História Hunter x Hunter: O Verso da Carta, Genthru - Recrutas e O Plano

Capítulo dois

Uma multidão começou a surgir envolta do corpo explodido daquele homem. Tanto jogadores quanto NPCs estão ao redor. Muitos estão chocados, outros estão apenas preocupados consigo mesmos. Os novos jogadores estão confusos, afinal, eles não sabem se foi por efeito de carta ou por uma outra pessoa.

O corpo é envolvido por uma aura, do jogo, e desaparece. Até a poça de sangue some. Como se tivesse nem existido em primeiro lugar. Este é um dos perigos que todos estão expostos: Jogadores que irão fazer de tudo para terminar o jogo primeiro.

Genthru, neste momento, já estava bem longe de lá. Ele foi se reunir na praça, local determinado pelo líder do grupo para convidar os novatos a se juntarem.

* * *

Nickes é o ultimo a chegar, ele chega com duas crianças novatas. Estão todos reunidos numa pequena escadaria de concreto, Genthru, outras pessoas do grupo e alguns novatos.

Nickes pergunta sobre outros dois jogadores que não apareceram. Um integrante do grupo responde dizendo que eles recusaram e continuaram andando. Agora o Nickes começa a falar sobre o incidente do jogador novo, alguns dos que estão na escadaria não faziam ideia do que havia acontecido há pouquíssimos minutos. Ele diz que foi algo típico do Bomber.

Genthru começa a dizer para os novatos – vou esclarecer para vocês. Aquele homem não morreu pro magia. As magias do jogo não ferem e nem matam. Existem quarenta delas, de ataque, defesa, movimento e por assim vai. As magias que foram usadas são as do tipo de investigação, “localizar” ou “adesão”, por exemplo. Resumindo: magias que lhe dão informações do alvo, localização, as cartas que o jogador tem...

Os jogadores novatos olham com atenção para o Genthru, alguns deles foram abordados por jogadores quando chegaram. Eles estão raciocinando as informações que estão sendo utilizadas neste exato momento por quem os abordaram.

Genthru continua – isto dá grandes vantagens ao inimigo, algo de suma importância no jogo. É como se vocês, que estão com alguma dessas magias, estivessem algemados. – Ele olha seriamente para eles e continua – alguns jogadores ficam de tocaia no ponto de partida para usarem em novatos. Quando vocês conseguirem alguma carta importante, eles surgirão e roubarão de vocês, e, no pior dos casos, tomam a sua vida.

Um dos novatos,  branco, que tem um queixo engraçado e uma roupa espalhafatosa, intervêm para demonstrar sua inteligência – como aquele cara que morreu agora há pouco. Não vou deixar ser pego tão fácil assim. – Genthru ajeita os óculos, levantando-o com o dedo indicador e nega a suposição do novato – não, ele foi morto por alguém diferente. Um caçador de jogadores, o tipo mais violento. Estes matam possíveis rivais, que acabaram de entrar no jogo, para acabar com a competição futura. É provável que eles estejam nas planícies altas, planejando quem será seus próximos alvos. De acordo com os cadáveres, chutamos que são quatro indivíduos. O que assassinou o novato nós chamamos de “Bomber”. Nós supomos que ele seja de emissão ou materialização, mas não sabemos muita coisa.

Os novatos ficam calados por alguns segundos, processando as informações. Um dos integrantes do grupo de Nickes começa a falar e explica para os novatos que há três maneiras de conseguir itens: pegando você mesmo; trocando; roubando. E que a última se tornou a mais utilizada, pois, como muitas cartas são limitadas, é mais fácil pegar de alguém do que esperar ter espaço ou vontade de procurar. Os assassinatos aumentaram também, já que matando, libera espaço das cartas.

Nickes ergue os braços e grita – nosso grupo quer acabar com isto. Estamos recrutando para terminar o jogo. Gostaríamos de sua colaboração.

Mesmo tendo dito isto, não foi muito efetivo. O metido a sabichão pergunta qual a maneira que eles fazem isto, e ele aposta que eles roubam as cartas. Nickes fica envergonhado e fala, francamente, que sim, eles roubam, porém não machucam os jogadores. Ele explica que há magias para isto, elas não machucam as pessoas. Nickes explica que há magias de defesa e ataque, ele quer monopolizá-las.

Um dos novatos, negro, que usa uma roupa que se assemelha a de um padre, diz o plano de Nickes antes dele falar. O plano é monopolizar, primeiro, as de defesa, para aí deixar todos os jogadores invulneráveis, e, então, tomá-las facilmente enquanto monopolizam as magias de ataque. Nickes o elogia e explica que eles pecisariam de setenta pessoas para conseguir monopolizar o jogo sem muitos problemas, eles tem, no momento, cinquenta e três, e tendo quase a metade da quantidade de cartas necessária para seguir com o plano.

Genthru completa dizendo que, nos espaços de encaixe de 0 a 99, eles tem, no total de todos os membros, sessenta e sete cartas. Há cinco anos parecia ser algo impossível, mas de pouco a pouco eles progrediram e tem ideia da localização da maioria das cartas restantes. Nickes diz que, tendo todos os jogadores necessários, faltaria um mês para concluirem e pergunta se querem ou não se juntarem. Genthru fala que assim eles terminariam com esse jogo de massacres. Ele diz que todos os jogadores que conheceu chegaram a mesma conclusão: Mesmo que for atrás das cartas, será-lhe roubado, cedo ou tarde.

O novato espertalhão pergunta que, se eles terminassem o jogo, como que ficaria a partição da recompensa. Eles explicam que também são contratados pelo Battera e que partiriam a recompensa do dinheiro de acordo com o tempo que estão no grupo e, se conseguirem cartas SS, pagarão mais quinhentos milhões por cada para quem conseguí-las sozinho. Nickes fala que se eles recrutarem todos, pararão de tentar recrutar mais e focarão o grupo inteiro em busca das cartas e, assim, em três meses conseguiriam completar. Genthru lembra que, com eles entrando, eles removeriam as magias que foram usadas neles, só dá para fazer isto saindo do jogo, porém, existem vários jogadores que não conseguem sair do jogo há anos, não é uma tarefa muito fácil. É uma oferta tentadora.

Todos os novatos daquele local concordam, exceto três crianças. Elas saem.

O Nickes fala “Book”, o livro dele surge e ele pega uma carta. Ele entrega, para os dois novos integrantes, duas cartas. Elas tem o nome de “Sair”, dificuldade B e só tem trinta limites de cartas.

– Vamos, usem. Não podemos levá-los ainda para o nosso esconderijo. Como vocês estão marcados por cartas de outros jogadores, primeiro vocês devem sair e entrar de novo, para aí estarem livres.

Genthru diz “Book” e faz o livro dele surgir. Ele puxa duas cartas e mostra para os dois, falando:

– Aqui. Estas são as cartas “Adesão” e “Localizar”. A Localizar é de dificuldade E, e tem limite de noventa cartas. Ela dá a posição do alvo para quem a usou. A Adesão é mais rara, dificuldade C, limite de somente cinquenta. Ela faz com que sempre saibam o que tem no livro do alvo. Ambas as cartas tem nas descrições, entre parênteses, que os efeitos somem quando o alvo sair. Por isto precisam dela.

O que se aparenta com padre diz – sabe que podemos sair e simplesmente tirar proveito de vocês? Não é?

Genthru responde – sim, mas nós confiamos em vocês. – E abre um sorriso com os olhos fechados.

O outro integrante do grupo fala  – Nós temos os seus nomes registrados, além de que tem outro de nós observando a chegada. Se vocês resolverem nos enganar, perceberemos e te colocaremos na mesma situação que estava. Só que agora sendo com a gente.

Nickes pega uma outra carta, coloca ela num espaço no livro, que serve para ativá-la pressionando um botão, não necessitando da fala. Ativando, aparece uma tela com uma lista de jogadores que ele encontrou, passando de nomes, igual num celular com botões, ele chega até o nome  “Jispa” e aperta o botão. Aparece uma janela na tela dizendo se ele tem certeza, ele coloca na opção “sim” e aperta o botão novamente.

A voz do Jispa começa a sair do livro, dizendo – olá, Nickes. Ligou bem na hora, acabamos de conseguir a nova carta.

Os novatos ficam surpresos. Nickes fala para o livro – acabamos de recrutar mais dois para o grupo. Vamos mandá-los sair para tirar a maldição das magias, o resto de nós irá andando até a entrada do jogo. Vá para o esconderijo para usarmos Acompanhar lá.

– Ok! Estamos indo direto ao esconderijo. Tchau.

Nickes se vira para os dois e fala – Puhat, Biscuit , Abenganen, Gon e Killua. Qual destes são os seus nomes?

O de roupa espalhafatosa diz – como você sabe o nome dos que estavam aqui?

Nickes responde – eu usei uma carta, “Contatar” é o nome dela. Ela abre uma lista com os nomes dos jogadores que encontro, os mais recentes estão no final, ou seja, vocês.

O cara de roupa engraçada só responde dizendo que se chama Puhat. O que se parece um padre diz que se chama Abenganen. Nickes entrega as duas cartas Sair para eles, dizendo para esperarem por uma hora, até eles chegarem a pé no ponto de partida. Pois, se não, eles estarão desprotegidos e cairão no mesmo truque novamente.

Eles pegam as cartas e as ativam, desaparecendo do jogo. O restante do grupo caminha em direção ao início do jogo.

Depois de uma hora eles voltaram e estava lá o grupo, no início da entrada, nada fora do normal.

Nickes diz que os levarão para conhecer os outros, presumindo que o Jispa já está na base secreta deles, ele fala: “Acompanhar Ativado, Jispa”.

A carta Acompanhar não tem limite de quantos leva consigo, na descrição da carta diz que leva todos jogadores de um raio de vinte metros, incluindo o jogador que ativou a carta. Auras envolvem os jogadores e eles são erguidos aos céus e sobrevoam a cidade, rumo ao esconderijo do grupo deles.

* * *

Como previsto pelo Nickes, o Jispa já havia chego no esconderijo. Agora eles tem sessenta e oito cartas dos espaços numerados, faltando trinta e duas cartas. O grupo aterrissa no em frente à abertura de uma caverna.

Genthru, com seu sorriso simpático, diz – este é o nosso esconderijo. Não é muito sofisticado, mas é seguro. É muito raro aparecer algum outro jogador por aqui. Escolhemos uma caverna que está numa área florestal densa e com poucos monstros.

O Abenganen – e vocês devem usar cartas de proteção ou detecção, quando estas raridade ocorrem, certo?

– Sim, você está certíssimo.

Jispa mostra a carta que conquistara para o Nickes, mostrando que as informações que conseguiram eram verdadeiras, além de também mostrar sua capacidade, por ter conseguindo pegá-la.

Nickes começa a chamar a atenção de todas pessoas do grupo que se encontram no esconderijo, não era o grupo inteiro reunido, mas haviam lá mais de vinte pessoas. Ele discursa:

– Agora temos mais dois integrantes: Puhat e Abenganen. Atenção, não iremos mais continuar recrutando novos jogadores, nosso foco agora é zerar este jogo. Avisem aos outros que estão exercendo outras funções, vamos seguir o plano de pegar todas as magias ofensivas. Iremos completar até o começo do próximo mês. Mãos à obra.

Os que estavam lá comemoram. Alguns começam a usar a carta Contatar, pois ela é de fácil dificuldade, F, e tem limite de duzentas cartas, chamando as pessoas que estão próximas fisicamente aos outros integrantes. O plano de Nickes e seu grupo numeroso se inicia.