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História Husten e Sulina - Onde tudo começou - Arien


Escrita por: MathSou e FabiLosch

Notas do Autor


As vezes nossa história ficará difícil de entender, por se passar em mais de um tempo. Mas ao decorrer do capítulo fica fácil reconhecer onde, quando e como estão nossos protagonistas.

Capítulo 3 - Onde tudo começou - Arien


Olá humano, eu sou Arien. E agora que Tenner foi dormir quero aproveitar para lhe contar algumas coisas.
Faz muito tempo que vivo entre vocês, ou vivia, já que agora estou dentro desse livro. Eu gosto de chama-lo de esconderijo, mas o Tenner, ele o chama de prisão.

Estamos a cerca de duas décadas e meia aqui dentro, esperando que alguém nos tire daqui. Explicarei logo tudo sobre esse lugar e como viemos parar aqui. Já digo que a história é longa.
Quero começar contando a você algo mais simples, não quero assustar ou afasta-lo de nós. Vamos começar por quando Tenner e eu nos conhecemos. Tenho certeza que você vai gostar da história.

Um dia enquanto eu ia para trabalhar, eu estava andando nas ruas do Rio de Janeiro, a uns dois quilômetros da minha casa, avistei um rapaz lendo um livro que me chamou atenção, o título era em uma linguagem que eu nunca tinha visto, pareciam mais desenhos do que letras. Ele ficou meio tímido quando me aproximei e tentei puxar assunto, mas ele foi muito educado e me explicou que aqueles símbolos eram na verdade hieróglifos. Ele também me disse que estava escrito “leia-me, ainda existem segredos” e que o livro falava sobre enormes segredos que os governantes escondiam do povo.

Quando me dei conta, havia ficado quase uma hora conversando com Tenner.

- Preciso ir – Disse a ele, enquanto me levantava do banco que estávamos sentados – Ainda tenho trabalho a fazer.

- Espere – Pediu ele pegando gentilmente meu braço – Fique mais um pouco.

- Desculpa, não posso. Nem deveria estar aqui – Falei como se quisesse ficar.

- Posso te ligar? Quem sabe podemos marcar de sair um dia desses.

Dei o número do meu celular a ele, mas não esperava que ele fosse mesmo ligar.

Na sexta-feira uma amiga me convidou para ir a um bar com ela. Fomos e bebemos mais que o normal naquela noite, já era meu terceiro conhaque quando meu celular começou a tocar.

- Quem é? – Perguntou Cristina.

- É só um rapaz estranho que conheci esses dias – Falei como se não fosse ninguém importante – Será que eu devia atender?

- Atende – Ela disse rindo – Vai ver ele também está afim de você.

- Mas eu não disse que estava afim dele – Digo em tom de ironia.

- E precisa dizer? – Falou dando gargalhadas.

- Cristina! – Eu já estava me irritando com ela – Fique quieta, vou atender.

- Olá – Falei como se não esperasse que fosse ligar.

- Oi... te acordei?

- Não.

- Ata, que bom... eu acordei agora e não estava conseguindo dormir.

- Não estava? Por que? Está tudo bem com você?

- Sim, está tudo bem, só perdi o sono.

- Ah bom – Disse e dei uma leve risadinha de alívio.

Ele ri também e diz:

- Eu estava pensando em ti... e resolvi te ligar... – Falou ele todo sem jeito, quase não dando para ouvir sua voz.

- Pensando em mim? – Larguei um suspiro, mas estava ainda mais surpresa.

- Na nossa conversa – Disse ele rapidamente como se tentasse se explicar – Que tivemos ontem.

- Ata e o que pensava?

- Sobre o livro e tal... e pensando se podíamos nos encontrar de novo.

- Ah estava pensando mesmo sobre o livro? – Disse um pouco decepcionada, acho que gostaria de ter ouvido outra coisa.

- Estava pensando mais que gostei de conversar contigo.

- Gostou de conversar comigo?

- Sim... vai ter uma festa amanhã... quer ir?

- Aonde é a festa?

- Vai ser na praia... Barra da tijuca.

- E que horas vai ser?

- E vou estar lá por volta das 21 horas. Te espero lá?

- Ann – Estava indecisa – Pode me dar um instante?

- Sim, claro

- Já volto, é rapidinho.

- Está bem.

Ponho a mão na frente do telefone.

- Cristina! Ele está me convidando para sair, o que eu digo? – Falei apressada.

- Diz que sim, aproveita.

- Mas eu não vou parecer muito atirada?

Cristina bufou e roubou o celular da minha mão. Completamente bêbada falou toda enrolada com Tenner.

- Ela vai sim... Boa noite, Tchau! – E desligou.

Até hoje imagino a cara que ele deve ter feito, provavelmente não entendeu muita coisa.

 

Após isso Cristina e eu ficamos conversando mais um pouco sobre o tal garoto estranho. Ela sempre as gargalhadas dizendo o quanto eu estava caidinha por Tenner.

Quando cheguei em casa por volta das 4 horas da manhã entendi o porquê ela afirmava isso, ela realmente me conhecia e quando me olhei no espelho eu mesma podia ver o como eu estava emanando empolgação, acho que eu nunca estivera tão feliz desde que nasci aqui na terra.

Depois de um banho e de rolar na cama por cerca de três horas sem conseguir dormir, resolvi que levantaria e iria comprar roupas novas para essa festa. A final quando eu olhava para o meu guarda-roupas, tudo que via eram minhas roupas caretas e eu queria, por algum motivo, que essa noite fosse especial.

Fui a uma lojinha próxima a minha casa e escolhi um vestido curto, vermelho e com um leve tule rendado também vermelho sobre sua saia. Era perfeito, o meu vestido dos sonhos, nunca nenhuma roupa tinha me caído tão bem. Resolvi que junto a ele, eu usaria também uma sandália prata que tenho guardado em casa e uma pequena bolça também nesta cor.

Quando já estava próximo ao horário da festa e eu estava pronta me dirigi a porta de minha casa para sair, foi quando o telefone que ficava em meu quarto tocou.

- Olá – Disse preocupada.

- Olá, senhorita Sulina – A voz disse com o seu sotaque nada parecido ao carioca.

- Quem está falando? – Eu disse assustada, não poderia ser eles outra vez.

- É Rafael, da biblioteca, consegui aquele livro especial que você queria.

O alívio ficou evidente em minha voz.

- Ah, me desculpe Rafael, não reconheci a sua voz, fiquei apavorada achando que fosse mais um daqueles telefonemas urgentes do concelho, que fosse mais um trabalho de última hora.

- Nem me diga, a dois dias eles ligaram pedindo pra eu deixar a biblioteca toda ordem, pois um casal de Mayorins vai passar aqui amanhã.

- Mayorins aqui no Rio? – Fiquei muito preocupada.

- Sim, parece que estão com algum problema e estão buscando uma solução aqui na terra. Eles esperam encontrar algo em minha biblioteca, mas não me disseram o que é.

- Essa história de buscar por algo está meio estranha, tome muito cuidado quando eles estiverem ai.

- Vou tomar, Sulina, não se preocupe tanto – Ele disse rindo dessa vez – Já sou bem grandinho pra saber me cuidar querida mamãe.

- Muito engraçadinho, adoro quando você faz essas piadas comigo – Digo já irritada e com tom irônico.

- Desculpe, fique calma, relaxe um pouco, você está na terra, curta um pouco, aproveite para ser um pouco humana.

- Rafael, só se cuida, está bem? Não quero mais nenhum amigo desaparecido por ter sido exposto, temos que ser discretos, lembra? – Falei quase gritando ao telefone.

- Ei sulina, acalme-se, eles virão a biblioteca amanhã, não haverá ninguém aqui, nenhum humano vai me ver sem o meu disfarce de nerd.

- Tudo bem, Rafael, posso ir aí na segunda para pegar o livro, agora já estou atrasada para ir a uma festa – Digo olhando o relógio que marcava 21h09min.

- A uma festa? Garanto que tem um rapaz nessa história – Ele disse como se já soubesse onde isso ia dar.

- Sim, um amigo, só um amigo – Dei ênfase na frase para tentar deixar claro.

- É, sei bem como é esse tipo de amigo, é daqueles que você beija até cansar – Disse as gargalhadas.

- Rafael! – Falei muito irritada – Tchau.

E ele rindo pediu para eu me cuidar e desligou me deixando finalmente livre para ir a festa.
Foram 15 minutos de caminhada até a praia, moro perto, normalmente não levaria nem 10 minutos, mas com aquela sandália, ela estava muito apertada em meu pé.

Quando me aproximo da praia vejo um rapaz alto e de cabelos escuros parado na calçada olhando de longe a festa. Paro ao seu lado e sem olhar para o seu rosto, peço licença e já vou me apoiando com uma mão em seu ombro, para poder tirar as sandálias.

- Desculpe incomoda-lo – Digo meio sem jeito.

- Não tem problema – Disse ele rindo.

Aí, reconheci sua voz e olhei em seu rosto. Era ele.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!


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