História Human Universe (Steven Universe) - O Abalo de Lazuli

-Pery-

Ontem foi uma correria aqui em casa, Lazuli queria ver o que vestiria pra formatura, óbvio que íamos comprar um vestido. Foi difícil encontrar o que ela queria, ficamos horas no shopping, por sorte já tinha minha roupa. Quando chegamos em casa apenas desmaiamos na cama. Ela comprou algumas roupas também, já que ela ganhava um salário trabalhando na empresa comigo. Meu pai me deu a responsabilidade de ser a subchefe, eu administrava os negócios, decidia os investimentos, contratava e pagava os funcionários. Olha, até que fazia isso bem. Eu acordava pela manhã, estava com preguiça de levantar. Meus ferimentos já estavam cicatrizando, usava os curativos com uma pomada apenas pra dormir, iria ajudar na cicatrização. Me sentava na cama retirando os curativos, havia algumas casquinhas nos ferimentos, já estavam quase curados completamente. Dessa vez ficava pensativa, por que queriam colocar metal dentro do meu corpo? Lembrava também de algumas palavras de Jasper ecoando em minha mente, o que me fazia olhar pra Lazuli, ela ainda dormia, estava tão fofinha. Me passava pela minha cabeça o que ela me escondia. Em um suspiro me levantava, espera, dormi de óculos. Esperava não ter entortado ele. Fui ao banheiro fazer minha higiene pessoal.

Já voltava para o quarto, estava me trocando. Enquanto vestia minha bermuda ouvia um som manhoso vindo da cama.

-Hmn... to com preguiça de levantar.- Blue se sentava a cama me olhando, minha nossa, meu rosto ficava muito rubro. Até terminava de vestir a bermuda bem rápido, tratando de colocar uma camiseta. -Ohh desculpe Pery, não sabia que estava se trocando.- Ela deitava na cama levando o edredom fino ao rosto, era aparente que estava bem envergonhada.

Após me trocar engatinhava na cama, indo em direção a ela.

-Já terminei. Pode olhar.- Tirava o cobertor do rosto dela, onde a mesma me olhava sorrindo.

-Bom dia Doritos.- A voz dela era brincalhona, logo começava a rir.

-Bom dia filhote de oceano.- Nós duas caímos na gargalhada.

-Ai ai Pery, isso foi horrível.- Ela logo parava de rir e se levantava.

-Eu sei.- Falo entre risos, mas logo parava, olhando ela se espreguiçar. A mesma logo abria a cortina, ela mantinha o escuro no quarto, meus olhos chegavam a arder com o sol entrando. -Err.. Lazuli.. poderia me explicar uma coisa?- Perguntava com a voz baixa.

-Claro.- Ela virava para mim sorrindo.

-Me explica aquela coisa que Jasper falou de se prostituir.. é sério isso?- Olhava para o lado envergonhada.

-Meu passado não é da sua conta. É muito complicado explicar.- De imediato ela virava as costas pra mim, deixando o tom de voz frio enquanto olhava pela janela.

-Prometeu me falar a verdade e não esconder nada de mim.. isso pode ser uma lembrança ruim, mas só queria saber.- O tom dela foi tão rude que fiquei chateada, me sentava ficando na ponta da cama, de costas pra ela, ajeitava meus pés na pantufa, iria colocar um calçado decente depois.

-Urrghh!! Tem que me fazer lembrar dessa bosta.. mas ok..- Ela suspirava. -Minha tutora alugou a casa do pai dela, mas tava tenso de pagar. Jasper me conhecia de vista, por azar fomos parar na mesma sala, ela conversou comigo. Ela disse que me conseguiria uma grana pra eu comprar coisas pra mim, mas.. teria que fazer alguns favores pra ela..- A mesma olhava para baixo, se sentando a janela, acredito que ela ficava triste de lembrar.

-Que tipo de favores?- Olhava a mesma por cima dos ombros, não demorava pra me levantar e caminhar até a janela.

-Favores sexuais Pery.. as vezes era bom.. muito bom.. seria um trabalho prazeroso e fácil. Mas nem sempre estava disposta.. como ela me pegava.. eu tinha que fazer.. ela começou a me chamar de puta, prostituta.. mas era apenas em meio aos nosso atos, nunca fora disso.. podia parecer não me importar, mas no fundo me sentia mal com aquilo. Ela tinha um pouco de carinho comigo, mas com o tempo, comecei a virar apenas um objeto sexual, me senti tão mal, comecei a negar ela e o dinheiro. Foi então que...- Percebia que ela deixava algumas lágrimas caírem, eu me apoiava na soleira da janela olhando para baixo, deixando ela falar.

-... ela me pediu em namoro. Eu pensei que finalmente seria bem tratada, bom.. até que as coisas melhoraram.. o aluguel começou a ser de cortesia, ela convenceu o pai. Nunca senti tanto amor em mais uma das nossas relações.. mas.. não sei o que aconteceu.. depois de uma briga que o pai e ela tiveram, ela nunca mais foi a mesma, ela parecia apenas querer aliviar o stress com prazer, o que não dava muito certo.. comecei a cada vez negar ela..-Percebia o quão nervosa ela estava, portanto segurei a mão dela.

-Ela já fez contra sua vontade né?- Perguntava meio que ciente da resposta, havia lembrado daquela ligação.

-T-talvez.. não sente tanto prazer quando nem úmida você está... foi difícil Pery... bem difícil.. - Me sentava na janela ao lado dela, usava a mão da mesma para virar o rosto pra mim.

-Hey Blu.. desculpa de fazer falar isso. Sei que foi difícil, mas um motivo de eu ser tão cuidadosa contigo, quero lhe agradar.- Estava com um pequeno sorriso ao rosto. Passava a mão próximo aos olhos dela, secando suas lágrimas, que por sua vez cessavam.

-Obrigado Pery.. quer saber.. admiro seu esforço. Pense o que quiser de mim, mas o rancor que guardo por ela é enorme. Se pudesse inundava a casa dela....- Foi quando coloquei o indicador nos lábios dela, impedindo a mesma de falar, agora ela olhava pra mim.

-Não quero que pense mais nisso tá? Agora irei te revelar que tenho uma grande surpresa pra ti, mas só depois da formatura. Quero despertar a curiosidade.- Ajeitava os cabelos dela atrás da orelha da mesma, enquanto nos olhamos com um sorriso.

-Awn Pery, é tão fofa comigo. Estou bem curiosa pra essa surpresa. Tudo o que vem de ti, me trás felicidade.- Mal pude dizer algo a respeito, apenas corei enquanto ela puxou meu rosto para os braços dela, onde me deu um carinhoso abraço. Nunca quis comentar com ela, mas eu era da altura perfeita dos seios dela, me sentia muito envergonhada quando era abraçada assim, a parte boa é que conseguia ouvir o coração dela.

-B-Blu.. v-vamos fazer algo pra comer?- Pergunto com intuito que ela me soltasse, meu rosto estava bem rubro.

-Claro.- Assim ela fazia, colocava os pés para dentro de casa saindo da janela. A mesma ia até o banheiro, para sua higiene matinal.

Ainda envergonhada pegava uma sandália, daquelas de dedo na cor verde. Descia as escadas indo até a cozinha. Onde começava a pegar as coisas para fazer nosso café da manhã. Panquecas, era o que estava cozinhando, já estava imaginando algum recheio que ficasse delicioso com elas. Papai com certeza estava na casa de Sophia, então só faria duas. Achava estranho ele sempre estar com essa Sophia, mas nunca cheguei a questionar, desconfiava que namoravam, mas como ele não me disse nada, acredito que ainda não tinham assumido o possível namoro.

Me divertia cozinhando, até jogava a panqueca pra cima, pegando ela com a frigideira. Ouvia algumas palmas, ao olhar por cima do ombro via minha namorada. Blu estava com um short jeans curto e uma blusa branca sem mangas, na qual aparecia a barriga dela, estava um pouco quente hoje, por sorte meu quarto era bem fresco.

-Uool. O que está preparando pra nós?- Lazuli se aproximava olhando eu colocar a panqueca em um prato, logo mexia algo dentro de uma panela.

-Nosso café da manhã.- Falava virando chocolate da panela no centro da panqueca. Em seguida pegava um prato com morangos picados colocando em uma metade, onde cobria com mais um pouco de chocolate. Fechava a panqueca.

-Parece delicioso.- Era notável o brilho nos olhos dela, observava eu colocar mais massa na frigideira, era a vez de fazer outra panqueca.

-É delicioso, cozinho muito bem.- Me gabava de meus dons culinários, o que fazia ela esboçar um sorriso e me abraçar pelas costas. Gostava de subir em um banquinho pra cozinhar, assim ficava em uma boa do fogão.

-Nem se acha.- Ela debochava de mim com uma risada. Eu apenas inflava as bochechas. -Ahh Doritinha.. meu período menstrual já passou.. sabe.. to com uma vontadezinha.. já namoramos a tanto tempo.. podíamos transar as vezes....- Ela passava as mãos em minha barriga, foi onde meu rosto ficou rubro, ou talvez fosse pelo que ela disse.

-Err.. t-to quase terminando a panqueca, vai ficar ótima...- Desviava o assunto colocando a outra panqueca ao prato, onde coloco a cobertura e os morangos. Fechando a panqueca.

-Ahh Doritinha, não fica com vergonha, você também quer não é?- Agora eu me virei nos braços dela, o rosto dela estava tão próximo, eu corada, meus olhos verdes a focava.

-E-eu n-não sei... -Me encolhia um pouco enquanto falava.

-Podíamos descobrir..- Ela erguia um pouco minha blusa, com os olhos fixos em mim, será que era possível eu ficar cada vez mais vermelha?

-E..eu sou virgem... -Nesse instante ela me soltava, mas mantinha um sorriso pervertido ao rosto.

-Desconfiava.. então.. vamos fazer um momento bem especial.. adoraria tirar sua virgindade..- A mesma virava as costas para mim, ia até a mesa, apoiava a bunda na ponta da mesa e cruzava as penas. Minha nossa, acho que quase dava pra ver a calcinha dela, desviava o olhar para o lado, ainda estava envergonhada.

-N-não estou pronta ainda..- Minha voz saía desanimada, não queria magoá-la. Pego os pratos levando eles a geladeira.

-E quando irei saber que está?- A mesma erguia uma das sobrancelhas, mordendo o próprio lábio inferior.

-P-por que eu irei tomar a iniciativa..- Cruzava meus braços olhando para o lado.

-É realmente orgulhosa, ahh Pery, não se preocupe, apesar desses hormônios loucos.. eu irei esperar, depois da primeira vez verá o quanto é bom.- Não conseguia de maneira alguma olhar pra ela, de tão envergonhada que estava. Ouvi apenas o barulho da cadeira e quando olhava a mesma estava sentada próximo aos talheres que coloquei a mesa.

O silêncio ficou por algum tempo, me sentia um pouco culpada por rejeitar ela assim, mas eu queria agradar muito, mas muito ela, porém morria de vergonha e era inexperiente. Óbvio que não pediria ajuda a ela com aquilo, iria dar meu jeito e impressionar ela. Abria a geladeira para olhar como estavam as panquecas, em fim frias. Esquento o resto do chocolate na panela jogando o chocolate quente em cima, servia minha amada e sentava na frente dela, a mesma olhava para o garfo sem falar nada.

-Tá tudo bem Blu?- Cortava um pedaço da panqueca e levo a boca.

-Nada não.- A voz dela soava desanimada, ela espetava a panqueca cortando um pedaço bem devagar.

-Sou sua namorada, pode confiar em mim.- Cortava outro pedaço levando a boca.

-É que.. er.. Pery.. vc sente atração por mim?- A mesma focava seus olhos em mim.

-C-claro que sim amor. P-por que a pergunta?- Meu rosto começava a ficar corado.

-Até atração sexual?- Ela focava os olhos agora no pedaço destacado.

-S-sim..- Olhava para minha panqueca envergonhada, mal pude notar o rosto dela corar levemente.

-N-nunca demonstrou isso.. as vezes nem parecemos namoradas.. parecemos até irmãs ou amigas.. nunca me toca ou.. me provoca.. isso é divertido as vezes...- Dessa vez eu olhava para ela, por mais que ela falasse sério estava com vergonha, o rosto dela corado, assim como o meu. -Fiquei aqui pensando se você realmente gosta de mulher.. pode ser que seja hétero.. já que.. sou a primeira pessoa que realmente beijou.. suponho que até a primeira que namorou.- Aqueles olhos profundos me focavam, era perceptível a umidade dos olhos dela, acho que aquilo a abalava.

-E-eu sou b-bem tímida.. v-você sabe.. por isso não te toco.. fora que.. as vezes de dou vários beijos, mordidas e chupões em lugares inusitados.. lembra quando dei um chupão na sua bunda? Óbvio que morri de vergonha.. mas eu fiz.... e você não pediu.. - Levo minhas mãos ao rosto estava queimando de tanta vergonha. -Se fosse hétero.. já teria descoberto depois de namorar todo esse tempo contigo.. eu sinto vontade de transar contigo, de te encher de beijos.. mas.. e-eu sou um pouco inexperiente... só queria que entendesse isso.. não quero que isso te chateie.. quero perder minha virgindade contigo.. e quando acontecer vai ser o melhor sexo que já fez na vida.- Tirava as mãos do rosto olhando o rosto dela cheio de lágrimas e um sorriso bobo no rosto dela.

-Sua boba, me segura esse tempo todo pra ter um dia muito especial, no qual sabe que nunca esquecerei. Esse seu orgulho e exibicionismo te matam um dia.- A voz dela soava bem humorada, ela logo secava as lágrimas dando uma risada. Não sabia dizer qual rosto estava mais rubro.

-I-isso m-mesmo..- Meus olhos focavam ao prato, onde cortava mais um pedaço pra comer.

-É muito bom.. tem um ótimo talento culinário.- Ela dizia mastigando o pedaço que cortou antes. Agora ela cortava um pedaço maior, enquanto eu sorria olhando para ela.

Após terminar de comer, nossos assuntos foram em fim resolvidos, estava uma calmaria. Apenas pra ela não reclamar que não sentia atração por ela, cai entre nós ela é bem dramática, eu sentava ao colo dela no sofá, enquanto distribuí alguns beijos e chupões no rosto e pescoço dela. A mesma gemia quando mordia a clavícula dela, tinha certeza que ela adorava aquilo. Aos poucos ia descobrindo do que ela mais gostava, na hora certa, aquilo se tornaria um dia inesquecível. A formatura estava quase chegando, portanto, deixaria minhas marcas em lugares mais discretos. Um despertador tocava, foi quando a olhei.

-Meu campeonato.. desculpe querida é a final.- Corria para o quarto enquanto a mesma franzia a testa. Mas creio que ela não tinha se importado, apenas franziu a testa por não querer que eu vá. Agora estava na última competição, seria mais rápido, eram apenas 100 rodadas, a pessoa com a maior pontuação venceria. Estava concentrada. Pelo visto minha namorada não queria ver, pois acredito que ela não queria me atrapalhar, talvez fosse melhor assim. Depois compensaria ela assistindo três horas daqueles documentários de vida marinha com ela.