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História How to Save a Life II: Doctors Unite - We're Gonna Be Alright


Escrita por: JoMoAccola

Notas do Autor


Oi oi genteeeeee. Como vão? Espero que bem ♥ Estão prontos para mais um capítulo? :)
Nos vemos nas notas finais.

Tradução do título: "Nós Vamos Ficar Bem"

Capítulo 4 - We're Gonna Be Alright


Fanfic / Fanfiction How to Save a Life II: Doctors Unite - We're Gonna Be Alright


"Sombras da meia-noite
Onde encontrar o amor é uma batalha
Mas a luz do dia está chegando
Então não se preocupe com nada

Nós vamos ficar bem
Nós vamos ficar bem
Nós vamos ficar bem

Amor, você não sabe?
Todas as lágrimas vêm e vão
Amor, você só tem que se decidir
Porque tudo vai ficar bem
[...]

Estamos indo em câmera lenta
Parece que não conseguimos chegar onde queremos
Mas os tempos difíceis valem ouro
Porque eles levam aos dias melhores [...]"


Be Alright — Ariana Grande

Eu me lembro de muito pouco que aconteceu depois que inúmeros policiais entraram armados e escoltados dentro do hospital. Tudo que ocorreu depois de Klaus ter me tirado da mira do homem foi um borrão. Sei que fui colocada dentro de uma ambulância, assim como todos que estavam ali presentes, e levada até o Hospital Lenox Hill, que também fica aqui em New York. Lembro-me também de ter sido examinada por vários médicos e ter feito diversos exames. Eu não prestava atenção no que estava acontecendo em minha volta, pois apenas pensava nas horríveis cenas que havia presenciado hoje.

Quando me dei conta, os médicos me colocaram em uma poltrona, num lugar que eu julgava ser uma sala de espera. Olhei para o lado e vi que Klaus, Damon, Stefan e Katherine também estavam ali. Klaus veio em minha direção, me abraçou e perguntou:

— Você está bem?

Eu apenas assenti.

— Por que você não saiu do hospital? — sei que ele não estava bravo e apenas queria entender o que tinha acontecido

— Você me mandou tirar os bebês da maternidade, mas em vez de fazer isso eu saí correndo pelo hospital, tentando achar o homem. Eu pensei que talvez... se conseguisse achá-lo, poderia impedi-lo de cometer alguma crueldade. Compensaria o fato de que eu fui a responsável por deixá-lo escapar da sala de tomografia. — abaixei a cabeça — Meu Deus, eu sinto muito!

De relance, vi Katherine se levantar da poltrona na qual estava sentada e andar em minha direção. A morena se agachou em minha frente, pousou uma das mãos sobre minha coxa e levantou meu queixo com a outra.

— Caroline, não é culpa sua. — ela secou minhas lágrimas com o polegar — Não tinha como saber que esse homem já esteve no hospital antes e escondeu uma arma ali, sem ninguém perceber. Você apenas achou que ele era um homem que não falava nada com nada porque tinha um tumor enorme no cérebro. Você não tinha como saber. — eu olhei para Katherine — Não quero que pense nisso outra vez, ok?

Eu assenti e Katherine me abraçou. Quando nos desvencilhamos, ela voltou ao seu lugar e eu me virei para Klaus.

— Onde está a Cosima? E a Elena? Rebekah? O Tristan e Hayley? — perguntei

— Cosima já foi liberada e Enzo a levou para sua casa. Tristan, Hayley e Elena estão em cirurgia. E Rebekah está fazendo exames.

Pela primeira vez desde que havia sido colocada naquele lugar, olhei para Damon. Ele estava cabisbaixo e cobria o rosto com as duas mãos. Ele, assim como todos ali, não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Rapidamente, um flashback de horas atrás passou pela minha mente: Elena na frente do homem, com os braços levantados e um olhar aterrorizado em seu rosto.

— Damon... — eu o chamei

Ele levantou a cabeça e olhou diretamente para mim. Seus olhos estavam inchados e seu rosto todo vermelho, como se ele tivesse ficado chorando por horas a fio.

— Ela ficará bem, tenho certeza.

Ele apenas assentiu e disse:

— Elena provavelmente nunca mais irá falar comigo, mas eu não posso perdê-la. Eu ainda a amo. Nunca vou deixar de amá-la. Mas só de pensar nisso... — Damon não conseguiu conter as lágrimas

Me levantei e sentei-me na poltrona que estava ao seu lado. O envolvi em meus braços e o abracei, deixando que ele chorasse em meu peito. Não sei quanto tempo ficamos assim, mas sei que Damon precisava disso mais do que nunca. Eu sabia o que ele estava sentindo. Pensar em perder o amor da sua vida fazia seu coração doer. Era uma dor inexplicável e que era incapaz de ser curada até que você visse com seus próprios olhos que essa pessoa importante estava bem. Nesse meio tempo, não é possível curá-la, mas era possível alivia-la.

Pouco tempo depois, um médico alto e moreno apareceu com uma prancheta em mãos. Ele se aproximou de nós e suspirou.

— Boa noite, sou o doutor Johnson. — deu um pequeno sorriso — Sei que são médicos no Hospital Presbyterian, é um prazer conhecê-los. — ele olhou para cada um de nós — Queria que fosse em melhores circunstâncias. — deu um longo suspiro

Todos olhamos para ele com atenção e eu senti meu coração acelerar.

— Rebekah Mikaelson já fez todos os exames. Ela e o bebê estão bem e prontos para serem levados para casa. Ela está esperando no quarto cento e vinte.

— Eu vou lá. — Stefan se levantou — Obrigado.

Ele seguiu pelo corredor e o médico voltou a falar.

— Elena Gilbert já terminou a cirurgia e está passando bem, mas deve ficar internada por aqui mais alguns dias.

— Graças a Deus. — Katherine se encostou na cadeira

Damon de um longo suspiro e eu o abracei.

— Eu te disse. — falei no ouvido dele

— Obrigado, Caroline. — pude jurar que ele estava sorrindo

Quando nos separamos, o médico olhou a prancheta mais uma vez e seus lábios ficaram em linha reta. Pude sentir que todos ali ficaram preocupados e Klaus perguntou:

— E Hayley e Tristan?

— Eles passaram por cirurgia, mas, infelizmente, não resistiram.

O médico pediu licença, se despediu e nos deixou ali. Ninguém soube dizer absolutamente nada. Todos nós apenas nos olhamos e ficamos cabisbaixos. Não havia nada para ser dito. Perder dois membros da equipe em uma tragédia dessas não era algo que qualquer um de nós sequer já tenha imaginado algum dia.

Foi uma verdadeira tragédia.          

[...]

Como Damon ficou mais calmo ao saber que Elena estava bem, Klaus o deixou no comando para cuidar de todos os procedimentos necessários que envolviam Hayley e Tristan, como a autópsia e avisar as famílias. Klaus fez isso porque insistiu em me levar até a cafeteria, mesmo eu dizendo várias e várias vezes que era capaz de pegar um lanche sozinha e que ele deveria ficar lá e fazer o que tinha que fazer, não mandar Damon ser seu assistente.

— Deveria ter ficado lá, Klaus. Você é o chefe. — resmunguei

— Você deveria ter insistido mais. — Klaus rebateu

— Só deixei você vir comigo porque sabia que você ia pagar minha comida. — ri e mordi meu misto quente

— Engraçadinha. — Klaus fez uma careta

Dei uma longa pausa e suspirei.

— Klaus, me desculpe pelo que aconteceu.

— Já disse que não foi culpa sua, Caroline. Está tudo bem. Não quero que fique pensando nisso e nem que fique se sentindo culpada pela morte do Tristan e da Hayley. — ele alcançou minha mão, que estava sobre a mesa — Não foi você quem apertou o gatilho, não foi culpa sua. Você já passou por um pesadelo nesses últimos meses, não quero ver você se preocupando com isso, tudo bem? 

Eu apenas assenti e sorri para Klaus.

— Obrigada. Por ser quem você é.

Ele deu uma leve risada e beijou a as costas de minha mão.

— É estranho dizer, mas vou sentir falta da Hayley. Ela se tornou minha amiga de um dia para o outro. Queria que tivéssemos tido mais tempo juntas.

— Eu sei, love. Sinto muito por isso.

— Tudo bem. — eu sorri e voltei a comer meu misto quente.

[***]

2 SEMANAS DEPOIS

Catorze dias se passaram desde a terrível tragédia que tinha abalado a todos nós. Conforme o tempo foi passando, felizmente, tudo voltou a se encaixar e voltar a ser o que era antes.

Para melhor atender as pessoas, Klaus ordenou que o sistema de segurança e câmeras do hospital fosse reforçado. E, com isso, o movimento no hospital foi aumentando gradativamente, voltando a ser o que era antes, o grande Hospital Presbyterian: o melhor hospital dos Estados Unidos.

Seguindo o protocolo do hospital, Klaus fez com que eu, Cosima, Elena e Rebekah tivéssemos consultas, todos os dias, com um terapeuta que trabalhava no Presbyterian, pensando que poderíamos estar com estresse pós-traumático ou algo do tipo: qualquer coisa que não nos deixasse aptas para trabalhar. Mesmo eu surtando e dizendo que estava bem, Klaus me obrigou a ir. Porém, bem lá no fundo, eu sabia que deveria mesmo dar pelo menos uma passadinha lá só para ver se eu realmente estava bem e apta para voltar ao trabalho.

Eu, Cosima e Rebekah tivemos dez sessões de terapia com o homem – na quinta eu já não aguentava mais, mas decidi, de uma vez por todas, fazer o que Klaus estava pedindo, pois sabia que ele apenas queria o meu bem – e Elena, como ficou internada no Lenox Hill durante essas semanas, apenas começaria terapia na próxima.

Depois de dez longas sessões, o equivalente a duas semanas, o terapeuta finalmente escreveu uma carta para Klaus, alegando que eu estava pronta para voltar ao trabalho, assim como Rebekah e Cosima.

— Fico tão feliz por estar de volta.

Eu e Klaus estávamos deitados juntos e abraçados em minha cama. Tínhamos acabado de acordar e aquele seria meu primeiro dia de volta ao hospital desde o incidente que ocorreu duas semanas atrás.

— Também fico feliz que esteja de volta. — ele me trouxe para perto de si — Não lhe disse isso antes, mas fico feliz que tenha ido à terapia. Você pode negar até morrer que não precisava disso, mas, bem lá no fundo, você sabe que precisava, Caroline. E fale a verdade: ajudou, não é? — Klaus me olhou com um olhar sugestivo

— Ajudou, mas é que... — eu balancei a cabeça — Nunca achei muito que precisasse de terapia.

— Você me viu ser baleado, sofreu um acidente de carro, um acidente de avião, ficou na mira de uma arma e viu duas pessoas morrerem bem na sua frente. Tudo isso em menos de um ano. Acha que isso não é sério? Acha que não precisava, em nenhum momento, conversar com alguém?

Fui abrir minha boca para contradizer, mas ele continuou, me interrompendo:

— Alguém que não seja eu ou a Elena. Ou qualquer outra amiga sua.

— Tudo bem, foi bom. — admiti — Me senti mais aliviada, mas...

— Já é um começo. — Klaus deu um sorrisinho de lado — Eu te amo.

— Eu também... — fiz uma pausa e olhei divertida para ele — Me amo.

Klaus olhou indignado para mim, pois esperasse que eu dissesse que o amo também. Comecei a gargalhar alto e continuei:

— Eu sei, é difícil não me amar.

Klaus balançou a cabeça algumas vezes e subiu em cima de mim, fazendo cócegas em mim. Não consegui me conter e gargalhei muito alto, me contorcendo na cama inteira.

— Klaus, para... — eu não conseguia parar de rir — Eu vou fazer xixi nas calças...

Mas ele continuou, mesmo eu implorando para que ele me deixasse livre. Cerca de alguns segundos depois, ouvimos a porta do quarto ser aberta e ele rapidamente saiu de cima de mim. Quando olhamos para o lado, vimos Lucca ali parado, com um olhar divertido no rosto.

— Mamãe... escola!

Olhei as horas no celular e vi que estávamos um pouco atrasados.

— Droga... Já estamos indo, fale para o tio Klaus parar de fazer cócegas na mamãe.

Eu rapidamente me arrependi de ter dito aquilo, pois Klaus lançou um olhar sugestivo para Lucca que, em poucos segundos, já estava em cima da cama, ajudando Klaus a fazer cócegas em mim. Quando eles – finalmente – cansaram, nós nos levantamos em fomos tomar o café que Jessie tinha preparado.

Cerca de cinquenta minutos depois, eu e Klaus já estávamos no carro, deixando Lucca na escola e seguindo para o Presbyterian. Quando chegamos lá, passamos na sala dos atendentes, trocamos de roupa e nos preparamos para finalmente começarmos nosso dia no hospital. Enquanto Klaus foi para uma consulta, eu fui para a UTI neonatal.

Permaneci na UTI neonatal durante a manhã toda e depois dei uma passadinha na maternidade. Realmente, o clima no hospital só estava voltando a melhorar agora. Todos ainda estavam muito chocados com o que tinha acontecido semanas atrás.

Quando me dei conta, já estava na hora do almoço, então decidi passar na sala dos atendentes e ver se comia alguma coisinha, pois não estava com tanto fome para almoçar. Segui da maternidade até lá, o que demorou cerca de cinco minutos.

No momento que entrei na sala, vi que não havia ninguém ali, exceto uma pessoa que estava sentada na mesa. Estreitei os olhos e finalmente descobri quem era.

— Aurora? — disse enquanto entrava na sala

Ela não disse nada, apenas olhou para mim. Estava com o rosto pálido, os olhos inchados e sem vida e os cabeços bagunçados, muito diferente da Aurora que estávamos acostumados a ver: sempre estonteante, maquiada e com um brilho em seu olhar.

— Pensei que não estivesse liberada para trabalhar ainda. — me aproximei e fui até a geladeira

Klaus também tinha mandando Aurora para a terapia. Ela tinha perdido o amor da vida dela, não conseguia imaginar como ela estava se sentindo. Quando soube da morte de Hayley, Aurora não parou de chorar nos braços de Klaus por um segundo. Em outros tempos, eu teria ficado com ciúmes. Entretanto, Klaus estava sendo apenas um bom amigo.

Peguei um pote que continha um pedaço de bolo – que eu sabia que era da Rebekah –, me sentei ao lado dela e ela respondeu, coma a voz fraca:

— Não estou trabalhando, apenas vim aqui para... Não sei.

— Aurora, você está bem?

— O que você acha? — ela me encarou

Dei um longo suspiro e me encostei na cadeira, olhando fixamente para Aurora. Nada que eu dissesse iria fazer com que ela se sentisse melhor ou esquecesse, pelo menos por um segundo, o que tinha acontecido.

Escutei algumas vozes do lado de fora e olhei para a porta. Cosima e Enzo estavam rindo juntos e com um enorme sorriso estampados em seus rostos. No momento em que perceberam a presença de Aurora ali, eles se olharam e diminuíram o sorriso. Ambos entraram na sala e vieram em nossa direção, sentando-se conosco na mesa.

— Oi. — Cosima sorriu para nós

— Olá, garotas. — Enzo nos cumprimentou

— Hey. — sorri de volta para eles — Já vou avisando, não vou dividir meu bolo com vocês. — fiz uma careta

— Esse bolo nem é seu. — Cosima revirou os olhos

— Não sei como você sabe disso, mas se contar para a Rebekah, eu mato você. — brinquei

Nesse momento, Aurora levantou bruscamente da mesa e, com passos largos, deixou a sala dos atendentes. Quando percebi a merda que falei, balancei a cabeça algumas vezes e bufei.

— Droga. Por que eu nasci sem filtro na cabeça? 

— Não se preocupe, ela ainda está muito machucada e chateada com o que houve. — Cosima me tranquilizou

— Rebekah sempre traz suas comidas nesse pote vermelho. — Enzo comentou, tentando mudar de assunto

— Como sabe disso? — franzi o cenho

— Porque o Stefan vive pedindo para que eu coma o lanche dela. — ele riu

— O Stefan é muito mau. — Cosima balançou a cabeça — Se você fizer isso comigo algum dia, você vai ver.

— Não se preocupe, amor.

Ambos riram e se beijaram. Sorri e dei um leve riso.

— Tudo bem, vou deixá-los sozinhos. — me levantei

Guardei o resto do bolo roubado de Rebekah na geladeira, me despedi de Cosima e Enzo e caminhei pelo corredor, seguindo meu caminho até o pronto socorro, onde ficaria durante a tarde toda, até a hora de ir embora. Quando estava passando pelo corredor, quase chegando no PS, vi Elena parada em minha frente, o que me deixou um pouco assustada.

— Elena. — a chamei

— Care. — ela sorriu aproximando-se de mim

Ela estava vestindo uma calça jeans e uma regata vermelha, o que deixava o curativo da cirurgia que tinha feito para a retirada da bala bem visível.

— O que faz aqui? — perguntei

— Hoje é a minha primeira sessão com o terapeuta. Espero que não seja tão ruim assim como você falou.

— Não é ruim. — fui sincera — Ajuda bastante. Eu que não gosto muito dessas coisas, entende?

Elena assentiu e antes que pudesse dizer alguma coisa, ouvimos uma voz perto de nós.

— Elena?

Olhei para o lado e vi Damon parado perto de nós. Rapidamente olhei para Elena e vi que sua expressão tinha mudado, ela parecia surpresa e desconcertada. Pelo o que Stefan havia me contado, Damon e Elena não tinham chegado a conversar depois do incidente no hospital, então eu estava supondo que essa era a primeira vez que eles se encontravam desde então.

Me afastei um pouco, sem que Elena percebesse, e virei para outro corredor, mas me encostei na parede, a fim de escutar sobre o que eles iam conversar.

— Podemos conversar? — Damon perguntou

— Claro. — respondeu Elena

— Olhe, sei que você ainda está brava comigo por ter escondido isso de você, mas quero que saiba que sinto muito. Rose faz parte do meu passado, ela era uma amiga, nós acabamos ficando e ela engravidou. É um passado que demorei muito para esquecer. Você pode me achar um monstro por não querer ficar com a Louisa na época, mas eu não estava preparado para isso. Não achava que seria capaz de criar uma filha. Mas agora, Rose voltou, me pediu uma chance e, finalmente, acho que estou pronto para isso. Não lhe contei porque tentava esquecer e porque não sabia qual seria sua reação ao descobrir que não quis assumir uma filha. Também não sabia se ter filhos era um assunto que te incomodava ou não.

— Damon, qual é. Você sabe que eu adoro crianças.

— Eu sei, mas... eu fiquei aterrorizado, Elena. Não queria reviver tudo isso de novo.

— Eu entendo e te perdoo por isso, Damon. — podia jurar que Elena estava sorrindo — Só preciso de mais um tempo para colocar a cabeça no lugar, ajeitar minha vida e me recuperar para finalmente poder voltar a trabalhar. Estou disposta a conhecer a Louisa e a Rose.

Quando percebi que tudo entre os dois, finalmente, ia voltar a ser o que era antes, fiz outro caminho até o pronto socorro. No momento que cheguei lá, vi que Klaus estava no leito três, onde na cama havia uma mulher e, de pé, um homem. A mulher estava com as mãos pousadas sobre a barriga e um enorme sorriso no rosto, o que me levou a pensar que ela estava grávida. Klaus conversava animadamente com ela e com o homem que a acompanhava. Quando me viu, Klaus pediu para que eu me aproximasse.

Caminhei até eles e, quando estava próxima o suficiente, Klaus pousou a mão sobre minhas costas e disse:

— Patricia, Dylan, essa é minha namorada, doutora Caroline Forbes. Ela é cirurgiã fetal e pediatra.

— Prazer em conhecê-los. — cumprimentei os dois com um aperto de mão — Vocês já se conhecem? — perguntei, já que tinha visto os três conversando como se fossem amigos há anos

— Há alguns anos atrás Klaus salvou a vida do Dylan. — a mulher disse sorrindo e olhando para o marido — Devemos tudo à ele.

Klaus apenas sorriu, olhou para mim e disse:

— Ambos estão aqui porque Patricia está grávida, eu estava prestes a mandar uma mensagem para você quando a vi ali parada. — explicou

— Parabéns. — sorri para os dois

— Obrigado. — o homem, chamado Dylan, agradeceu e a mulher apenas sorriu — É a nossa primeira visita ao hospital.

— Ótimo, então já vamos dar início ao pré-natal. Sabe mais ou menos de quantas semanas está, Patricia? — perguntei para a mulher

— Creio que umas seis ou sete. Não tenho certeza, não fiz o teste de gravidez da farmácia, mas minha menstruação está atrasada, minha barriga cresceu... estou com todos os sintomas.

— Certo, então vamos a sala de ultrassom. Alguma enfermeira virá prepará-la e levá-los até lá em alguns minutos, ok?

Ambos assentiram e eu e Klaus seguimos para a recepção, a fim de ajustar algumas coisas no prontuário de Patricia. Quando entramos na sala de ultrassom, Patricia já estava deitada e Dylan estava em pé ao lado dela.

Poucos segundos depois, comecei o exame e passei a mover o equipamento pela barriga dela, tentando achar o pequeno feto, enquanto Klaus e Dylan conversavam animadamente sobre futebol.

— Sabe, doutora Caroline, sempre quis ter filhos. É o meu maior sonho. Eu e Dylan estávamos tentando há mais de um ano, estávamos praticamente obcecados com isso. E então... aconteceu. — ela estava com lágrimas nos olhos — Estou muito feliz!

Ficamos fazendo o exame por alguns minutos. Dylan e Patricia sempre perguntavam onde estava o bebê, e eu dizia que logo eles enxergariam o pequeno feto. Mas conforme o tempo foi passando, descobri que algo estava terrivelmente errado.

— Hum... Patricia... você pode se arrumar e aguardar lá fora junto com seu marido, por favor?

Ela apenas assentiu, se levantou, ajeitou suas roupas e deixou a sala junto com o marido. Klaus olhou para mim e disse:

— Caroline... por que está com essa cara?

— Ela não está grávida, Klaus. — disse olhando novamente as imagens do ultrassom no computador — Não há nada dentro da barriga dela. Placenta, saco gestacional... Não há nada.

— Como assim? Ela disse que estava com todos os sintomas.

— Você não escutou ela dizendo que o maior sonho da vida dela era ter um bebê? Patricia disse até que estava obcecada com isso. — olhei para Klaus — Isso é gravidez psicológica.

— Gravidez psicológica? — Klaus franziu o cenho

— Sim. Nunca ouviu sobre isso na faculdade?

— Muito vagamente, não é a minha área.

— É raro, mas acontece. Pode acontecer em mulheres que querem muito engravidar ou em mulheres que sentem pavor em engravidar. A barriga e os seios aumentam, a menstruação atrasa... mas não há nada ali, não há feto. Pode ser diagnosticado por médicos ou testes de farmácia. — disse olhando para o monitor — Como vou contar isso para ela? — olhei novamente para Klaus

— Vamos achar um jeito.

— Acho que esse é o terceiro caso de gravidez psicológica que pego em toda a minha vida. Odeio isso... ter que acabar com o sonho das pessoas. Todos nós sonhamos em ter filhos algum dia.

— Sonhamos mesmo? — Klaus me fitou profundamente — Você sonha? Em ter mais um? 

— Sim. — dei um pequeno sorriso — E você? Sonha em ter seu primeiro?

Antes que Klaus pudesse responder, seu celular tocou e ele avisou que precisava ir para o PS. Ele saiu de lá como um furacão, deixando-me sozinha. Saí da sala e me encontrei com Patricia e Dylan. Por mais que me doesse, tinha que contar a verdade para eles. Quando contei, tive que consolar Patricia por mais de meia hora e explicar, passo a passo, o que tinha acontecido, pois ela não acreditava que “Gravidez Psicológica” realmente existia. Ao conseguir acalmá-la, sugeri que ela e o marido procurassem um terapeuta. Não era a melhor pessoa para sugerir isso, mas tinha certeza que iria ajudá-los.

Quase cinquenta minutos depois, quando ambos já tinham deixado o hospital e eu estava pronta para voltar para o PS, meu celular tocou. Era Klaus pedindo, por mensagem, que eu fosse até a sala dele. Dei um pequeno sorriso e fiz meu caminho até lá.

Queria saber a resposta de Klaus para minha pergunta. Será que ele queria ter filhos? Era um assunto que nunca tínhamos tido, mesmo quando começamos a namorar. O que será que ele pensava? Quando fiz a pergunta, não consegui decifrar a expressão em seu rosto, por isso queria tanto saber o que ele pensava sobre o assunto. Precisava saber, pois queria estar com Klaus durante minha vida inteira e também queria mais um filho. Estava com trinta e três anos, ainda tinha tempo.

Procurei deixar todos esses pensamentos de lado assim que cheguei em frente à porta da sala de Klaus. Dei duas batidas e pude ouvir um sonoro “Entra” de dentro da sala.

Quando entrei na sala, vi que Klaus estava encostado em sua mesa, de frente para mim.

— Oi. — fechei a porta — Tive que consolar seus amigos por quase uma hora, foi muito... intenso.

— Espero que eles fiquem bem.

— Eu também. — dei um leve sorriso — Por que me chamou aqui?

— Tive uma ideia.

— O quê?

Klaus sorriu maliciosamente, me puxou para perto de si e começou a me beijar. Retribuí o beijo e no mesmo instante, ele começou a passear as mãos pelo meu corpo e eu parei de beijá-lo.

— Klaus... você não está querendo que a gente... faça no seu escritório?

— Sempre tive vontade de saber como é. — ele riu — Quero que a estreia seja com você.

Ri e balancei a cabeça, voltando a beijá-lo. Klaus se desencostou da mesa e trocou de posição comigo, fazendo com que eu me encostasse na mesa. Pouco tempo depois, ele me deitou sobre o móvel e ficou por cima de mim, voltando a me beijar. Quando as coisas iam esquentar, ouvimos duas batidas na porta e paramos de nos beijar imediatamente.

— Merda. — ele fez uma cara feia e saiu de cima de mim

Levantei da mesa e fiquei de pé, arrumando meu jaleco e o meu cabelo. Klaus foi até a porta e a abriu, revelando um homem e uma mulher, que aparentavam ter uns sessenta anos.

— Pois não? — perguntou

— O senhor é Niklaus Mikaelson, chefe do hospital? — perguntou a mulher

— Sim. Por quê?

— Somos os pais de Tristan de Martel. — revelou a senhora

Klaus se ajeitou e arqueou as sobrancelhas.

— Como posso ajudá-los? — perguntou

— Você não pode. — o homem falou pela primeira vez — Não trará nosso filho de volta.

— Com licença... — me intrometi e me aproximei deles — Não estamos entendendo onde querem chegar.

— Viemos lutar pelos nossos direitos. — o pai de Tristan olhou para mim — É inadmissível o melhor hospital do país ter um sistema de segurança tão falho. Muitas pessoas poderiam ter morrido, pessoas inocentes... assim como meu filho. Mas queremos que isso não aconteça novamente, queremos justiça...

— O sistema de segurança já está sendo aprimorado. — Klaus explicou

— Não tenho certeza se será o suficiente. Nosso filho morreu, e vocês poderiam ter evitado. — a mulher estava com lágrimas nos olhos — Queremos justiça.

O homem suspirou e disse:

— É por isso que decidimos que vamos abrir um processo contra o hospital.


Notas Finais


Tudo bem, vamos por partes hahaha
É, Hayley e Tristan se foram </3 E a Aurora ficou muito acabada, né? Deu muita dó de escrever a cena dela. :(
Klaus, Caroline e Lucca ♥ Essa família tá bem lindinha hhaha
Damon e Elena se acertando. Será que eu ouvi um amém???
Já viram que eu introduzi o plot de filhos para o Klaus e a Caroline, não é? Aguardem mais alguns capítulos para isso começar a ser desenvolvido. Por enquanto, o foco será nesse processo que o hospital irá sofrer. Mas para descontrair: qual vocês acham que seria a resposta do Klaus? Bom, eu já dei uma dica, e está em um dos capítulos dessa segunda temporada ;)

Li todos os comentários do capítulo passado e consegui respondê-los. Fico extremamente emocionada com todo o carinho e dedicação de vocês ♥ É muito bom saber que estão gostando da fanfic.

Até quarta que vem, meus amores.

XOXO

Bia


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