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História Human Universe (Steven Universe) - Flashbacks


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Não vai ser aqueles episódios chatos de flashbacks de todos os personagens :v vai ser algo mais interessante.

Capítulo 43 - Flashbacks


~~Morgana~~

Já estava com os olhos fechados. Estava dormindo. Era estranho, via Amber ao meu lado, ela estava chorando, pedia minha ajuda. Havia um prédio em chamas. Ouvia ela dizendo.
-Morgana me ajuda estou presa aqui, por favor me ajude Morgana, é a única que pode me ouvir.
Abria os olhos arfante, isso era um sonho? Estava suada. Abria a janela para pegar um ar. Sentia uma forte pontada, o que era aquilo. Fechava meus olhos sentindo o movimento, era como se eu fizesse um rápido tour pela cidade. Várias pessoas, algumas corriam, uma imagem de um prédio em chamas. Olhava o letreiro do prédio, era... não pode ser. Abria imediatamente meus olhos, aquele sonho era verdade, um pedido de socorro, não sabia que conseguia me comunicar com as pessoas em sonho, ou talvez se elas chamassem por mim. Claro habilidade inútil em batalha. Sem pensar duas vezes pulava a janela do quarto, descendo pela calha até chegar a garagem, onde pegava minha moto levando um capacete extra, iria salvar ela. Por sorte não havia dormido de pijama, apenas estava com uma calça moletom preta, uma blusa sem mangas onde aparecia meu top por baixo. Vestia um tênis que havia deixado na garagem e colocava uma jaqueta de couro por cima. O que faria para ajudá-la? Até eu não sabia, mas tentaria. Por sorte a moto era silenciosa, portanto não acordava ninguém ao sair, era doloroso ouvir o miado de Mery se sentindo sozinha, mas Amber corria perigo. Acelerava ao máximo, sim se a polícia pegasse era o fim, mas estava com pressa. Tive sorte de não encontrar nenhum policial. Parava a moto próximo ao prédio, os bombeiros já tentavam entrar. Me aproximava de um deles.
-Tem uma garota lá em cima.
O cara não me deixava passar.
-Vamos cuidar disso senhora, fique onde está é perigoso.
Se ficasse ali não poderia ajudar. Tentava forçar um pouco a barra, queria passar.
-Escuta aqui, eu sobrevivo de um tiro na testa, me deixa passar, posso salvar ela antes de vocês.
O cara me olhava com os olhos arregalados.
-Como isso?
Franzia a testa.
-Já deve ter ouvido boatos do projeto diamante, onde eles queriam criar pessoas com habilidades estranhas né?
O homem acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Sou uma dessas pessoas, me deixa ir, posso ajudar.
Ele suspirava, não queria me deixar passar.
-Olha, eu não deixei você passar, vai logo.
O homem me deixava passar, quando eu corria para o prédio ele fingia me pedir para não entrar, pelo visto estava de teatro. Desviava de alguns bombeiros correndo pelas escadas, era louca? Sem dúvidas, havia fogo pra todo lado, por sorte não havia nada bloqueado. Respirava com um pouco de dificuldade, usava a minha blusa para conseguir respirar melhor, colocando ela na frente do nariz. Como usava a beirada dela minha barriga ficava de fora. Um pouco abaixo do umbigo eu tinha um piercing, eram duas bolinhas, não gostava de colocar no buraco do umbigo, então botei mais pra baixo. No acampamento fui sem ele, pois estava higienizando ele e esqueci de colocar de volta. Aquele namorado maldito tinha que morar do sexto andar? Que sacrifício. Um pedaço da escada caía, eu corria levemente na parede, conseguindo atingir o outro lado. Minha nossa, aquelas aulas de luta e parkour vieram bem a calhar agora. Tentava abrir a porta, estava trancada, era onde eu arrombava, ouvia um choro e via o namorado dela com a mão endurecida, cheio de âmbar.
-Onde está Amber?
O rapaz usava a mão livre para apontar para o banheiro, estava trancado. Novamente eu arrombava a porta, a garota estava sentada em cima do vaso.
-Está louca? Tá pegando fogo, dá pra sair pelas escadas.
A outra negava.
-Torci o pé, não consigo andar sozinha. Ele me trancou aqui, me chamou de aberração. Tudo isso por que cobri o braço dele com âmbar sem querer. Ele não sabia que eu tinha poderes.. terminou comigo.. sou uma aberração, ele tem razão, não preciso mais de sua ajuda, me deixa morrer.
Aquela tornava a chorar. Dava um tapão na nuca dela.
-Vai deixar ele te rebaixar assim? Quem dera eu ter poderes de âmbar, é incrível. Só sei ver o que já aconteceu, eu uma luta isso é inútil. Não tenho mais força física nem nada, apenas resistência a impactos, fora isso, nada de mais.
-Resistência a impactos?
Acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Posso me jogar do sexto andar e cair de pé sem sofrer danos.
A garota sorria. Poderia ter feito isso quando pulei da minha janela, mas não queria quebrar o piso ou fazer barulho, não seria bom naquele caso.
-Me tira daqui.
Eu virava de costas, levando a mesma de cavalinho, ela era leve, portando segurava a outra com apenas uma das mãos.
-Venha, vou tirá-los daqui.
Estendia a outra mão pro rapaz.
-Me viro sozinho aberração.
O cara corria para fora, sacudindo a mão com âmbar sólido, estava desesperado.
-Espero que ele não morra.
Eu dizia segurando a perna de Amber com a outra mão, a mesma segurava com força ao redor do meu pescoço, claro, sem me enforcar. Passava delicadamente pela janela pra não machucar ela, ficava sentada e logo me jogava. Minha nossa, dava até um frio na barriga. Engolia em seco, caindo com tudo ao chão. Alguns estilhaços da calçada rasgavam um pouco minha calça e faziam pequenos cortes. Os bombeiros corriam para próximo de mim, onde o cara que me deixou passar tomou a iniciativa.
-Tem mais gente lá?
Acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Um cara, tá no sexto andar. O resto está vazio ou morto.
Não sentia mais nenhuma presença no prédio, a não ser do ex namorado de Amber. Uma ambulância logo chegava, pelo visto os bombeiros haviam recém chegado pra apagar o fogo.
-Está bem?
Acenava de maneira positiva com a cabeça, levando ela até a ambulância. Colocava ela deitada na maca, os médicos me olhavam.
-Acho que ela torceu o pé.
O médico olhava o pé dela.
-Vai ficar bom logo, vamos enfaixar e fazer uma massagem. O que nos preocupa é você.
Olhava para baixo, meus pés estavam cheios de sangue. Caramba, será que foi fundo? Não sentia dor, mas como não? Era como se apenas sentisse uma dor no pé por estar torcido.
-Certo, acho que estou começando a me preocupar com isso.
Sentava no banco próximo da Amber, a mesma me olhava.
-Tem que se cuidar mais Morgana.
Negava com a cabeça, puxava um pouco minha calça, caramba ainda escorria sangue, sentia até uma leve tontura.
-Parece uma hemorragia.
Me deitava ao banco, era onde o médico enfaixava minhas pernas. Estava consciente, ouvia a ambulância ligar e as portas se fechavam, é, pelo visto iríamos para o hospital. Estava ficando tudo borrado? Mas o que estava acontecendo? Tudo ficou escuro. Via flash de alguém ganhando diploma de médico, fazendo cirurgias, conhecendo uma enfermeira, namorando ela, até... bem essa parte queria ter pulado. Eu era esse alguém, mas não era homem, talvez estivesse na mente de alguém. Tudo passava de repente. Uma imagem vinha em minha mente dessa vez. Eu me via com aquele cara na frente, era o namorado de Amber? Ele parecia feliz em me ver. Nos abraçávamos, nos beijamos. Ficamos um tempo deitados no sofá vendo filme, ele me fazia carinho. Depois nós ficamos namorando no sofá.. minha nossa, por que diabos ele me pegou? Olhando minhas mãos via que não era minha clara pele. Era uma lembrança da Amber? Ué, eu até pedia pra ele usar camisinha. Mas gente, eu não falei nada.. como isso era tão real. Um estranho barulho vinha de fora, eu me vestia, ia ver o que era na janela, alguém com um uniforme amarelo corria para longe e jogava algo de fogo, fazendo o prédio queimar. Me sentia traumatizada com aquilo, me terminava de me vestir rápido. Estava tão assustada. Quando o homem tocava em meu braço o mesmo começava a endurecer, ficando coberto de âmbar endurecido. O homem parecia incrédulo, me xingava, aquelas palavras doíam tanto, me chamava de tanta coisa. Eu havia dito pra ele que era normal, uma forte dor tomava conta de meu peito. Eu esbarrava na mesa de canto torcendo meu pé, pedia ajuda para ele e só o que ele fazia era me levar pro banheiro, colocar no vaso e sentar. Dizia algo sobre nós modificados sermos o motivo pra metade da família dele ter morrido. Mas que dor no peito, queria levar a mão até ele, mas não controlava meus movimentos, apenas chorava. Vários flashs se passavam rápido, via fogo, até via a mim mesmo, espera, eu salvei Amber, estava vendo as lembranças dela. Após salvar ela corria pra ambulância, eu estava inconsciente, mas ela ficava me olhando. Eles costuraram minhas feridas? Dava agonia só de ver, ela viu tudo. Agora conseguia me ver deitada, Amber segurava a minha mão chorando, ela repetia as palavras.
-Morgana por favor acorda, não quero perder mais ninguém, preciso de você viva.. disseste que é horrível em combate físico, mas não acho, é bem habilidosa apesar de tantas limitações, foste corajosa, quero te agradecer. Não consigo suportar muitas perdas, primeiro meu namorado.. agora você.. não dá..
Era quando Amber soltava minha mão, apoiando as mesmas ao rosto, deixando as lágrimas escorrerem. Estava tudo escuro, mas uma luz branca me incomodava, abria levemente os olhos vendo aquela luz branca em minha cara, piscava algumas vezes, era quando minha visão focava, era uma lâmpada. Virava a cabeça para o lado vendo Amber chorando.
-Não vou morrer não te preocupe.
Era quando a outra me olhava com um enorme sorriso aos lábios.
-Está bem Morgana.
Via que ela vinha me abraçar, mas eu negava com a cabeça.
-Desculpe.
Suspirava.
-Fiquei atormentada com seus flashbacks, sem mais contato. Não quero me sentir em coma novamente.
A outra soltava uma risada.
-Me promete uma coisa Amber?
A garota acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Que vai parar de ficar chorando. Você tem muita força por dentro, não se abale com as coisas ruins da vida, veja o lado bom. Sua alegria é contagiante, use ela mais vezes.
Amber secava as lágrimas do rosto, sorria um pouco sem graça me olhando.
-Certo. Eu prometo. Morgana, sabe de um segredo?
Negava com a cabeça, claro que não saberia se era segredo, preferi nem comentar pra não ser grossa.
-Eu só consigo usar minhas habilidades se estiver feliz. Qualquer outro sentimento não ativos elas voluntariamente. As suas ativam como?
Ficava um pouco pensativa, logo olhava pra janela, estava já claro, minha nossa mamãe iria me matar.
-Entendi, não ativam, se alguém tocar em você ou você tocar em alguém são ativadas. Isso é complicado.
Acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Já tive alta?
Amber acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Ele disse que assim que sair de coma pode ir. O médico até disse que você só estava dormindo e podia demorar pra acordar pois a anestesia foi forte. Fizeram vários pontos, espero que não fique com cicatriz.
Eu dava de ombros.
-Não ficarei. Vai me levar pra casa? Não to a fim de usar aquelas cadeiras de rodas, já imagino que a recomendação seja não fazer força por um tempo. Acho que dentro de alguns dias devo estar melhor, talvez até semanas, nós temos uma regeneração mais veloz.
Amber acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Já tem contei que estou melhor? Me recupero em duas horas de qualquer torção. Demora um pouco mais se for fratura.
A garota se aproximava, me pegando no colo. A força dela era impressionante. Segurava no pescoço dela, enquanto era levada pra casa. Algumas pessoas nos olhavam estranho, mas nem ligava. Minha calça agora era um short, havia cortado pra costurar. Nem quero saber o que mamãe dirá quando ver meus ferimentos. Ai caramba, minha moto.
-Minha moto.
Amber ainda sorria.
-Falei pro médico, só apresentar os documentos pra polícia, eles lhe devolvem, está em segurança.
Me sentia aliviada por aquela informação.


Notas Finais


Agora a Morgana tá dodói. Quem será aquele ser de roupa amarela que botou fogo lá? Curiosos? Só em próximos capítulos queridinhos :3
Amo vocês <3
Espero que tenham gostado. Aceito dicas, críticas, sugestões e ideias.


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