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História Human Universe (Steven Universe) - As amigas


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Hey guys <3 agradeço a todos os favoritos..
Desculpem se demoro e os capítulos são curtos, estou sem tempo pra escrever e é apenas o que estou conseguindo fazer pra não ficar sem postar.. como minhas outras fics estão.. por enquanto..
Espero que gostem, fiz com amor e carinho pra vocês <3
Graças aos comentários do capítulo anterior, eu fiz esse.
Boa leitura.

Capítulo 85 - As amigas


Não consigo lembrar a quanto tempo estávamos assim. Minha respiração desregulada, meu corpo cada vez mais quente. Apenas conseguia sentir profundos espasmos, enquanto lutava com meu orgulho de não parecer entregue a ela. Sentia que já estava próximo de meu ápice.  

Por algum motivo não conseguia falar, queria dizer o nome dela. Minha voz parecia não sair, era como se algo estivesse preso em minha garganta. Começava a me sentir caindo de um abismo, porém nunca atingia o fundo. Eu queria gritar, queria que aqueda agonia acabasse.  

Meu coração disparou, acordei em meu quarto, suada. Os desenhos em minhas paredes pareciam assustadores. Eram apenas desenhos pretos abstratos em um vão branco. Acabei caindo da cama em cima do meu braço. A dor foi grande, pensei que havia quebrado, porém ainda conseguia move-lo, para meu alívio. 

Aos poucos reconheci o local. Não passou de um pesadelo, um de muitos. Faziam semanas que eu não dormia direito. Um barulho agitado perturbou meus ouvidos. Demorei a entender que era meu celular tocando um heavy metal. Me sentei para poder pegá-lo na cômoda. Olhei quem era. 

-Morgana.- atendi. 

-Momo, pode vir aqui? Estou sozinha e com medo.- a voz parecia assustada. 

-Outro pesadelo?- perguntei. 

-Sim. Eu cai de um precipício, foi horrível, parecia que alguém me empurrou.- Amber estava tão assustada que dava pra ouvir a respiração forte dela.  

-Fique calma. Estou indo.- coincidência? Acredito que não. Tinha algo errado acontecendo.  

Por mais idiota que pareça, eu conseguia ver o passado, com um simples toque. Além de poder ficar em uma forma astral onde podia entrar no mundo dos espíritos. Amber tinha algum tipo de conexão comigo, não sabia dizer se era nossos sentimentos compartilhados. Sempre que ela se sentia mal eu me sentia igual, sei que consigo sentir a mesma coisa que outras pessoas, porém não chegava a ser algo físico como é o caso da Amber.  

Lavei meu rosto na pia do banheiro. A água estava estranhamente avermelhada. Olhei imediatamente para o espelho, mais uma vez meu nariz sangrava. Não era por conta do piercing no septo, pois havia retirado ele pra testar. Sempre adorei piercing e como minha mãe era médica eu coloquei vários, inclusive dois no clitóris, para a alegria de Amber.  

Passei a mão por meu cabelo curto, ele era mais curto de um lado e cumprido de outro, com uma franja lateral. O corte era irregular, algumas partes mais longas, outras nem tanto. Gostava dele assim. Sempre pintava meu cabelo em um tom de rosa claro, nunca o deixo na cor natural, pois ficava manchado quando mudava para a forma astral, pelo menos a tinta escondia isso.  

Coloquei uma blusa regata, meu top preto aparecia por baixo, na cor branca com estampa numérica. Um dos meus braços era repleto de tatuagens, foi justo o braço que cai em cima. Coloquei uma bermuda bem solta jeans na cor preta, ela ia até o joelho. Aos pés um sapato preto simples.  

Ao sair do apartamento peguei o elevador para ir a garagem. Coloquei meu capacete para sair de moto. Por um tempo morei no mesmo prédio de Amber, conforme os pesadelos aumentaram, além de nossa ligação estranha, eu fui obrigada a ficar mais longe. 

Rapidamente já estava no prédio de Amber, subi as escadas, nem quis esperar o elevador. Olhei para o relógio, eram dez horas, como ela conseguia dormir tão cedo? Acredito que se acostumou comigo. Toquei a campainha esperando ser atendida. Ouvi algumas risadas e cochichos, imaginei que ela morasse sozinha, assim como eu. A um tempo atrás morava com minha gatinha, mas ela faleceu. Um carro atropelou, desde aquele dia me sinto tão só.

Uma garota baixinha, com a pele morena, cabelos longos na cor castanho escuro e olhos castanhos claros. Tinha uma faixa branca amarrada no braço esquerdo, bem próximo do ombro. A blusa dela é regata na cor azul escuro, sua calça leg é preta, a mesma usava botas brancas, me lembrava alguém. Atrás dela uma garota bem magra e alta. De pele clara, cabelos platinados, eram curtos e bem volumosos. Os olhos cor de mel me focavam com uma expressão esquisita. A maior vestia uma blusa sem mangas e com a barriga de fora, tem a cor vermelha, um short branco até metade da coxa e os pés estavam descalços. Nunca as tinha visto.

-Quem?- perguntou a menor com um sorriso.

-Vocês moram aqui?- perguntei ainda confusa.

-Eu sim, ela é visita.- apontou para a maior, virou a cabeça para olha-la e ambas riram.

-Acho que já lhe vi em algum lugar.- tentei reconhecer.

-Todos dessa cidade dizem a mesma coisa. Amethyst, minha irmã é beeeem parecida comigo.- deu de ombros. -Agora com licença.- ela foi fechar a porta.

-Amber.- disse. As garotas se olharam sérias.

-O que disse?- confirmou a maior.

-Vim ver Amber.- reforcei.

-Segunda porta a direita.- a menor me deu espaço para passar.

Fiz exatamente o pedido. Ao abrir a porta vi que o quarto estava bem escuro, porém entrei no lugar. Recebi um abraço seguido de um selinho. Minha visão ainda nem havia se acostumado, porém aquele cheiro era inconfundível. Envolvi os braços ao redor dela e fechei meus olhos.

-Saudades Momo.- esfregou o rosto em meu peito.

-O que houve?- fui direto ao ponto.

-Não acredito que queira viver separada de mim, estou dividindo o ap com umas amigas, preferia que fosse só eu e você.- resmungou.

-Amber, é por isso que me chamou?- revirei os olhos e afastei o abraço.

-Morgana.. não quero ficar longe de você, somos casadas, devíamos agir como as tais.- bufou.

-Não posso.. não consigo morar com você.- virei de costas para ela.

-Então está dizendo que não me quer mais? Quer separar, é isso?- a voz dela ficou um tanto chorosa.

-Se é isso que deseja.- disse desanimada, na verdade não queria, mas se isso nos desconectasse, talvez fosse melhor.

-O que houve contigo Morgana? Eu ainda te amo. Achou outra pessoa?- começou a chorar, me sentia muito mal por aquilo.

-Não consigo amar alguém.- suspirei.

-Por que aceitou se casar comigo se não me ama? Por que nunca responde minhas perguntas? Por que esconder tanta coisa de mim?- o choro dela apenas persistia, tanto que lhe abracei.

-Para lhe proteger. Diferente de você, meu corpo não é forte.- ergui o rosto dela, obrigando a mesma a me olhar. -Foi e sempre será a única pessoa que me fez sentir algo. Me sentir viva, sentir que eu sou um ser humano e não apenas uma aberração.-

-Do que você quer me proteger? Me sinto tão segura contigo, não precisa se afastar.-

-Este é o problema. Eu sou perigosa. Seus pesadelos, por algum motivo também estão em minha mente. Se você se machucar, eu sinto dor. Mesmo que você se cure, eu ainda sinto a dor do corte aberto. Meu bem, isso não é bom, eu estou lhe fazendo sofrer. A culpa é minha se você tem pesadelos. Acho que acabo entrando em sua mente e causando isso.- foi a minha vez de deixar que algumas lágrimas escorressem.

-Deixa de ser boba. Eu sou covarde, mas não a temo. Te quero perto, a culpa não é sua. Mesmo se for.. quero te ajudar a controlar isso, assim como fez com sua habilidade de ver o passado ao toque.- levou a mão em meu rosto e o acariciou, secando a lágrima de um dos meus olhos.

-Acho que você é a única que me completa.- abracei ela com força, apenas desejando que ela nunca mais me soltasse.

-Mor, quer conhecer minhas amigas?- disse animada.

Olhei pra ela com cara de tédio, que a fez rir. Já sabia que ela iria me apresentar de qualquer jeito, então tanto fez pra mim. Saímos do quarto. Na sala as duas garotas jogavam Guitar Hero, nem acredito, era meu videogame, eu o comprei e deixei na casa da Amber, pois trouxe em um fim de semana pra jogar com ela e esqueci aqui. Claro que já fazia meses que esqueci.

-A mais baixa é Carnelian.- apontou para mesma, que não parava de rir. -A outra é SJ.- apontou.

-Vem jogaaaaaaaaaaa.- gritou a menor.

-E mais uma vitória para a rainha do Rock.- fingiu tocar guitarra no controle.

-Vai ver quem é a rainha do que.- bufou Carnelian.

-Vai fazer o que?- se entreolharam, pareciam que iriam se pegar na porrada, até que começaram a rir.

-Gente, essa é Morgana, minha esposa.- apontou para mim, juro que sentir meu rosto corar.

-Ela é tão bonita.- Carnelian elogiou.

-Não sabia que era casada.- SJ pareceu confusa.

-Eu disse, mas vocês estavam mais concentradas no jogo.-

-Não ouviu Jaspi?- riu a menor.

-Hnf.. - cruzou os braços.

-Jaspi?- imaginei que fosse o “J” de seu apelido.

-É meu nome, bem, mais ou menos. É Jasper na verdade.- cruzou os braços.

-Jasper?- Amber disse alto. -Se chama Jasper?-

-É Skinny Jasper. Prefiro SJ, é bem mais bacana.- sorriu.

-Jasper me fez muito mal uma vez.- franziu a testa e apertou os punhos. -Sabia que você era familiar.- segurei o braço dela.

-Ela não é Jasper, mesmo sendo Jasper.- tentei explicar.

-Está me confundindo.- reclamou Amber.

-Essa Jasper é minha irmã. Fomos criadas em laboratório juntas. Ela ficou bem fortona, eu já, bem.. tenho um metabolismo mais rápido, então não ganhei um músculo.- fez uma esquisita expressão, mista de tristeza e curiosidade.

-Jaspi, você ainda é forte como ela.- Carnelian consolava.

-Mas não consigo erguer um carro.- bufou.

-Mas você consegue erguer uma moto, é bastante.- ainda tentava ajudar a amiga.

-Motos são legais...-

-E fodas.-

-Obrigado.- elas se abraçaram sorridentes.

-Elas são...- sussurrei pra Amber.

-Err.. não sei, pergunta se elas são lésbicas ou um casal?- disse alto. Levei a mão ao rosto.

-Lésbicas?- as duas se soltaram e viraram de costas uma pra outra.

-Eu não.-

-Nem eu.- pareciam envergonhadas.

-Hmn, sei.- ergueu as sobrancelhas.

-Posso dormir aqui?- cortei a expressão de Amber, ela parecia de queixo caído.

-Estou ouvindo certo?- fiquei olhando a mesma, sem dizer uma palavra, então recebi um abraço. -Te amo. Vê se não some ou te ligo todo dia.- bem, ela já ligava mas não quis questionar, era bom saber que se importava comigo.

Por mais longe que ficava dela, no final sempre matávamos a saudade assim, nós duas na cama, sem roupas, nos beijando. Dessa vez foi diferente, invés dela começar a tirar minha roupa e me jogar vorazmente na cama, ela quis que eu fizesse isso com ela. Uma ótima vantagem de ter alguém flexível com a Amber era que sempre entedia seu lado e gostava de inovar. Portanto foi a minha vez de mostrar a ela meus talentos com a língua, com direito a chupões fortes e toque do meu piercing da língua no clitóris dela.

Já nem me importei se as meninas ouviriam, éramos casadas, safadezas eram cotidiano para nós. Apesar de eu ser tímida, nessa hora acabava me soltando. O amor que sentia por ela era tão grande, não queria ficar longe dela assim, porém tinha que descobrir o que de estranho estava acontecendo comigo. E também uma maneira de controlar essa habilidade estranha de fazer as pessoas terem pesadelos.


Notas Finais


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Sintam-se a vontade em comentar, até um simples emoticon é bem vindo :3


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