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História Human Universe (Steven Universe) - Tagarela


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Com relação a Lapidot ~~ sim são fofas, sim adoro elas, se pudesse só escrevia delas. Mas acontece que tem pendências nos outros personagens, não deixará de ser fofo, mas não tem como deixar em branco u.u

Capítulo 32 - Tagarela


~~Morgana~~

Depois das palavras daquela doutora, eu levei Mery para meu quarto. Pretendia fazer alguns desenhos para transformá-los em personagens depois. Já estava imaginando o que faria. Era quando via uma bela garota, de cabelos negros, olhos mel. Ela sorria para mim no corredor, eu apenas a olhava sem expressão.
-Você deve ser Morgana, a garota que vê o passado. Sua mãe falou de ti.
A garota estendia a mão pra mim, apenas olhava para a mão da mesma e em seguida para ela. Não queria mais memórias, evitaria algum contato.
-Você é tímida pelo visto. Sou Amber.
Aquela garota leva a mão até meu ombro, estava com uma blusa caída aos ombros, onde aparecia meu top por baixo. Aquele maldito toque, fazia todas as lembranças dela invadirem minha cabeça. Era nesse instante que eu ficava em transe. Meu olhos em um tom de rosa claro, tudo o que via ou sentia eram lembranças dela. Assim que ela tirava a mão do meu ombro, minha mente normalizava, estava atordoada, um pouco confusa. Aos poucos me lembrava de quem eu era.
-Tudo bem?
Eu ignorava ela indo até meu quarto, fechando a porta. Imaginava que ela desceu as escadas pois ouvia as vozes deles lá embaixo conversando. Colocava minha gatinha na cama, aff, justo agora deu uma sede. Eu portanto iria lá beber um copo de água. Ouvia a Amber falar sobre mim, mas parecia não lembrar direito meu nome. Sério? Ela acabou de dizer quando me viu.
-Morgana.
Eu lembrava ela, gentilmente ela dizia.
-Isso, prazer em conhecê-las.
Mesmo que tivesse chegado no meio da conversa sabia que ela estava se apresentando pra mim e minha irmã, talvez estivesse imaginado que agora falaria com ela, mas não dessa vez., já respondia.
-Já conheci você.
Eu terminava de descer as escadas, indo até a cozinha e bebendo um copo de água. Pelo visto teríamos visitas por um tempo, não era muito fã de visitas, como ficava quase sempre no colégio ou no quarto, até que não faria diferença.
-Tanto faz.
Eu respondia pousando o copo a pia. Pelo visto minha irmã foi pro quarto dela com a namorada. Mais um casal feliz, até que me sentia contente por aquilo. Por outro lado, Amber me olhava, o que ela queria?
-Hey amiga, quer dar uma volta? Sua mãe disse que fica muito no quarto, suponho que não seja muito social. Sugiro dar uma volta, os gráficos de lá são belos.
Ela piscava para mim, sério isso? A garota se sentia confiante, parecia querer fazer novas amizades. Não havia falsidade naquilo, bem, até que toparia. Esse trocadilho de gráficos foi horrível. Dava de ombros acompanhando ela.
-Eu já volto. Vou até a praça com a Morgana, ela precisa tomar um ar.
Minha mãe parecia feliz. Da última vez que a vi assim foi quando Sapphire ligou pra dizer que iria dormir fora. Nunca vi ela se sentir feliz apenas do fato de eu sair. Colocava as mãos nos bolsos da minha calça moletom preta. Amber ao meu lado. Imaginava ela já tagarelando, gostava de ser ouvida, mas o namorado dela não a dava ouvidos, sério por que ela ainda cismava em ficar com ele? Já desisti de entender o amor. Já previa ela perguntando coisas pra mim, claro não era vidente, mas era o esperado.
-Então Morgani, soube que faz faculdade, você estuda o que?
Mogani? Ela nem sabia meu nome, se fosse até Morganita era aceitável.
-Morgana.
-Ohh desculpe.
Ela parecia sem graça, será que foi grossa? Aquela imensa felicidade que ela tinha havia sumido, parecia meio chateada. Acho que aquilo foi minha causa.
-Não quis ser grosseira desculpe.
Ela sentava em um banco, estávamos já na praça, a mesma leva as mãos ao rosto.
-Não entendo, sou sempre gentil, as pessoas me tratam mal. Tem algo de errado comigo?
Oh meu deus, crise existencial. Era chato quando as pessoas faziam esses dramas, mas confesso que dessa vez me sentia culpada. Sentava ao lado dela, estava triste também, que coisa. Era complicado sentir o mesmo que os outros.
-Olha, a culpa não é sua. As pessoas que nem sempre gostam de dialogar ou não estão a fim de papo.
Ela me olhava com aquela carinha de choro. Tá de zoas que ela vai chorar.
-Não quer conversar comigo?
Eu suspirava.
-Minha mãe não te falou? Eu não gosto de conversar com ninguém, não gosto de me aproximar de pessoas, muito menos fazer amizades. No máximo família, mais nada.
-Ai amiga, que maldade.
A garota estava chorando? Não, eu mereço. Era como se sentisse uma grande vontade de chorar, mas não tivesse lágrimas, isso era agonizante.
-Amber, pare, não sabe como é difícil. Eu evito todo mundo, não gosto de sentir o que os outros sentem. Tá vendo? Está triste, pois isso eu fico triste. Não tenho motivos próprios para ser feliz ou triste. Talvez seja uma maldição ao invés de um dom.
Apoiava meu rosto as mãos olhando para o chão.
-Sente isso mesmo? Está triste por que eu estou?
Acenava de maneira positiva com a cabeça.
-É por isso que é tão fria. Quer afastar as pessoas pra evitar sentir o que os outros sentem.
Finalmente ela entendeu. Eu apenas a olhava, bem, seria chato dizer aquilo, não gostava de me meter na vida dos outros, mas seria necessário.
-Desabafa. Diz o que lhe deprime, assim vai passar.
Amber secava as lágrimas do rosto, claro eu já sabia, mas queria que ela falasse, assim aquela angústia iria embora. Portanto ela me explicava cada detalhe. Algumas coisas sobre o namorado dela ser grosseiro as vezes. Outras coisas pelo pai dela a rejeitar, por isso que ela morava com sua vó. Até que deixar ela desabafar fazia eu me sentir aliviada, talvez fosse o mesmo que ela sentia.
-Me sinto melhor agora, obrigado.
Ela dizia.
-Agora mostre seu sorriso.
Minha frase a fez rir. Sério? Nunca foi engraçada, a mesma se levantava no banco.
-Vamos caminhar mais. Gostei de você. Sabe de uma coisa? Também adoro sorvete, podíamos comprar um ali.
Eu dava de ombros, toda aquela animação, até que me sentia feliz. Caminhando até o carrinho de sorvete, eu observava as pessoas alegres e contentes, com suas famílias. Aquilo chegava a me animar. Quando via a imensidão de sorvete da loja ficava impressionada. Minha nossa, quanto sorvete, nem sabia que existia tanto sabores. Ela escolhia um de morango com chocolate e eu um de menta com chocolate. Ela parecia tão feliz lambendo seu sorvete. Pelo visto ela não tinha dinheiro, já que fui eu que paguei.
-Tava pensando em fazer faculdade de cinema, eu adoro desenhar quadrinhos, queria fazer animações. Será se seria uma boa escolha?
A julgar pelo gosto dela e o talento para desenhar, eu diria que sim. Geralmente os desenhistas eram bem esquisitos, até que ela era bem bonita e se vestia bem. Aquilo que ela disse eu nem imaginava. Não consigo ler mentes, apenas ver situações que pessoas já passaram ou no máximo sentir a mesma coisa que a pessoa próxima a mim.
-Acho que sim. Você desenha desde criança, já fez alguns quadrinhos, foi zoada pelos garotos. Siga em frente, tens futuro nesse ramo.
Um enorme sorriso surgia aos lábios dela, ué? Aquilo parecia mais gratificante pra mim do que pra ela.
-Acredita que meu namorado disse que era um sonho bobo e que eu devia fazer administração?
Negava com a cabeça, discordando.
-ADM é chato, ainda mais pra uma mente imperativa como a sua. Eu aconselharia até design de jogos, eu faço, dá pra aproveitar a ideia.
-Você também desenha?
Eu acenava de maneira positiva com a cabeça, os olhos dela brilhavam.
-Poderia me mostrar algum?
Tirava o celular do bolso mostrando alguns desenhos pra ela. Até alguns vídeos de animação para o jogo que estava montando. A garota parecia impressionada.
-Nunca encontrei uma garota com você, minhas amigas dizem que é tolice e que de quisesse desenhar seria moda. Mas gosto de desenhar heróis, personagens de ação. Me empolgo mais do que apenas romances tolos.
Novamente ela ria, eu já havia terminado meu sorvete, ela contava tanta coisa que mal tocou no dela.
-Não deixe ninguém dizer que você não deve seguir seu sonho. Tenha fé em você mesma, se dedique, dessa maneira consegue o que quer.
Ela me abraçava de forma rápida, mal consegui desviar. Não era acostumada com afeto, aquilo me assustava um pouco, porém deixava acontecer, abraçando ela também.
-Por que não me conta sobre sua vida. Você namora? O que mais faz de legal? Tem quantos anos?
Amber mal de solta e já me enchia de perguntas. Ela parecia tão feliz, não custava nada responder, mesmo que não fosse de puxar assunto.
-Não sei o que é amor, mal tenho sentimentos próprios então a resposta seria não. Acho que a única coisa que faço de legal é desenhar e andar de patins. Tenho dezenove anos.
A garota sorria, parecia feliz com a resposta, e ao mesmo tempo parecia triste.
-É triste você não conhecer o amor. Adorei saber que anda de patins, sempre quis aprender, mas não conhecia ninguém que saiba. Meu ex tentou me ensinar uma vez, mas não tinha paciência, talvez uma amiga fosse melhor escolha. Estou com dezoito anos. É ainda não faço faculdade, começo ano que vem. Minha vó veio pra cá por causa do colégio, vou fazer o último ano aqui depois vou fazer a faculdade. Nosso apartamento pegou fogo e estamos reconstruindo, sorte que sua mãe ofereceu abrigo.
Eu olhava para o chão.
-Lamento.
Estava ainda pensativa, ela era bem tagarela, tinha muitas informações, algumas lembranças dela ainda estavam na minha cabeça. Lembrava de algo pegando fogo, ela gritava em desespero, sentia como se meus braços e pernas estivessem queimando, soltava um gemido me encolhendo.
-Tudo bem?
Ao ouvir a voz dela aquela alucinação passava, assustada eu a olhava.
-Se queimou.. doeu.. está curada..
Olhava para os braços dela, estava ilesos, já era esperado para uma gem.
-Está se sentindo como me senti naquela noite?
Eu acenava de maneira positiva com a cabeça, ela novamente sabia, me entendia talvez.
-Não pense mais nisso, parece um pouco confusa. Melhor voltarmos para casa, pode me mostrar os desenhos que tens no quarto.
Espera como ela sabia que tinha desenhos no quarto? Ahh imagino que deixei a porta aberta, ela viu e só queria saber se era meu, da minha irmã ou talvez da minha mãe. Até que acatava a ideia, tornando a minha casa. Só agora que ela havia terminado o sorvete, era meio lerda hein, mas a felicidade dela era bem contagiante. Parecia muito feliz quando eu a mostrava os desenhos que havia feito, vários personagens, cenários, criaturas, ela parecia fascinada. Nem meu professor ficava assim quando achava algo incrível. Aquela garota era esquisita, mas até que gostava do jeito alegre dela, me deixava feliz..


Notas Finais


Mais um dia mostrando sobre Morgana. Ainda não mostrou os poderes de Amber, mas quero deixar isso na expectativa :v
Espero que tenham gostado. Aceito dicas, críticas, sugestões e ideias.


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