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História Husten e Sulina - Namorar? - Arien


Escrita por: MathSou e FabiLosch

Notas do Autor


Espero que curtam o capítulo, nele conheceram um pouco mais sobre a Arien, o concelho e os mayorins.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Namorar? - Arien


Já estava tarde e eu estava sentada em minha cama, mexendo no notebook e ouvindo música, quase indo dormir, quando alguém toca a campainha.

Estranho, pois ninguém havia avisado que viria, eu já estava até vestida com roupa de dormir.

- Quem é? – Pergunto antes de abrir a porta, só por garantia.

- É o Tenner, desculpa aparecer sem avisar.

Abro a porta no mesmo instante. Me surpreendo com a sua expressão irritada. Ele percebe e virá de costas.

- Tenner? Está tudo bem? – Pergunto.

Ele não responde, fica totalmente em silêncio e então se vira, vindo em minha direção. Ele me envolve em seus braços e me beija como se fosse tudo que ele precisava.

Quando ele para, mau consigo respirar, nós olhamos nos olhos um do outro e então ele volta a me beijar, me empurrando para dentro do apartamento. Ao passarmos pela porta ele a fecha com o pé e me derruba no sofá. Ficamos nos beijando por muito tempo, pergunto se ele não queria ir para o quarto. Ele aceita e lá vamos nós.

Aaa acho que você não vai querer saber os detalhes, melhor eu parar por aqui.

Depois de algum tempo, Tenner e eu só ficamos quietinhos deitados, e eu ainda não entendia o porquê dele estar assim, tão feroz, tão irritado.

- Tenner.

- Sim, Arien?

- Pode me dizer o que você tem? – Pergunto preocupada.

Ele olha para baixo e pensa por um segundo. Talvez estivesse se perguntando se deveria se abrir comigo, se envolver.

- Briguei com os meus pais – Ele diz triste.

- A Tenner, sinto muito – Passo o meu braço por trás das suas costas e o abraço – Daqui a pouco vocês se acertam de novo, não se preocupe.

Ele acaricia o meu cabelo.

- Você fica linda com essas roupas – Fala como se quisesse mudar de assunto.

Levanto para olhá-lo e então sorriu.

- Claro, camiseta velha e short surrado, são as roupas mais sexys que existem.

Ele ri e completa:

- O cabelo bagunçado da ainda mais charme.

Rimos os dois.

- Eu estava certa de que iria seduzir alguém essa noite – Brinco.

Ele me beija e então fica mais sério, parece querer dizer algo importante.

- A-Arien – Ele gagueja.

- O que foi? – Pergunto preocupada.

- Será que você... Eh... você... Desculpa, deixa, não consigo dizer – Ele parece nervoso.

- Tenner, não tem problema, seja o que for, pode me dizer – O encaro tentando entender.

Ele respira fundo e parece tomar coragem.

- Posso te beijar?

Sorriu, faço uma careta confusa e digo que sim. Então ele me beija, bem devagarinho, como se estivesse me tomando só pra ele, como se roubasse algo de mim que eu nem sabia que existia.

- Você quer namorar comigo? – Ele pergunta me olhando nos olhos quando para de me beijar.

Me afasto.

- O que você disse, Tenner? – Pergunto como se não acreditasse.

- Perguntei, se você aceita namorar comigo.

Pisco algumas vezes confusa.

- Você não acha precipitado? Mal nos conhecemos – Digo tentando entender.

- Arien – A forma como ele pronuncia meu nome me faz derreter – Hoje quando briguei com os meus pais, tudo o que eu queria era ver você, beijar você, porque você me faz ficar tão tranquilo, me sentir eu mesmo.

 Fico em choque e apaixonada pelo jeito calmo que ele diz que o faço bem.

- Tenner – Falo devagar – Eu não sei o que dizer.

- Tudo bem, você não precisa responder agora, só saiba, eu quero muito ficar com você.

Assinto com a cabeça e o beijo.

- Eu também gosto muito de você – Digo a ele.

Acabamos dormindo assim mesmo, entrelaçados, e quando o sol nasceu, tudo que queríamos era continuar assim, mas tínhamos vidas para seguir, trabalho a fazer.

- Bom dia, Arien – Ele diz ao me ver.

- Bom dia Tenner – Respondo-lhe sorrindo.

Já eram 7h30 e eu estava me arrumando para sair.

- Eu só tenho compromisso as 9h – Disse ele – Posso ficar aqui mais um pouco?

- Claro, só deixe a chave embaixo da pedra que tem no vaso de plantas, do lado de fora da porta.

- Tudo bem, agora vem aqui um pouquinho – Ele me estende a mão, me convidando para chegar perto dele.

Me aproximo e o beijo.

- Você fica tão linda de manhã – Ele sorri – Já tem mesmo que ir trabalhar?

- Sim, Tenner - digo sorrindo.

Levanto e saio de lá me arrastando, querendo poder voltar.

 

Primeiro resolvo ir a biblioteca Central pegar o livro que havia pedido ao Rafa. Pego um ônibus em direção ao centro. Chegando lá ainda preciso esperar alguns minutos já que a biblioteca só abriria as 8h30. O primeiro funcionário chega um pouco antes do horário e ao passar por mim pede para que eu espere ali fora mesmo, pelo Rafa, porque ele havia ligado avisando que iria se atrasar. Eu lhe disse que tudo bem e foi o que fiz, mas não demorou muito para que ele chegasse.

- Bom dia, Margarida! – Ele diz em um grande sorriso ao me ver.

- Bom dia, seu João – Riu para ele, por nossa forma animada de nos cumprimentar.

- Vim buscar o livro, mas estou com pressa, você está com ele? - Perguntei.

- Sim, está na minha mesa, vamos entrar.

Ele me conduz através da velha biblioteca até uma sala nos fundos do lugar enorme.

- Aqui está - Ele diz pegando um pequeno, velho livro de bolço – Mas não entendo porque você o queria tanto, está em Branco.

- É um diário Rafael – Afirmo, tentando explicar para ele – Mas não um normal, este é especial, e não pode ser escrito com qualquer tinta.

- Interessante, mas porque você o quer?

- Vou ter que te explicar outra hora, estou atrasada, lembra? – Digo olhando as horas em meu celular.

- Lembro sim – Ele sorri – Mas mais uma coisa antes de ir.

- O que? - fico intrigada.

- Você dormiu com aquele seu amigo, né? - Ele ri.

Riu um pouco irritada e lhe dou um tapa no braço.

- Sim – Tapo meu rosto com as mãos e saio o mais rápido que posso da sala. 

- Eu sabia! – Escuto as gargalhadas enquanto vou embora.

 

Chegando a sede do concelho encontro com alguns mayorins à minha espera, dois casais, os mais velhos eram Ranas e Santra Narialinski, já havia trabalhado com eles outras vezes, mas os mais novos, que eram um de seus filhos e sua esposa, Marloko e Ladian, vieram para que eu lhes ajudassem com nomes e documentos terrestres.

- Bom dia, menina sulina – Ranas me cumprimentou com seu forte sotaque de um velho mayorim, que era muito parecido com o sotaque dos alemães, enquanto já me apresentava a eles.

- Bom dia – Digo a todos.

Eles retribuem.

- Precisamos de 3 documentos, para mim e minha esposa, e também para o nosso filho, Vlader – Markolo se dirige a mim, mais com um tom de favor, do que de ordem, o que me faz sorrir.

- Tudo bem, vamos até a sala do RH, irei conseguir tudo que vocês precisarem.

Eles assentem. Mas o casal mais velho diz que tem outras coisas a resolver e não nos acompanha.

Chegando ao terceiro andar do prédio os levo a minha sala.

- Podem entrar, temos que preencher o seu cadastro antes do RH legalizar os documentos.

- Claro – Diz a senhora Narialinski antes de se sentar à minha frente.

- Podemos começar pelo seu filho já que ele não está aqui – Digo tentando descobrir aonde ele estaria.

- Ele está na casa do meu irmão agora, eles tem um filho um pouco mais velho que nosso Vlader e ele queria saber como é a vida aqui na terra, foi com ele - Ela responde quase como se pudesse ler a minha mente.

- Ah, sim, tudo bem, quantos anos ele tem? - Pergunto.

- 17 – Markolo é quem me responde.

- Devo deduzir que é solteiro então? A maior idade do povo mayorim continua sendo aos 20? – Sou curiosa, sorriu.

- Sim, minha cara. Qual é a terrestre? - Ele pergunta.

- 18. Mas a minha espécie e um pouco mais conservadora – Riu – Só chegamos a maior idade após aos 200 anos.

Eles ficam surpresos.

- Nossa, você deve ser bem velha então? Sem ofensa, você tem cara de uma adolescente – Ela é que está curiosa agora.

- Não ofendeu, digamos que tenho um pouco mais que a maior idade.

Eles riem e os acompanho.

Termino as entrevistas e os mando ao RH. Os nomes que escolhi para eles foram Wagner para Vlader, Laura para Ladian e Marcos para Markolo. Os nomes sempre são escolhidos com uma base nos nomes originais ou anteriores caso sejam muito velhos e precisem trocar de nomes a cada certo tempo, o que é o meu caso. Deixamos sempre uma raiz da pessoa que fomos anteriormente para que não esqueçamos quem somos de verdade.

Após eles saírem de minha sala, sou surpreendida pela visita do comandante Delton.

- Sulina – Ele me cumprimenta.

- Sim, comandante?

- Quero lhe agradecer pelo trabalho que tem feito pelos mayorins – Ele diz sério.

Acho que algo não está certo, ele não viria só para me agradecer por alguns nomes.

- Não fiz mais que a minha obrigação – Também digo séria.

Ele me encara por alguns instantes.

- Temos algo especial para lhe pedir - Sabia.

- Pode pedir, comodante – Assinto.

- Temos um rapaz, um mayorim, ele é ótimo, Neto dos Narialinski – Ele faz uma pequena pausa, como se pensasse bem em cada palavra que estava me dizendo – Mas eles é um pouco, rebelde.

Levanto as sobrancelhas e novamente assinto para que ele continue.

- Precisamos da sua ajuda para trazermos ele para o nosso lado. Você é uma das mais experientes pessoas que servem ao concelho – Ele concluí.

- Tudo bem, ele deve ser este novo garoto que chegou com os mayorins, Vlader, não é? - Pergunto.

- Não, este garoto é muito egocêntrico, não seria útil em nossa causa. Preciso que você se aproxime do filho de um dos mayorins que já vivem a algum tempo aqui na terra, seu nome...

Antes mesmo que o comandante Delton conclua, eu vejo tudo ficar escuro e não escuto mais nada.


Notas Finais


Fique atento aos próximos capítulos, mudança de tempo e de lugar estão para acontecer.
Grata por lerem.


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