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História Humanos e...Monstros?! (Sans X Leitor) ( Reescrevendo) - A Festa - Parte 3


Escrita por: DeterminedOne

Notas do Autor


~Aviso~
Este capitulo contei um tipo de relação de almas, violência, agressão a mulher, insinuação de sexo, alcool. Yeah, desculpas pela demora! Atrasei um pouco porque queria colocar mais coisas neste capítulo. E vocês podem me chamar de rainha da desgraça. gente, muito obrigado pelos mais de 200 comentários e os 156 favoritos! Isso é tão grade! eu agradeço a vocês por me apoiarem e gostarem da minha fic! Espero que gostem deste capítulo.

Capítulo 24 - A Festa - Parte 3


Você encarou Sans com um sorriso presunçoso nos lábios. Balançando a taça de vidro em suas mãos enquanto olha com curiosidade para o cigarro.  Você estava um pouco surpreendida com o fato de que, Sans fumava. Ele não havia contado nada e não tinha mostrada nenhum indício que praticava esta atividade.

“Então, você quer dançar? ” Ele perguntou novamente, com um tom leve, mas ainda grave. Desta vez, seu sorriso se alargando enquanto ele exalava, calmo e lentamente a fumaça, que saía por entre as suas presas e sua cavidade nasal. Você inconscientemente, respirou a fumaça intoxicante, um cheiro. O cheiro de pinheiro queimado. O mesmo cheiro que você sentiu antes de abrir os olhos.

“Você fuma? ” Você perguntou, levantando uma sobrancelha e sorrindo desafiadoramente. Colocando a taça na mesa de centro e cruzando os braços. Você se voltou ao sofá para se acomodar.

Ele sorriu para você, um sorriso torto e perigoso, dando mais uma tragada profunda e as pontes das falanges raspando nas cinzas do cigarro. “Huh, é algo que eu faço para relaxar. ” Ele disse, calmamente, soando como uma advertência, uma advertência as ações provocantes que você havia cometido anteriormente. Você riu incrédula, desembrulhando braços. Ele te fitou com curiosidade e você piscou para ele. “Ah, sério? ” Você disse ainda rindo.

“O que eu estou falando? ” Você se perguntou, não sabendo o porquê de estar agindo tão, estranha. Você simplesmente se sentia mais livre, alegre e como se fosse capaz de fazer qualquer coisa.

Sans levantou uma sobrancelha óssea e bufou, rindo, ele retirou jogou o cigarro fora e estendeu a mão direita. “Eu sou um saquinho de ossos surpresa. ” Ele debochou. “Agora, porque não dançamos? Eu vi a sua pequena demonstração, e eu acho que, você não vai se envergonhar se dançar comigo. ” Ele disse com uma pitada de sarcasmo em sua voz. Ele estava tentando ser cuidadoso com sua escolha de palavras, alguma coisa, alguma coisa tinha mudado a forma que Sans estava agindo aquela noite.

Encarando ele novamente, você pensou, olhando para ele e depois para a sua mão ossuda estendida, você riu a garrando por instinto. “Não estou preocupada sobre a minha pessoa passar vergonha...” Sans riu e te puxou para si. “Você acha que eu não sei dançar? ” Ele se aproximou de sua face e sorriu maliciosamente. Você estremeceu de repente, sentindo a forma quente e profunda que ele te olhava, cheia de paixão.

Você mordeu os lábios e revirou os olhos. “Me surpreenda...” Você o desafiou, fitando suas profundas orbitas negras. Sans riu e começou a te levar até o meio da sala.  Alphys e Undyne pararam de dançar, assim como Mettaton, você tinha a impressão que tudo aquilo havia sido planejado.

“Cuidado, garota. Você pode acabar caindo. ” Sans disse enquanto te guiava pela sala. Você curvou as sobrancelhas e riu. “Eu não estou bêbada, ok? ” Você retrucou um pouco hesitante se isso era realmente verdade. O cheiro de álcool no ponche remexia na sua cabeça. Sans riu e se virou no meio da sala, colocando as mãos em suas costas.

“Eu não teria tanta certeza...” Ele retirou as mechas do seu cabelo e se aproximou do seu ouvido. “Posso sentir o cheiro de álcool percorrer a sua alma. ” Ele riu, rouco e profundo, sua voz melosa e articulada. Sua respiração fazendo cócegas em sua orelha enquanto um arrepio percorria os seus sentidos. O sorriso dele se alargou ao ver a sua reação.

“Oh, assim como eu posso sentir o cheiro do cigarro? ” Você provocou, passando as mãos pelo osso do pescoço dele, até o crânio. Sans sorriu genuinamente enquanto os dois se provocavam com olhares. Um silencio se instalou, logo, uma música lenta e dramática começou a tocar. Você se virou para Frisk, que fez joinha e piscou sorridente. Você riu e se voltou para Sans, que te encarava profundo.

“Ok, acho que isso é um sinal para começarmos. ” Ele disse olhando ao redor da sala iluminada, cheia de brilho, enquanto todos olhavam silenciosos para o casal no centro da sala. Você corou quando o olhar de Sans caiu sobre você novamente, algo, algo naquele olhar fazia você se sentir tão estranha, especial, um olhar diferente dos outros, cheio de carinho, amor.

Ele colocou um braço em volta da sua cintura, a outra contra a sua própria mão, enquanto você descansou sua mão sobre o ombro dele. Você o olhou em suas pequenas pupilas brancas cintilantes, um sorriso bobo e gigante que você não conseguia retirar do rosto, enquanto ele te olhava hipnotizado, assim como ele havia feito, a noite inteira.

“Eu te amo, sabia? ” Você sussurrou silenciosamente, como se as palavras precisavam ser ditas, não era nada que você havia pensado, apenas, os sentimentos sobressaíram em meio de toda essa provocação. Sans sorriu e encostou a testa sobre a sua. “Eu também. ” Ele disse enquanto te puxou para mais perto, levando você através de giros e mergulhos, seus corpos próximos um do outro. Em um dos movimentos Sans levantou a sua perna esquerda até a cintura dele, os dedos ásperos e quentes cravando na carne nua da sua coxa quando ele te levantou aos ares. E novamente você podia sentir a magia formigar a sensação boa que você adorava.

Você estava surpresa pela forma que ele estava dançando, você nunca, nunca esperava isso dele, era graciosa e formal. Você se perguntava na onde ele havia aprendido a dançar desse jeito. Você simplesmente nunca teria adivinhado isso.

Rapidamente ele te puxou para perto e te abaixou em um mergulho, um braço apoiando as suas costas, o outro na sua perna. Você sentiu o seu corpo mole e seus braços caíram para trás com o movimento repentino. “Oh, cuidado garota, você está caindo por mim. ” Ele brincou se aproximando de você, colando as suas testas. Você riu, enquanto passou as mãos redor do pescoço dele. “Oh por favor! Sans, pare é horrível. ” Você debochou enquanto ele te levantou, você apertada a ele, as testas ainda colocadas e suas pernas içadas nas dele.

“O que foi? Você tem medo de não resistir a elas? ” Ele disse, brincando, piscando para você. Você bufou e revirou os olhos, enquanto girava em torno dele. Você realmente estava impressionada com a forma que ele estava dançando. “Há, não se ache tão irresistível. ”  Você disse e ele te puxou de volta, os seus corpos pressionados juntos, próximos um do outro novamente e o seus quadris contra ele, o calor subindo, os dois expressando um sorriso que ia de orelha a orelha.

“Não sou eu que está insinuando isso. ” Ele sorriu ironicamente enquanto te desafiava a uma batalha de flertes. Talvez isso não era uma boa ideia.

“Há, ok, então vamos, confesse Sans, você me quer tanto quanto eu quero. ” Você disse tentando capturar alguma expressão dele, mas ele não deixaria as coisas tão fáceis. “Vamos, Sans, me diga! Você quer me levar para o quarto e me beijar e fazer todo o tipo de coisa para que eu possa ver os ossos sensíveis de no-”

“E se eu fazer isso agora. ”  Ele interrompeu a sua provocação seriamente, com os seus olhos em chamas. Seu riso parou, a linguagem corporal tensa junto a dele. Os dois pararam de dançar, Sans com as mãos envolta a sua cintura, apertando mais forte, mais faminto e a outra mão ainda sobre a sua. Você se calou sentindo dificuldade de respirar.

“S-Sans...? ” Você perguntou tentando manter o humor, mas não parecia surtir efeito, Sans não cedeu. Ele contentou te olhando da mesma forma, seria e obscura, predatória.

Sans, percebendo a sua situação, congelou. Ele te libertou, deixando as suas mãos caírem do seu lado enquanto ele se afastava, seu olhar voltando ao normal aos poucos que ele foi percebendo a gravidade e o significado de suas palavras.  “Não, eu não posso. ” Ele falou tranquilamente enquanto parecia sem reação alguma.

Frisk, Undyne e Mettaton se olharam confusos sobre a situação. Eles não conseguiam ouvir a conversa, mas isso não os impedia de ver a cena, a cena onde Sans está se afastando de você, como se alguém estivesse morrido, como se ele tivesse cometido um pecado. Você rapidamente se recompôs. “Sans, o que foi? Você está bem? Eu entendo que nós não podemos! Eu estava apenas brincando... ” Você tentou dizer a ele na tentativa de acalma-lo.

Você estava mentindo sobre ser uma brincadeira. No fundo, você queria isso, assim como você sabia que ele queria tanto quanto você, mas você entendia que ele tinha alguma razão para não o fazer. Ele estava escondendo essa razão e você não queria insistir, pois, você achava que quando ele estivesse pronto ele te diria. Porque ele confia em você.

“Eu sinto muito. ” Ele disse colocando as mãos no bolço da calça e saindo da sala com o olhar abaixado. Você continuou congelada no centro da sala tentando entender a situação. Você não estava mais aguentando isso! Você queria entender a situação! Entender o porquê disso tudo.

“Ele não pode continuar me rejeitando desse jeito! Ele me deve uma explicação...
Eu preciso dela... Eu me sinto tão... impotente. ”

Undyne, Alphys, Mettaton e Frisk vieram ao seu socorro logo em seguida. Mettaton colocou uma mão no seu ombro e sua expressão era confusa. Frisk estava esperando uma explicação e Undyne estava simplesmente lhe dando apoio. “Querida o que aconteceu? ” Mettaton foi o primeiro a falar e os outros assentiram com a cabeça.

“E-eu não sei...” Você disse sinceramente. Você realmente não sabia. Sans não havia lhe contado nada. Você simplesmente não sabia e isso era com um grande tumor que parecia crescer cada vez mais! Você perdeu a conta de tantas vezes que você disse a ele que ele poderia confiar em você, que ele poderia contar as coisas para você, que vocês dois iriam passar por isso juntos, que você ia ajudar ele, assim como ele te ajudou.

“Huh, eu sabia que o Sans era um cabeça dura, mas pelo amor né! Eu vou dar uns cascudos naquele crânio! ” Undyne disse furiosa. Mesmo que vocês se conheciam a pouquíssimo tempo, ela parecia ter uma grande consideração por você.

“Undyne calma, nós não sabemos o que aconteceu! ” Frisk disse tentando acalmar a amiga que parecia que iria explodir.

“Frisk tem razão Undyne! Nós não sabemos o motivo disso tudo. _ _, nos explique melhor. ” Alphys disse com firmeza, ela parecia realmente decidida e seria sobre a situação.

Todos te encararam esperando uma explicação, mas você não sabia o que dizer, simplesmente você não conseguia explicar isso a eles, porque você mesma não sabia o que exatamente estava acontecendo. “Eu não sei...” Você disse roçando o braço e desviando o olhar.

“Ah, droga.” Frisk disse colocando as mãos em sua face e te fazendo a olhar nos seus olhos. “Garota, você não pode dizer isso! Sans é o seu N-A-M-O-R-A-D-O! Você tem que saber o que está incomodando ele, mesmo que ele não diga, você não pode deixar para lá! Você tem que insistir, não importa se ele não quer falar ou se ele não gosta, uma relação é feita de confiança um no outro! ” Frisk disse seriamente. Ela realmente estava sendo séria e sentia um pouco de raiva sobre as suas ações.

“Concordo com a Frisk querida. ” Mettaton disse confortando você. Undyne e Alphys assentiram.

“Eu sei de tudo isso! Mas não importa o quanto eu insisto, ele não fala nada, eu tentei tantas vezes! Eu não sei o que fazer. ” Você estava sendo sincera, você não sabia mais o que fazer, você estava cansada dessa situação, mas você não conseguia tirar a verdade do seu esqueleto.

“Olha eu sei como é difícil retirar a verdade do Sans! Nós o conhecemos a muito tempo e ele não gosta de compartilhar os seus sentimentos com ninguém, nós achamos que ele não gosta de preocupar ninguém, apesar de que ele não percebe que está nos preocupando. Você tem que conversar seriamente com ele, não o deixe mudar de assunto, pressione, faça grave de sexo, sei lá faz alguma coisa! ” Undyne disse sinceramente, ela realmente estava tentando te ajudar. Mas você não pode segurar a risada sobre a greve.

“UNDYNE! ” Alphys gritou com a mulher.

“Ué, que foi? ” Ela perguntou.

“Greve de Sexo? Serio? ” Frisk completou rindo que nem uma louca. Fazia tempo que você não via Frisk rir tão intensamente.

“Mas é verdade! Isso sempre resolve. ” Undyne completou orgulhosa batendo em seu peito e dando um grande sorriso.

“Na verdade, isso é parte do problema. ” Você disse mordendo os lábios sentindo um pouco de vergonha. Eles se calaram no mesmo momento e olharam para você surpresos.

“Espera! O QUE? Querida, vem cá vamos sentar. ” Mettaton disse de forma extravagante enquanto te puxava para o sofá e o resto do povo seguia. Mettaton te empurrou para o sofá e sentou ao seu lado pegando na sua mão. Toriel e Asgore trocaram olhares confusos entre si, pois, não entendiam a situação. Frisk sentou do outro lado do sofá e Alphys e Undyne pegaram duas cadeiras e sentaram na sua frente.

“Nos explique melhor essa história querida! ” Mettaton disse logo em seguida quando as atenções se voltaram para você.

Você não se sentia nada confortável em falar sobre isso com eles, não que você não os considerasse amigos o suficiente para conversar sobre relações sexuais e outras conversas intimas. Mas você não gosta de falar sobre a sua vida sexual com ninguém, ainda mais quando a sua vida sexual é com um esqueleto.

“Ah, por que eu fui abrir a minha boca? ” Você pensou se queixando de não conseguir prender a sua língua.

“Huh...”

“Vamos garota! Desembucha! ” Undyne disse batendo em sua própria coxa em sinal de impaciência.

“Calma Undyne! Deve ser difícil para ela falar sobre isso! ” Alphys repreendeu a esposa. Você sorriu para Alphys a agradecendo, de todos nesta sala, ela era uma das mais compreensivas junto de Toriel e Asgore.

“Ah, frescura, isso não tem nada demais! ” Undyne disse abraçando Alphys e beijando na bochecha.

“Undyne tem um ponto! Não tem nada demais falar sobre isso com os amigos. ” Frisk disse pegando na sua mão. Você se virou para ela e mordeu o lábio.

“Huh, não é isso pessoal! Eu gosto muito de vocês, mesmo não os conhecendo a muito tempo...Eu considero vocês grandes amigos! Monstros são realmente mais amáveis e bondosos que os humanos e eu sinto que posso confiar em vocês. Eu apenas, não gosto de falar sobre isso com ninguém. ” Você disse a verdade, não havia motivo para esconde-la, diferente de alguns monstros, você sabia que podia confiar em seus amigos.

“Bom, acho que não podemos fazer nada...” Mettaton disse fingindo decepção, mas na verdade, ele tinha um plano e seu sorriso junto de seu olhar mostrava isso. Ele piscou para Frisk e Undyne sem que você percebesse e as duas pegaram a ideia rapidamente.

“Ah, ok querida se você não quer falar sobre isso nós entendemos. Eu vou pegar um pouco de ponche para nós. ” Mettaton disse se levantando com um lago sorriso no rosto.

Frisk e Undyne piscaram de volta e fizeram joinha. Você olhou para eles desconfiada, mas você não queria pensar nisso agora. “Ok, qualquer coisa que estiverem tramando eu não vou cair...”

“Ah, mudando de assunto. Onde está o Link? ” Você perguntou ao perceber que seu filho não se encontrava na sala.

“Ah, não se preocupe! Eu vi o Papyrus levar ele para fora. ” Frisk disse te acalmando.

Sans entrou na sala e se encostou no batente da porta. Você o observou quando ele pegou um cigarro e o acendeu com uma pequena chama azul de magia que saía de seu dedo indicador. Ele parecia pensativo, Frisk e Undyne o olharam e depois olharam para você.

“Hey, se ele está fumando. Quer dizer que a coisa é séria. ” Undyne comentou.

“Oh, serio? ” Você perguntou realmente surpreendida.

“Sim, Sans só fuma para poder relaxar, é um habito que ele adquiriu desde que chegou na superfície. ” Frisk comentou preocupada com o esqueleto. Ela não gostava de vê-lo triste.

“Oh, droga Sans, o que está acontecendo? ” Você se perguntava em meio de todas as outras perguntas sem respostas. Você queria tanto faze-lo feliz.

“Oh, aqui está queridos! Ponches para todos. ” Mettaton disse quanto carregava cinco taças de ponche com os seus cinco braços robôs extras.

“Obrigada Mettaton. ” Frisk agradeceu pegando uma taça e Mettaton entregou o resto para os outros.

“Hey, você não colocou álcool, certo? ” Você perguntou desconfiada.

“Ah, claro que não querida! O álcool que você está falando é próprio do ponche. ” Mettaton disse enquanto sentava do seu lado novamente, passando um braço atrás de você.

“Mas a Frisk disse que n- ”

“Ahm? O que? Eu não disse nada, o ponche sempre teve álcool! ” Frisk disse com tanta naturalidade que você achava que era impossível ser mentira, talvez, você estava começando a ficar louca, ou era o álcool já te afetando. Você nunca foi muito forte com bebidas.

“Ah, quer saber, se tiver álcool tanto faz também! Eu estou entre amigos. ”

Você abandou sua desconfiança e começou a beber o ponche. A medida que o tempo passava, cada vez mais você bebia, junto da companhia da Frisk, Alphys, Mettaton e Undyne. Toriel e Asgore impediram Frisk de beber muito, pois, ela ainda não tinha idade suficiente e eles achavam que já tinham sido muito bondosos em deixa-la beber o pouco que ela bebeu. Papyrus e Link entraram em casa trazendo a pizza, e assim todos se sentaram na sala novamente para comer e conversar. E você estava sendo o centro das atenções devido a embriaguez. Enquanto Sans observava a situação quietinho do batente da porta.

“E-eu amo v-vocês caras...hic... eu adoro mesmo vocês... hic.” Você disse sorrindo e oscilando de um lado para o outro. O mundo inteiro parecia girar e todos pareciam rir junto de você. As coisas pareciam ser tão tortuosas e erradas e você não conseguia pensar direto. Você não conseguia pensar em nada.

“O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A HUMANA? ELA PARECE TÃO... TÃO FELIZ! ” Papyrus perguntou em sua inocência e Link observou a situação querendo saber a resposta.

“Fufufufuf ela está chapadona! ” Undyne gritou abraçando você e você retribuiu a beijando na bochecha. “Viu só? Ela me beijou Fufufufufufu.”

“U-undyne...hic...eu te amo...hic....eu amo...tudo mundo...menos o Daniel... hic...eu odeio o Daniel...hic...Ele não me deixava...hic...sair de casa... hic...nem ir para festa...Eu já disse que amo vocês pessoal? Eu amo vocês...hic”  Você sorria como uma pateta enquanto Mettaton enchia a sua taça que se encontrava vazia pela milésima vez. O androide sorria fabulosamente por seu plano ser um estrondoso sucesso. 

Toriel e Asgore riam, eles achavam a sua atitude muito fofinha. Sans estava um pouco incomodado, ele estava pronto para entrar em ação caso você passasse dos limites. Papyrus e Link não entendiam, mas eles estavam felizes por você estar de certa forma feliz. Frisk ria igual uma louca, apenas rindo de todos como uma adolescente normal.

“Affs...hic...ses...não...hic...tão bêbados…hic. ” Você reclamou apontando um dedo para Mettaton e para Undyne, enquanto você oscilava e remexia a cabeça para trás, fazendo o ponche da taça derramar no chão. Undyne riu ainda mais intensamente, ela deu vários soquinhos em sua própria coxa e não conseguia parar de rir.

“Álcool não nos afeta! As únicas coisas que nos afetam são produtos que mexem com a química de nossa alma, porque ela está diretamente ligada ao nosso corpo, e a composição da alma monstro é diferente da humana. ” Undyne respondeu limpando uma lágrima solitária de seu olho esquerdo.

“A-hic...isso...hic...nãoo é juusto...hic.” Você disse despencando no sofá e babando no mesmo. Frisk riu ainda mais intensamente. “Euu...eu...hic...eu queria...voar..hic...seria mó loko...hic. Vocêess  já pensaram que loko seria? Vuar....hic”

“Minha irmã está estranha...” Link comentou enquanto comia mais um pedaço da pizza. Papyrus concordou e sentou perto de Mettaton, que enrolou os seus braços robóticos ao redor do esqueleto, que corou, mas em nenhum momento reclamou. Sans levantou uma sobrancelha para Mettaton, o qual mostrou sua língua e a balançou como cobra. Era como se Mettaton estivesse pego a sua presa e iria aprecia-la muito, muito mesmo.

“Meu deus se eu soubesse que as pessoas ficavam tão divertidas bêbadas eu teria embebedo muitas das minhas amigas. ” Frisk comentou e Sans lançou um olhar severo para ela, mas ela ignorou mostrando a língua e rindo. Todos continuaram rindo e interagindo entre si! Muitas vezes rindo das palhaçadas vergonhosas que você cometia, e que você tinha certeza que se arrependeria no dia seguinte, ou talvez, você nem iria se lembrar.

Algum tempo depois, Toriel e Asgore decidiram que era hora de ir. Eles tinham muito trabalho e papeladas para fazer e assim não podiam ficar até tarde. Eles agradeceram a hospitalidade e abraçaram a todos, Toriel te beijou na testa e te agradeceu novamente por estar ao lado de Sans. Asgore prometeu que faria você ganhar de qualquer jeito o julgamento e que você já era considerada parte da família. Mas você estava tão bêbada, que metade das coisas você nem prestou atenção, e parecia que você iria despencar a qualquer momento porque o chão parecia tortuoso e a música abafada. Após as despedidas Mettaton começou a colocar a segunda parte do plano em pratica.

“Agora que a barra está limpa! E a _ _ está livre de timidez, nós podemos conversar. ” Undyne comentou maliciosamente. Sans rapidamente começou a prestar muito mais atenção na conversa.

Mettaton entendeu a indireta e piscou para Undyne, ele se virou para o Papyrus e sorriu. “Oh, é verdade...Papyrus, poderia colocar o Link para dormir? Já está tarde. ” Mettaton perguntou carinhosamente, acariciando o esqueleto, que sorriu radiante e se encheu de DETERMINAÇÃO.

“OH, MAIS É CLARO! VAMOS PEQUENO LINK? Papyrus disse se virando para Link, que estava relutante, mas ele também estava cansado e aceitou.

“Ok, me leva no colo. ” Link disse pedindo colinho estendendo as mãos. Todos fizeram ‘awnnn’ e você soluçou nem noção do que estava acontecendo. Você só sabia que tinha um triângulo amarelo com um chapéu e um olho na sua frente. “Conspiração...hic...” Você sussurrou para si mesma.

Papyrus pegou Link no colo e saiu da sala em direção as escadas para o quarto. Quando ele saiu Mettaton se virou para você.

“Ok, então, eu soube que bêbados não mentem. ” Mettaton perguntou a você riu.

“Sim é verdade! Nos diga garota, como é fazer intercurso com um esqueleto? ” Frisk perguntou te cutucando. Sans se virou indignado e surpreso para Frisk se sentindo realmente, muito, muito incomodado.  

Você riu e caiu no sofá de novo. “Ah, sabe...hic... não vejo diferença...apesar...de...que...hic...ossos...ossos...não...são tão ruins...hic...quanto eu pensava. Mas...eu... esperava...mais...só...sei que é gostoso...hic... ” Você disse sem saber exatamente o que estava falando, você soluçou e balançou a taça novamente e o ponche derramou no chão de novo. Você não estava enxergando muito bem, tudo parecia e embaçado e desproporcional.  

Sans corou e desviou o olhar. Alphys não parecia muito confortável sobre a conversa, mas riu.

“Fufufufu, não é que funciona? Vamos embebedar ela mais vezes! Então, me diga o que você imaginava? ” Undyne perguntou segurando o riso e Mettaton apenas riu e ficou de olho para em Sans, caso ele tentasse impedir o seu plano de retirar umas verdades de você.

“Ah, hic...eu...hic...não...sabia...que...hic...esqueletos...tinham...a...a... ‘Coisa’...po... ele podia ter AVISADO! ” Você falou em um tom nervoso e de repente, você começou a rir e logo em seguida, e Frisk acabou caindo do sofá gargalhando.

“ELE TEM?! ” Frisk gritou em um ataque de risos e Sans corou ainda mais profundo. Ok, ele achava que esse era o limite que não podia ser ultrapassado. Undyne abraçou a mulher para não cair da cadeira. Mettaton riu sua risada extravagante e abraçou você.

“Awnn, ela é tão fofinha quando está bêbada. ” Ele disse te apertando bem forte, e você não sabia nem como reagir, na verdade, você não sabia nem o que estava fazendo. O que foi mesmo o que você falou a um segundo atrás? Você não sabia dizer.

“Ok, minha vez querida! Qual era o tamanho? ” Mettaton perguntou rindo malicioso. Sans pulou com a pergunta e pela primeira vez ele sentiu um arrepio percorrer o seu corpo inteiro.

“Ah...hic er-”

“Ok, ok, chega, vamos parar por aqui, vocês já sabem demais sobre mim. ” Sans disse empurrando todos e chegando até você. Ele te pegou no colo e você começou a sentir que iria vomitar a qualquer momento. Você girou a cabeça e a luz da lâmpada ofuscou a sua visão, te causando dores de cabeça. “Ah...hic.”

“Awnn que pena, mas bem, conseguimos umas ótimas informações, Hehe. ” Frisk comentou rindo que nem louca. Mettaton colocou a mão na cintura e mexeu na franja não querendo comentar, mas por dentro, ele queria tanto usar isso contra o Sans.

Undyne ficou quieta e Alphys estava envergonhada e nervosa. Você se agarrou em Sans, sentindo que iria cair, mas você queria conversar mais, ou fazer o que quer que seja que você estava fazendo naquele momento.

“S-sans...hic...você...fica...me ignorando e rejeitando...hic...você fica se fazendo de cú doce...pra mim...hic seu...seu...seu...idiota. ” Você disse zumbindo, não controlando suas ações e pensamentos, oscilando fracamente. Sans riu e te beijou apaixonadamente. Frisk, Mettaton e Undyne ficaram surpreendidos com a ação repentina e inesperada. Sans piscou para eles e olhou amorosamente para você. Você ficou quieta não sabendo como reagir, na verdade, você não sabia como reagir a qualquer coisa neste estado, você só se sentia, boiando, nadando na maionese.

“Eu te amo, minha Kiddo. ”

“Sans...hic...Sans...” Você soluçava sem saber o que dizer, você estava realmente muito bêbada, completamente sem consciência, indo para frente e trás, enquanto o mundo girava. “Wow...eu estou viva e você morto...” Sans tentou bravamente não rir.

“Ah, para a informação de vocês, eu sou bom em qualquer coisa que eu faço, qualquer coisa. ” Ele disse orgulhosamente saindo da sala, subindo as escadas em direção ao quarto.

 “Ual! O que foi isso!? ” Frisk disse risonha depois que Sans subiu as escadas. Mettaton, Undyne e Alphys concordaram e riram juntos, logo depois, eles decidiram que já estava tarde e que era melhor eles irem embora. Frisk se despediu por todos, pois, Papyrus acabou dormindo enquanto lia uma história para Link.

“Foi ótima a festa Frisk! Eu me diverti muito! ” Alphys disse com firmeza.

“Realmente, foi muito engraçado Punk! Pena que eu não pude lutar, mas quem sabe da próxima vez. ” Ela sorriu novamente dando uma chave de braço em Frisk.

“Querida não deixe de me convidar para a próxima! Eu A-D-O-R-E-I! Também gostei de conhecer a garota que conquistou o saco de ossos! ”

“Verdade, ela é uma garota muito legal! ” Undyne disse e Alphys assentiu.

“Também acho! Fico feliz que foi ela que Sans escolheu. Ela é uma boa garota e Sans teve sorte, assim, como ela também teve sorte de tê-lo. ” Frisk disse melancólica, havia tristeza e alegria em sua voz. Os amigos dela perceberam e abaixaram a cabeça sabendo de seus sentimentos para com o esqueleto.

“Yeahh...aguenta firme Punk! Tem muito peixe no mar ainda. ” Undyne disse colocando uma mão no ombro de Frisk para apoia-la.

Depois disso Frisk se despediu de todos e foi para o seu quarto descansar. A noite tinha sido bem longa. Você, pelo contrário, não queria dormir de jeito nenhum, você só queria uma coisa e essa, infelizmente você não podia ter.

“Awnn...Sans...hic...por favor...não me recuse de novo…hic.” Você disse enquanto o esqueleto te jogou na cama e se preparava mentalmente para tirar a sua roupa e colocar o pijama.

“Me desculpe baby. Eu não pOSSO... ”

Você começou a rir e se contorcer por esta ser uma das piores piadas que ele havia lhe dito. “Ah, isso é horrível...hic...não a use mais...hic... Além do mais...hic... eu tenho certeza que você não vai conseguir resistir... quando começar a retirar...hic... a minha roupa...hic... Hehe...hic. ” Você ria igual uma idiota sem consciência sobre qualquer coisa, você só sabia que estava com uma forte enxaqueca e que estava literalmente sem vergonha.  Sans riu brevemente e levantou uma sobrancelha, ele parecia se divertir com o seu estado.

“Awnn, vamos Sans...hic... faça carinho de gatinho em mim, vamos...hic...eu quero...ser tratada... como o gatinho nyan...hic...que você...hic...diz que eu sou...hic.” Você ronronou de propósito e começou a imitar um gato.

Sans se segurou novamente para não rir e se sentou na cama junto de você. “Ok, eu não aguento ver você desse jeito, eu vou te curar. ” Sans puxou a sua alma para fora do seu corpo e ela começou a flutuar sobre as mãos do esqueleto.

“Sans...hic...o que você está fazendo...? Isso dói...” você disse sentindo sua alma ser rasgada. Sans sabia que isso doía, ainda mais na sua situação, onde o seu corpo estava fraco devido a bebida.

“Está tudo bem, vai acabar logo. ” Ele respondeu tentando se concentrar.

O pequeno coração rosa flutuava acima das mãos de Sans, enquanto ele se concentrava em sua própria magia e alma. “Eu não posso curar ferimentos físicos muito graves, mas almas, são outra conversa, eu posso cura-la, até purifica-la. As almas humanas são independentes de seus corpos, mas o álcool é a única substancia que afeta as almas humanas, devido a necessidade do álcool em se dividir no corpo, já que o fígado não aguenta mais e assim ele precisa se repartir e procurar outros lugares para habitar, boa parte vai para o cérebro e a outra vai para a alma. Eu vou retirar essa substância da sua alma. ” Sans disse seriamente quando começou a envolver a sua alma com a sua própria magia. “Eu vou tocar a sua alma. ” Sans disse quando sua magia cresceu crepitante em forma de chama em seu olho esquerdo.

Você engoliu em seco. Era estranho, mas a última frase de Sans trouxe algum raciocínio a sua mente bêbada.   “Eu vou adentrar a sua alma. ” Você não parecia muito confiante sobre isso tudo, mas você não conseguia sentir muita coisa, a dor de cabeça estava te matando e o álcool estava impedido todos os seus sentidos. Você realmente era fraca com bebidas...

“Huh, Sans...hic...”

“Não se preocupe não vai doer se você não me impedir. ” Ele soou sério e tranquilo.

Sans envolveu a sua alma com magia e seu coração rosa se tornou um azul profundo. “Sans...hic...eu não tenho cer- ”

Quando a mão esquelética de Sans envolveu a sua alma, você sentiu ela estremecer, fritar e contrair como um espasmo, na tentativa de retirar a mão sobre ela. O contato enviando mini choques de calor e magia em você, enquanto você sentia uma névoa adentrar a sua alma, um ser, algo que não deveria estar ali, um invasor.

Um invasor com sentimentos e uma personalidade própria, forte... não... eram dois, dois invasores como um só. Você tentava lutar contra a dor que se arrastava, sua alma tentava lutar, você puxou toda a determinação que conseguia e empurrou o ser para fora, empurrou a mão fantasmagórica. “Não impeça. ” Sans sussurrou em sua mente, ele era o invasor.

“ Não sou eu! É a minha alma, ela, ela não quer que você veja! Saia! ” Você gritou em sua mente contra o invasor que era o seu namorado. Você recobrou os sentidos quando ouviu um baque no chão. A presença que tinha próprios sentimentos e que estava se fundindo a você, foi desaparecendo lentamente, e calorosamente. Você abriu os olhos e se levantou sentando na cama, não se lembrando do que estava fazendo a segundos atrás.

“Sans? ” Você perguntou quando viu o esqueleto no chão, cansado, suando e respirando com dificuldade enquanto suas órbitas estavam arregaladas de surpresa. Você nunca tinha o visto desse jeito.

“Você fez de novo! Você impediu a minha magia! ” Sans disse surpreso e contente. “Você se sente melhor? ” Ele disse se levantando e achando uma posição confortável na cama. Você o olhou cética, um pouco duvidosa.

“Do que diabos ele está falando? Tudo o que eu ne lembro era de estar na festa e depois sentir a minha alma ser invadida por alguma coisa! ”

 “Eu não sei do que você está falando. Eu estou normal... ” Você diz suspeita sobre a situação que você desconhece.

“Ah, é claro, eu não terminei por isso você não se lembra. Eu preciso ser mais agressivo para você não me derrotar. ” Sans ri sombriamente colocando uma mão no olho esquerdo.

“Sans do que você está falando? ” Sans se concentra novamente. “Eu vou apenas terminar o que comecei, retirar a substancia do álcool da sua alma. ”

“Álcool? O que? Eu não me lembro de nada. ”  Ele se posiciona na sua frente e puxa a sua alma novamente. Você o olha secamente.

“Sans o que você está fazendo?!” Você perguntou assustada. Você não sabia o que estava acontecendo. Você estava no seu quarto com o Sans e ele estava puxando a sua alma.

“Sans do que você está falando? ” Sans ri e se concentra novamente. “Eu vou apenas terminar o que comecei, retirar a substancia do álcool da sua alma. ”

Sans passou rapidamente as pontas de sua falange por toda a superfície de sua alma, levando você sentir a mesma magia e calor que havia sentido a pouco tempo atrás, mas desta vez, era mais agressivo, doloroso e prazeroso. Você sentia o seu peito explodir e fumegar como brasas ferozes, você sentia o invasor adentrar a sua alma e todo o seu ser, pensamentos e informações grudavam em sua alma, pensamentos que não eram seus, pensamentos dolorosos. “Eu vou te curar. ” Ele disse e sua voz ecoando por todo o lugar.

Lentamente o invasor foi penetrando em sua alma, cada vez cavando mais profundo, vasculhando. O seu corpo todo latejando e dormente enquanto uma falsa sensação calorosa, quente e confortante se instalava junto da nevoa. Você estava exposta, sua mente completamente nua.

“Sans! Para isso, Sans! ” Você lutava juntando toda a sua determinação, mas desta vez, ele era mais forte, forçando cada vez mais usando sua magia, você podia sentir Sans dentro de sua alma, sentir ele a vasculhar com sua mão fantasmagórica envolta de uma nevoa asquerosa azul.

O calor aumentando cada vez mais, os pequenos surtos sufocantes e opressores, desconforto junto de uma sensação de falsa segurança, desorientada. “Não me impeça, me deixe entrar, eu não vou te machucar. ” Ele ecoou em sua cabeça e alma. Lentamente, você foi perdendo a força e a consciência, abaixando os braços e abaixando a sua determinação. Você se sentia cansada, tão cansada, exposta e impotente. Ele era tão forte, implacável, quente e quente. Aos poucos, Sans foi se aprofundando em sua alma, você permitiu, ele tinha razão, desse jeito não machucava.

“Liberte. ” A voz dele ecoou e assim a sua mente foi cedendo, junto de sua alma, agora você podia sentir Sans no seu ser, vendo, profanando suas memórias. Memórias que passavam como uma fita de vídeo em sua mente. Memorias que fizeram o que você é hoje.

“Afinal, o que somos sem memorias. ” Você repetiu essa frase em sua mente e a nevoa azul que cobria a sua alma se transformou em uma cena de um acontecimento especifico de sua vida. Quando você tinha dez anos. Você não se lembrava muito dessa época por incrível que pareça.

“Papai, não, por favor, papai chega de agulhas! Papai! ” Você gritava e esperneava enquanto as enfermeiras seguravam você na maca. Seu pai alisava o seu cabelo enquanto te olhava melancólico.

“Shhh, está tudo bem querida, essa é a última, eu prometo. Eu te amo tanto, minha princesa. ” Ele disse calmamente.

“Não! Papai, eu quero a mamãe, cadê a mamãe!? ” Você chorava e soluçava cada vez mais forte. O brilho das lâmpadas ofuscante daquele hospital horripilante te deixava cega e incapaz.

“Fique calma querida, você não vai se lembrar de nada, afinal, o que somos sem memorias... ” O sorriso dele se desbota quando a cena derrete e muda para um ano depois.

“Você é forte minha filha, está carregando um fardo enorme dentro de si. ” Sua mãe diz a você, seus olhos cor de mel brilhantes e expressando tristeza pelo destino de sua filha, o destino de carregar um filho tão cedo. “Você é muito forte sabia? Você tem determinação e esperança, nunca perca essas duas coisas, nunca. Seja forte haja o que houver, e eu sempre estarei do seu lado te apoiando. ” Ela disse lhe dando um beijo. Novamente, a cena desbota como uma joia negra e se transforma em outra, dois anos depois.

“Você não entende! Ela é importante! Você não é Deus para brincar com a vida de alguém! Eu não posso permitir isto! Não depois do que nós passamos Daniel! ” Sua mãe estava tendo mais uma discussão com o seu pai, você espionava a cena através da pequena abertura da porta. Link já havia nascido e você ainda se recuperava de uma cirurgia tão complicada.

“Ela é importante para mim também! Se não fosse por mim, ela não teria sobrevivido a aquele incidente! O corpo dela não teria aguentado! ” Ele retrucou eufórico.

“Não tente justificar isso! Você nunca previu que algo assim pudesse acontecer! Você ainda vai continuar a usando, como um brinquedo! ” Ela começou a chorar “Você não se cansa, e você sabe como dói, você sabe muito bem! ” Elizabeth caiu e joelhos no chão, chorando, e pela primeira vez, você percebeu as cicatrizes nos braços dela. Seu pai bufou e ajoelhou na frente dela a abraçando.

“Eu sinto muito, eu sinto mesmo, eu sei, eu sei que dói, mas eu preciso completar isso, ainda mais agora com a libertação dos monstros! Me perdoe. ” A cena embranqueceu lentamente até se tornar uma nevoa cinza e mudar novamente. Ah, dessa você se lembrava muito bem. Você tinha quinze anos.

“Você tem noção da gravidade do problema que você causou dessa vez? Trazendo um garoto para casa enquanto seus pais estão fora! Ele poderia ter feito algo com você! ” Ele te ameaçava com uma faca afiada.

“P-pai está tudo bem! Calebe não é má pessoa, ele nunca faria algo desse tipo! ” Você falou calmamente.

“Da última vez que eu deixei você julgar as suas amizades, você ganhou um filho. ” Ele riu sarcasticamente e você abaixou a cabeça se sentindo culpada.

“Ele não é um amigo, ele é meu namorado, eu realmente gosto dele e n[os já estamos namorando já quase dois anos, se ele quisesse ter feito algo, já teria feito. Além de que, ele disse que me ama ontem. ” Você disse sonhadora com os olhos brilhando em alegria.

“O que? Você está louca! Você não tem namorado, você não tem nada além de sua família! Você é minha ouviu, um objeto! Um brinquedo, você não tem direito de ter mais nada. Que direito o seu namorado tem para te roubar de mim? ” Seus olhos furiosos como vendaval. “Você tem que aprender o seu lugar, menina. ”

“Eu não sou nada seu! Um dia, eu vou ser livre! ”

“Eu não quero saber! ” Ele gritou e te deu um tapa na face. Você o olhou indignada e com nojo. “Você vai tirar até isso de mim?! ” Você gritou.

A imagem corrói como ácido e se transforma em outra. Seus dezessetes anos, foi neste mesmo ano, que sua mãe se divorciou.

“Por que está fazendo isso? Por que está tratando nossa filha como um objeto? Brinquedo! É isso que ela significa para você!? O fruto do nosso amor, do meu amor doentio por você é isso que significa!? ” Ela grita com ele enquanto você coloca Link para dormir no andar de cima, apesar disso, você consegue ouvir tudo.

“Mana, p-puque, papa, ta brigadu com a mama? ” Link perguntou choramingando. Você o abraçou fortemente e tampou seus ouvidos.

“Shhh, está tudo bem, vai ficar tudo bem, a mana está aqui, não se preocupe, adultos são idiotas e brigam entre si por coisas banais. Nunca cresça Link. ” Ele adormeceu logo em seguida.

“Eu trato minha filha do jeito que quiser! ” Ele explodiu em raiva.

“NOSSA filha Daniel! Nossa filha! ” Ela retrucou chorosa e raivosa.

“Por que você não me apoia?!” Ele grita de volta

“Eu não vou apoiar essa abominação! Seu monstro! ” Ela gritou o mais alto que pode.

Você ouviu um barulho de um tapa e um baque de alguém caindo no chão. “Nunca me comparece com aquelas abominações! ” Você desceu as escadas correndo para encontrar a sua mãe no chão levando vários tapas do seu pai.

“Pai! ” Você gritou correndo até ele e tentando acalma-lo.

“Não se meta! ” Ele te empurrou longe e você bateu a cabeça. A cena escureceu novamente e só sobrou a escuridão.

Aos poucos, você recobra a consciência, seus olhos piscando freneticamente, seu coração martelando em seu peito, seus músculos dormentes se contraindo. Você estava de volta a realidade. Memorias, memorias que um dia você havia esquecido, todas as dores, de volta, por que? Por que ele fez isso? Você se lembrava porquê. Você se lembrava de tudo.

Sans perplexo a sua frente, ele não sabia o que dizer, seu rosto lavado com dor e ódio, enquanto ele acariciava a sua alma com ternura, suas falanges deslizando delicadamente envolta do pequeno e frágil coração rosa, movimentos respetivos de caricias.

“_ _” Ele sussurrou baixinho, encostando seu crânio no seu peito. Você o abraçou imediatamente, você precisava disso, precisa dele. “Eu sinto muito...eu...não devia ter feito isso...eu pensei que...” Sans não sabia como se desculpar e você apenas observava o vazio de seus pensamentos, você simplesmente se sentia nua, exposta e frágil.

“Eu sinto muito _ _ eu não queria isso! Eu estava apenas...curando…eu não sabia que você podia controlar as coisas...droga…Eu não queria que você revivesse...aquilo...Eu não devia ter feito isso...eu só...eu só queria ajudar...” Ele pedia desculpas desesperado enquanto continuava a acariciar a sua alma com ternura, ela se acalmava e vibrava com o toque. Você apenas ficou em silencio enquanto lagrimas silenciosas desciam.

“Por favor não chore! Eu faço qualquer coisa... Eu nunca mais deixarei alguém te machucar! Nunca mais! Eu prometo. ” Ele continuou tentando se desculpar, ele se sentia tão sujo e pecaminoso. Ele só queria te confortar neste momento, fazer você se esquecer de toda a dor que passou e você também queria isso. Você queria continuar abraçada com Sans para toda eternidade! Você queria se banhar no conforto do calor e da alma dele.

Você queria dizer algo, qualquer coisa, mas você não conseguia, você simplesmente não conseguia encontrar o que dizer, fazer, você não sabia o que pensar.

“Eu sinto muito. ” Ele disse quando a sua própria alma branca envolta de uma aura azul se encontrava perto da sua. A duas, pertos, se chocando uma com a outra provocando ondas de calor e magia crepitantes, reconfortantes, as duas pressionada uma com a outra, pulsando em perfeita harmonia, magnetizadas como um ima. Essa é a reação entre almas gêmeas. Um conforto indescritível passando pelo seu corpo, retirando aquele grande peso do coração, preenchendo o vazio do mesmo.

Sans olha para a sua proporia alma, depois, ele levanta a cabeça para olhar em seus olhos. “Eu queria poder uni-las, formar um laço, marca-las, mas eu não posso...” Ele se silenciou e continuou acariciando a sua alma. “Você deve ter sentindo que a minha alma não está sozinha...” Ele começou a dizer calmamente, você sentia que finalmente, ele havia decidido te contar o que estava acontecendo. Você assentiu para Sans.

Ele suspirou “Eu carrego mais alguém dentro de mim. Um inimigo invisível que eu não posso derrotar...”

“Uma parte da alma do Dr. W.D Gaster, vive dentro de mim…”

 


Notas Finais


Muitas feels neste capitulo, finalmente coisas interessantes vão acontecer! Sans, fez merda e agora vai contar as memórias dele. Não teve hentai, desculpa:v era pra ter, mas assim, eu tive que mudar porque eu achei que seria melhor. Agora eu prometo a vocês que próximo cap tem hentai e se não tiver hentai vocês podem me matar, serio, vocês podem!


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