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História Human Universe (Steven Universe) - Maldita aposta


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Agradeço a todos os comentários dos capítulos anteriores e também aos novos leitores <3
Fiz um capítulo com muito amor e carinho, mostrando a vida paralela de alguns outros personagens.
Espero que gostem ~~<3
Boa leitura.

Capítulo 91 - Maldita aposta


Dessa vez acordei bem cedo, sempre fui preguiçosa, mas hoje estava animada. Eu iria encontrar com meu namorado, era feriado e ele poderia me ver. Ainda pensava seriamente se terminava com ele e procurava outra pessoa. Fazia meses que não o via, era difícil pra mim. O pior de tudo era arrumar tempo para estudar. Minha mãe pagava uma colégio caro, nessa turnê eu não poderia ficar muito tempo, já teria que voltar pra aula.

-SJ acorde.- sacudi aquela magrela, conseguia ser mais preguiçosa que eu, e não engordava uma vírgula.

-Me deixa dormir Lyan.- disse com a voz sonolenta sem abrir os olhos.

-To pensando em terminar com o Bryan, não vou encontrar ele no shopping e ficar lá sozinha e chorando. Vamos no fliperama pra esquecer.- disse animada.

-Só mais um minutinho.- virou de lado, tentando me ignorar.

-Levanta logo.- empurrei ela da cama, derrubando a mesma.

-Desgraça.- gritou no susto, foi quando comecei a rir e fui acompanhada.

-Sem drama Jaspi, acorda logo. Vamos no shopping hoje.- saltei para o chão ajudando a mesma a levantar.

-Não precisava fazer isso.- reclamou passando a mão na cabeça.

-Admita que foi engraçado.- sorri animada.

-Blargh, admito.- puxou o braço, cujo segurava pra ajudar ela. Notei a mesma entrando no banheiro e batendo a porta.

-Ficou brava Sky?- disse com a voz baixa.

-Não to a fim de sair de casa.- a voz dela estava desanimada.

-Vamos no fliperama. Você adora aquele lugar.- tentei parecer convincente.

-Só vai no fliperama comigo se terminar com ele. Te conheço, não vai conseguir, e vão ficar se pegando. Odeio segurar vela.- bufou.

-Eu escrevi tudo em um papel, vamos no fliperama sim, não vou te deixar na mão amiga.- acho que na maioria das vezes que convidei ela pra ir no shopping, isso aconteceu, menos quando ia apenas com ela.

-Convida a Amber.- reclamou.

-Vai a merda.- bufei.

-Obrigado.- acabei rindo, mesmo estando brava.

Me joguei na cama de casal, olhava para o teto, só de pensar já dava vontade de chorar, não conseguia viver com essa agonia no peito. Só pra esclarecer, Amber tem um apartamento, como faz parte da banda deixou eu e a Sky morar com ela enquanto estivermos na cidade. Havia apenas dois quartos, ambos com cama de casal, então sim, eu e SJ dormimos na mesma cama. Sempre fomos bem amigas, então estávamos acostumadas, desde os dois anos nos conhecemos. Apoiamos uma a outra, as vezes tomamos banho juntas e vestimos as roupas uma da outra. Confesso que minhas roupas ficam curtas nela, apesar de magra ela é bem alta.

-Não me faça sentir um peso na consciência.- Sky abriu a porta com uma expressão depressiva.

Ela sempre foi bem sentimental, apesar de nunca demonstrar isso, apenas eu conhecia esse lado dela. Era a única pessoa que confiava. Agora me veio a mente, todos esses anos juntas, nunca vi ela namorar alguém, só ficar com alguns garotos, acho que até algumas garotas, mas ela nunca comentou nada pra mim, soube de boatos, nunca foi algo que me incomodou, pois confiava nela, até mais que minha mãe.

-Eu não fiz nada.- me sentei na cama.

-Não consigo te deixar sozinha com aquele babaca.- revirou os olhos.

-Não precisa chamar ele assim.- cruzei os braços.

-Quantas vezes vou ter que te dizer que ele só quer te comer? Usa um decote, vai ver que ele não vai tirar os olhos dele.- ela também cruzou os braços.

-Se fosse isso, por que ainda insiste em mim?- tinha quase certeza que acabei com os argumentos dela.

-Por que você é fiel, ele já deve ter sido traído. Não curti a ideia dele convidar você pra dormir na casa dele.- virou de costas pra mim.

-Sky, você é engraçada.- comecei a rir. -Tá certo, eu não aceitei, claro que não iria.-

-Mas também não negou.- franziu a testa.

-Parece uma mãezona falando. Vamos parar com isso. Vou terminar com ele hoje, nem vai dar tempo dele ter o que quer.- continuei rindo, porém ela não achou graça.

-Lembra do Brad? Não conseguiu terminar. Lembra do Ronam? Então, não vou falar nada.- negou com a cabeça.

-Vamos apostar então?- estendi a mão.

-Com certeza.- apertou minha mão. -Se perder vai ter que.. hmn...- pensou por alguns instantes. -Trair ele com uma mulher.- soltou uma risada.

-Desgraça.- bufei. -Sabe que eu não gosto de...-

-Está dizendo que não vai conseguir?- me interrompeu.

-Fechado.- apertei com força a mão dela. -Se eu ganhar você vai ter que me carregar nas costas o quarteirão inteiro, do shopping até aqui.- ela franziu a testa.

-Moleza.- sorriu.

-Ora sua..- soltei a mão dela com vontade de xingar. -Sabe que não me aguenta, esqueci de mencionar que vou levar minha mochila.-

-Aquele chumbo? A sério?- reclamou.

-Shhh... vai se arrumar.- a mencionada bateu o pé, pegou algumas roupas e voltou para o banheiro.

Arghh ela sempre tomava um banho pra ficar cheirosa, nunca vi gostar tanto de tomar banho. Pra mim uma vez por dia era ótimo, só tomava mais se tivesse muito suja ou mal cheirosa. Como tomei um banho de noite, não iria tomar outro. Comecei a me trocar, passei perfume, coloquei um vestido amarelo, sim era da Amber, mas ficava tão bem em mim, combinava com meus olhos cor de mel. Fiz uma trança lateral em meu cabelo, coloquei confortáveis sapatilhas. Em mim o vestido tinha a altura do joelho, na Amber ficava mais curto, acho que em mim ficava mais bonito.

Decidi preparar um café da manhã para minha amiga, também estava morrendo de fome. Passei próximo ao quarto de Amber, eu iria bater e perguntar se ela queria café, porém escutei alguns gemidos. Lembrei que na noite anterior ela trouxe pra casa A2 e elas dormiram juntas. Bom, não iria atrapalhar a transa delas. Meus passos agora foram até a cozinha.

Em cima da mesa tinha um saco de pão, ainda sobrou de ontem, contei quantos tinham, eram seis, dava dois pra cada, mas como sou esfomeada, acho que será três pra cada. Amber sempre comia frutas de manhã, além de ter cereal também. Preparei dois ovos fritos, coloquei ao pão, inclui queijo mussarela, que derreteu como o ovo quente. No outro pão coloquei um hambúrguer frito, barbecue, catchup, muito catchup, no meu pão, no da Sky apenas botei mostarda. Alface, cenoura e rodelas de tomate. O último pão foi torrado na grelha, coloquei manteiga em cima e uma pequena fatia de queijo, ficaria tão delicioso.

Peguei na geladeira leite, preparei um café com leite pra mim e servi café preto na xícara para minha amiga. O cheiro do shampoo e condicionador dava pra sentir daqui, com certeza estava se aproximando. Em segundos Sky estava em meu lado, bisbilhotando na comida, estava curiosa, como sempre. Ela vestia uma calça jeans, era meia perna, não havia muitas calças em seu tamanho, a maioria ficava muito solta e esquisita. Aos pés um tênis. Ainda pra dar um estilo ela dobrava um pouco a barra da calça, pra ficar exatamente no meio da canela. A camisa dela tem a cor laranja sem estampa alguma, o único detalhe era o volume dos seus seios e uma corrente que usava no pescoço. Só pra constar, eu dei pra ela de aniversário, era um cordão preto e o pingente de prata tinha as letras SJ.

-Hmn.. está cheirando bem.- se sentou em um lugar, ela sabia que arrumei para a mesma, pois a xícara estava ao lado esquerdo, já que era canhota.

-Só o básico. Temos que comer algo antes de sair.- sentei em seu lado, não demorei pra abocanhar o pão torrado.

-Você cozinha bem, mas estava na minha vez.- reclamou pegando um pão.

-Cala a boca e come.- disse engolindo a comida.

-Blá, blá, blá.- caçoou comendo também.

O café da manhã foi um silêncio total. Quando finalmente terminamos de comer, descemos as escadas, ela quis levar minha mochila, já que era pesava e não combinava com o vestido. Hmn.. foram esses os argumentos que ela usou, foram bem convincentes pra mim. Após caminhar quase vinte minutos, chegamos ao shopping, fiz ela esperar comigo por duas horas, sentada em um banco próximo a uma fonte de água.

Estava tão ansiosa que nem conversei com ela, o silêncio predominou, assim como o tédio. Ela mexia no celular e eu observava cada pessoa que passava. Uns vinte minutos depois um homem alto, de físico atlético, cabelos raspados e olhos verdes veio ao meu encontro, vestindo ainda o uniforme do exército. Ele trazia uma mochila. Corri ao seu encontro e o abracei.

Não resisti em beijá-lo. Estava com tanta saudade daquilo. Suspirei por longos minutos, se não fosse o relógio dele apitar, não teria parado o beijo. O rapaz olhou o relógio.

-Gatinha está na hora de comer, vamos fazer um lanche. Depois terei que ficar em jejum para um exame médico.- sorriu segurando minha mão.

-Claro.- segurei a dele sem ao menos pensar.

-Carnelian.- A voz de Sky pareceu cortante.

-Quem?- meu namorado a olhou.

-Ela se chama Carnelian, não precisa chamar ela assim.- cruzou os braços.

-Quem é esse protótipo de mulher? Parece mais um travesti.- riu.

-É minha melhor amiga.- bufei.

-É um travesti?- pareceu confuso.

-Sou mulher porra.- Sky franziu a testa, sinceramente, ela não parecia um travesti, acho que isso foi a pior ofensa que ela teve, junto com poste, filhote de gigante, Sheeva, girava, dinossaura. Teve tantos.

-Desculpa moça.- ele pareceu envergonhado. -Pensei que fosse homem.-

-Eu pareço homem?- segurou ele pela camisa e o ergueu, fazendo o mesmo ficar na altura de seu rosto.

-Sim.- disse corajoso, parecia não temê-la. A facilidade com que ela levantou meu namorado me assustou, não queria brigas.

-Seu cretino.- notei o punho dela se fechar, portanto o segurei.

-Sky não. Solte ele.- ordenei.

Ela me olhou.

-Solta agora.- franzi a testa.

A mesma suspirou, lentamente colocando ele ao chão. Cruzou os braços e virou de costas pra mim.

-Se quiser me ver vou estar tomando sorvete.- saiu pisando fundo, sabia que ela só comia sorvete pra aliviar seu nervosismo.

-Feliz? Deixou minha amiga brava.- empurrei ele.

-Grandes coisa. Vamos comer alguma coisa logo, ela estava estragando nosso encontro.- segurou meu braço.

-Grande coisa? Não sabe o que ela faz nervosa e isso não é bom. Quer saber... está tudo acabado, não quero mais sair ou namorar com você.- puxei meu braço.

-Não faz isso gatinha.- reclamou.

-É Carnelian, me chame por meu nome... coisa que nunca fez.- virei as costas e me afastei do rapaz. Ele pareceu confuso.

A minha vontade era chutar aqueles bancos onde os clientes se sentavam pra tomar sorvete, mas não o fiz, seria um caos. Bem ao canto, próximo a janela, SJ estava com um tipo de “barquinho” cheio de sorvete, com várias cores, molho de chocolate e morango, além de muitas balas, era o jeito que eu gostava, não que ela gostava. Havia duas colheres no sorvete, melhor aproveitar. Me sentei em frente a ela.

-Desculpe por aquilo.- peguei uma colher cheia de sorvete e balas.

-Eu pareço um travesti?- ela ainda nem tocou no sorvete, apenas olhava seu reflexo na colher.

-Não, é uma moça bem bonita. Na há defeito em ser mais alta que a maioria das mulheres. Sua irmã também é assim isso que ela tem braços bem fortes, acho que ela parece mais homem que você.- ri tentando afastar aquele clima.

-Não fale mal da minha irmã. As curvas dela são bem desenhadas.- pegou um pouco de sorvete e levou a boca.

-Não seja boba, você também tem curvas, não devia ter comparado vocês, esqueça isso.- peguei uma colher bem cheia de sorvete e balas. Levei em direção a boca dela. -Balas grudam nos dentes e alegram as pessoas, uma bocada vai te fazer sorrir.- mantive um gentil sorriso, cujo foi correspondido em seguida. Ela abocanhou minha colher e mastigou as balas.

-Realmente alegram.- sorriu pegando uma colherada de sorvete e levando a boca.

Após comermos todo o sorvete, fomos logo para o fliperama, era bom vê-la animada. Era raro ter fliperamas, porém havia nesse shopping, com vários jogos modernos de dança, algumas daquelas máquinas antigas que não usam mais fichas. Apenas pagamos pra jogar algumas horas dançando, jogando Guitar Hero, tênis, beisebol, golfe, e no final um clássico versus.

Nem contamos quem ganhou ou perdeu, o que mais valia era a diversão. Pra comemorar compramos uma lata de Schuepz, um refrigerante de citros que ela adorava. Cada uma bebeu sua lata. Não pude esquecer, voltei para casa as costas dela, sendo carregada com a mochila. Foi engraçado, ela ficou toda melada e coberta de suor, após um banho ficou deitada no sofá por um bom tempo. Claro que sentei em cima da barriga dela, não tinha espaço pra sentar com ela ali. A mesma dizia que estava com dor e não ia levantar, então ficamos assistindo filme ou apenas trocando de canal. Sorte que era TV a cabo, ou o tédio iria consumir.

Estava perto da noite quando acabei adormecendo, deitei em cima dela, acredito que ela estava acordada, pois senti seu braço me ajeitando. Acho que ela tirou o controle de minha mão, pois não raciocinava direito, apenas percebia os acontecimentos. Ouvi ela sussurrar “maldita aposta, agora dói até meu último músculo.” Eu quis rir, mas meus comandos não funcionavam bem, portanto apenas consegui flexionar os lábios em um delicado sorriso.


Notas Finais


Essa duas são umas figuras. Adoraria saber o que acharam desse capítulo :3


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