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História Hunter - HIATO - Chamado de Urgência


Escrita por: OldHunter

Notas do Autor


Mais um capítulo da fic, espero que gostem!

Capítulo 5 - Chamado de Urgência


Hunter

Capítulo 5 -> Chamado de Urgência

Dentro do Castelo da Capital

Um homem andava pelos estreitos e elegantes corredores, ele era robusto e vestia um sobretudo preto velho e sujo. Ele tinha uma cartola na cabeça que não cobria todo o seu longo cabelo grisalho. Ele tinha um nariz pontudo, usava óculos e sua barba estava mal feita, era uma aparência que entrava em contraste com o ambiente e as pessoas lá dentro.

Ele abriu uma porta e adentrou um salão com uma longa mesa onde repousavam as sobras de um grande banquete. Sentadas nas cadeiras, haviam pessoas conversando, pessoas com roupas nobres e algumas delas usavam fardas imperiais azuis e vermelhas elegantes com calças brancas e botas. Todos os aristocratas pararam o que faziam e olharam para o homem. Um jovem de negros cabelos curtos se levantou de sua cadeira e foi até o homem:

- Olá Draco. Você chegou atrasado para o jantar. - Disse o homem.

- Me poupe dessa cordialidade, você sabe que eu não me encaixo neste ambiente chique. Vamos direto ao assunto. - Disse Draco.

- Muito bem então. Siga-me, te levarei até Julius.

Os dois foram andando pelo salão e então os que permaneceram continuaram com suas ações. Os dois homens conversavam enquanto andavam.

- Você devia ter vindo, a comida estava incrível. - Disse o homem.

- Hmpf… Sentado naquela mesa eu pareceria mais um rato do que um convidado. - Disse Draco.

- De qualquer jeito, você não se importa não é mesmo?

- Hehe… Exatamente…

Os dois cruzaram o salão e abriram outra grande porta que dava para a sala do rei. O homem fardado ficou do lado de fora enquanto Draco entrava na sala. O rei estava sentado em seu imenso trono, como sempre exaltando suas riquezas.

Draco andou pelo corredor até chegar próximo ao trono, mesmo perante a autoridade do rei, ele não se curvou.

- Draco! Por que você ainda usa essas roupas? - Brincou o Rei Julius.

- Aquela farda de princesa que os outros vestem não cabem em mim, além de chamarem muita atenção. - Disse Draco.

- Hmpf... Quem te vê não imagina que você seja um súdito real.

- Eu consigo viver com isso.

- Creio que veio aqui para me dar notícias boas.

- Você está certo. Eu consegui achar os ladrões, e para a sua surpresa, eles eram caçadores.

- Hahaha… Caçadores roubando da capital, que piada… Quantos eram?

- Eram dois, porém eu creio que hajam mais deles.

- Você descobriu onde eles se escondem?

- Não… Mas eu tenho outra notícia que pode te alegrar.

- Hum… Diga.

- Os dois caçadores eram rostos conhecidos… Um deles era Matthew, e o outro… Era Adrien...

Julius parou por um momento.

- Adrien? Então ele ficou vivo… Surpreendente… - Disse Julius.

- Por que esperava que estivesse morto? - Perguntou Draco.

- Recentemente eu havia descoberto um traidor entre nós… E era o Allard.

- O Allard?

- Sim… Ele não parecia estar de acordo com a nossa causa… E como o filho dele, Adrien, não Havia se tornado um súdito ainda, eu tive que arrumar um jeito de me livrar deles dois.

- Então… É por isso que havia um lobisomem…

- Não se espante Draco… Ele era apenas uma inconveniência nessa história, que precisava ser apagada. Temos sorte de que Arthur é um súdito leal… Ao contrário de seu irmão...

- O que devo fazer então?

- Descubra onde eles se escondem e mate Adrien… Não podemos deixar que ele se torne um problema.

- Certo… Eu farei preparativos e logo estarei pronto para matá-lo.

- Muito bem…

- E enquanto ao Matthew?

- Ele não é um problema… Só tome cuidado com ele.

- Como desejar…

Draco se virou e atravessou pela porta deixando o salão. A sala do banquete ainda estava cheia e Draco passou por todos deixando o local. O jovem que havia o acompanhado estava sentado na mesa, com um olhar apreensivo.

- Adrien… - Disse o jovem cerrando seu punho.

…………….

Na vila dos caçadores

Heide e Helena permaneciam na mesma cabana, aquele lugar era utilizado para receber os feridos da vila e Heide era quem cuidava deles. Ela possuía um amplo conhecimento sobre medicina e estava sempre preparada para qualquer situação.

- Ei Heide, por que não vai descançar um pouco? - Disse Helena, que estava sentada em uma cama.

- Eu estou preocupada com aqueles dois, a decisão de Matthew de levar o garoto foi feita muito às pressas e não é uma das mais sensatas. - Disse Heide.

- Eu acho que você não deve se preocupar, afinal, o Matthew dá conta de alguns pesadelos ladrões.

Heide continuou sentada na cadeira com um olhar de preocupação, ela sentia que havia algo errado.

Momentos se passaram e de repente foram ouvidos sons de movimentos agitados fora da cabana. Heide se levantou da cadeira rapidamente e foi até a porta, quando ela abriu, Matthew estava em sua frente segurando Adrien desacordado em seus braços. As roupas de ambos estavam rasgadas, mas o único que parecia estar ferido era Adrien, que estava ensopado de água, possuía uma fraturs no ombro e suas pernas estavam tortas.

- Heide! Prepare os medicamentos! - Disse Matthew.

Heide rapidamente foi até uma prateleira cheia de frascos e vasos contendo líquidos. Matthew botou Adrien em uma das camas e foi até o lado esquerdo dela. Ele então pegou o braço de Adrien e puxou com força e depois empurrou aplicando pressão e botando seu ombro no lugar. Adrien mesmo desacordado soltava grunhidos de dor.

- O que aconteceu com vocês? - Perguntou Helena espantada.

- Fomos pegos de surpresa por um lobisomem no acampamento dos pesadelos, eu consegui me curar a tempo, mas temo que Adrien não possa tomar mais sangue. - Disse Matthew.

- Ele está ensopado! - Disse Heide chegando com uma jarra de barro e uma pequena caneca.

- Parece que ele foi encurralado pela criatura, a única opção foi se jogar de um penhasco até uma cachoeira. - Disse Matthew.

- Devemos tirar a roupa dele, senão ele vai ter uma hipotermia. - Disse Heide.

Helena estava observando a situação e percebeu algo.

- Espera! Eu acho que ele deslocou o quadril. Suas pernas estão muito tortas. - Disse ela.

Matthew parou para olhar e notou o mesmo.

- Tem razão. Heide, dê o elixir a ele. - Disse Matthew.

Heide despejou o líquido da jarra na caneca e posicionou lentamente na boca de Adrien, que engoliu o líquido.

- Isso não vai ajudar a amenizar a dor, mas pelo menos ele vai se esquecer dela depois. - Disse Matthew.

Ele pegou a perna de Adrien, aplicando pressão e a movimentando de volta para o lugar. A dor era imensa, mas era o único jeito de resolver as coisas.

Algumas horas depois…

Adrien estava deitado na cama ainda desacordado, Heide trocou suas roupas e pôs ataduras em seu braço para segura-lo no lugar. Matthew havia trocado de roupa para uma simples camisa e calças de pano.

- Você disse que encontrou um lobisomem, mas isso é impossível! - Disse Helena.

- Eu também achei que fosse! Os lobisomens só surgem se alguém for amaldiçoado ou mordido por um, mas aquele era especial, existe outro método não muito convencional para se transformar em um. - Disse Matthew.

- Mas como assim, o único método que eu conheço é se…

- Se alguém receber o sangue do Caçador indevidamente... Ele era um súdito.

Helena se espantou por um momento.

- Um súdito? Mas como ele recebeu o sangue? - Disse ela.

- E ele não era um súdito qualquer, ele era Allard, o pai de Adrien. - Disse Matthew.

- Como você conhece ele?

- Eu havia me tornado um caçador ainda quando alguns deles ainda eram aliados do Rei. Isso foi há dez anos atrás, antes de nos separarmos e decidirmos procurar o Caçador original. Allard era um súdito e um amigo. Ele tinha dois filhos: Adrien e Arthur.

- Mas por que ele tomaria o sangue do Caçador?

- Eu também não sei… Os próprios súditos são cientes desse perigo… Podem ter armado para ele.

- Como assim armado para ele?

- Ele não tomaria o sangue por vontade própria, e também deve haver uma razão por Adrien ter perdido sua memória.

- Tem razão, perda de memória é um dos efeitos colaterais, mas isso se ele apenas ingerir o sangue.

- Droga… Eu não devo contar isso para o Adrien, mas se os súditos estão armando para si mesmos algo de errado deve estar acontecendo.

Helena olhou para Adrien. Ela tinha uma mentalidade diferente de Matthew e era desconfiada de qualquer coisa relacionada aos súditos.

- E o que vamos fazer se ele recuperar as memórias e resolver se juntar ao Rei? E se ele atrair má sorte para nós? Matthew… Eu acho que não devemos manter ele na vila… - Disse ela.

Matthew se virou com um olhar sério.

- Helena… Você está se precipitando… Adrien arriscou sua própria vida para ajudar a vila, mesmo sem se lembrar de nada. Tem um motivo para Adrien não ter se transformado em um súdito, e também pelo fato dele estar aqui.

Helena ficou em silêncio.

- Durante a transfusão, ele disse que viu imagens de um homem escrevendo uma carta e depois o empurrando de uma carruagem. O pai dele tentou fugir com ele para proteger sua vida, então o que se pode concluir é que Adrien também era um alvo. - Disse Heide que estava pondo uma toalha quente sobre a cabeça de Adrien.

- Ele pode ainda ser um alvo, mas o motivo só saberemos se ele recuperar as memórias. - Disse Matthew.

- Nós devemos manter ele na vila, mesmo que alguém não esteja de acordo, aqui ele ficará seguro.

Matthew se lembrou de algo.

- O Damien! Ele era do exército real antes de ser um caçador, ele pode saber de alguma coisa. - Disse ele.

- Ele deve estar chegando no amanhecer, até lá devemos esperar. - Disse Heide.

- Que seja… Mas eu ainda não confio nesse garoto. - Disse Helena se levantando.

Ela andou até a porta e deixou a cabana.

Matthew se sentou em uma cadeira e olhou para o teto. A luta contra o lobisomem o lembrou de suas experiências como caçador. Antes de se separarem do Rei, eles eram pagos para livrar as vilas e a capital de criaturas selvagens. Atualmente os caçadores recebem chamados de outras vilas para casos urgentes, seu número e muito menor do que antes, mas o serviço continua efetivo.

Matthew olhou para Adrien, ele sentia pena e culpa ao mesmo tempo, ele queria que ele melhorasse logo, mas não podia dar o frasco de sangue sem saber. Existe um limite de dois frascos de sangue para um caçador ingerir por hora. Se mais de dois frascos forem ingeridos em menos de 8 horas, o nível de selvageria em um caçador aumenta tanto que se torna impossível em sua visão distinguir inimigo de aliado, tornando-o em um guerreiro perigoso como uma fera para todos em seu caminho.

- A primeira experiência dele como caçador foi com certeza pior que a minha. - Disse Matthew brincando.

Algumas horas depois…

Imagens passavam pela cabeça de Adrien, nelas haviam uma pessoa. Seu rosto estava escuro tornando impossível identificar quem era. O uma luz radiante brilhava de trás da pessoa, que lentamente se virou dando as costas e uma voz masculina pôde ser ouvida:

- Você sempre perderá porque é fraco… É realmente uma criança amaldiçoada.

A luz de trás da pessoa se apagou e de repente Adrien acordou, era um sonho. Ele estava na cama da cabana médica usando as mesmas roupas de quando chegou, mas estavam costuradas. Sua respiração estava ofegante e ele sentia uma sensação estranha em seu braço esquerdo. Lentamente ele puxou os lençóis que o cobriam de suas pernas para cima e viu que seu braço estava enrolado em ataduras que iam até o seu ombro. Uma leve dor de cabeça surgiu e com ela vieram as lembranças da noite passada. A luta contra o lobisomem, os momentos em que estava próximo a morte. O coração de Adrien começou a bater mais rápido, era o medo, ele temia ter que passar por isso de novo, mesmo que necessário. Ser um caçador significava andar nos mesmos passos da morte e arriscar sua vida em prol dos indefesos, Adrien deveria perder seu medo se quisesse continuar nesse caminho.

Ele então removeu as ataduras de seu braço e o movimentou, ele estava um pouco dormente, mas não havia mais nenhuma dor. Ele puxou suas pernas para fora da cama e as botou no chão, era a mesma sensação de seu braço, elas estavam sem força. Ele tentou se levantar, mas acabou mancando. Ele se apoiou numa cadeira que estava na frente da cama e lentamente se levantou. Andando lentamente ele foi até a porta e a abriu, a luz ofuscou sua visão por um momento, mas seus olhos logo se acostumaram. Estava nublado como sempre, mas haviam pessoas no lado de fora das cabanas de madeira, homens e mulheres, crianças e idosos, pessoas viviam uma vida normal lá, conversando e brincando. Uma criança se aproximava de Adrien, era Gina.

- Você é o Adrien não é? - Perguntou ela.

- S-Sim eu sou. - respondeu Adrien.

- Matthew e Damien querem falar com você, venha comigo!

Gina foi correndo pela mesma direção de onde veio. Adrien já estava conseguindo andar normalmente, ele olhava as pessoas em seu redor. Algumas delas desviavam o olhar e ele conseguiu ouvir sussurros vindo de um grupo de garotos:

- Ele é estranho… Não parece ser daqui. - Disse um dos garotos.

- Ele aceitou ser um caçador... E logo no primeiro dia dele na vila, que cara maluco. - Dizia outro garoto.

- Ele está olhando pra cá, eu acho que ele pode nos ouvir. - Interrompeu um dos garotos.

Eles desviaram o olhar assim que perceberam. Adrien não sabia como reagir aos comentários, mas ele sabia que não estavam errados, era mesmo loucura se juntar aos caçadores. Na distância ele conseguia ver duas pessoas, uma delas era Matthew, a outra era um homem da mesma altura que usava uma camisa sem mangas, calças de couro e botas. Gina estava na frente e parou para falar com Matthew:

- Aqui está ele Matt! - Disse ela.

- Obrigado Gina. Pode ir brincar com seus amigos. - Disse Matthew enquanto acariciava sua cabeça.

Gina saiu correndo com a mesma energia infantil. Adrien andou alguns passos para frente e foi recebido por Matthew.

- Olá Adrien, suas feridas ainda doem? - Disse Matthew.

- Não doem… Na verdade, eu quase esqueci que havia me machucado. - Respondeu Adrien brincando.

- Que bom. Eu quase esqueci, esse aqui é o Damien. - Disse Matthew apontando para o homem ao seu lado. - Ele é um caçador como nós e…

- Eu estava fora em uma expedição, me desculpe por não estar aqui para ajudar ontem, prazer em conhecê-lo Adrien. - Disse Damien estendendo sua mão.

- Prazer em conhecê-lo. - Disse Adrien cumprimentando Damien.

Damien tinha a mesma altura de Matthew, porém ele aparentava ser bem mais velho e tinha um porte físico mais robusto, ele não tinha barba e seus cabelos eram negros, curtos e pontudos. Apesar de tudo, Damien não era uma figura intimidadora.

- Matthew me contou sobre o lobisomem, que azar hein. - Disse Damien.

- Ah… É… Mas não é por isso que um caçador passa normalmente? - Disse Adrien.

- É claro que podem haver coisas piores, mas encontrar com um lobisomem no primeiro dia é barra pesada.

- Eu não preparei ele corretamente… Eu agi no desespero para recuperar os suprimentos e esqueci de considerar o que Adrien sentia. Isso foi minha culpa... - Disse Matthew.

- Você não deve se culpar Matthew, fui eu que aceitei isso e além do mais eu estou vivo. - Disse Adrien tentando amenizar as coisas.

- As vezes, estar vivo pode ser um alívio, mesmo no meio de toda a dor. - Disse Damien.

- A propósito, você conseguiu recuperar os suprimentos Matthew? - Perguntou Adrien.

- Sim, parcialmente. Os pesadelos devem ter jogado o resto fora, mas boa parte eu consegui recuperar. - Respondeu Matthew.

- Isso significa que cedo ou tarde teremos que voltar até a capital. - Disse Damien.

- Capital? - Perguntou Adrien.

- Nossos suprimentos vem de lá. Nós temos alguns conhecidos lá, e eles nos fornecem esses suprimentos. Mas ninguém de fora sabe disso. - Disse Matthew.

- Vamos até a ferraria, eu tenho algo para mostrar à vocês. - Disse Damien.

Os três andaram pelo caminho até a ferraria, e assim que entraram, Damien ergueu uma caixa coberta por um lençol branco que estava no chão. Ele botou a caixa sobre uma mesa de madeira e retirou o lençol, revelando placas e tornozeleiras de prata.

- Eu dei uma passada no ferreiro da Vila de Long Hill, ele havia me pedido para investigar uma carcaça de um grifo em uma monte e, como recompensa, ele forjou essas proteções de prata. São bem melhores que as de couro não acham? - Disse Damien.

- Espera, você disse grifo? - Perguntou Matthew.

- Sim, havia uma carcaça de um grifo dentro de uma caverna na colina, ele tinha uma marca negra no peito, mas eu me certifiquei de que estava morto.

- E eles te pagaram mesmo sem você ter feito nada?

- Ei! Eu acabei com a curiosidade deles! - Damien estava com um sorriso irônico.

- Ele também me deu isso. - Disse Damien erguendo outra caixa.

Ele tirou o lenço e puxou para fora da caixa uma balestra com um formato peculiar ela havia uma estrutura similar a um fole e não havia cordas para puxar a flecha.

- Isso é uma balestra muito estranha… - Disse Matthew.

- É um protótipo, ele disse que você precisa carregar ela com isso. - Disse Damien quanto mostrava um cartucho vertical de madeira com várias flechas dentro. - Ele também disse que ela atira múltiplas flechas ao mesmo tempo.

- Interessante, mas atirador não faz meu estilo. - Disse Matthew.

- Bom… Só tem duas, eu não posso carregar uma dessas na batalha, o que acha de você ficar com uma Adrien? - Perguntou Damien.

- Eu não sei se sou bom de mira, mas… - Disse Adrien.

- Não duvide de sua capacidade, apenas tente e descubra. - Disse Damien interrompendo.

- Temos bonecos de palha nos fundos, se quiser treinar sua mira vá em frente. - Disse Matthew.

- Tudo bem. - Disse Adrien.

Adrien prosseguiu pelo interior da ferraria e passou pela porta dos fundos que dava para uma grande área com cercas de madeira e vários bonecos de palha e madeira. Alguns deles haviam alvos pintados em suas cabeças. Olhando ao redor ele percebeu que Helena estava lá, ela usava roupas comuns de pano como os outros e estava golpeando um boneco de palha com uma espada. Ela fazia movimentos elaborados com a lâmina, até que ela parou após olhar para Adrien. Ele desviou o olhar e Helena se retirou do local, entrando na ferraria.

Adrien parou por um momento e se preparou para atirar no alvo, a balestra era um pouco pesada, e Adrien não conseguia segura-la firmemente. Ele apontou para o boneco de uma distância de 100 metros e puxou o gatilho. Uma pequena flecha saiu e atingiu o ombro do boneco. Adrien continuou atirando tentando se acostumar com o coice e aperfeiçoando a precisão. Ele parou de atira quando ouviu um barulho de um sino e olhou ao redor procurando de onde vinha o som. Olhando para o céu Adrien viu um pássaro negro, era um corvo, e no momento em que o corvo passava, ele sentiu uma forte dor de cabeça. De repente ele viu uma imagem em sua mente que acontecia em um "flash" de momento. Era a imagem de um corvo preso em uma gaiola e ao lado dele havia um homem com um papel enrolado em suas mãos. A dor de cabeça havia melhorado e ele recuperou sua compostura, Adrien sentia uma sensação estranha, era como se ele tivesse recuperado uma parte perdida de si. Ele olhou para o boneco de palha e apontou a balestra com apenas uma mão, sua mira agora estava firme, sua mão não balançava e a balestra não parecia ser pesada. Ele puxou o gatilho é uma flecha foi disparada… Um tiro certeiro, no meio da cabeça do boneco. Ele tinha dúvidas se foi pura sorte ou habilidade, mas ele se sentia superior depois daquela memória.

De repente Matthew abriu a porta dos fundos e chamou Adrien, que o seguiu imediatamente. Ele o levou até uma outra cabana que continha vários pássaros engaiolados, Damien e Helena também estavam lá.

- O que aconteceu? - Perguntou Adrien.

- Um pássaro mensageiro chegou, mas é um corvo, e isso significa que é uma má notícia. - Disse Matthew.

Damien estava tirando um pequeno papel da perna do corvo, era uma carta. Damien leu silenciosamente e olhou para Matthew.

- Ele veio da Vila de Lesther, aqui diz que pesadelos invadiram de manhã. - Disse Damien.

- Então é só procurar o acampamento deles. - Disse Matthew.

- Não... Vai ser mais complicado do que isso. Aqui diz também que eles mataram o gado e, o mais peculiar disso tudo, sequestraram uma jovem e se esconderam em uma mansão abandonada.

- Sequestraram uma jovem? Isso não é o comportamento comum deles, tem algo de errado nisso.

- Mas mesmo assim temos que investigar, Lesther fica à quatro horas daqui. E devemos nos apressar.

- Eu ficarei para proteger a vila. - Disse Helena.

- Então você vira conosco Adrien. - Disse Damien.

- Certo. - Disse Adrien.

- Vamos nos preparar e partir. - Disse Matthew.

Adrien, Matthew e Damien se equiparam e partiram a cavalo. Aquele chamado parecia muito suspeito, mas do jeito que fosse era uma urgência que os caçadores precisavam atender. Que surpresas os aguardam em Lesther?

Capítulo 5 -> Fim.

Continua…


Notas Finais


Obrigado por lerem, se desejarem, comentem o que acharam. Até a próxima!


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