História Hybrid - Chaelisa - Capítulo 4

Acordo naquele sofá minúsculo, com o som do meu telefone, o pego rapidamente para que o barulho não acorde a menina, olho o visor e vejo que meu chefe está me ligando, já sabia que isso iria acontecer, então resolvi deixar a desculpa para depois, pois não teria tempo de ficar inventando historias, hoje preciso ir a aquele hospital.

Me levanto com certa dificuldade, precisava urgente de um sofá novo, eu já não sabia mais se aquilo era um sofá ou uma pedra.

Chego na cozinha e fico parada olhando ao meu redor, fazia tempo que não preparava nada aqui, praticamente eu só usava o microondas e de vez em quando minha cafeteira, mas só utilizava mesmo quando eu estava atrasada ou sem dinheiro para ir ao Starbucks.

- Não vou arriscar queimar minha casa inteira, depois saio e compro alguma coisa para o almoço  - Digo um pouco mais alto do que deveria.

- Isso idiota, acorda a garota mesmo, falando nisso, os termos "garota" e "menina" já me encheu o saco, preciso descobrir o nome dela, pelo menos isso, meu café fica para depois - Falo indo em direção a sala, esperando já encontrar a menina acordada.

Chego lá e vejo a garota mexendo nos meus DVDs e vejo que ela estava muito interessada naquilo.

- Parece que você gostou das minhas coleções certo? - Digo um pouco baixo para não assusta-la, o que não adianta muito, já que ela deu um pulo e guardou um dos DVDs que estava na mão. - Calma não tem problema. - Falo entre risos.

Então ela volta a mexer, e me sento ao seu lado, ainda era 8:47 da manhã, e nenhum ser existente vai a um hospital psiquiátrico a essa hora, vou aproveitar esse tempo e conhecer ela um pouco mais.

- Então, qual é seu nome? - Falo tendo quase uma certeza que ela não iria me responder.

- Rosé - Ela diz um pouco baixo, por conta da sua timidez, porém mesmo assim consigo entender.

- Que lindo seu nome - Respondo e ela cora, vendo a reação da garota... Quer dizer, da Rosé, dou um sorriso.

- Qual é o seu? - Ela pergunta.

-Lalisa, mas pode me chamar de Lisa, eu prefiro assim - Falo e sorrio novamente.

- Rosé na verdade...- Ela para de mexer nas coisas e me olha - É um apelido que recebi de lá.

- Lá? Dá sua casa? - Ela parece não gostar da minha pergunta, então resolvo mudar de assunto - Qual é seu verdadeiro nome? 

- Chaeyoung - Ela responde e volta a olhar um dvd de Harry Potter.

- Uau, um apelido bonito, um nome bonito, e você também é bonita, uma junção perfeita - Falo e ela cora violentamente - É só uma brincadeira em, não leve para o lado pessoal - Rio um pouco.

- Chae - Continuo - Isso mesmo Chae, Chae é seu apelido novo, pode ser?

- Não gostei - Ela faz bico com uma tentativa de fazer cara de brava e eu achei aquilo adorável. 

- Ta bom, Chae - Ela ainda tenta fazer cara de brava, o que me faz rir.

- Não é legal - Ela vira a cara.

- Me desculpa, não vou te chamar mais assim. - Agora paro de rir, antes que ela taque um dvd em minha cara.

- Tudo bem, você pode - Ela fala com o mesmo tom do começo da conversa.

- YAAAS, obrigada Chae - Abraço ela de lado, tentando não invadir muito seu espaço (se já não é que invadi) depois voltei ao meu lugar - Daqui a pouco vou precisar sair, comprar comida, e fazer mais algumas coisas, você pode me esperar?

- Você vai voltar? Não vai me abandonar né? - Ela me olha bem nos olhos.

Nossa eu não sabia se estava em casa ou em um teatro de drama.

- Ahnn... É claro que vou voltar... Não vou fazer isso - Digo com uma certa estranheza, o que ela havia passado, para ficar tão com medo de ser abandonada? É isso que vou descobrir hoje.

Ficamos mais algumas horas conversando e logo ela começou a dar "indícios" que estava faminta. Olho meu celular e são 10:56.

- Preciso ir agora, e voltar antes do horário do almoço, vou deixar meu celular com você, ele está carregado então você vai poder jogar​ aquele joguinho. Também tem bolacha no armário, não coma muito, pois vou trazer comida okay? - Falo programando meu celular para despertar as 13:45 e entrego a ela.

- Tudo bem, mas promete mesmo que vai voltar? - Ela diz pegando o telefone em minhas mãos.

- Sim prometo, quando isso tocar, eu já vou estar aqui, tá bem? - Digo me levantando e pegando minha bolsa. - Apenas confie em mim.

Dou um beijo em sua testa​ e saio rapidamente, eu espero não estar pegando muita intimadade com essa garota, mais cedo ou mais tarde ela vai ter que voltar para sua casa, não importando se for naquele hospital, pois eu não sei se vou conseguir impedir isto, então é melhor não criar laços fortes com Chaeyoung.