarei lá, apenas para cuida - lo. – Intervém Yugyeom, sorrindo. Eu rio abafado pela mão, e logo suspiro. 

– Aish, não confio em nenhum dos dois. – Disse, semicerrando os olhos, mas logo rindo. – Okay, meninos, agora eu preciso confiar! – Sorrio e os abraço, me despedindo. Jeon faz o mesmo e nós entramos ao carro escuro. Fechamos a porta e abanamos para os meninos enquanto o carro partia. Iríamos pegar o avião de madrugada para poder ir para o Havaí; aish, to nervoso! Eu adoro aviões, mas é minha primeira vez indo pro Havaí. 

[...]

Chegamos ao aeroporto, já com passagens; Jeon e eu vínhamos a tempos pensando nisso, mesmo antes de brigarmos. Esperamos a hora de nosso avião, e fizemos nosso check in, logo tomando nossas malas e as carregando conosco. Passamos pela ala de segurança tranquilamente, e logo adentramos aquele "pássaro gigante de ferro e assustador", jeito como Yugyeom o denomina. 

Colocamos nossas malas lá em cima e sentamos no lado esquerdo daquele avião. Fiquei na janela, e observei a asa do avião. JungKook colocou seu cinto e começou a suspirar, logo falando sozinho. 

– Puta que me pariu, calma, calma! Você vai sobreviver. São só 9 horas no avião a... Huh... Não sei quantos metros de altura e... É... EU VOU MORRER. – Rio do que havia dito o mais novo e o encarei. 

– Jeon, nunca andou de avião? – Perguntei e ele negou, me olhando assustado. 

– N-nunca! 

– JungKook. – O encarei de perto, colocando minha mão sobre a sua delicadamente, entrelaçando nossos dedos. – Eu estou aqui, okay? – Sorri sem mostrar os dentes e o selei delicadamente, mas que se transformou em um beijo em seguida. Deixei uma mordida em seu lábio inferior após o fim do beijo e sorri, deitando minha cabeça sobre seu ombro. – Jeon, pensa em algo que você passou que tenha sido perigoso. 

– Hum... Quando eu fui te salvar... É... Quando fugimos juntos dos oficiais... – Ele dita mais alguns acontecimentos e logo o avião decola. O mesmo nem sente que o avião tremeu, pois estava concentrado em pensar, e isso até mesmo me fez rir baixo. – Do que está rindo, hyung? 

– Viu? Já estamos no ar. – Mostrei a janela e ele arregalou os olhos, logo apertando minha mão. 

– Hyung... E se eu morrer? – Perguntou Jeon fazendo um biquinho.

– Eu te beijo e te ressuscito. – respondi e ele tombou a cabeça para o lado, pondo sua língua para fora. – O que está fazendo? 

– Morri hyung, já pode me beijar. – Disse Jeon e voltou a fechar os olhos, desta vez, fazendo biquinho. Ri e colei nossos lábios várias vezes seguidas, fazendo JungKook sorrir e selar - me demoradamente, puxando a respiração. Nós separamos quando o avião balançou. – Hyung, me diz que isso é normal. – Jungkook diz, me olhando assustado.

– Eu queria dizer isso, Jeon, juro que queria. – Respirei pesado e com o coração acelerado, apertei a mão de JungKook. 

"Nós não vamos morrer... Né...?"