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História Human Universe (Steven Universe) - Visita ao cativeiro


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Pessoinhas lindas que eu amo <3
Mais um capítulo pra todos :3 agradeço aos novos favoritos e os fieis comentadores :p
Eis um capítulo que vai dar o que falar...
Boa leitura..

Capítulo 96 - Visita ao cativeiro


Já estava a um tempo sem sair de casa, estava sem ânimo algum para ir comprar pão. Sorte que comprava muitos alimentos não perecíveis, portanto conseguia comê-los aos poucos. Nem lembrava mais a cor do sol, era a vantagem de trabalhar em casa. Sustentava um servidor de um game viciante, as pessoas gastavam dinheiro com aquilo. A única coisa que fazia era desenhar algumas coisas diferentes pra atualizar o jogo.

Pelo menos ganhava dinheiro com aquilo. Meu apartamento tinha um quarto só com potentes computadores, o mais forte deles continha o servidor, era muito pesado, havia tantas novidades, não podia sequer pensar em mexer no computador, ou corria o risco do servidor cair. Protegia aquele quarto em 7 chaves, literalmente, havia 7 trancas diferentes, sempre que não estava lá eu trancava tudo e escondia cada chave em um lugar. Era meu bem mais precioso.

Estava a dias pensando em uma ótima atualização para o jogo, que despertasse a vontade dos jogadores comprá-lo cada vez mais. Sim, o jogo era comprado, pagava uma mensalidade, o restante era só conseguir. Um MMORPG justo, sem cash, tudo era questão de se dedicar e conseguir. E advinha quem era o top do servidor? Claro eu. Não pelo fato de ser a poderosa GM e sim por eu saber onde conseguir e farmar qualquer item que eu precisava, além de saber onde conseguir as melhores armas. Demorava? Muito, mas meu tempo era longo para isso.

Agoniada eu andava pela casa, precisava fazer algo diferente hoje, estava estressada, preciso lançar uma classe nova, preciso fazer mais anúncios, mas minha cabeça parecia um vão profundo. Minha cabeça fisgava um pouco com uma leve dor, um pouco de sangue escorreu pelo nariz, apenas um filete. Tentei ir a médica, minha mãe claro. Porém nunca tinha nada, estava saudável, aquilo era esquisito. Eu era esquisita, era difícil lidar com meus pensamentos misturados a pensamentos dos outros.

Nessa última semana, não conseguia parar de ler mentes, era muito chato e bizarro. Diferente dos leitores de mentes de filmes, não via o presente da pessoa em sua mente. Apenas algumas memórias, não precisava tocá-la pra isso, só em passar próximo as lembranças vinham. Meus poderes com certeza estavam se desenvolvendo, por um lado isso era ruim, mas... me incomodava profundamente. Acho que precisava desabafar. Não lembrava mais o som da minha voz, sozinha em casa, eu não dizia uma palavra sequer.

Mexia no meu armário retirava algumas roupas que eu mesma joguei ali. Estava na hora de lavar. Enquanto sacudi uma calça, vi um cartão cair dela, de momento nem me importei. Fui até a máquina colocar tudo pra lavar. Eu e minha mania feia de acumular muitas roupas, que anti higiênica, senti nojo de mim agora. Aproveitei também para deixar meu quarto limpo e organizado.

Fechei a sacola para jogar no lixo, lembrei daquele cartão, havia o colocado em cima da mesa. Fui até o local, sentei e peguei o cartão. Era de uma casa de prostituição, dizia “Cartão vip” lembrei daquele encontro com a prostituta, senti uma ânsia de vômito só de lembrar que beijei ela. Virei o cartão vendo que atrás dizia “Estre cartão lhe dá direito a um encontro de tempo ilimitado com Tigress. Em caso de perda ou roubo, não nos responsabilizamos”. A questão que intrigou minha mente foi o fato dessa puta me entender, talvez melhor que a desprezível mulher que namorei por muito tempo. Não sabia se tinha mais nojo da prostituta por ficar com várias pessoas com dinheiro ou da Amber por ela parecer uma puta, de tantas pessoas que vivia se envolvendo.. o pior de tudo é que minha ex fazia isso na minha frente só pra me irritar. Tinha vontade de dar uns murros na cara dela.

Minha mente estava tão perturbada, acho que estava a fim de relaxar lá no puteiro. Realmente disse isso. Não queria pegar nenhuma puta, mas talvez falar com outra estranha me fizesse sentir mais normal. Decidi por fim me arrumar. Tomei um bom banho, passei meu perfume mais cheiroso. Tem cheiro de rosas, adorava equilibrar o gótico com algo suave. Passei lápis preto ao olho, coloquei uma blusa preta com caveira em grafiti, uma jaqueta de couro por cima, com alguns espinhos nos ombros. A calça preta tinha rasgos na coxa, aos pés uma bota até metade da canela, com fivelas e espinhos na ponta. Coloquei até uma “coleira” de espinhos. Na verdade considerava como uma gargantilha, mas preferi chamar de coleira. Passei um pouco de maquiagem, só pra disfarçar as imperfeições do meu rosto. Pra completar um batom negro, como minhas roupas.

Meus cabelos deixei do jeito que acordei, mais bagunçado impossível. Ainda mais depois que retirei o capacete. Coloquei a moto escondida em um beco, não queria correr o risco de ser roubada. Caminhei um pouco até o bordel. Era grande, bem iluminado e parecia muito frequentado. Pervertidos entravam direto.

Assim que entre vi vários homens sentados em mesas e bebendo, algumas mulheres dançavam em poli dance no palco. Dentre elas, a garota da blusa listrada. Estava com um short muito curto e sensual, aparecia metade de sua bunda. Os seios avantajados dela eram enfatizados no decote da blusa. A facilidade com que ela fazia os movimentos era incrível. Apesar de seu tamanho incomum, ela era muito sensual e jeitosa. Notei que novamente ela estava descalça, enquanto as outras usavam sapatilha, talvez fosse uma mania dela.

-Vai querer algo.- um homem bem vestido me oferecia um cardápio. Mais ao fundo dava para ver um certo bar para os clientes, alguns homens bebiam acompanhados de uma puta.

-Apenas isso.- mostrei o cartão para o homem, que arregalou os olhos e o retirou da minha mão.

-Tigress foi selecionada para o quarto vip. Favor se direcionar.- anunciou em um microfone. -Por aqui.- fez sinal para segui-lo, dei de ombros e assim fiz. -Boa noite para as duas.- disse sorridente. -Tigress já está vindo.- fechou a porta.

Aquele quarto parecia uma suíte de luxo. A cama era enorme, os lençóis em estampa listrada, lembrando um tigre. Sério que ela era a puta luxuosa daqui? Esqueci de dizer pro cara que só queria conversar com ela, e não.. hmn... ter uma noite.

A porta logo se abriu. Olhei para a garota entrando, ao me ver ela sorriu. Fechando e trancando a porta.

-Morgana, você veio!- me abraçou com uma baita força, chegou a tirar meus pés do chão.

-Err... sem contato físico.- reclamei.

-Desculpe.- me soltou com tudo, quase cai um tombo.

Fiquei olhando para ela, buscando algum assunto, queria poder desabafar de cara, mas.. precisava de uma pequena intodução.

-Veio me ver?- perguntou animada e se jogou na cama.

-É... por aí.- sentei a beirada.

-Vem com tudo.- puxou meu braço, literalmente ela me derrubou em cima de si. Nosso rosto ficou próximo, acabei corando.

-Não quero..- afastei o rosto e tornei a me sentar.

-Então por que veio?- sentou em meu lado confusa. -Não me acha sensual? É meu tamanho?-

-Para... você é linda. Olha, só queria conversar com alguém.. que me entenda de preferência.- fui direto ao ponto.

-Awnt, tá carente e precisa de uma amiga.- acabou rindo, olhei ela de maneira cortante.

-Não exagera. Só preciso por a mente no lugar. Isso é o que acontece se ficar muito tempo trancada em casa.- espera.. como ela sabia?

-Não lembro de lhe contar isso.- franzi a testa.

-Sabe aquele seu lance de ler o passado com o toque? Então, quando toca em mim também vejo o seu.- deu de ombros, ela parecia tão ingênua nesse momento, nem parecia uma puta.

-Minha habilidade nunca repassou as minhas. Acho que estou ficando mais forte.- olhei para o chão, em uma tentativa inútil de desacreditar naquilo.

-Eu também influencio, meu corpo absorve algumas habilidades, apenas quando estão sendo usadas em mim. Por exemplo. Se me der um choque, sentirei dor no início, após meu corpo absorve. Mas.. quando ele relaxa, as absorções desaparecem então... volto a sentir dor.- ela pareceu muito mais enrolada pra explicar.

-Talvez tenha a ver... talvez não... não tenho ideia do que sou capaz.- engoli em seco. -Isso me incomoda.-

-Já falamos sobre isso.. mas... tudo tem seu controle, tem sempre uma maneira de neutralizar as habilidades. Essa coleira é o exemplo disso... ai meu deus... também tem uma.. que fofa.- mexeu na minha gargantilha.

-Não toque.- reclamei.

-Certo.- colocou as mãos entre as pernas e ficou olhando para o lado.

-Se sente presa aqui não é?- ouvi o suspiro dela.

-Não posso sair..- abaixou a cabeça.

-Por quê não? A vida lá fora é melhor que isso.- os sentimentos de angustia dela me incomodavam, só eu mesmo pra tentar ajudar ela.

-Se eu sair, perco o controle. A coleira só funciona com a manutenção deles... - colocou as mãos na coleira.

-Posso vê-la melhor?- estendi a mão.

Notei ela retirar a coleira e colocar em cima da mesma. Ao pescoço dela havia várias marcas roxas e pequenos furos, alguns até escorreram sangue. Ao olhar a coleira vi pequenas agulhas que fincavam na pele dela. As bolinhas por fora pareciam conter algum tipo de líquido branco, talvez algum tipo de soro. Retirei uma bolinha, o líquido escorria pelo pequeno buraquinho. O cheiro que saía dela não era de produto químico algum. Tomei coragem pra lamber uma gota.

-Parece leite.. hmn.. com açúcar.- tinha gosto de leite e açúcar.

-Com açúcar? Nossa... sério?- parecia não acreditar.

-Sim.- olhei a mesma confusa.

-Me dão isso todo dia pra beber. Então é isso que me mantém no controle... - levou as mãos até a boca.

-Acho que injetar ao sangue dá um efeito mais prolongado.-

-Eu podia ter uma vida normal... - notei algumas lágrimas escorrendo.

-Hey.. calma...- a garota pegou a coleira e colocou no lugar.

-Minha vida foi arruinada, sou uma prostituta.. poderia ter sido tantas coisas, nunca vou conseguir ser feliz.- levou as mãos até o rosto. Mal tinha notado mas havia uma pequena joia olho de tigre na coleira dela.

-Não chora.. ainda há chance.- aquilo acabou me deixando mal também, sentia um nó na garganta.

-Quem vai ajudar uma ex prostituta que não sabe cozinhar ou fazer qualquer tarefa... só sei abrir as pernas e dar tesão..- falou choramingando. Só agora que notei seus cabelos mal cortados, pareciam ter sido feitos a mão. A cor dele era um ruivo, ao rosto havia fracas sardas, não apareciam com maquiagem, mas agora que as lágrimas tiraram, apareceu bem.

-Poderia te ensinar algumas coisas, tenho vários conhecidos que poderão lhe ajudar.. não fica assim.- levei a mão ao ombro dela, algumas involuntárias lágrimas escorreram de meu rosto. As memórias da traição vieram em minha mente, ainda mais da briga.

Os compridos braços da maior me envolveram. Escondi o rosto ao peito dela enquanto a mesma acariciou meus cabelos, parecia uma mãe, minha mãe.

-Namoramos a tanto tempo... ela me traiu, gostava tanto dela. Era como se.. eu não fosse nada.. ela sai com qualquer um.. dá pra qualquer um.. não sabia que ela era assim.. o pior.. a culpa é minha. Não dei atenção.. ignorei quando ela me chamava.. acabei com o amor que ela sentia por mim...- não me segurei em desabafar.

-Não se preocupa com isso. Quem tem relação com muitas pessoas não é feliz, digo por experiência própria. Nãos e culpe por isso. Você pode hmn.. não faço ideia.. sou péssima com conselhos, só posso dizer que ela quem perdeu, você é uma pessoa incrível e muito compreensiva.- dessa vez ela parou de chorar, o que me fez sentir melhor.

-Acho que precisava ouvir isso.- sequei as lágrimas de meu rosto.

-Borrou tudo.- riu se esticando para pegar uns lenços úmidos para passar aos borrador.

-Obrigado.-

-Não agradeça. Agora retribua. Preciso que me ajude a fugir.- se levatou.

-Mas como?- fiquei pensativa.

-Vira fantasma e causa uma muvuca, aí vou conseguir fugir. Espero que dê certo..- suspirou.

-A fuga?-

-Não.. conseguir ficar longe daqui.... espero que consiga me manter neutra.. ou.. terei que voltar...- estremeceu.

-Mas do que fala?- ainda estava confusa.

-Habilidades além de sua imaginação... habilidades mortais.. é complicado.- apontou para a porta. -Último favor que lhe peço, me ajude.-

Senti meu corpo paralisar, será mesmo que devia fazer isso? Muitas consequências eu teria. Poderia me ferrar bonito, ou só ganhar uma boa amiga. Minha mente não se aquietava, eu teria que tomar uma decisão. A voz de minha irmã invadia minha mente, ela dizia para não me deixar levar pela adrenalina, pois a consequência poderia ser pior do que imaginava. Sem conseguir pensar abri a boca pra dizer.

-Não farei parte disso...- após isso o som desapareceu, meus ouvidos pareciam envolvidos em vácuo.

Continua..


Notas Finais


E.... deu treta :v heehehheehehehe
Comentem o que acharam do capítulo, adoraria saber.


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