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História Human Universe (Steven Universe) - Coragem Pery


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Mais um PV de Pery, o acampamento tá quase chegando :v (pode parecer que estou enrolando eu sei, é que estou planejando como será, sintam-se como em capítulos de desenhos, onde há sempre episódios que fogem do ciclo apenas para explicar coisas pendentes ou dar início a novas histórias, quase como fillers)

Capítulo 14 - Coragem Pery


~~Pery~~

Acordava pela manhã, logo coçando os olhos. Por que o despertador tocava justo agora? Tinha que me arrumar, hoje cedo iríamos a escola para acampar, era uma chatice sem tecnologia, apenas iria levar meu pó metálico, espero que eles não confisquem isso. Desligava o despertador, espera meu óculos estava na cômoda. Pegava e colocava o mesmo, olhava a TV desligada, achei que tivesse dormido enquanto assistia ela. Será que meu pai esteve aqui? A xícara também não estava na cômoda, jurava que tinha deixado ela ali. Procurava a tampa do lixo metálica que havia deixado ao canto, também não estava. Nossa, ele realmente esteve em meu quarto. Arrumava minha cama. Pegava algumas roupas ao guarda roupas e ia até o banheiro, tomava um rápido banho para acordar, fazendo toda minha higiene matinal, logo me vestia. Era um blusa branca solta ao corpo. Por cima uma blusa xadrez preta e verde, vestia ela aberta. Usava uma bermuda jeans e tênis verde escuro, quase da mesma cor da blusa. Ajeitava meus cabelos no espelho, estavam uma zona, por que sempre estavam tão bagunçados? Intrigada logo deixava-os assim, rebeldes, um pouco caia sobre a testa, escondendo a tatuagem, já era o suficiente. Colocava alguns pertences a mochila, tinha um compartimento escondido onde colocava o saquinho com metal, assim estaria protegida. Levava meu celular ao bolso, mesmo que pudesse levar, não adiantava nada sem eletricidade ou internet, nada funcionava lá? Aproveitava para descer as escadas, para minha surpresa meu pai estava tomando café com uma mulher, quem era ela. Colocava minha mochila a cadeira encarando a mesma.
-Esse é meu filho.
Meu pai dizia a ela, a mulher era bela, mas parecia ter apenas beleza, mal tinha classe. Eu pegava uma xícara ignorando completamente ela, bebendo um pouco de café.
-Prazer em conhecer mocinho. É tão belo quanto o pai.
Era uma tentativa horrível de atrair minha atenção. Eu olhava para meu pai.
-Prometeu pra mim que não deixar as mulheres dormirem aqui. Sério pai, é desagradável conhecer alguém assim.
Eu suspirava, meu pai parecia rir sem graça.
-Hey.. calma, ela já está de saída, choveu ontem a noite sabe..
-Não ouvi chuva, isso que dormi tarde.
Cortava ele bebendo alguns goles. Ouvia a mulher rindo.
-Que espertinho, ele tem quantos anos?
-Tenho 14, logo faço 15, ai vc diz, ohh que novinho, lhe digo, na minha turma só tem gente com mais de 16 anos, entrei adiantado no colégio, sou o destaque.
Dizia aquilo com intuito de me gabar mesmo, sei que era verdade, me sentia melhor assim, talvez dessa maneira não me sentisse tão sozinho, já que meu pai mal me via.
-Incrível.
Ela dizia.
-Pery, quer ir na padaria antes do acampamento, pode comprar algumas rosquinhas.
Dessa vem eu sorria, pegando a mochila.
-Vamos então, estou ansiosa.
Eu corria para o carro, adorava ir até a padaria, que maravilha, seria delicioso.
-Ansiosa?
A mulher olhava para meu pai.
-Crise de identidade.
Ele dava de ombros, acompanhando ela até o portão. Assim que ela ia, ele me leva de carro até a padaria, eu ia sozinha comprar, ele me esperava lá fora dentro do carro. Estava namorando a vitrine, minha nossa quantas variedades de rosquinhas hoje, umas de chocolate, outras de baunilha, tinha até umas açucaradas deliciosas. Queria levar todas. Era quando ouvia uma voz pedindo um sono, era familiar, ao olhar para o lado via ninguém menos que Lazuli.
-Zuli?
Eu olhava admirada, abria até um sorriso sem graça. Ela estava linda, com um longo vestido azul claro com detalhes em azul mais escuro. O vestido era justo em cima e mais solto embaixo, ela estava com um laço azul escuro na cabeça. Não deixava de notar uma marca roxa ao braço dela, estava um pouco oculta com maquiagem, mas minha visão era boa. A garota me olhava e sorria.
-Bom dia Pery, veio comprar o café da manhã?
Que doce voz, parecia de bom humor, portanto acenava de forma positiva com a cabeça.
-Jasper lhe machucou?
Estava um tanto preocupada, logo perguntava. Porém me arrependia em seguida, vendo o sorriso dela sumir, estava com um olhar frio.
-O que eu e ela fazemos não é da sua conta.
Logo Lazuli pegava o sonho entregue pela moça, indo até o caixa, eu a seguia com o saco de rosquinhas.
-Desculpe. Só fiquei impressionada de vê-la aqui, pensei que morasse em outro bairro.
Novamente o sorriso voltava ao rosto dela, talvez não gostasse do assunto que envolvesse Jasper.
-Minha tutora veio fazer uma entrevista de emprego aqui, ela me trouxe, vim comer algo. Depois ela vai me levar na escola.
Ela pagava me esperando enquanto eu pagava meu lanche.
-Quer ir conosco? Meu pai vai me levar, só mandar uma mensagem pra ela.
Zuli acenava de forma positiva com a cabeça, enviando a mensagem. Eu olhava ela mexer no celular lembrando do que tinha ouvido, sentia um frio na espinha, tentando não imaginar a cena.
-Sobre ontem a noite..
Ela me olhava de forma fria novamente, aquilo me assustava.
-O que tem ontem a noite?
Eu engolia em seco.
-Err.. só queria saber se dormiu bem. Não precisa me olhar com essa cara.
Ela logo suspirava olhando para o lado.
-Desculpe, não dormi muito bem, é apenas um mau humor matinal. Já enviei a mensagem, agora podemos ir.
Eu apenas sorria, caminhando até onde meu pai deixou o carro.
-Está linda.
Eu dizia meio sem graça olhando para o lado, ela apenas sorria sem graça caminhando comigo.
-Gostou do vestido?
Ela perguntava, já estávamos próximo ao carro, meu pai nos olhava no retrovisor.
-Sim, ficou lindo em você. Acentuou seu quadril e deu ênfase a sua boa forma. Sua pele clara combina com azul.
Era sincera com as palavras, Zuli corava levemente, murmurava algo sobre Jasper não ter gostado, mas eu não escutava bem, talvez fosse algo que ela não quisesse que eu escutasse. Me aproximo do carro, abrindo a porta de trás para ela, a mesma agradece e entrava. Dessa vez eu ia atrás, sentando ao lado dela.
-Sua namorada?
Perguntava meu pai arrumando o retrovisor, ele sorria nos olhando, percebia o rosto de nós duas levemente corado.
-Não.
Dizíamos em coro, quem diria, se combinássemos não aconteceria. Era estranho eu me sentir envergonhada assim, entendia que Lazuli era bem tímida, quase sempre estava corada, mas eu já era outro caso.
-É só uma amiga que vai conosco pra escola. Se importa de dar carona?
Não demorava para responde, o que fazia meu pai soltar uma risada.
-Bela garota. Bom então vamos lá.
-Sem mulher na casa quando eu estiver fora.
Franzia a testa olhando ele no retrovisor central, ele suspirava.
-Sério mesmo?
O homem resmungava.
-É sim, sabe que cada milímetro fora do lugar eu sei, nada de mulher, vai na casa delas, lá em casa sou a única hein.
Impunha autoridade perante a ele, o homem suspirava acatando meu pedido. Depois da minha mãe ter morrido, meu pai nunca namorou, apenas ficava pegando umas garotas pra matar a carência, não gostava delas lá em casa, já queriam fingir ser minha mãe e conquistar ele. Quanta chatice, odiava aquilo. Eu olhava para o lado vendo que Lazuli estava rindo. Mas o que? Deve ter achado engraçado. Portanto seguíamos até a escola. Meu pai nos deixava no colégio, se despedindo de mim.
-Ele é gente boa e mulherengo. Pelo menos não puxou a ele nesse lado.
A garota dos cabelos azuis novamente estava rindo. Eu apenas dava de ombros. Nos sentávamos em um banco, comendo os lanches, deliciosas aquelas rosquinhas, minha boca estava toda suja. Percebia Lazuli rindo enquanto me olhava.

~~Lazuli~~

Até que ter encontrado ela na padaria não foi ruim. Algumas das perguntas dela pareciam estranhas, mesmo que não quisesse era um pouco grossa, naquele assunto eu não queria entrar. Pelo visto ela tinha uma boa relação com o pai, mesmo que ele pareça um pouco ausente, talvez seja isso o motivo dela falar tanto, apesar de não conversar com todo mundo. Sinceramente, o que todos achavam esquisito, eu achava divertido. Ela era engraçada, sempre comentando sobre coisas, era boa observadora. Ao menos ela gostou do meu vestido, fiz alguns trabalhos para conseguir comprar. Estava em silêncio comendo meu sonho, enquanto ela contava sobre alguns jogos que gostava, eu apenas sorria e acenava de forma positiva ou negativa com a cabeça. Limpava minha mão com um guardanapo, ao ver a boca dela toda suja eu dava uma risada.
-Pery sua desastrada. Sabe, até que você é mais divertida do que pensei.
Gentilmente eu dizia, levando o lenço aos lábios dela. A mesma ficava imóvel, era tão fofo aquelas sardas sobre o nariz dela. Ouvia uma voz que fazia minha espinha arrepiar.
-Está se engraçando com minha namorada?
Essa não, Jasper não, ela era tão impulsiva, pensava sempre errado das coisas. Era ali que me levantava.
-Jasper, estava lhe esperando.
A maior franzia a testa.
-Não parece, o que ele faz contigo?
Olhava sobre os ombros para Pery, ela tinha demência? Por que estava parada? Por que não corria? Droga, teria que dar um jeito nisso ou ela apanhava novamente.
-Ela só estava aqui, chegou primeiro e não queria ficar sozinha. Vamos.
Me aproximava dela e segurava no braço da mesma, Jasper olhava para Pery com cara feia, mas logo puxava a mesma para longe, segurando o braço dela, enquanto caminhava, olhava para trás por cima dos ombros, vendo Pery ainda parada ali, mas por que ela não se mexia?

~~Pery~~

Quando Lazuli leva o guardanapo em minha boca eu ficava corada, olhando para ela, imóvel. Ela era ótima ouvinte, concordo que as vezes eu falava demais, porém ela nem ligava, disse que era divertida. Quando Jasper chegava eu não aguentava, sentia um frio na espinha, na certa ia apanhar, meu abdome ainda doía, era quando Lazuli me safa dela, mas por que teria que ir? Ela me olhava ainda como se quisesse que eu fugisse, eu iria ficar. Não sabia bem como fazer, quando as viam se afastando eu respirava fundo. Isso não ia ficar assim, aquela valentona não pode ter tudo o que quiser. Nesse instante eu franzia a testa falando bem alto.
-Jasper, pare de ser idiota, deixe a Lazuli em paz.
Lazuli me olhava de forma fria, parecia com mais raiva que Jasper que franzia a testa se aproximando rapidamente, a outra nos olhava ao fundo.
-Me chamou de que?
Perguntava a valentona.
-Idiota, ou prefere tansa? Tem que parar de se aproveitar dos outros, sempre quis dizer isso pra ti, quando se aproveitava de mim. Eu era ingênua e acreditava que ia me proteger dos valentões, mas ninguém me protegia de você. Ninguém merece sua proteção.
Minhas palavras deixavam Lazuli boquiaberta, Jasper pelo contrário me pegava pelo pescoço. Era uma dor horrível, apenas ouvia a voz de Lazuli gritando para ela parar. A mesma corria até Jasper, segurando o braço dela, tentando o puxar, era quando a maior dava um tapa na Zuli, com as costas da mão, derrubando o vestido dela,  a mesma cuspia um pouco de sangue ao gramado, com certeza havia cortado a boca ou a língua no dente. Já não podia aguentar mais aquilo, aquela tatuagem evidente do nariz dela, desconfiava que ela tinha habilidades como eu, portanto colocaria a mão na fogueira, iria lutar.

Continua...


Notas Finais


Olha o pai de Pery fazendo insinuações :v
Espero que tenham gostado.
Aceito dicas, críticas, sugestões e ideias.


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