Era uma noite fria e escura. Casais abraçados na rua estrelada de Paris indicavam esperança. Esperança. Esperança como José, a lhama, que andava em círculos pelo piso de cimento frio do zoológico, esperando desesperadamente que alguém lhe tirasse daquela mesmice de sempre. Nas ruas, o único som que poderia se ouvir era da famosa banda de heavy metal “Carreta Furacão”, com seus versos de fraternidade: “Siga em frente, olhe para o lado”.
Até que cinco amigas brasileiras, Joana George, Marina George, Laura George, Giulia George e Mariana George, andavam perto ao zoológico. Elas eram descendentes naturais de Regina George, e conseguiram ir à Paris refugiadas em uma mala. Não façam isso, crianças.
Deixe-me explicar melhor para você sobre essa família: Mariana e Laura são casadas e têm uma filha, Joana (que, mesmo dizendo ter trinta anos, tem aparência de uma garota de quatorze). A mesma é casada com Marina, e elas juntas tiveram uma filha: Giulia George, que fez nove anos ontem (mesmo que a menina tenha aparência de treze anos). Ela sempre faz nove anos ontem, para falar a verdade.
— Lhamas são legais, lhamas são demais! — Cantarolavam o quinteto, seu hino de superação.
As cinco estavam caminhando e pulando, até que Marina avista José, a lhama, caminhando solitário pelo local.
— Caramba — ela disse, perplexa. — Tem uma lhama ali. Bateu a vontade de jogar agora...
— LHAMAAAA! — Gritou Laura, e Mariana e Joana taparam os ouvidos.
— Que demaaais! — Exclamou Mariana.
— LHAMAS SÃO DEMAAAIS! — Cantarolou Joana, com sua perfeita voz de cantora do Calypso.
— Giulia? — Perguntou Marina, olhando para a garota, que estava encarando seu suco de maracujá enquanto ria de um jeito psicopata.
— Legal...
— Giulia! Lhama! — Exclamou Joana, balançando-a pelos ombros. Ela se recompôs e olhou a lhama, e, ao vê-la, correu atrás do animal, mas tropeçou em seu próprio pé e caiu no meio do caminho.
Depois de um tempo (porque as cinco são lerdas), as meninas finalmente conseguiram ir até lá.
— Que tal se a gente passear com ela? — Perguntou Mariana, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
— Ela poderia fazer cosplay de humano — sugeriu Marina.
— Vamos fazer escadinha? — Falou Joana, com uma de suas brilhantes ideias (o.k., mentira).
— Vamos! — Concordou Laura, visivelmente animada.
Giulia subiu na Laura, Marina subiu na Giulia, Joana subiu na Marina e Mariana subiu em Joana, alcançando assim o topo do muro.
Elas jogaram confete pela vitória e Mariana conseguiu pegar José.
— O que tá acontecendo — falou a lhama, em “lhamês”.
— Gente... — murmurou Mariana, arfando. — Essa lhama é meio pesada...
— Eu acho que a gente vai... — falou Joana, não aguentando mais o peso da amiga e de José.
— Cair... — Completou Marina.
E assim foi. As cinco caíram no chão, uma em cima da outra. No entanto, José caiu em pé, porque José é demais.
— Pelo menos a gente conseguiu pegar a lhama! — Comemorou Marina, sorrindo.
— Dá para vocês saírem de cima de mim? — Reclamou Laura, “esmagada” pelas outras quatro.
As garotas se levantaram e Giulia correu para abraçar José, a lhama.
— É um sonho se realizando! — Exclamou, com os olhos brilhando.
— Para onde a gente leva ela? — Perguntou Mariana, e então elas perceberam que não faziam ideia do que estavam fazendo.
— É...
— Ah, gente, vamos dar uma volta — sugeriu Laura. As outras apenas deram de ombro e concordaram.
E assim elas começaram a andar à procura de algum lugar legal. Até que Marina avista... Uma balada.
— Vamos lá! — As cinco gritaram em uníssono, e José deu também gritou. Sim, lhamas gritam também. Não conteste a lhama.
— Mas só tem um problema — Joana disse, apoiando a mão no queixo. — A Giulia fez nove anos ontem. E a balada é só para maiores de dezoito.
— Sem problema. — Marina sorriu diabolicamente, o que significava que ela tinha uma ideia. — Eu tive uma ideia. — Não falei?
— Por favor, não me diga que é algo relacionado à Undertale — murmurou as quatro, unindo as palmas das mãos como um sinal de reza.
— Não! — Exclamou, enfatizando a palavra. — Olha, minha ideia é a seguinte: A gente compra uma fantasia de Sans para ela, daí...
— SEM PIADAS COM OSSO OU A GENTE SE SEPARA AGORA! — Joana gritou, tampando a boca da sua mulher. — Mas, olha, essa coisa de fingir ser alguém que não é… Até que não foi uma má ideia.
(...)
— Bia!
Beatriz (apelidada de Bia), também conhecida como Tia das Drogas, era uma moradora de rua que vivia vendendo miçangas e drogas pelo local. A garota havia pintado seu cabelo de verde há algum tempo atrás (em homenagem a verdinha), porém decidiu voltar com a cor castanha devido à ser constantemente confundida com um alface.
No entanto, a menina havia uma personalidade um pouco…
— Sai de perto de mim agora ou minha mão vai decolar e pousar na sua cara! — ...Forte.
Bia deu um “chega pra lá” em Laura, que havia corrido para abraçá-la. As quatro eram amigas de Bia… Ou o mais próximo disso.
Laura resmungou algo em um sussurro, cruzando os braços.
— Seu plano é comprar drogas? — Questionou Marina, arqueando uma sobrancelha.
— Eu sou louca mas eu sou louca de Pirakids! — Exclamou Giulia, referindo-se à um achocolatado do Brasil. É como Toddynho, só que na versão pobre.
— Quem deu Pirakids pra minha filha?! — Gritou Joana, olhando para as cinco. Mariana começou a assobiar e desviar o olhar.
— Aquilo é uma lhama? — Interferiu Bia, olhando para José com uma expressão confusa.
— Ei! Não se refira à José como “aquilo”! — Defendeu Giulia, abraçando o animal. — Shhh. Não fique assim, José.
— É uma longa história... — Justificou Mariana, com a mão atrás da cabeça.
— José? — Laura uniu a sobrancelha.
— CERTO, QUEM DEU PIRAKIDS PRA ESSA MENINA?! — Exclamou Joana, apontando para a filha, que fazia carinho na lhama.
— EI! — Bia gritou, chamando propositalmente a atenção do quinteto. — Se vocês não querem droga, me deixem em paz. Eu tenho que vender minha arte!
— Não, não! — Joana disse, interrompendo sua passagem. — Soube que você vende identidade falsa. É verdade?
— É — concordou, abaixando a voz. — Vocês querem uma?
— Bom, queremos uma para a Giulia — falou Marina, apontando para a garota.
Bia olhou para ela e, em seguida, tirou várias carteiras de identidade falsas do bolso da calça jeans. Após alguns segundos, retirou uma e mostrou para as garotas.
— Joarina Marquitas Gonzales De La Costeña II? — Falou Laura, lendo o nome em voz alta.
— Roubei de uma mexicana — Bia deu de ombros, com um tom de voz assustadoramente calmo. — Ela tem vinte e três anos a partir de agora.
As meninas deram um sorriso maquiavélico.
— Ela está pronta.
(...)
— COMO ASSIM NÓS NÃO PODEMOS ENTRAR?! — Gritou Laura para o homem na entrada da boate, fazendo os olhares das pessoas ao redor se voltarem para a mesma.
— Desculpa, moça. Animais são proibidos na balada.
— MAS ELA NÃO É UMA LHAMA QUALQUER! — Giulia protegeu seu amigo, abraçando-o. — ELA É A LHAMA! JO-SÉ!
— VOCÊ… VOCÊ NÃO CONHECE ESSA LHAMA?! — Mariana apontou para José, em um tom de indignação. — ELA É FAMOSA, MEU BEM!
— ISSO AÍ! — Joana confirmou, cruzando os braços. — ESSA LHAMA FEZ CIN-CO EPISÓDIOS DE “BARNEY E SEUS AMIGOS”!
— M-mas senhoritas...
— MAS NADA! — Marina o cortou. — SE VOCÊ NÃO DEIXAR A GENTE PASSAR, EU CHAMO MEUS ADVOGADOS DA ALEMANHA!
Ela pegou seu celular, discando um número aleatório, mas o homem interrompeu.
— Não! — Exclamou, fazendo-a parar de discar e olhar para ele. — N-Não será necessário. Senhoritas, lhama…
— José Schmidt — corrigiu Giulia.
— Senhor José Schmidt… — Ele abriu passagem para que as garotas pudessem passar. — Podem entrar.
— Nunca fui tão humilhada na minha vida! — Reclamou Laura, enquanto entrava na balada.
— Da próxima vez, vamos na balada de Manhattan! — Completou Mariana.
E então elas chegaram, sorrindo vitoriosas. Deram um soco em seus punhos e começaram a dançar o hit do momento, denominado de “Bumbum Granada”. Porque, claro, essa é a música mais adequada para quatro jovens super recatadas.
— E aí, gatas — três rapazes de aparentemente dezesseis anos apareceram, com cinco drinques de líquido marrom na mão. — Rawrrr.
— Ninguém aqui é hétero, vaza. — Joana acenou de forma chique para os rapazes.
— As gatinhas não estão com sede, não? — Um deles, moreno com olhos cor de bosta, perguntou, ignorando totalmente o fora da garota. — Essa bebida aqui é exportada de Paris.
— Mas… A gente está em Paris — Marina arqueou a sobrancelha.
— Ah… Tomem essa bagaça aí — Eles distribuíram as bebidas para as meninas, colocando o último drinque no chão para José beber.
Elas deram de ombro e tomaram o líquido, sem se darem conta de que estavam bebendo o achocolatado mais perigoso do mundo: Pirakids.
Em apenas um minuto, as garotas — e José — já haviam bebido tudo.
— Maaaaaais! — Exclamou Giulia.
Mariana começou a rir desesperadamente, balançando o copo em mãos.
— Ui ui ui — disse ela, durante o riso.
— Eu quero mais! — Laura exigiu.
— Eu também! — Concordou José.
Espera aí…
— JOSÉ?! — As cinco gritaram, em uníssono, olhando arregaladas para a lhama.
— Isso é… Isso é… — Joana apontou para o copo e depois para o animal, pasma. — PIRAKIDS!
— AQUELES HÉTEROS DROGARAM A GENTE! — Marina exclamou, surpresa. — TÁ OSSO, VIU!
— Eu já sabia… — Giulia olhou para baixo, rindo de uma maneira assustadora que apenas ela era capaz de fazer. Todas (exceto Mariana, que também já sabia) voltaram seu olhar à ela. — Que foi, gente? É bom. E eu já conversava com o José bem antes disso.
— ??? — Essa foi a reação das garotas.
— Que que foi, monamour? — José cruzou as patas. — Ficaram incomodadas com meu brilho, fofas?
— Eu não…
— ACREDITO QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO! — Alguém cortou bruscamente a fala de Laura, e todas se viraram para ver quem era a dona da voz.
Se tratava de uma mulher de aparentemente vinte anos, com cabelos castanho-escuro até um pouco abaixo dos ombros cacheado nas pontas e uma flor espetada no cabelo. Ela gritava com os seguranças, com o dedo apontado para um deles.
— SERÁ QUE YO VOY TER QUE REPETIR? — Ela balançou os cabelos. — YO SOY JOARINA MARQUITAS GONZALES DE LA COSTEÑA II! POR DIOS!
— Ferrou… — Murmurou Giulia.
— Tente de novo — um dos seguranças disse, cruzando os braços e rindo de maneira debochada. — É impossível existirem duas pessoas com esse mesmo nome.
— SE ES IMPOSIBLE YO NO SEI, MAS YO TROUXE TODOS MEUS DOCUMENTOS! — Ela entregou seu RG, certidão de nascimento e até mesmo seu CPF para eles. — Y AHORA? ACREDITAN O NO? AQUELLA MIÇANGUEIRA ROUBOU MI IDENTIDAD!
— Quando eu contar até três a gente corre — murmurou Mariana.
— Mas se você é a Joarina, então…
— Um…
Os seguranças olharam para as garotas.
— Dois…
— PEGUEM ELAS!
— TRÊS!
Elas e José começaram a correr no estilo Bolt, mas, para o azar das garotas, os seguranças também corriam muito rápido. Todas se cansaram rapidamente, até que não aguentaram mais e se sentaram no chão, arfando.
— Eu não aguento mais… — Joana falou, pausadamente.
— Eles… Estão vindo… — Marina apontou para frente com a cabeça, mostrando os homens correndo em sua direção.
As meninas já estavam prontas para o seu fim, quando, inesperadamente…
Várias batatas atingiram a cabeça deles, fazendo-os desmaiarem.
— Chuva de batatas! — Laura cobriu a cabeça.
— Meus parentes! — Giulia lamentou.
— Deu até fome — Joana olhou para as batatas, com um desejo enorme de comê-las.
— Mortais… — José revirou os olhos.
Até que uma névoa surgiu de repente, e uma silhueta apareceu nas sombras. Quando o luar iluminou seu rosto, as cinco identificaram…
— BIA! — Elas gritaram em uníssono.
— Foi você que… — A garota cortou a fala de Mariana.
— Fui eu, sim — ela sorriu de lado, segurando uma batata em mãos. — Estava por aqui e vi vocês fugindo.
— E você resolveu ajudar a gente? — Os olhos de Mariana brilharam ao pensar na possibilidade de que Bia havia um coração.
— Querida, eu só aproveitei a oportunidade para me livrar dessas batatas recheadas de maconha antes que a polícia chegasse.
— Eu sei que, no fundo, você ama a gente — Marina falou, cruzando os braços.
Bia fez um gesto de “o.k.” com as mãos e iria desaparecer novamente nas sombras, porém Laura a interrompeu.
— Ei! — Ela colocou o braço na frente da garota. — Hoje é o nosso último dia em Paris. Você tem que ficar com a gente!
— Eu preciso garantir meu sustento, querids.
— Se você não vir com a gente, eu te denuncio pra polícia — argumentou, cruzando os braços.
— Claro que eu vou com vocês! — Bia forçou um sorriso.
— Mais uma pra aguentar, não nasci pra isso — José revirou os olhos.
— What the fuck? — Ela encarou José, perplexa.
— Drogas, miga — Giulia respondeu. — Várias drogas…
— Opa, drogas? Quero — os olhos da “Tia das Drogas” brilharam.
— Gente, parou! — Joana exclamou, fazendo o quinteto se calar. — O que a gente faz agora? Já devem ser duas da madrugada…
— É verdade — Mariana apoiou o punho no queixo. — E nem money a gente tem.
— Vocês falaram em money?
De repente, as meninas se viraram, perplexas. Elas conheciam essa voz. E, quando a tal pessoa misteriosa saiu da sua Ferrari exibindo seus óculos escuros da Chanel, sua identificação foi imediata. Com certeza aquela era…
— LETÍCIA?!
— Cara, a gente precisa parar de falar ao mesmo tempo — Marina disse. — Tá ficando estranho já.
— Vocês são estranhas — José cruzou as patas.
— É Lety Bittencourt para vocês, darlings — ela passou os dedos pelo cabelo. — Aliás, essa lhama fala? A lhama do meu pai dança, cozinha e faz pole dance.
Vocês devem estar se perguntando quem diabos é Letícia (ou melhor, Lety Bittencourt). Ela era uma… Hm… Colega das garotas, que sempre a surpreendiam com suas histórias mirabolantes de vida, mas elas nunca acreditavam, sabe-se lá o porquê.
“— Um dia, eu fui para a praia e minha tia apareceu em um helicóptero! Eu e meu primo subimos nele e então a gente teve que pular, porque o helicóptero estava pegando fogo! Então essa foi a coisa mais simples que eu fiz nas minhas férias.
— E você saiu de lá sem nenhuma marca sequer?
— É…”
“— Meu pai ganha R$30.000 por mês!
— E por que você estuda numa escola para pessoas de classe média? Você tem condições para estudar em uma escola bem melhor…
— É…”
“— Um dia eu fui para a Disney World e a Ariana Grande cantou só pra mim!
— E você não tem nenhuma foto?!
— É…”
“— Minha mãe coloca objetos de sex shop como enfeite na sala!
— WHAT THE FUCK?!
— É…”
O.k., talvez houvesse um motivo para elas não acreditarem…
— O que você tá fazendo aqui?! — Laura perguntou, espantada.
— Eu disse que iria passar meu fim de semana em Paris, não disse? — Letícia abriu sua nécessaire folhada em ouro, pegando um batom da marca da Kylie Jenner e o retocando na boca.
— A fofa tá se achando a bucet… — Giulia tampou a boca da lhama antes que ela terminasse a frase.
— José! — Exclamou, repreendendo-o. — Isso são modos de uma lhama?!
— Aprendi com a Tia das Drogas!
— Ei, não joga a culpa em mim! — Bia defendeu-se.
— Então, ouvi dizer que vocês estão precisando de dinheiro — a garota cruzou os braços, com um sorriso sarcástico estampado no rosto.
— Nós não precisamos do seu dinheiro, darling — Marina respondeu, enfatizando o apelido que Letícia usara anteriormente.
— Okay, então — ela deu de ombros, entrando na Ferrari. — Bye, bye!
— Vai pela sombra porque merda no sol seca! — Joana exclamou.
— Não acredito que ela saiu ganhando! — Mariana disse, inconformada.
— Não tenha tanta certeza assim — José respondeu, soltando um grunhido estranho que se pareceu com uma risada.
— O que você fez? — Laura perguntou.
— “Sem querer”, eu fiz cocô no banco de trás do carro. Bem onde ela se sentou.
— Boa, José! — Giulia acariciou o pelo da lhama.
— Mas gente, ainda tem o problema do dinheiro — alertou Bia. — O que a gente vai fazer agora?
— E o dinheiro das drogas? — Marina questionou.
— Bem, eu gastei… Com mais droga.
Marina deu um leve tapa na testa ao perceber o quão na merda elas estavam.
— Vocês acham que a gente deveria voltar para o Brasil? — Perguntou Joana, soltando um leve suspiro de decepção por ter que deixar Paris.
— É aquele ditado, não é? — Mariana deu de ombros. — Vamos fazer o quê?
— M-Mas e o José?! — Laura abraçou o animal. — A gente vai deixar ele?!
— Eu não vou embora sem o José! — Giulia o abraçou também.
— O.k., o.k., menos contato humano, please — José desfilou um pouco mais a frente, ficando em frente às cinco. — Como disse a Mari: Vamos fazer o que, não é mesmo? Eu tenho que conviver lá no zoológico, aliás. Minha crush está lá.
— Você tem crush? — Questionou Mariana, surpresa. — José, seu safado!
— Claro que tenho, meu bem! E vocês podem me visitar sempre que quiserem! Talvez até lá, eu tenha até pequenas lhamas…
— Awwwn! — Marina sorriu ao imaginar pequenos descendentes de José andando pelo zoológico. — E uma das lhamas pode se chamar Sans?!
— Ou Ren! — Sugeriu Mariana.
— Na verdade, estou pensando em algo mais sofisticado, como Brochado da Rocha.
— E nós podemos ser as madrlhaminhas?! — Perguntou Joana, animada.
— Madrlh o quê? — Questionou Bia, unindo as sobrancelhas.
— Madrasta… Lhama…
Agora foi a vez de Bia dar um tapa na própria testa.
— Vocês podem ser as madrinhas — respondeu José. — Ou madrlhaminhas, whatever. Mas agora está na hora de ir.
— É mesmo… — Laura abraçou a lhama uma última vez. — Vamos sentir sua falta, Josézinho.
— Foi legal falar pela primeira vez com uma lhama — Giulia também o abraçou.
E, assim, todas as garotas envolveram o animal num grande abraço, como uma forma de despedida. Após colocarem a lhama de volta no zoológico e comprarem suas passagens de volta para o Brasil, continuaram tomando muito Pirakids e fazendo coisas que ninguém com ao menos um pouco de sanidade faria — mas, bem, elas não eram muito normais mesmo.
Enquanto isso…
— What the hell? — Um dos seguranças se levantou, olhando o local em volta. — Será que estou em Alagoinha?!
— Isso são batatas? — O outro homem perguntou, pegando uma batata que estava na cabeça do outro segurança.
— Ah… Eu tô com fome… — Ele passou as mãos em volta da barriga, que roncava forte.
— Uma batata não faz mal, não é?
Várias batatas depois
— CARACA, MANO! UMA LHAMA FALOU COMIGO!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.