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História Hybrid: Um demônio em Beacon Hills - Lacrosse


Escrita por: leloup

Notas do Autor


Olá, amados leitores... e fantasmas.
Aqui mais um capítulo quentinho!
Esse saiu maiorzinho para a nooooossa alegria! :3

Capítulo 16 - Lacrosse


 O tempo passou voando e, quando eu menos podia esperar, já fazia uma semana que havia chegado a Beacon Hills. Agora ia a escola, tinha amigos que me entendiam e um boy maravilhoso. Poderia querer mais alguma coisa? Talvez que os weredemons sumissem, mas acho que essa parte é bem mais complicada de se resolver.

 Àquela manhã de terça-feira eu estava na última aula antes do almoço com meus amigos, a de economia. O professor Finstock, impaciente, andava de um lado para o mudou para lacrosse finalmente pudemos entender o motivo da histeria.

 – Escutem aqui, gafanhotos, sábado vamos ter jogo contra o Colégio Collins. E, bem, não ganhamos um jogo desde o ano passado! Maldito sejam McCall, Stilinski e até Māhealani! Desde que eles se formaram, nosso time tem afundado igual o Titanic. – ele bateu na mesa, apoiando-se sobre a mesma. – Ainda temos algumas estrelinhas, não é Dunbar? Mas do que adianta ser uma estrela se não faz seus adversários comer terra!? Sábado iremos dar o melhor de nós e vamos mandar aqueles riquinhos da Collins de volta para a casa, ok!?

 Todos ficamos parados olhando para a cara do professor sem saber como reagir. Porém, graças a Chuck, fomos salvos pelo sinal. Juro que nunca vi ninguém correr tanto de uma sala de aula. Parecia até aquela cena do Rei Leão em que acontece o estouro da manada.

 Depois que a multidão se acalmou fomos para o pátio Liam, Leon e eu. Lá encontramos Talita, que havia trazido cupcakes de chocolate para dividir conosco no almoço. Nós quatro comemos nossos bolinhos e depois ficamos conversando ali mesmo enquanto o horário da próxima aula não chegava.

 Um grupo de mais ou menos dez pessoas não muito longe da gente jogava bola. Pelo que entendi, o objetivo do jogo era não deixar a mesma cair no chão, o que a fazia voar para longe com frequência. E sempre ia alguém correndo atrás feito doido para pegá-la e recomeçar a brincadeira. Porém dessa vez a bola não só saiu voando, como veio em minha direção.

 – Emily, cuidado! – gritou Talita em meio à conversa.

 Me virei no último instante e segurei a bola como se nada tivesse acontecido, com o meu reflexo e velocidade de demônio. Todos ficaram parados me olhando, então me virei para o povo da brincadeira e dei um sorriso para quebrar o gelo.

 – Essa foi por pouco. – joguei a bola de volta para eles e um garoto a pegou. – Mais cuidado da próxima vez.

 – Valeu. – disse o rapaz.

 – Winchester! – olhei para o alto e vi o professor Finstock na janela da sala com uma expressão assustada. Lá vinha bomba. – Pode vir até aqui?

 Olhei para meus amigos, depois para o professor e novamente para eles. Dei de ombros, peguei minha mochila e voltei para a sala de economia. O que será que o professor queria comigo? Ainda mais na “tpm” em que ele estava. Bati na porta e entrei na sala.

 – Com licença. – falei.

 – Senhorita Winchester, sente-se, por favor. – disse todo amável me indicando a cadeira ao seu lado. Aquele era o mesmo professor Finstock de quem eu tinha assistido aula quinze minutos atrás? Quando finalmente me acomodei na cadeira ele voltou a falar. – A senhorita sabe alguma coisa sobre lacrosse?

 – Ahn... Não. – disse confusa.

 – Então acho bom descobrir, porque você está no time.

 – Oi???

 – Winchester, Winchester do céu – ele se ajoelhou na minha frente segurando minhas mãos. – Você tem reflexos perfeitos! Eu não vejo isso desde a época do McCall. Acredite, você tem de tudo para brilhar, tornar-se uma grande estrela.

 – Mas...

 – Sem mais, senhorita. – disse se levantando. – Você está no time e ponto final. Trate de aparecer no treino depois da aula, ok?

 Pois é, pessoal, eu estava no time de lacrosse sem saber nada sobre o jogo. E o pior era que dali a alguns dias teríamos um jogo. Era rir para não chorar, né? Mas eu iria enfrentar o desafio, afinal, jogar lacrosse provavelmente não era um bicho de sete cabeças.

 Quando o horário do almoço acabou fui para a sala de biologia junto com Talita e os outros. Parecia que a professora também era nova na cidade. Aisha Johnson era uma mulher negra muito bonita adorável, mas havia algo que me incomodava naquela. Aliás, parecia que eu já tinha a visto antes em algum lugar.

 – Mas o que...? – sussurrei quando vi sua forma mudar para a de um weredemon por um instante. Esfreguei os olhos e ela voltou ao normal.

  – Tá tudo bem? – perguntou Talita sentada na cadeira ao meu lado. Aconteceu a mudança mais uma vez. – Emily?

 – Senhorita Winchester. Está se sentindo bem? Quer ir a enfermaria? – a docente veio ao meu lado e eu a olhei fundo nos olhos. Ela deu um sorriso.

 – Não, professora, estou bem. – disse com toda a calma do mundo mesmo que por dentro estivesse prestes a explodir.

 – Se você diz. – ela segurou meu rosto. – Se sentir-se mal pode me falar, afinal, não quero que aconteça nada com você.

 – “Vadia!” – pensei.

 – E isso serve para todos. – ela se afastou, voltando ao seu lugar com um sorriso de santa estampado no rosto. – Me preocupo muito com os meus alunos.

 Quando a professora se distraiu, comecei a caçar o celular na bolsa para tentar enviar uma mensagem para os outros, mas para a minha desgraça tinha o esquecido em casa. Fiquei calada o resto da aula com a ideia fixa de que a nova professora de biologia era um weredemon e eu não podia fazer nada além de ficar sentada ali.

 Quando o sinal bateu dei graças a Goku. Guardei minhas coisas na mochila e saí o mais rápido que podia daquela sala sem olhar para trás. Meus amigos vieram atrás de mim correndo preocupados.

 – Emily! – gritou Talita. – Emily, espera!

 – Emily, espera! – disse Leon segurando em meu braço. O olhei irada e fiz com que o soltasse. – O que deu em você?

 – Aquela professora é um deles. – respondi.

 – Um weredemon? – perguntou Liam.

 – Ela mudou de forma, como no dia da lanchonete.

 – É, pensando bem eu também me senti meio estranho com a professora. – disse Leon fazendo cara de safado.

 – Pervertido! – disse Talita o dando um tapa.

 – Ai, Lita! – exclamou ele.

 – Então, o que faremos? – perguntou Talita.

 – Temos que falar com Derek. E os Winchesters. – respondeu Liam me olhando. –Mas agora tem treino de lacrosse. Se a gente faltar o treinador Finstock arranca nossas cabeças.

 – É, eu já tinha me esquecido disso. – respirei fundo.

 – E eu tenho que ir para a clínica veterinária. – falou Talita. – Posso falar com o Derek no caminho.

 – Ótimo, faça isso, Lita. – disse Leon dando um beijo na testa da garota.

 – Vou indo lá, gente. Até mais. – e Talita foi andando pelo corredor até sumir.

 – Vamos? – perguntou Leon abraçando Liam e eu.

 Nós três fomos para os vestiários trocar de roupa e pegar os equipamentos necessários para o treino como as luvas e o taco. Por sorte eu tinha uma muda de roupa no meu armário que usava para as aulas de educação física. Vesti o short e o top pretos e a camiseta cinza bem fininha, em seguida prendi o cabelo em um rabo-de-cavalo, peguei os equipamentos e saí do vestiário junto com Olivia Wright, até então a única menina do time em anos.

 – Vamos, garotas! – disse o profes... treinador Finstock apitando. Já estavam todos do time presentes, até mesmo Liam e Leon. – Hoje teremos uma integrante nova no nosso time. Uma garota com ótimos reflexos que pode ser a salvação do nosso time. Conheçam Emily Winchester.

 Os olhares de todos aqueles rapazes vieram para cima de mim, fazendo eu me sentir um tanto constrangida. Eu podia ver suas segundas intenções em seus olhares. Liam pareceu notar meu incomodo com a situação e foi logo falando:

 – E que tem um namorado que, vai por mim, vocês não vão querer se meter com o cara. – falou o rapaz.

 – É, ele é um monstro. – completou Leon. Todos desistiram de tentar qualquer coisa quase que imediatamente.

 – Obrigada, rapazes. – falei sorrindo. O treinador apitou novamente em nossos ouvidos. Que inferno.

 – Vamos treinar, suas lesmas! Sábado tem jogo! Dez voltas em torno do campo, anda! – e apitou mais algumas vezes. Eu tinha que me acostumar com aquilo.

 O treino foi cansativo, mas ocorreu tudo bem. Consegui até marcar pontos para o meu time algumas vezes. Tudo bem que tinha dois lobisomens nele, mas fazer o que né? É a vida (risos). Depois do treino fui tomar banho no vestiário e aproveitei para conversar um pouco mais com Olivia, a garota de cabelo verde.

 – Cara, você arrasou lá no campo. – disse a garota tirando a camisa. – Já tinha jogado lacrosse alguma vez na vida?

 – Ahn, não. Nem conhecia o jogo direito. – falei enquanto abria meu armário.

 –Você deixou os meninos comendo terra! – ela entrou debaixo do chuveiro. – Tem que ter algum segredo.

 – Não tem segredo. – peguei minhas roupas no armário e coloquei sobre o banco. – Só fui lá e fiz. 

 – Não é possível, Emily! Parece até que você é meio sobrenatural, sei lá.

 – “E você não imagina o quanto.” – pensei rindo.

 – O que foi?

 – Nada, nada. – disse entrando debaixo do chuveiro.

 Olivia e eu tomamos nossos banhos e ficamos conversando o tempo todo. Falamos de bandas, garotos e até descobri que ela tem uma quedinha pelo Liam, porém, que eu saiba, ele estava namorando com uma lobisomem que estudava em outra escola. Pobre Olivia, eu entendia seus sentimentos. Tyler Hoechlin nunca corresponderia meu amor, aquele lindo da série de lobisomens. Qual era o nome mesmo?

 – Bem, eu vou indo, Emily. – disse a garota de cabelos verdes pondo a mochila nas costas. – Foi um prazer te conhecer.

 – Valeu, Livy. – falei enquanto amarrava os cadarços do tênis. – Também gostei muito de te conhecer.

 – Até amanhã. – e a mesma saiu do vestiário.

 Também não fiquei ali por muito tempo e logo saí da escola. Encontrei os meninos na porta e Liam me ofereceu uma carona até em casa. Nós três fomos o caminho todo cantando e dançando as músicas que tocavam no rádio do carro.

 – Obrigada, rapazes. – disse descendo na porta de casa. – Me deixem informada sobre o caso da professora Johnson, ok?

 – Pode deixar. – disse Leon.

 – Até mais, Emily.

 – Até. – Liam deu a partida no carro e logo eles seguiram pela rua.

 Já estava escurecendo quando entrei em casa. Tio Dean e Castiel estavam sentados no sofá assistindo televisão bastante entretidos. Já papai preparava o jantar na cozinha. Estava morrendo de fome depois de todos aqueles exercícios.

 – Cheguei. – disse deixando a mochila em um canto perto da porta.  

 – Querida, chegou tarde. – disse papai.

 – Eu estava no treino de lacrosse.

 – Lacrosse? – perguntou tio Dean.

 – É, o treinador me colocou no time. – disse mexendo no cabelo de Castiel que me olhou com seus belos olhos azuis. – Disse que eu “tenho tudo para me tornar uma grande estrela”.

 – Gorda e cheia de gases? – perguntou o anjo inocente.

 – Não, Cas, se tornar uma estrela quer dizer fazer sucesso, ser o melhor naquilo que faz. – explicou tio Dean. – Tipo eu caçando. Dean Winchester é uma estrela dos caçadores.

 – AHAM! – disse papai da cozinha.

 – Não se acha nada, né tio? – falei rindo. – Ah, tenho uma bomba pra vocês. Minha nova professora de biologia é um weredemon.

 – Vilões acadêmicos? Essa é nova. – disse tio Dean.

 – Como você sabe disso? – perguntou papai. – Cas tentou de todas as formas, mas não conseguiu rastreá-los.

 – Ela viu. – disse Castiel se levantando. – Emily pode ver a forma real dos weredemons, assim com eu. Mas por algum motivo eles bloqueiam a visão dos anjos. Deve ser algum tipo de...

 – Amuleto? – um homem gordinho que usava um sobretudo preto, assim como o resto de sua roupa, apareceu na sala. – Olá, rapazes.

 – Crowley! – disseram os três em conjunto.

 – E você deve ser a pequena Emily. – falou se aproximando de mim. Ouvi a lâmina de Castiel deslizar para sua mão, fazendo-o rir. O homem beijou minha mão, naquele instante sua forma mudou e recuei alguns passos. – Está uma bela moça.

 – Quem é você? – perguntei ríspida.

 – Ah, Emily, assim você me magoa. – disse fazendo bico. – Deixe-me apresentar. Eu sou Crowley, Rei do Inferno, à sua disposição.

 – Rei do Inferno?

 – Sou eu que mando na fornalha e em todos os demônios. – explicou pegando a garrafa de whisky no bar e despejando o líquido em seu copo de vidro. – Inclusive a sua mamãe.

 – O que você quer, Crowley? – perguntou tio Dean tomando a frente.

  – Esquilo, sempre tão educado. – disse irônico. Ele colocou a garrafa sobre o bar e cheirou a bebida no copo. – Hum... Maravilhoso. Só vim dar um oi e dizer que estou na cidade, e com alguns amiguinhos novos.

 – Os weredemons. – disse Castiel.

 – Bravo, anjinho! – falou tomando um gole da bebida. – Eu até bateria palmas, mas tenho que segurar meu copo.

 – E o que você ganha com isso, Crowley? – perguntou papai.

 – Nada. Só mais um momento de diversão ferrando a vida de vocês.

 – Ora, seu... – disse tio Dean pronto para dar-lhe um soco. Crowley sumiu. – Filho da mãe!

 Durante jantar papai, tio Dean e eu ficamos conversando sobre Crowley e todo o passado que eles tinham. Depois de comer fui me deitar um pouco, pois estava morta. Aproveitei para colocar o celular para carregar, pois poderiam me ligar a qualquer hora com alguma notícia sobre a professora weredemon. Porém antes que acontecesse acabei adormecendo.


Notas Finais


Então Crowley está em Beacon Hills. Olha só a treta, galera.
O que vocês acham que vai acontecer?


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