Depois do treino de lacrosse, Liam me deu uma carona como no dia anterior. Quando cheguei em casa, meu pai e tio Dean estavam se preparando para sair. Eu tinha sorte de viver sob o mesmo teto de dois homens tão maravilhosos.
– Aonde vocês vão?
– Vamos a um bar do outro lado da cidade. – respondeu tio Dean enquanto colocava os sapatos sentado no sofá. – Como você disse, precisamos nos divertir um pouco.
– Hey, como foi na escola? – perguntou papai ajeitando o cabelo frente ao espelho.
– Tirando a parte que Cas e Derek quase foram assassinados por um grupo de garotas foi tudo bem. – disse me jogando no sofá. – Ah, descobrimos porque Cas não consegue encontrar os weredemons.
– E o que é? – perguntou papai se aproximando interessado.
– Um cordão com uma pedra azulada. – respondi. – Ontem a professora não estava usando e consegui ver sua forma original. Hoje, com o cordão, ela parecia uma pessoa normal como qualquer outra.
– Já ouviu falar? – perguntou tio Dean olhando para papai que balançou a cabeça negativamente.
– Vamos ter que pesquisar. – falou pegando a carteira sobre a estante.
– Mas não agora. – meu tio levantou em um pulo. – Agora vamos nos preocupar em tomar boas bebidas e arrumar umas gatinhas.
– Eu dou o maior apoio!
– Bem, querida, já vamos. – disse papai me dando um beijo na testa e me entregando algumas notas. – Aqui, para o caso de sentir fome.
– Opa, valeu. – peguei as notas, guardando-as no bolso da calça.
– Tchau, baixinha. Não nos espere. – disse tio Dean bagunçando o meu cabelo. Em seguida pegou as chaves e foi andando até a porta. – Ah, e não abra a porta pra ninguém além do entregador, ok?
– Pode deixar. – falei sorrindo. – Não façam nada que eu não faria.
Os dois saíram pela porta me deixando sozinha. Resolvi ir colocar uma roupa mais confortável e depois fazer o dever de casa que terminei por volta das oito e meia. Só então percebi que estava com fome e resolvi ligar para a pizzaria. Peguei meu celular e enquanto digitava os números a campainha tocou. Quem poderia ser àquela hora?
Deixei o celular sobre o sofá e fui até a porta ver quem era. As escoteiras vendendo biscoitos com certeza não eram, certo? Olhei pelo olho mágico e vi Derek parado do lado de fora. Me perguntei por um instante o que ele estava fazendo ali, mas acabei abrindo a porta.
– Boa noite. – disse o homem com um sorriso no rosto.
– Boa noite.
– Posso entrar?
– Claro. – disse abrindo a porta e saindo do caminho para que ele passasse.
– Espero não estar incomodando. – disse o mesmo entrando na casa, em seguida me agarrando pela cintura e me olhando nos olhos. – Mas não aguentava ficar longe de você mais nenhum segundo.
– Ah, é? – perguntei acariciando seu rosto e o dando um selinho.
– Na escola foi tão rápido, ficamos muito pouco juntos. – disse Derek sorrindo.
– Falando nisso, pra onde o Cas te levou depois que saíram da sala?
– Fomos parar atrás da arquibancada do campo de lacrosse. – respondeu Derek me soltando aos poucos. – Aquele seu amigo anjo é uma figura.
– Castiel é um cara legal, mas ainda precisa aprender algumas coisinhas sobre a humanidade. – falei, fazendo uma pausa. – E descobriram mais alguma coisa sobre os weredemons?
– Não, quando tentamos seguir a professora ela sumiu de vista. – disse suspirando. – Mas já alertei o Argent e ele está preparando um plano junto com Stiles para capturá-la.
– Stiles?
– Sim, Stiles. Ele é uma das mentes mais brilhantes de Beacon Hills quando se trata de resolver mistérios. – o homem se sentou em um dos sofás. – Mas não vamos falar disso agora, ok? Onde estão seu pai e seu tio?
– Foram para um bar no outro lado da cidade se divertir um pouco. Eles andam trabalhando demais ultimamente, sabe?
– Eu entendo. Às vezes também fico sobrecarregado com as pesquisas.
– Ah, é? E o que você faz para desestressar? – perguntei curiosa.
– Saio para correr na floresta ou então leio um bom livro. É tiro e queda. – disse piscando. – Então, o que estava fazendo antes de eu chegar?
– Estava ligando para a pizzaria. – respondi pegando o celular sobre o sofá.
– Pizza? Hum... Eu pago.
– Não preci-... Ah, se você quer pagar, quem sou eu pra dizer não?
Ligamos para a pizzaria e pedimos uma pizza gigante, afinal era para acabar saciar com a fome de um lobisomem. Enquanto esperávamos a mesma chegar resolvemos ver um filme de comédia na Netflix. Escolhemos um com o Adam Sandler, porque, cá entre nós, todos os filmes que aquele homem faz são maravilhosos.
Depois da pizza não lembro em que parte do filme paramos. Derek começou a beijar meu pescoço de forma bem lenta o que me fazia ficar louca. Percebendo a minha reação ele me olhou nos olhos com um sorriso safado no rosto e em uma questão de segundos estávamos nos beijando no sofá.
O Hale tirou a camisa azul marinho e eu pude ver seu maravilhoso corpo mais uma vez. Voltamos a nos beijar e Derek me puxou para o seu colo. Ele abraçou minha cintura e eu comecei a acariciar a nuca do mesmo enquanto o beijo se intensificava mais ainda.
Senti suas mãos deslizarem pelas minhas costas por dentro da blusa. Derek foi a levantando aos poucos e quando dei por mim já não usava mais a peça. Agora o homem tinha um sorriso safado nos lábios. Eu sabia muito bem o que ele estava olhando.
– Então é isso que você esconde debaixo da roupa? – falou sorrindo. – Me arrependo de não ter visto antes.
– Você é um tarado, Derek Hale. – o dei um selinho um pouco corada. – Mas eu gosto disso.
– É bom saber. – disse o mesmo mordiscando minha orelha, me fazendo arrepiar.
– Você é malvado. – falei sorrindo. Em seguida me levantei e puxei Derek pela mão. – Mas eu posso ser muito mais.
Nós dois subimos as escadas e fomos para o meu quarto. Chegando no mesmo empurrei Derek para cima da minha cama. Me deitei sobre o homem voltando a beijá-lo. O que aconteceu depois deixo pela imaginação de cada um. Certo tempo depois o Hale e eu estávamos deitados na cama conversando.
– E esse sorriso, hein? – perguntou Derek me aconchegando em seus braços.
– Estou feliz por estarmos juntos. – respondi pondo a cabeça em seu peito. – Nunca tive esse tipo de sentimento por ninguém.
– É... Eu tive, por uma pessoa. – ele me deu um beijo na testa, seu olhar parecia ter entristecido. – Mas já faz muito tempo...
– E o que aconteceu?
– Ela está morta. – respondeu Derek suspirando. – Vamos mudar de assunto, ok?
– Está bem. – disse o olhando. – Mas quando quiser desabafar, vou estar aqui.
– Obrigado, senhorita meio-demônio. – ele deu um leve sorriso.
– Então, animado para o jantar de amanhã?
– Tirando o fato de que vou ter que encarar dois caçadores, estou sim. – brincou Derek.
– Não precisa se preocupar quanto a isso. Se meu pai ou o tio Dean tentarem qualquer coisa contra você vão ter que se ver comigo. – falei confiante.
– Ok, Mulher Maravilha. – falou rindo.
– Mulher Maravilha é fichinha comparado ao que posso fazer.
– Eu não duvido nada. – disse me dando um selinho.
– Acho bom mesmo. – falei sorrindo. – Hey, que horas deve ser?
– Não faço a mínima ideia.
– Deixa eu ver. – peguei meu celular que carregava sobre o criado-mudo e apertei um botão. – Nossa, já é mais de uma hora! É melhor você ir, Derek, antes que meu pai ou meu tio cheguem.
– Está bem. – disse ele se levantando.
Nós dois nos vestimos e fui acompanhar Derek até a porta de casa. Beijamo-nos mais uma vez e o Hale pegou seu carro, sumindo pela escuridão da noite. Corri para lavar os copos e organizar a sala que estava uma bagunça, sendo que quando meu pai chegou, sozinho, eu já estava na cama mexendo no celular como se nada tivesse acontecido.
– Hey, tudo bem por aqui? – perguntou na porta do quarto.
– Claro, pai. – respondi sorrindo. – E o tio Dean?
– Seu tio saiu com uma garota.
– Sério? Parece que alguém andou seguindo os meus conselhos. – falei rindo. – E você, pai? Quando vai arrumar uma namorada?
– Tenho um azar danado com mulheres. – disse piscando. – Mas vou pensar no caso. Vou dormir, gatinha. Boa noite.
– Boa noite. – respondi. Depois daquilo resolvi ir dormir, encerrando aquele dia cheio de emoções.
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