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História Human Universe (Steven Universe) - Preocupação de Sapphire


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Preparem que terá alguns baldes de arco-íris.

Capítulo 44 - Preocupação de Sapphire


~~Sapphire~~

Após o almoço, eu ficava deitada no colo da minha Rubrinha no sofá, não havia nenhum sinal da Morgana, estava tão preocupada. Ruby sabia disso, ela ficava acariciando meus cabelos, era tão atenciosa. Não conseguia deixar de evidenciar minha expressão. Rubizinha ficava em silêncio.
-Sabe quando você sente que algo está errado?
Perguntava pra ela buscando algum tipo de "consolo" ou algo que pudesse me distrair.
-Não sei.
A garota dizia chateada, ficava com pena dela, podia ter feito uma pergunta melhor. Mamãe sentava na poltrona, nos observando.
-Cadê a Morgana, ela sumiu, não é de fazer isso. Vi no jornal que um prédio pegou fogo, Lorena disse que era o prédio onde morava o namorado da Amber, ela estava lá. Lorena está chorando, várias pessoas morreram no local.
Começava a ficar preocupada, a frieza do meu corpo apenas aumentava. E se Morgana tivesse ido ajudar Amber e faleceu? Assim como eu, ela consegue sentir se tem algo de errado, porém diferente de mim ela consegue ver o que se passa. Talvez tivesse recebido um pedido desesperado de ajuda.
-Tudo bem Saph?
Minha querida percebia que eu não estava bem. ela me fazia ficar por completo ao colo dela, para me abraçar, só estava com a cabeça antes. O corpo quente dela parecia me fazer sentir melhor. Mas isso não impedia o vento de ficar gelado.
-Está tudo bem filhinha?
Não conseguia responder, só pensava no ocorrido, as palavras faltavam em minha boca.
-Ela está muito fria.
Rubizinha comentava. Mamãe ficava preocupada e se aproximava. Era quando eu ouvia um celular tocar, será que eram elas? Ruby pegava o celular do bolso e entrega pra minha mãe.
-São meus pai, pode falar com eles por mim?
Que droga, achei que fosse as meninas. Mas que coisa. Mamãe atendia.
-Oi é Sophia, tudo bem com vocês? Ah.. sim, vou perguntar.
Ela olhava pra Ruby.
-Vai embora quando?
-Depois da aula amanhã, não posso deixar Sapphire sozinha.
Quanta doçura, mamãe acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Ela vai amanhã depois da aula. Está cuidando da Sapphire, elas são um casal muito fofo, né?
Nesse instante percebia Ruby meio nervosa, acho que ela não tinha contato aos pais sobre nosso namoro, porém mamãe parecia tranquila.
-Ela não contou? Bem talvez não deu tempo, fiquem tranquilos elas estão se dando muito bem, estavam até estudando a pouco, Ruby é bem lentinha pra aprender, mas minha Sapphire é bem esperta. Como assim falar com ela?
Mamãe olhava pra nós, via minha amada meio nervosa, ela se encolhia um pouco.
-Ela está ocupada, Sapphire está passando mal, Ruby tá ajudando ela. Também queria ajudar, mas não consigo chegar perto, Sapphire não deixa.
Ela pausava para dar uma risada, mamãe não conseguia tocar na minha pele quando estava muito fria, pois a mão dela congelava.
-Certo, amanhã vocês falam com Ruby. Que tal marcarmos um dia pra um encontro de famílias? Pode ser aqui em casa, faço uma deliciosa lasanha pro almoço. Vocês gostam? Nossa que bom, quando estiver disposta Sapphire mandará o convite através de Ruby, não se preocupem. Vou desligar aqui, a coisa tá ficando crítica, boa tarde.
Mamãe desligava, novamente ela me olhava, o sofá estava congelando.
-Sapphire respire fundo, se contenha.
Estava assustada, não sabia o que fazer, Rubizinha me fazia olhar para ela, estava com um olhar sério. Logo aproximava seu rosto do meu tocando seus lábios com carinho aos meus. Mas que beijo quentinho, me sentia mais calma, era como se toda aquela frieza do meu corpo abaixasse. Levo até a mão ao rosto dela, acariciando o mesmo com carinho. Ouvia um som de "awnt" vindo da minha mãe, imagino que ela esteja nos observando e sorrindo. Não sabia o que era melhor, se o sabor daquele beijo, o que eu sentia quando era beijada, aquele doce cheiro vindo dela, o abraço quente ou se era a perfeita combinação de frio e calor. Imagino que fosse tudo, me sentia completamente apaixonada por ela, como se nunca mais conseguisse ficar longe. Ouvia uma voz gritando lá de fora.
-Senhorita Sophia, por favor abra o portão.
Separava os lábios e arregalava meus olhos, Ruby passava a mão em meus cabelos, o que me fazia sorrir olhando para ela. Mamãe olhava pela janela, ela parecia preocupada. Apertava um controle fazendo o portão abrir, quem quer que seja iria chegar em breve.

~~Amber~~

Caramba, eu estava tão cansada, podia ter uma força sobre humana, mas minha resistência não era. Minha nossa, nem sei quantos quilômetros eu corri, por sorte estava em forma. Respirava constantemente. Morgana havia cochilado, ela estava enrolada em um lençol, não queria fazer contato com a ele dela, pois sabia sobre sua habilidade de ver o passado. A mãe dela parecia super assustada ao ver a filha em meu colo.
-O que aconteceu?
Eu olhava para o lado meio sem graça, era embaraçoso explicar isso pra mãe dela.
-Amber, Morgana?
Sapphire vinha correndo segurando a mão de sua namorada, ela me olhava e olhava a própria irmã. Já mencionei que achava as duas muito fofinhas? Bem, nunca sentia atração ou namorei uma mulher, mas ver as duas juntas me despertava certa curiosidade, eu confesso. Até que eu estava sorridente, Sapphire me olhava e olhava sua irmã.
-Ela está bem né? Cuidou dela, prometeu a ela sorri e não deixar as coisas ruins se deprimir.
Caramba como ela sabia das coisas? Acenava de maneira positiva com a cabeça.
-Como sabe?
Perguntava.
-Ela fez a mesma coisa comigo.
Sapphire sorria, mas que irmã fofinha. Bem, eu deitava a Morgana no sofá. Vovó logo vinha ao meu encontro.
-Minha filha não me assuste desse jeito.
Recebia um caloroso abraço dela.
-Nos conte o que houve.
Sophia dizia. Sentava no sofá próximo a Morgana, que estava cochilando ainda.
-Foi assim.. estava eu e meu namorado. Estávamos juntos, vimos filme e tal. Até que durante a noite, quando estávamos dormindo, um ser de roupa amarela colocou fogo no prédio. Não consegui ver o rosto, mas era uma pessoa, achei aquilo meeega estranho. Assustada eu cobri o braço dele de âmbar.. ele me chamou de aberração e terminou comigo.. achou que eu fosse normal.
Parava para dar um suspiro, voltando a sorrir.
-Pro meu azar eu bati na mesa, torcendo o pé. Eu gritava por ajuda, imaginava que Morgana pudesse me ouvir então chamei ela, mas não houve nada. Aquele maluco me trancou no banheiro, dizendo que eu estava delirando. Mas gente estava pegando fogo. Depois de um tempo Morgana arrombou a porta do banheiro, sei que fiquei apenas alguns minutos, mas foram torturantes. Ela me colocou nas costas, queria ajudar meu ex, mas ele não quis, dizendo que ela também era uma aberração. Ignorando ele, Morgana se jogava da janela. Era tinha resistência a impactos, não iria se ferir com a queda do sexto andar. Foi o que pensamos. O piso se partiu e cortou as pernas dela. Foi feio, estávamos até a pouco no hospital, trouxe ela pra casa assim que acordou, no caminho ela adormeceu. Deixei ela enrolada no lençol pra não tocar na pele dela e ela ficar mais aquecida. Agora estamos aqui. Meu pé está melhor pois me regenero mais rápido que o normal. Já Morgana.. vai ficar boa em alguns dias eu espero.
Minha vó me dava um abraço.
-Falei que não ia com a cara daquele idiota.
Dava uma risada sem graça.
-Obrigado por trazer minha filha de volta.
Sophia dizia com os olhos cheios de lágrimas.
Eu me sentia feliz, até que "bancas a heroina" não foi mal, porém os créditos maiores foram dela.
-Gente.. não me agradeçam tá? Quem me salvou, se arriscou e agora está ferida por minha culpa foi Morgana, apenas fiquei do lado dela no hospital e trouxe ela, nada de mais.
Ruby franzia a testa.
-Quem era aquele ser de roupa amarela?
Dava de ombros.
-Não sei.
Sapphire e Ruby se olhavam desentendidas dando de ombros.
-Vou levar Morgana pro quarto dela, precisa descansar. Com licença.
Carregava a outra para o quarto. Colocava ela deitada na cama. Tirava a jaqueta de couro dela e deixava a mesma deitada na cama. Cobrindo ela com o cobertor. Puxava a cadeira da mesa que tinha ao canto do quarto, e ficava olhando para ela.
-Sou muito grata por ter me salvado.

~~Morgana~~

Ouvia algumas vozes, até reconhecia algumas, parecia minha mãe, Sapphire, até Amber. Mas não estava com vontade de acordar. Ficava tudo um pouco quieto, até ouvir outra voz, ela me agradecia, espera já estava em casar. Era quando eu abria meus olhos voltando os mesmos para Amber, ela sorria.
-Não precisa agradecer.
O sorriso dela parecia ainda maior quando um pequeno sorriso surgia em meus lábios. Me sentia feliz por ter feito aquilo. Espera, dessa vez não era o sentimento de outra pessoa, eu mesma estava feliz por ter salvado ela, minha nossa, então era assim que eu sentia algo próprio? Realmente a felicidade era diferente do que se eu sentisse por outra pessoa, parecia até mais alegre e inspiradora. Só não saia correndo para abraçar todo mundo por ter sido proibida de andar por um tempo, não podia forçar os pontos. Novamente meus olhos se voltavam a Amber.
-Tanta dedicação, se manteve forte. Obrigado. Deve estar exausta, vou ficar aqui por um tempo, acho que devia descansar.
A garota negava com a cabeça. Ela logo saía do quarto. Sério? Iria ficar sozinha ali. Até a Mery estava brava, nem queria vir deitar perto de mim. Eu negava com a cabeça olhando para o teto. Era Amber voltava, ela trazia uma bandeja com comida. Espera, ela foi pegar pra mim? Me sentava, onde ela apoiava a bandeja em meu próprio colo. Hmn.. sanduíche.. espera era de atum, adorava sanduíche de atum. Eu tratava de comer um haviam muitos, talvez demais para mim. Era quando ela comia um também. Ia comer junto comigo? Beleza então, assim me sentia menos sozinha. A garota ainda apontava para uma xícara com chá.
-Sua mãe fez, ela disse que ajuda na dor. Beba tudo.
Bebia alguns goles, até fazia uma careta, era horrível, nisso Amber dava uma risada. Nem demorava pra virar aquela gororoba toda, minha nossa que gosto ruim. Será que todo chá que minha mãe fazia tinha que ter gosto de remédio? Pra tirar o gosto bebia um pouco do suco de laranja.
-Era pra mim..
Amber resmungava.. ops, nem havia notado.
-Desculpe, pode ficar.
Entregava o copo para ela, a mesma o pegava, bebendo o restante que sobrou. Tratava de comer mais alguns sanduíches, acompanhada dela. Desta vez eu devolvia a bandeja a ela.
-Muito obrigado.
A garota sorria.
-De nada. Vou levar lá, já volto.
E assim ela fazia, tornando a cadeira. Ficava no meu quarto me fazendo companhia.
-Se pensa que deve me compensar por ter lhe salvo, não precisa. Um heroi não exige recompensa. Não sou bem uma heroina, mas também não quero recompensa, apenas fiz o que era pra ser feito.
A garota negava com a cabeça.
-Não vou te recompensar. Apenas quero cuidar de você, não sinto que sou obrigada a isso, apenas quero fazer. Você me deixar feliz, só quero esquecer ele sabe.. por isso fico aqui contigo.
Me empurrava um pouco para o lado, dando espaço a ela na cama.
-Mas nada de colocar mãozinha em cima de mim, não me toque.
A outra ria, deitando ao meu lado. Ela olhava para o teto, havia um desenho de uma lua, uma montanha, um lobo uivando.
-Que massa.
Que bom que ela gostou do desenho, mamãe ficou louca quando viu.
-Sou o lobo, eu uivo pra lua.
Amber dava uma risada.
-Vou fingir que acredito.
Eu suspirava.
-Lobos nascem em uma alcateia, quando um se perde ele se vira sozinho. A lua é um tipo de deus no qual ele glorifica, é uma forma dele se sentir forte e menos sozinho. Eu gosto da lua, ela me entende, eu a entendo. Alguns antigos dizem que a lua simboliza o passado, que deve ser entendido mas nunca esquecido, enquanto o sol seria o futuro, era uma dádiva. O lobo uivando pra lua apenas significa eu admirando minha habilidade de ver o passado, apesar de ter medo do que eu poderia fazer com ela.
Amber dessa vez se erguia para me olhar, os olhos dela brilhavam, um enorme sorriso estava ao rosto dela.
-Que profundo Morgana. Você é tão fofinha.
Fofinha? Sério? Aquilo já tava estranho. Ela estava sorrindo feito uma boba, estava confusa. Ahh que droga, aquilo me deixava confusa também. Bem, não tinha mais o que eu fazer pra ela parar de me olhar com essa cara de tacho, a não ser. Pronto eu empurrava ela da cama, que caía ao chão se cagando de rir.
-Ai ai Morgana, você é bem louca. Vou fazer alguns desenhos, poderia usar seu lápis?
Acenava de maneira positiva com a cabeça. Era onde a mesma puxava a cadeira até a mesa, usando algumas folhas pra fazer algum desenho. Novamente eu voltava a olhar para o desenho que fiz no teto, deixando alguns pensamentos tomarem conta.
 


Notas Finais


Agora está tudo certo, só falta eles descobrirem quem botou fogo no prédio.
Espero que tenham gostado. Aceito dicas, críticas, sugestões e ideias.


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