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História How to not to hate rain - The end: how it has to be


Escrita por: Hellscy

Notas do Autor


"Se você encontrar alguém disposto a caminhar na chuva do seu lado, não fuja, molhe-se"
- Contardo Calligaris

Capítulo 3 - The end: how it has to be


Desde o começo Gray apareceu como o raio de sol na vida chuvosa que Juvia levava.

Na primeira chuva juntos ele lhe deu esperança. Fez brotar uma pequena semente.

Na segunda, a fez florescer. Aquilo que hoje, depois de muitos anos ela pôde reconhecer como amor. Mas mais que isso, na segunda chuva ele lhe ensinou a enfrentar suas tristezas.

Seguir em frente.

Então, algum tempo depois daquele dia Juvia respirou fundo e vislumbrou o céu azul com um sorriso e uma determinação. Pensava nele, porém pensava antes de tudo em si mesma. Ela passou a frequentar um psicólogo, para ter com quem falasse, alguém que ajudasse a superar seus problemas com chuva os quais pareciam ser mais do que uma coisa simples. Ela sabia disso.

Durou dois anos e à medida que se engajava nas sessões Juvia começou a desenvolver uma personalidade mais aberta do que tinha antes. A Lockser passou a conversar com mais confiança com seus amigos, se sentir mais à vontade para falar sobre seus problemas e sentimentos. Começou a confidenciar-lhes seus pensamentos com os companheiros com mais coragem.

 Entretanto, ninguém poderia tomar o lugar de Gray como seu maior confidente. Além de principal companheiro.

Gray e Juvia começaram como amigos ficantes. Não, não amigos coloridos, pois por um tempo não houve tal tipo de contato sexual. Amigos ficantes.

Se antes da festa da praia eles mal se viam ou conversavam, as coisas foram mudando aos poucos. Saíram algumas vezes para tomarem café e breves passeadas no parque. Como trocar mensagens não tinha dado certo eles optaram pelo método antigo de ligar, o que mostrou resultados promissores, bem melhores. E óbvio se beijaram em vários desses encontros. Os mais envolventes aconteciam quando Gray os puxava para um local menos movimentado, mas por se encontrarem sempre em locais públicos eles nunca se excediam a ponto de querem algo a mais. Porém, isso não impediam de pensarem sobre.

Infelizmente, eles não tiveram chance.

Pouco tempo depois, perto de se formar, Juvia foi aceita em um programa de intercâmbio e Gray se envolveu profundamente na sua futura carreira de médico engajando-se em projetos de pós-graduação. Inevitavelmente, acabaram se separando por alguns anos. Eles puderam manter contato até quando suas respectivas cargas horárias os permitiram, o fuso horário foi outro problema. Foi nesse meio tempo em que a Lockser buscou psicólogo.

E nesse meio tempo também nada os impedia de conhecerem outras pessoas.

Eles não tinham um envolvimento tão grande a ponto de um pensar em impedir o outro em seguirem seus sonhos profissionais, muito menos em suas vidas amorosas. Fora que, mesmo que tivessem, prefeririam a felicidade um do outro. Sabiam da importância de trilhar um caminho atrás de conquistas. Porém isso também não os impedia de ficarem com um gosto amargo na boca e um peso nas costas.

Juvia demorou quatro meses após seu retorno para rever Gray.

A Lockser até pensou em procurá-lo logo nos primeiros dias, porém isso soou como desespero em sua cabeça. Ela nem sabia se ele ainda pensava nela ou ao menos se lembrasse dela. Acabou por achar uma péssima ideia sem saber que, na verdade, ele nunca esqueceu.

Quatro meses depois um pequeno acidente com caixas de mudança e uma escada, resultando em um tornozelo torcido, fez com que se reencontrassem no hospital na sala do Dr. Fullbuster.

A reação de surpresa foi a mesma para ambos. Olhos arregalados que se encaravam descrentes. Demorou um pouco para se darem conta da situação e Gray atendê-la. Durante a consulta o tom profissional e os intervalos de silêncio foram desconfortáveis, pelo menos para Juvia. Já Gray parecia bem calmo diante da situação enquanto anotava o que ela dizia e outras observações com seu garrancho de letra. Durante os momentos em que não falam nada ele nem a olhava. Frio.

No final, a Lockser chegou à conclusão de que estava certa e que ele não se importava mais.

Chegou em casa com uma sensação de dor que não era causada pelo pé enfaixado. Para isso ao menos havia analgésico. Só lhe custava entender o porquê da vontade de chorar, e suprimir.

Passaram-se três dias antes que batessem na sua porta.

Gray Fullbuster estava lá sem jaleco, roupas casuais, as mãos nos bolsos e o cabelo o mais bagunçado arrumado quanto era possível. Ele sorria tristonho, como se fosse culpado. Reparando-o melhor, ele parecia bem mais maduro e lindo, mesmo com as olheiras devido a profissão exaustante.

Burlando as regras ele conseguira o endereço da Lockser pela sua ficha no hospital. Juvia não teve tempo de questionar, com todo o cuidado que ele pode ter com seu pé machucado Gray a empurrou para dentro do apartamento tomando-lhe os lábios sem cerimônias.

Ele não podia se segurar. Gray Fullbuster sentia saudades.

E foi exatamente isso que ele disse quando se separou dela para tomarem mais fôlego. Juvia contra a parede sentiu um alivio crescente no peito ao assimilar as coisas, sorriu entre selinhos e deixou-se envolver. A vontade de chorar voltou, mas ela não teve tempo para isso.

Novamente, não houve mais do que beijos. Como médico Gray não faria nada enquanto ela tivesse o tornozelo enfaixado. Entretanto, ele não precisava esperar que a Lockser se curasse para um pedido oficial de namoro, óbvio.

A primeira vez deles valeu a pena esperar.

Um pouco depois de Juvia se curar, os beijos foram ficando cada vez mais quentes e exigentes, como se realmente pegassem fogo, nada poderia para-los. Muito menos eles mesmos.

Entre quatro paredes - as únicas testemunhas de gemidos roucos e gritos prazerosos - os lençóis desarrumados da cama de Gray e as roupas espalhadas pelo chão foram as provas de que se amaram. Fora, é claro, os corpos suados e os corações acelerados.

Logo, não demorou muito para outros grandes passos na relação do casal.

Relembrando essas memórias, Juvia não podia ter dúvidas de estar fazendo a coisa certa. Não sentia nem um pingo de receio ou dúvida em afirmar com convicção sua vontade de viver para sempre ao lado de seu raio de sol. De forma egoísta, queria que Gray estivesse ao seu lado para o que desse e viesse, assim como ela faria o mesmo. Sempre.

Juvia Fullbuster aprendeu a não odiar a chuva. Bom...não completamente, mas ao menos não mais como um problema. Ela até tinha uma pequena lista das suas favoritas. A do beijo na chuva com Gray poderia ocupar o segundo lugar, mas caia para a terceira já que a segunda tinha de ser a chuva que fez eles se conhecerem.

A primeira ela vivia agora, com um sorriso enorme no rosto e agarrada ao braço de Gray enquanto corriam em direção a nova vida juntos.

Chuva de arroz.

.

.

.

.

.

Os recém-casados entraram no carro ofegantes, mas sorridentes.

Juvia entrou primeiro ajeitando o vestido de noiva enquanto Gray batia a porta. O destino era a festa pós-cerimonia. Assim que o motorista deu a partida a nova Fullbuster suspirou cansada e deitou a cabeça no ombro do marido, extasiada vislumbrava o delicado anel no seu dedo anelar esquerdo.

Ela pousou a mão esquerda sobre a mão de Gray, aquela que também carregava uma aliança. Era a primeira vez que fazia, mas já gostava do modo como os anéis combinavam. Formavam o melhor dos pares.

- Hmm. – Gray soou pensativo.

Juvia levantou um pouco a cabeça para vê-lo. Ele olhava atento para o celular.

- O que foi? – perguntou curiosa.

O moreno desligou o celular guardando-o de volta no bolso da calça e então, sorrindo divertido, virou-se para a esposa.

- De acordo com a previsão do tempo, vai chover para onde vamos passar nossa lua de mel, por alguns dias.

Juvia sorriu. Seus olhos brilharam escuros e seduzentes quando ela passou a brincar com o colarinho da camisa de Gray e acariciar seu peito sobre o paletó transparecendo a intenção de tirá-lo.

- Não tem problema. Assim, vamos poder ficar mais tempo sozinhos no quarto.

- Tentador – Gray riu rouco. – Viva a chuva! – e beijaram-se.

Viva. 


Notas Finais


Holi!
Aaaaaaaah! Eu finalmente consegui terminar esse cap e consequentemente a fic!!!
Antes de mais nada eu queria dizer que tenho muitas outras ideias que gostaria de postar, mas por questão de ENEM eu não sei quando vou conseguir. Bem capaz que eu volte pro meu hiatus do qual acabei de voltar ^^''
Bom, apenas uma coisinha sobre o cap que é o negócio do psicologo. Enquanto eu escrevia o cap passado (o segundo) eu senti que eu exagerei um pouco nessa história de Juvia triste e chuva, então essa foi a maneira que eu achei para amenizar um pouco e deixar com mais cara de real do que anime. Sei lá se deu certo, mas eu tentei.
A primeira opção seria deletar metade do segundo capitulo e só deixar no ar o porquê da Juvia detestar chuva. kk
Bom, eu espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever. E
Eu vou tentar vir com novas fics! Se eu vier as capas vão perder estilo pq eu faço elas e se for para postar fic ou eu perco tempo de estudo escrevendo ou eu perco tempo de estudo fazendo capa. Poisé não dá pra ter tudo. Principalmente eu.
Até a próxima!
Bjuks! =*
Twitter para notícias: @Hellscy_


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