História Hyper reality - Manicômio

         02:34 AM - Sem localização

— Quem diria que seria você, faz jus ao nome pelo menos. Não acham? - Kani irritada descontava sua raiva no saco de pancada em sua frente - Digam algo, odeio vácuo.

     — Bem... Acho que não faz diferença agora Kani, já pegamos o babaca para você, agora pague a gente logo pra gente dar o fora daqui – Martin revirava os olhos enquanto encarava a "chefe" - A gente não tá afim de sair daqui sem nada, e você sabe

    — Falem com a Wendy, eu tenho cara de banco por acaso? - Ela deu uma gargalhada doentia e um ultimo soco no saco.

   — Beleza...Vamos! - Martin e Lilly correram da sala e deixaram o corpo ali, junto a Kani.

      Kani cuidadosamente pegou o corpo vivo e amarrado e o posicionou em uma estaca no meio da sala escura. Logo em seguida não demorou e puxou a fita que estava em sua boca e a máscara que tampava os olhos do mesmo.

        — Kani?... - O desconhecido até então fazia um rosto de duvida - Por que mandou me seqüestrarem? não se conformou que acabou entre nós? - Ele riu e logo levou um tapa de Kani.

              — Eu quero o que você tem, e você sabe o que é Castiel - ela se aproximou do rosto do mesmo e pronunciou leves palavras próximo ao seu ouvido - Se não, você vai ver chamas diretamente em seus olhos, querido. - Ela riu.

              — Você é doente Kani - Ele abaixou a cabeça. — Eu sei - E deu uma gargalhada.

        — Não vou te dar nada! - Ele gritou. — Não grite querido, eu só quero a Alice - ela foi até a mesa  proxima pegou uma pistola e apontou para a testa do mesmo.

            — NÃO A ALICE NÃO! - Ele tentava se soltar, mas sem sucesso — Shiii, não ouse tentar se soltar. Vamos. Me diga. Onde ela esta. - ela ameaçou atirar.

               — Eu não sei sua cadela. – O que? Você me chamou do que? Castiel, ficou maluco? 

                   — Não, eu não fiquei sua maldita prostituta, me mate, vai! - Ela gargalhou se aproximou e beijou o mesmo. E logo em seguida pressionou o gatilho da pistola. Estava morto.

              — Pobre Castiel, quem diria não é? 

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Na sala ao lado Wendy fazia anotações, com certeza seriam sobre as mortes envolvendo Kani. Estava louca. Mas ela não iria mandar sua irmã a um manicômio, iria?

 Bem, Kani era uma boa pessoa, antes de seu acidente, claro. Kani tinha entrado para a máfia japonesa quando ainda era adolescente, já que morava com o pai, que também participava da mesma, ele se sentiu feliz por ver a filha seguindo os passos do pai. Passos terríveis. A mãe que morava na Tailândia nunca ousou em se preocupar após o divórcio. Porém Kani, que também era esquizofrênica passava por tempos ruins e se sentia perturbada, e sem controle matou seu pai e mais 2 homens. Obviamente a mesma foi condenada a morte. Porém, ela fugiu. Fugiu para mim. Não sou sua irmã de sangue mas vivemos juntas desde a fuga de Kani. Bem, ela foi cada vez ficando pior. Uma assassina sem dignidade. Bem não sei bem o que dizer da mesma. Ela já tentou me matar envenenada varias vezes, mas, não me importo, acredito que não seja ela no controle. Que Deus tenha piedade de todos. Kani é uma ameaça quando está fora de si.

    Por que, por incrível que pareça, morrer no mar é uma melhor opção.

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