- Tenner! Tenner! Tenner!
- Aí Arien, o que foi dessa vez?
- Olha isso!
- Olhar o que? Para aonde?
- Aquela luz ali em cima, acho que tem mais alguém aqui.
- Lá vem você com essa esperança de novo. Ninguém quer saber o que aconteceu com a gente. Quem iria querer ler a nossa história?
- Mas talvez esse humano seja diferente.
- Não deve ser não, ele vai ler as primeiras páginas como os outros e depois vai parar. Nos deixando aqui trancados e mudos de novo.
- Não se preocupe humano, ele só está frustrado, foram tantos leitores da sua espécie que desistiram da nossa história.
- Claro e nossas esperanças sempre mandadas para o buraco de minhoca. Mas quer saber, buraco de minhoca mesmo é a cabeça desses adolescentes que só compram o livro pela capa.
- Tenner acalme-se, esse humano pode não ser igual aos outros, você sabe que todos são diferentes. Peça desculpas!
- Mas Arien, vai acreditar nisso outra vez? Nós nunca vamos conseguir sair daqui.
- Sem mas, peça desculpas agora. E tente confiar um pouco mais na humanidade.
- Tudo bem. Me desculpe humano.
- Isso mesmo.
- Mas Arien não venha dizer que não é por culpa desses humanos que estamos aqui. Você sabe como eles são cruéis.
- Cala a boca, Tenner. Esse humano não sabe o que aconteceu. Ele não sabe por que nos escondemos aqui. Você vai assustar ele se continuar falando assim.
- Agora a culpa pelos outros terem ido embora e nos abandonado aqui, é minha?
- Eu não falei isso. Mas vá descansar um pouco, Faz quase uma semana que você não dorme por não conseguir respirar direito.
- É o ar desse planeta. O oxigênio aqui está em níveis muito baixos, o meu corpo quase não aguenta mais isso. Acho que preciso mesmo descansar. Outra vez peço desculpas amigo, não quis ofende-lo. Só não me sinto bem.
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