História Hybrid - Destiel [HIATUS] - 2 - Troubles?

  O tempo passava e ele não conseguia parar de pensar no que o Winchester tinha dito. O jovem Castiel tentava entender se havia sido um flerte, ou uma coincidência? Ele não era conhecido por ser experiente em relacionamentos ou algo do tipo. Ninguém nunca havia dito isso a ele. Ao menos ele pensara que foi para ele. Castiel estava com vergonha de seus próprios pensamentos, céus, isso era tão perturbador e curioso ao mesmo tempo!

  Castiel nem percebera que seu rabo estava mexendo em uma frequência incrível.

  Ele ouve o sinal tocar e percebe, no relógio da sala, que já estavam no terceiro horário. O moreno solta um muxoxo decepcionado. Ele havia mesmo pensando sobre um possível flerte por dois horários seguidos? Mesmo assim, nesse tempo todo ele não havia olhado para o loiro uma vez sequer, tinha muito medo dele perceber seus olhares nada discretos de quem não sabe espionar, e o outro acabe estranhado ou algo pior. Era melhor ficar apenas nos pensamentos.

- Muito bem, alunos. Meu nome é Bob Singer, podem me chamar de Bobby e eu serei o novo professor de história de vocês, espero que vocês me aguentem ao longo desses trimestres. – Fala o tal do Bobby enquanto arruma suas coisas na mesa dos professores. Alguns alunos começam a cochichar e Castiel percebe que Dean fica um pouco surpreso, mas não fala nada, enquanto o híbrido nem percebe que começou a reparar intensamente nele desde que notou isso.

Vários e vários minutos passam até que toca para os alunos irem finalmente lancharem ou fazer sei-lá-o que que eles fazem no horário vago. Castiel, triste por não ter visto ainda as irmãs Bradbury sai a procura delas, sempre esperançoso.

No meio do caminho para a pequena lanchonete da escola, um aluno por trás de pisa fortemente em sua cauda. O moreno vira rapidamente e dá um gemido de dor enquanto as pessoas em volta observavam, como sempre.

- Olha só! Parece que essa escola tem um animalzinho de estimação? Que tal brincarmos um pouco com ele? – Diz o garoto negro enquanto puxa as orelhas do pobre Castiel.

- Acho que ele não se importa, Gordon. – Diz outro garoto com pele clara.

Castiel que já estava ficando a ponto de explodir de estresse, libera suas garras sem querer e ao ver que acabou arranhando todo o braço do tal do Gordon, se desespera. Ele não podia ir à detenção logo no primeiro dia de aula.

Gordon dá um grito de raiva e olha de modo aterrorizador para o híbrido.

- Gadreel, que tal acabarmos com ele aqui e agora? – Pergunta o garoto machucado com os olhos vermelhos de raiva.

- Olha só, cara, seria ruim para nós se algum funcionário aparecesse aqui e agora nos pegando no ato. Seria bom se... – O garoto começa a cochichar no ouvido do outro e ele parece gostar da ideia. Os dois saem rindo.

Castiel, que não sabe o que acabou de acontecer, massageia suas orelhas doídas, e olha para as pessoas em volta. Alguns rindo, outros comentando, outros nem se importando. Ele se sente vulnerável e quer ir embora dali, mas de repente uma mão surge em seu ombro o fazendo quase se pendurar no teto de susto.

- Ei cara, você tá bem? – Castiel se vira e percebe quem falou com ele. Era um gigante? Só podia. – Meu nome é Samuel, mas pode me chamar de Sam.

- Ah.. hum.. – Castiel não sabia falar com pessoas. Definitivamente não. Sam percebendo isso, deu um sorriso pra ele e o guiou pela escola até chegarem em uma árvore enorme com flores amarelas. O moreno ainda aturdido por tudo que aconteceu em menos de 10 minutos, não percebeu os galhos na sua frente e acabou tropeçando, metendo a cara no chão.

  Mas dessa vez, não ouviu risadas como de costume, senão braços grandes e fortes o erguendo do chão, para sua surpresa. Suas orelhas conseguiram captar aquela voz grossa que ouvira mais cedo.

- Hey budy, você sofreu uma queda feia aqui em.

Castiel virou a cabeça lentamente para o lado e quase desmaiou ao ver quem havia lhe segurado. Era ele. Era Dean. No mesmo segundo que o viu, se arrepiou todo.

- ah.. obrigado.. por me ajudar... – diz meio embolado com as palavras por causa do nervosismo e pondo sua cauda entre as pernas.

- Não precisa de tudo isso, eu vi você hoje lá na sala, sabe. Olhando pra mim.

- Dean, não pressione o garoto assim, aposto que ele achou estranho essa tua cara de fuinha. – Diz Sam debochando dele.

- Você vai ver quem tem a cara de fuinha mais tarde. Agora me diga, por que trouxe ele pra’ cá? Não seria nosso novo esconderijo, idiota?

- Idiota é você, e ele estava sendo agredido por uns caras, não cheguei a tempo de evitar, mas tirei ele de lá.

- Muito bem, bom samaritano. E agora?

- Agora o que?

- O que vamos fazer com ele?

Castiel naquele ponto já estava achando aquela conversa estranha demais. Em momento algum falaram sobre suas “diferenças”, e já estavam falando sobre ele como se o mesmo não estivesse ouvindo.

- E-eu.. quer dizer, eu acho melhor ir embora, se vocês permitirem... – Diz Castiel com certo receio, afinal, ainda eram desconhecidos pra ele. Os dois param de discutir e olham pra ele.

- Ah que nada, mas agora você vai ser nosso amigo! Venha cá. – Diz o Dean o abraçando de lado. – Mas não conte a ninguém sobre esse lugar. – Fala olhando de forma intimidante para Castiel que balança um sim com a cabeça na mesma hora.

Sam decidindo quebrar o silêncio que tinha se feito por ali, diz que vai comprar suco para os três e deixa os dois sozinhos.

- Então.. hum.. Castiel, em?

- Ah.. sim?

- Como é ficar balançando esse rabo por aí? Não cansa? – Fala na cara de pau.

Castiel se envergonha por um momento, mas fala na maior inocência.

- Pra mim é normal, na maioria das vezes nem percebo ele se mexendo. – Diz enquanto mexia nos dedos.

- hum...

Enquanto isso, Sam está na fila da cantina para pegar os sucos e vê duas ruivas discutindo algo. Como era um curioso de primeira, resolve escutar.

- Vadia, eu sabia que a gente ia perder ele de vista, meu pobre bebê! O que será dele sem nós? – diz a ruiva mais baixa.

- Se não fosse por você, não teríamos chegado atrasadas! Agora pare de chorar e vamos procurar ele. – Fala a outra.

- Olá garotas! – Chega Sam sorrindo.- Vocês estão procurando alguém? Aproposito, meu nome é Sam.

- Opa, olá Sam! Meu nome é Charlie e essa outra aqui é Anna. Estamos procurando um... híbrido... será que você viu algum por aí?

- Essa outra?

- Sim, eu vi um por aí, vocês são amigas dele?

- Somos, as únicas, aliás.

- Bom, sendo assim, eu levo vocês até ele, que tal?

- Seria ótimo, mas-

- Claro! Vamos agora mesmo! – Diz Charlie interrompendo Anna.

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Enquanto isso, Castiel e Dean estão sentados embaixo da árvore em silêncio sem nada para conversar. Até Dean quebrar o gelo.

- Então, Cas, você estuda aqui a muito tempo?

- Cas? – estranha o menor.

- Sim, seu apelido novo. – Fala Dean decidido.

- Hum.. então tá... – Fala de modo tímido e da um sorrisinho. Ninguém nunca tinha dado à ele um apelido antes. Pelo menos não um carinhoso. Isso de certa forma o fazia se sentir especial.

 Antes mesmo que prosseguissem com a conversa, chega uma mulher com uma roupa formal demais para o ambiente.

- Castiel, não é? Você vem comigo para a diretoria agora mesmo. – Diz se virando, como se o obrigasse a segui-la.

Cas, de modo confuso olha pra Dean, que o olha da mesma forma, e resolve obedecer.