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História Human Universe (Steven Universe) - Reconciliação


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Conforme os capítulos passam, as coisas vão se ajeitando.
Pra mim foi um ótimo capítulo, só avisando, hoje não estou com a cabeça muito boa, perdoem se não ficar tão bom quanto de costume. Está muito quente e isso me causa sono, quando estou com sono fico muito lerda, ou seja.. horrível de criar.
Boa leitura.

Capítulo 77 - Reconciliação


-Amethyst-

Faz bastante tempo que Pearl estava morando comigo. As vezes ela brigava comigo por eu ser um tanto imatura e sempre ficar com gracinhas, mas acho que ela não percebia que fazia aquilo por gostar do sorriso dela. Quando ela soube da prisão da Diamy, pareceu não acreditar, ficou um pouco mais calma, mas ainda não aceitou completamente. Essa era a Pearl, ela sabia que ainda não tinha terminado. Além do mais, meu quarto estava sempre arrumado, esse tempo ela vivia arrumando a casa e meu quarto principalmente, tudo sempre cheiroso e arrumado. Mamãe sempre a elogiava, o que pra mim era um saco, não era a filha perfeita eu sei, mas era do meu jeito.

Em uma tarde fui ao mercado com a mamãe, Pearl estava em sua aula de balé. Era muito raro eu ir ao mercado com ela, portanto mamãe estava super feliz.

-Ai Amy, nem acredito, sempre quis conversar contigo, mas sempre me ignorava.- Ela olhava um vidro de cachaça, vendo o preço.

-Mãe sério.. por favor, não leva isso. Fico até com vergonha quando fica bêbada falando porcarias e fica querendo quebrar tudo.- Minhas palavras eram sinceras quando segurava a mão dela, era sempre sorridente, mas dessa vez estava preocupada.

-Sinto muito, vou tentar parar, só uma garrafinha vai...- Ela parecia implorar, portanto acabava cedendo.

-Beba um pouco por dia.- Tentava alinhar ela, já que assim ela não me envergonharia na frente da minha namorada.

Mais gratificante foi o sorriso dela. Nem falava nada quando ela comprava um maço de cigarros. Também levamos várias coisas para comer. Quando ela passava ao caixa a mesma viu uns bolinhos de mel cobertos por chocolate.

-Eu não peguei isso.- Ela olhava o preço, não era muito caro.

-Eu peguei.. Pearl disse que gostava sabe.. ela anda meio triste.. acho que sente falta da família, eles mal se veem.- Meu rosto ficava corado enquanto falava, mamãe apertava minha bochecha sorridente.

-Sem problemas Titinha.- Dessa vez franzia a testa olhando pra ela.

-Já disse pra não me chamar mais com esse apelido.- Ela me chamava assim quando criança, mas já me sentia mais adulta.

-Quando era criança você ria quando te chamava assim.- A mesma mencionava.

-Tenho 16 anos mãe, não sou mais criança, até namoro.- Pegava algumas sacolas, deixando as mais leves para ela.

Ela pegava as sacolas restantes, caminhando ao meu lado.

-Você cresceu tão depressa, mal pude acompanhar. Sabe... a mãe de Pearl é minha amiga, podia falar com ela.- Mamãe piscava. Um sorriso surgia em meu rosto.

-Adoraria. Quero fazer uma surpresa pra Pearl, sabe.. comemoramos nosso aniversário juntas, mesmo que fosse em datas separadas, quero apenas que ela se sinta importante. Sei como ela é dramática em relação ao que sente.- Soltava uma risada, era engraçado lembrar esse lado dela, sempre zoava essa parte nela.

-As vezes você também é dramática. Sugiro que faça um chazinho de camomila. Ela adorava quando criança, antes de engravidar ajudava a cuidar de Pearl. Ai quando tive você.. bem.. minhas atenções foram pra você claro.- Mãe colocava as compras na mesa, já havíamos chegado em casa, o mercado não era muito longe. Apenas soltava algumas risadas enquanto ela falava.

-Obrigado mãe. Agora vai lá, vou fazer um chá... err.. só esquentar água e colocar aquele pozinho do vidro de tampa verde né?- Perguntava ainda um pouco confusa, não cozinhava muito, mal sabia fritar um ovo. Após ver mamãe acenar de maneira positiva com a cabeça eu já ia até o fogão, enchendo a chaleira. Enquanto a mesma esquenta aproveito pra guardar as compras.

Não demorava para mamãe voltar pra casa.

-Falei com Claudia, ela disse que sente falta da sua filhinha, não é só isso, o marido dela também, mas não quer admitir. Acho que deviam conversar com o pai quando ela chegar. Ele está em casa agora.- Ela se aproximava olhando o chá que havia feito. -Já coou?-

-Coar?- Olhava ela pegando uma peneira e colocando o chá em uma garrafa, ela coava para tirar as folhinhas e pedacinhos que ficavam.

-Quando Pearl chegar vou falar com ela.- Comentava abrindo o pacote de bolinhos de mel com cobertura de chocolate, colocava em um prato. Em questão de minutos Pearl chegava em casa.

-Hey.. que surpresa, estão as duas cozinhando.- Era notável um pequeno sorriso ao rosto dela, ela parecia esconder aquela falta que sentia dos pais.

-Pearl, fiz uma surpresa pra ti.- Rapidamente servia uma xícara, pegava o prato e levo até ela. Dessa vez um sorriso maior surgia aos lábios dela, onde a mesma senta no sofá. As roupas dela ainda eram aquelas de balé, nos pés ela usava uma sapatilha, acho que sapatos de balé eram horríveis para caminhar.

-O-obrigado Amy.- Ela me abraçava rapidamente, logo pegava um bolinho de mel e mordia. -Hmn.. faz tempo que não comia um desses.- Ela dava mais uma mordida, em seguida bebia um gole de chá. Pela animação com que ela comia, com certeza tinha gostado. Sentava ao lado dela a vendo comer. Foi quando a mesma pegou um bolinho levando a minha boca.

-São pra você Pearl, pode comer.- Olhava sem graça para o lado.

-Mas quero dividir contigo.- A mesma ainda segurava o bolinho próximo a mim, foi quando mordi o mesmo, olhando ela com um sorriso.

***

Fazia alguns minutos que Pearl estava se banhando. Eu aguardava sentada na minha cama. Íamos visitar os pais dela, disse a ela sobre o fato de mamãe ter conversado com a mãe dela e a mesma dizer que quer ver a Pearl. Então não era novidade ela se arrumar toda. Entediada eu deitava na cama, olhando para o teto, cismava em deixar minhas pernas penduradas balançando. Eis que ela adentrava meu quarto. Estava com uma delicada blusa sem mangas, onde se encaixava perfeitamente ao corpo dela. A blusa tem um tom azul bebê, que destacava seus lindos olhos. Ela estava com um short amarelo bem clarinho, usava sapatilhas combinando com a blusa. A mesma dava uma delicada volta, como uma dançarina de balé. Sem demora a aplaudia.

-Hurul, é isso ai.- Me levanto estendendo a mão pra ela. -Vamos então?- Ela acenava de maneira positiva com a cabeça, logo segurava minha mão indo comigo até a casa dela.

Ao chegar no local batia na porta, foi onde a mãe dela abria pra mim.

-Ohh olá queridas, entrem.- Lentamente entrava na casa com ela. O pai da mesma esta sentado na poltrona e nos observava.

-Mamãe..- Pearl soltava minha mão e corria para abraçar a mãe dela. O pai dela ainda me olhava torto, o que me fazia engolir em seco.

-Papai..- Percebia o momento tenso que ela se aproximava do pai, com receio que ele rejeitasse o abraço, porém não fazia era ele quem abraçava a mesma.

-Ainda não consigo acreditar. Minha filhinha fez dezenove anos. Andei falando com a diretora, ela disse que suas notas continuam boas..- Acho que ele estava orgulhoso dela, que olhava sem graça pera o lado.

-Ahh pai.. não ia baixar as notas por causa do namoro.. gosto de notas boas. Já soube que as notas da Amy aumentaram? Fiz ela estudar e fazer o dever de casa, esse ano ela não pegou recuperação.- Pearl parecia se orgulhar disso enquanto eu apenas cruzava meus braços olhando para o lado, estava envergonhada.

-É.. to de férias já.- Suspirava, confesso ela ter me ajudado, apesar daquelas longas broncas que levei.

-Isso é ótimo.- Os olhos do pai dela me focavam. -Já sabe o que vai fazer no futuro?- A voz dele chegava a me assustar, eu gelei, sem saber o que dizer.

-Ela tem bastante tempo pra achar sua vocação. Não se preocupe papai.- Pearl parecia cortar o assunto. -Ainda está furioso por eu ser.. bem.. s-ser lésbica?- Percebia ela abaixar a cabeça.

-Sim. Quero uma filha mulher e não uma sapatona.- Percebia algumas lágrimas aos olhos de Pearl. -Mas bem.. também quero minha filha por perto.. acho que vou ter que engolir essa parte.- Ele suspirava, novamente Pearl o abraçava, estava apenas observando.

-Continuo sendo mulher papai. Mas obrigado pelo esforço.- A mesma ainda mantinha o abraço.

-Mas não é capaz de gerar descendentes.- Pelo visto ele ainda não aceitava bem essa história.

-De qualquer maneira podemos adotar uma criança. Tantas crianças abandonadas, passando fome, iria ajudar muito elas, assim como gosta de ajudar a cidade tentando manter ela segura.- O pai dela olhava para baixo.

-Olha Pearl.. nada que me disser vai fazer eu mudar de ideia, é diferente de um filho biológico.. mas por enquanto, posso te aceitar novamente em casa.- A voz dele soava alta e clara. Foi quando Pearl se afastou dos pais, veio até mim e segurou minha mão.

-Pai.. não sou uma garotinha que não sabe o que faz. Não vou voltar, não quero que apenas engula essa história, quero que me aceite. Pode achar Amy infantil e irresponsável, mas ela se esforça muito pra me agradar, o que ela sente por mim é real, não vou ser infeliz fingindo gostar de homem pra te agradar.- Ela franzia a testa. Ele se levantava da poltrona, olhava fixamente para ela.

-Devia repensar melhor nessa sua decisão. Mulheres foram feitas para os homens.- Dessa vez a voz dele soava tão arrogante.

-Pai.. olha.. nem tudo é como queremos, e somos livres, não precisamos de homem algum. Meu relacionamento prova isso, mas não é só nós duas. Há várias pessoas no mundo como nós.. só queria que me aceitasse como sou..- Percebia que ela falava entre lágrimas.

-Desculpe interromper a discussão, mas.. gostaria de saber se o senhor curte pênis.- Eu perguntava descaradamente, claro que já sabia a resposta.

-E não está na cara? Claro que não. Por que quis saber isso?- O homem estranhava minha pergunta.

-Por que Pearl é como você, também não gosta, ela apenas queria que aceitasse isso. Não gosto de ver ela chorando por conta disso. Poderia por favor abrir um pouco a mente? Ter filha lésbica não é vergonha, a maior vergonha é rejeitar e fazer ela sofrer com isso.- Meu tom era sério, apesar de ter uma enorme vontade de rir da cara de besta que ele fazia.

-Esse tempo todo.. acabei magoando minha joia mais preciosa..é difícil entender Pearl.. mas acho que aos poucos tentarei aceitar, tudo pra ver minha filha feliz..- Ele mal terminava de falar e ela já abraçava ele. Começava a rir, estava feliz, sempre gargalhava.

-Posso voltar pra casa então, mas se começar a querer me proibir de ver Amy, eu juro que não volto mais.- A confiante da Pearl dizia, exibida.

-Posso dormir com ela hoje?- Falava com um sorriso aos lábios.

-Quanta cara de pau.- O pai dela dizia, eu logo dou uma risada, óbvio que ele diria não.

-Claro que pode.- A mãe dela dizia. O pai franzia a testa encarando ela por alguns segundos. Animada Pearl vinha até mim.

-Obrigado Amy. Pode me ajudar a trazer minhas coisas de volta?- Aceno de maneira positiva com a cabeça.

Sem demora voltamos pro meu quarto, onde pegamos as coisas dela. Confesso que sentiria falta dela arrumando tudo, porém ficava feliz por ela estar de boa com seus pais. Tudo parecia melhor agora. Até acenamos para Greg, que tocava violão no quintal, estava ensinando para seu filhinho Steven, que tratava de rir ouvindo o pai cantar. Empurrava Pearl de brincadeira, onde a mesma quase caía, durante alguns minutos ela não parou de dizer o que poderia ter acontecido, dela ter se machucado, mas eu tratava apenas de rir, ignorando completamente aquelas broncas. No fim éramos felizes, é difícil entender por que gostava daquela perfeitinha, era uma graça ver ela arrumando tudo feito louca, enquanto eu dobrava uma calça ela já tinha dobrado três, era bem jeitosa com isso, mas persistia em ajudar. Sabia que a noite seria bem compensada por aquilo, muita vezes Pearl fingia não querer só pra eu ficar tentado seduzir ela, mas no fundo, nenhuma de nós resistia a outra.


Notas Finais


Adoro vocês <3
Espero que tenham gostado, aceito dicas, críticas, sugestões e ideias.


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