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História Hypnotic - Peixinho Atrevido e Dragão Mais Ainda


Escrita por: LeDasTrevas23

Notas do Autor


DJFGOJDKFNSDKDJFCKSNVKANKSNCKSMNCKSNCKXN
VOLTEEEEEEEEEEEEEEIII UHUUUUUL

Não.

Ta, enfim

Eu fiquei com um puta bloqueio criativo com essa fic, de verdade. E a escola andava comendo meu c* com as notas, mas advinhem quem passou de ano no terceiro bimestre????? ISSO MESMO, CHUPA SOCIEDADE. Agr é só acalmar os animos e voltar a escrever :3 Me mandem energia positiva pra eu conseguir inspiração, pq a vida n ta fácil pra ning

Enfim, até lá embaixo!!

Capítulo 11 - Peixinho Atrevido e Dragão Mais Ainda


Sem pensar duas vezes, foi até o quarto do loiro e abriu a porta com força, entrando rapidamente mas parando logo em seguida, enquanto sentia o ar de seus pulmões sair rapidamente. Ali, na sua frente, de um lado, estava Kris, com uma face de desprezo e uma espada apontada para… Outro Kris?

 

— Mas o que raios… — Passou o olhar de um para outro. Eram extremamente iguais, a única coisa que os diferenciava eram as roupas, sendo o capitão com roupas negras e um tanto gastas e o outro com roupas iguais aos dos homens na porta da hospedaria.

 

— Suho, saia daqui. — Disse Kris, sem desviar os olhos do outro. O outro Kris riu.

 

— Oras, Yifan, não vai me dizer quem é o pedaço de mal caminho que o procura? — Disse o outro, com escárnio claro enquanto passava os olhos de cima a baixo em Junmyeon. Instantaneamente, sentiu um frio passar por si. — É mais um de seus piratas ou um prostituto que encontrou pela cidade?

 

— Cale a boca, Kian. Seu problema é apenas comigo, maldito! — Kian deu uma risada alta, ao mesmo tempo em que o tritão sentia um metal frio ser posicionado contra sua garganta, enquanto uma leve ardência indicava o corte que começara a ser feito ali.

 

— Krystal, chegou bem na hora. Venha, entre e feche a porta. — Disse o outro para a mulher atrás de si, que empurrou Junmyeon para dentro e fechou a porta sem deixar de soltar a faca em seu pescoço. O moreno sentia seu coração disparar enquanto Kris (ou Yifan, como o outro o chamara) franzia os lábios, sem deixar sua guarda cair. — Deve estar se perguntando o porque de tamanha semelhança entre nós dois, não é, Suho? — O corsário disse seu nome com um tom de deboche enquanto a mulher ria levemente em seu ouvido. — Simples. Somos irmãos gêmeos, não é, maninho? Uma pena que apenas eu tenha qualidades o suficiente para conquistar as graças do nosso velho pai e assumir todo o poder que me é destinado. — Antes que ele pudesse continuar, o pirata avançou contra o outro, desferindo golpes violentos e rápidos que eram parados com certa dificuldade pelo corsário. Sentindo seu corpo tencionar, sentiu como se algo de ruim estivesse prestes a acontecer.

 

— Está nervoso com a derrota do pirata, meu bem? — Perguntou ela, apertando um pouco mais o objeto contra seu pescoço. — Não se preocupe. Com a prisão dele, você nos renderá um bom dinheiro com a sua venda como escravo. — Trincando os dentes, ingeriu o ar profundamente. Era hora de agir. — O que pensa que está fazendo?

 

— Meu trabalho. — Antes que ela pudesse continuar, uma melodia suave começou a sair de seus lábios, fazendo com que todos parassem imediatamente, como se estivessem apenas interessados em ouvir a canção e em mais nada. Se livrando dos braços da mulher, seguiu até Kris, o puxando pela mão gentilmente até a parte de fora do quarto, travando a porta com uma cadeira e parando de cantar. O loiro ao seu lado piscou, balançando a cabeça e olhando para si, confuso. — Precisamos achar os outros e sair daqui o mais rápido possível. — Ainda meio sobre os efeitos da canção, o maior assentiu, indo com ele até um quarto no final do corredor, onde todos conversavam até a sua interrupção.

 

— Algum problema? — Chen disse, se levantando da cama.

 

— Sim. Temos que sair daqui o mais rápido possível! Rápido! — O tom urgente no tom de voz de Suho fez todos começarem a correr e a juntar suas coisas, saindo correndo pelo corredor até os fundos da hospedaria. Quando estavam do lado de fora, ouviram uma porta ser derrubada e Kian começar a gritar ordens para perseguí-los. — Corram! — Gritou antes de começarem a correr por entre as ruas, enquanto mais soldados franceses começavam a se reunir a caçada, tornando cada vez mais difícil a fuga de todos eles. Ao chegar numa parte mais pobre da cidade, acabaram por passar por várias casas, algumas abandonadas. Quando passaram pela sexta casa abandonada, o príncipe deu meia volta, abrindo a porta com o ombro na frente de todos, que entraram na casa correndo. Ao fechar a porta e arrastar um móvel a frente desta com a ajuda de Xiumin, se afastaram até o fundo, ouvindo em silêncio os homens na rua passarem correndo e gritando atrás deles. Após alguns minutos de silêncio tortuosos, devagar e com a tensão ainda em seu corpo, soltou o ar em seus pulmões, tentando, a pouca luz, enxergar os outros. — Estão todos bem? — Sussurrou.

 

— Acho que não. — Murmurou Minseok, atrás de si. — Por acaso, onde estão Chanyeol e Baekhyun?

 

~~~~~~

 

Puxando Baekhyun pelo pulso, continuou correndo pelas ruas o mais rápido que conseguia, olhando para trás a cada cinco segundos. Haviam perdido os outros de vista ao passar por uma das várias casas abandonadas, das quais agora não poderia retornar devido aos soldados em sua cola por todos os lados.

 

— Chan. — Chamou o loiro, atrás de si. Olhando para ele, viu que o mesmo sequer conseguia respirar direito. Entrando em uma viela, foram até mais o fundo, encostando nas sombras das paredes enquanto recuperavam a sua respiração.

 

— Precisamos continuar a correr. Senão eles vão nos pegar, e isso não seria nenhum pouco legal. — Entrelaçou seus dedos aos do loiro, que assentiu enquanto reunia grandes lufadas de ar. Quando estava prestes a sair dali, Baek o puxou para si, selando seus lábios rapidamente e logo se afastando.

 

— Para dar sorte. — Sem perceber, continuou encarando o menor a pouca luz, com um sorriso que aumentava a cada segundo antes de o puxar novamente para si, iniciando um beijo mais profundo enquanto mantinha ambas as mãos sobre o rosto do outro. Só vieram se separar quando voltaram a ouvir os gritos dos homens nas ruas. Com cuidado, entrelaçou seus dedos antes de olhar para os dois lados da rua, vendo-os no final dela antes de voltarem a correr pelos labirintos com sorrisos em lábios.

 

~~~~~~

 

— Você só pode estar brincando. — Resmungou Chen, mas logo se calando ao ouvirem mais soldados passarem pela rua. Esperando mais um pouco, voltou a falar em tom mais baixo. — De todos, logo os dois é quem se perderam. Espero que não os encontrem aos beijos em algum beco por aí. — Ignorando a piadinha irônica do pirata, Suho olhou para onde estava Kris.

 

— E agora? Não podemos simplesmente sair correndo por aí atrás deles em plena luz do dia e com homens nos caçando por todo lado e… Você está me ouvindo? — Estralou os dedos na frente do outro, recebendo um olhar raivoso em troca.  

 

— O que? — Cruzando os braços, o encarou preocupado.

 

— Aconteceu alguma coisa?

 

— Nada que lhe diz respeito. — Abrindo a boca, o encarou, perplexo.

 

— Como… — Vendo o olhar desafiador do outro, apenas bufou e lhe deu as costas, passando as mãos pelos fios castanhos. Chen e Xiumim os encaravam, sem entender. — Temos que sair daqui.

 

— A questão é, como? — Xiumin resmungou, começando a olhar o ambiente em volta. — A não ser que esperemos até a noite para arriscar uma saída.

 

— Isso é, se ele não nos achar antes. — Lamentou Chen, sentando no chão. — Você viu quantos soldados ele tem? Isso é, esses são só aqueles que ouviram o chamado. — Antes que pudesse responder, ouviram a porta ser forçada, três vezes até que veio ao chão. Suho recuou até a parede oposta, enquanto Kris se punha a sua frente. Vários homens armados invadiram o local, apontando armas para eles. Kian veio logo em seguida, com um sorriso triunfante no rosto.

 

— Apaguem eles e os carreguem para meu navio. — Em vão, tentaram resistir e fugir, apesar do pouco número em relação aos franceses. Quando Kris foi finalmente pego, Suho sentiu-se ser puxado por um braço enquanto um dos homens o acertava por trás na cabeça com o cano de uma arma, fazendo tudo ao seu redor ficar preto.

 

~~~~~~

 

Junmyeon acordou somente ao sentir um balde de água fria ser jogado contra si, seguido de risadas zombeteiras. Ainda meio zonzo, balançou a cabeça, abrindo os olhos e tentando acostumar sua visão ao lugar, ao mesmo tempo em que uma dor na nuca o incomodava.

 

— A princesa já acordou ou será que vou ter que jogar outro? — Um homem disse, puxando em seus cabelos para cima. Choramingando com o gesto brusco, tentou o alcançar, mas havia algo que impedia suas mãos , que estavam presas atrás de seu corpo com correntes de ferro, atadas a parede. Se contorcendo, tentou falar, descobrindo também que haviam o amordaçado com um pedaço de pano. Com a respiração acelerada, arregalou os olhos, sentindo o peito de contrair em desespero, ainda mais quando viu Kian caminhando em sua direção e se ajoelhando a sua frente. Se encolhendo contra a parede, virou o rosto, olhou para qualquer ponto que não o loiro.

 

— Algum problema comigo, cher? — Uma risadinha irônica soou segurava o rosto do moreno em sua direção, o encarando. — É melhor que não tenha. É uma pena uma coisinha tão delicada quanto você ser tão perigoso, e ainda por cima, parceiro de Yifan. — Ele fingiu uma falsa decepção antes de voltar a rir e, depois, ficar sério. — Afinal, o que é você? Um tritão ou um demônio? Aquela sua voz tão encantadora não pode ser uma coisa natural. — Ficou em silêncio, como se esperasse uma resposta. — Você deve ter sido bem útil para o meu irmão. — Soltando seu rosto, desamarrou o pano que envolvia sua boca. — Se você cantar ou gritar, eu arranco suas cordas vocais, entendeu? — Se encolhendo contra a parede, apenas assentiu. — Se você for um bom garoto comigo, também vou ser um bom corsário com você. Agora me responda, o que é você? Tem mais da sua espécie com vocês? Sabe para onde Yifan estava indo e o que ia fazer?

 

— Não. — Disse, com a voz rouca, forçando as algemas atrás de si. Seus braços já começavam a doer da posição desconfortável. Com um suspiro, Kian revirou os olhos, se aproximando para a amordaçá-lo novamente. Ao ver isso, esperou que ele estivesse próximo o suficiente para lhe dar uma cabeçada, tão forte que até ele ficou zonzo. Sorrindo, viu o loiro caído aos seus pés, com a mão na testa. Antes que um dos guardas se aproximasse para ajudar, enfiou o pé na cara do loiro, ouvindo um som estrangulado do maior antes que o afastassem de si, enquanto o outro guarda colocava a mordaça novamente, saindo correndo dali para ajudar o colega a levar o corsário. Pelo visto, ele não era tão inteligente quanto Kris.

 

~~~~~~

 

Com cordas o amarrando em uma cadeira pelos pulsos, no torso e nos pés, Kris soltou um xingamento, olhando no quarto ao redor, vendo os pergaminhos com desenhos de dragões verdes e vermelhos pendurados nas paredes, uma estante com alguns livros, um baú, uma mesa com vários papéis organizados, e claro, um espelho de corpo inteiro no canto da sala com uma moldura em ouro. Seu irmão era completamente narcisista, igual o pai de ambos. Revirando os olhos, tentou puxar seus pulsos numa tentativa de se soltar daquilo, apesar de a sua pele já estar vermelha. Ouvindo a porta começar a se abrir, espremeu seus lábios em desgosto, principalmente ao ver quem era.

 

— Estranhei que demorou tanto assim para vir me ver. — Krystal soltou um suspiro baixo, fechando a porta atrás de si. Alguns segundos depois lá estava ela, abraçada a si com aquele perfume que tanto gostou um dia, mas lhe dava náuseas agora. — Saia de cima de mim.

 

— Não fale assim comigo. — Ela disse numa voz manhosa. O loiro revirou os olhos.

 

— Falo do jeito que eu quiser com quem eu quiser. Agora saia imediatamente de cima de mim ou vai se arrepender de ter me reencontrado. — Com alívio, viu ela sair de perto de si, com os olhos marejados. Era tudo um teatro, sempre fora assim, só que ele notara tarde demais pra isso. Agora podia ver nitidamente a frieza que emergia daquele ser a sua frente.

 

— Você se tornou tão frio… Ah, Fan, o que os mares fizeram com você? — Ela tentou alcançar seu rosto, mas ele se desviou antes que ela o tocasse.

 

— Eles me mostraram a verdade. Incluindo a de você ser uma vadia em busca de poder. — Retrucou, dando uma risada baixa com a careta da de cabelos negros.  

 

— Eu… Eu estive preocupada com você, todos nós estivemos!

 

— Estou vendo.

 

— ... Como pôde simplesmente fugir da China e deixar todos nós sem notícias? Seu pai estava tão arrependido!

 

— Arrependido de não ter me matado de vez ou de ver que eu estava enriquecendo em um mês o que ele não conseguiria em um ano? — Levantou uma sobrancelha para ela, vendo-a começar a perder a paciência.

 

— Yifan! Por favor, arrependa-se e peça desculpas a seu pai e seu irmão! Tenho certeza de que eles o aceitarão de volta na família! Você vai poder até morar na China novamente! Pela memória de sua finada mãe e pela honra de seu pai! E por tudo que nós tivemos um dia e poderemos voltar a ter… — Ficou um momento em silêncio, a encarando.

 

— Mamãe estava certa. — Com a careta de confusão da outra, continuou. — Você é o pior tipo de cobra que existe, Krystal, junto com Kian. Eu não quero e nem vou ter mais nada com você, afinal, o único sentimento que me resta para você e meu irmão é nojo. Que os dois se afoguem no veneno um do outro. — Com satisfação, viu a cara da mulher se contrair em raiva.

 

— Como ousa… — A porta foi aberta com um baque, e dois soldados trouxeram Kian com o rosto cheio de sangue para dentro. Imediatamente, Krystal foi os ajudar, não sem antes lhe mandar um olhar raivoso. Enquanto o ajudavam a se limpar, Kris soltava algumas risadas. Afastando a mulher e os soldados de si, mandou todos saírem com um grito.

 

— Bateu com a cara na porta de novo, irmãozinho? — Provocou o pirata, divertido, antes de receber um tapa.

 

— CALADO! Aquele seu maldito homem, tritão ou seja lá que criatura infeliz seja aquela me pegou desprevenido e quebrou meu nariz depois de uma cabeçada e um chute. — Lamentou o gêmeo mais novo, com os dedos massageando o nariz. Kris abriu um sorriso.

 

— Isso só mostra o quão inteligente você é. Bateria palmas pra você se não estivesse amarrado e preso nesse lugar ridículo. — O loiro lhe deu um soco, dessa vez, no estômago.

 

— Se você não ficar quieto, vou amarrar você e aquele tal de Suho em um canhão e vou chicoteá-los até não tiverem mais pele! — Com a menção do tritão, Yifan sentiu seu estômago se contorcer. Tinha esquecido que ele e os outros haviam sido levados consigo. Com sorte, Baekhyun e Chanyeol também não haviam sido pegos. Vendo a hesitação em seu olhar, seu irmão deu um sorriso. — O que? Com medo de ter as costas arrasadas?

 

— Vai se ferrar. — Resmungou em troca. Agradecia aos céus que ele fosse tão lerdo ao ponto de não ver a verdade nem que estivesse bem explícito como agora. Precisava ter muito cuidado a partir de agora, principalmente por não saber onde raios estava nem para onde estavam indo.

 

~~~~~~

 

Após correrem por mais algumas ruas, conseguiram finalmente despistar os guardas e se esconderem em um quarto abandonado. Baekhyun estava sentado no chão, tentando se recuperar, enquanto o ruivo olhava pela janela, atento para qualquer movimentação.

 

— Como vamos achar os outros agora? — Perguntou o mais velho, em voz baixa. Chanyeol deu de ombros e se encolheu contra a parede ao ouvir mais soldados se aproximando. Ouvindo o arfar do outro, Baek se aproximou, olhando pela janela furtivamente apenas para ver dois homens carregando Suho desmaiado, e logo atrás, mais seis carregavam Kris, também inconsciente. — Oh meu Poseidon! — Pôs uma das mãos sobre a boca, agarrando a blusa do maior, com olhos arregalados. Assim que eles passaram, Chanyeol encostou a cabeça na parede, olhando para o teto embolorado acima de si, enquanto Baekhyun o olhava em expectativa, tentando não se desesperar. — Channie…

 

— Eu tenho um plano. — E abriu um sorriso confiante, esse qual fez os ombros do tritão se encolherem mais ainda.

 

~~~~~~

 

E assim lá estavam os dois, em caixas separadas onde deveriam estar alimentos ou água, mas ainda assim, dentro do navio do corsário. Chanyeol foi o primeiro a sair furtivamente, ajudando Baek a sair da caixa.

 

— Eu não acredito que você nos deixou dentro de caixas por quatro dias!

 

— Eu só precisava ter certeza de que não havia ninguém inspecionando a dispensa do barco! — Retrucou ele. — Agora só precisamos encontrá-los e sair daqui o mais rápido possível. — Disse o ruivo, olhando ao redor. — Só falta descobrir aonde eles estão… — Como se fosse uma deixa para eles, ouviram passos e vozes no corredor. Sem tempo para voltarem para seus lugares iniciais, se esconderam atrás de caixas.

 

— … É por isso que devemos tomar cuidado com eles. O chefe disse que é provável que tenha mais um entre os prisioneiros, e que eles são perigosos, afinal, não é a toa que ele está deixando um deles sem se alimentar por todo esse tempo. — Disse um dos homens, carregando uma das bandejas enquanto seguia junto com outro para uma porta do outro lado. — O homem simplesmente quebrou o nariz dele com um chute!

 

— Não fique tão impressionado. Tritões podem simplesmente fazer muito mais do que quebrar narizes com um chute. — Disse o outro, com uma voz sombria.

 

— Será que eles têm caudas de peixes, como sereias? Se sim, eu adoraria ver. Imagine o quanto ganharemos se os vendermos para um circo de horrores! — Respondeu, animado, enquanto abriam a porta. Baekhyun, ao seu lado, estremeceu e se encolheu. Esperaram em silêncio até os dois mesmos homens passassem novamente por ali, indo até a porta.

 

— Que horror. — Exclamou o loiro, indo atrás do outro. — Humanos me dão medo. Menos você, é claro. — Sorriu reconfortante para o maior, que lhe devolvera o sorriso. Quando entraram no corredor, tudo o que enxergavam era apenas escuridão quase palpável.

 

— Ótimo. Mais essa agora.

 

— Eu posso resolver isso. — Em alguns segundos, as mãos do menor brilhavam em uma luz azul, iluminando boa parte do corredor. — Precisamos ser rápidos. — Com um assentir, começaram a procurar em todas as celas, se assustando ao ver o estado de algumas pessoas que estavam ali. Quando estavam prestes a entrar em outro corredor, ouviram uma voz súbita, fazendo-os parar.

 

— Parados aí!

 

~~~~~~

 

— A vida poderia ser pior. — Ouvir Jongdae resmungar ao seu lado, antes de ser acertado por mais um chute de leve. Gemendo em protesto, apoiou a cabeça na parede. — Min, acorda, pelo amor que você tem por mim. Eu sei que você está me ouvindo, vamos, precisamos sair daqui.

 

— Ah, cale a boca por um instante sequer, não vê que estou acordando agora? — Reclamou, tentando mexer as pernas, descobrindo que uma delas estava algemada a uma bola de ferro. Arregalando os olhos, olhou para seu pé. — Mas o que… — Chen revirou os olhos.

 

— Por isso mesmo. E eu não sei onde estão os outros, só sei que estamos no navio daquele cara parecido com o capitão, e isso não é bom.

 

— Isso não é nada bom. — Repetiu, tentando tirar aquilo do seu pé. O pirata ao seu lado riu.

 

— Nem adianta, pequeno. Desse jeito você não vai conseguir nada. — Foi a vez de Xiumin revirar os olhos.

 

— Você já viu sua altura? Você é praticamente do meu tamanho! E ao invés de tirar sarro, por que não me ajuda a nos livrar disso?

 

— Porque… — Antes que respondessem, dois guardas apareceram.

 

— Pelo visto os ladrõezinhios já acordaram. — Zombou um deles, jogando as duas bandejas no chão aos pés deles, derrubando um pouco da comida no chão. — Espero que apreciem o nosso prato do dia… Sobras! — E saíram gargalhando alto. Esperando eles se afastarem, Chen bufou e foi até os pratos em busca de algo.

 

— Idiotas… — Soltando um gritinho de satisfação, se concentrou em seu tornozelo com a algema, com um garfo em mãos.

 

— O que está fazendo aí? — Perguntou o outro, após alguns momentos antes de ouvir um “click” e a algema cair. O mais novo sorriu, travesso, antes de ir até o outro e o soltar também.

 

— Eles são tão descuidados que dá até pena. — Disse, rindo e indo até a porta da cela, trabalhando nela também. — São tão ingênuos ao ponto de não saberem que não se deve confiar nada nas mãos de um pirata, principalmente depois de ofendê-lo. Damas primeiro. — Disse, ao abrir a porta também. Com um sorriso, saiu da cela, não sem antes lhe dar um tapa. Seguiram em silêncio pelo corredor, atentos a qualquer barulho, quando, de repente, ouviram som de passos e duas silhuetas familiares. Antes que falasse alguma coisa, Chen sorriu e engrossou a voz.

 

— Parados aí! — Chanyeol e Baekhyun se viraram, assustados, não deixando suspiros aliviados saírem ao verem quem era.

 

— Só podia ser você. Quase nos matou do coração, sabia!? — Retrucou o ruivo, enquanto o loiro abraçava Xiumin. — Precisamos achar Suho e Kris e sair daqui o mais rápido possível.

 

— Então vamos procurá-lo, rápido! — Disse Minseok, aflito, antes de voltarem a procurar nas celas, até o acharem.

 

— Ali! O achei! — Disse Baek, apontando para uma cela, agitado. Chen rapidamente a abriu, sendo seguido por Chanyeol. Libertando o príncipe, o ajudaram a ficar de pé. Pela pouca luz que Baek tinha, dava para ver o quão fraco Junmyeon estava. Vendo a cara de preocupação de todos, o moreno sorriu pequeno.

 

— Eu… Estou… B-bem. — Disse, com a voz rouca e baixa, enquanto saia com um dos braços sobre os ombros e apoiado em Chanyeol.

 

— Má hora para não se ter Lay por perto. — Baekhyun resmungou, indo a frente para os guiar para fora daquele lugar. Quando fecharam a porta da masmorra novamente, sentaram Suho atrás de algumas caixas, enquanto Chanyeol ia a procura de alimentos para os três. Quando voltou, esperaram que eles se alimentassem e descansassem um pouco antes que pudessem bolar alguma coisa. — Como vamos sair daqui?

 

— Precisamos encontrar Kris primeiro. — Disse Chen, olhando para os outros. — Alguma ideia de onde ele possa estar?

 

— Ouvi aqueles guardas dizerem que ele estava seguro com o chefe. Kian deve estar com ele, resta saber em qual lugar. — Resmungou Baek, sentado no chão e abraçado à cintura de Suho, que lhe acariciava os cabelos. Um momento de silêncio os rodeou, sendo quebrado apenas pelo leve balançar do barco e o som, tanto das ondas do lado de fora quanto dos marinheiros acima de si. Chanyeol voltou a andar pelo andar, abrindo caixas e fazendo o mínimo de barulho possível. Alguns momentos depois, lá estava ele, com algumas espadas, pistolas, duas aljavas cheia de flechas e um arco em mãos.

 

— Precisamos sair daqui de algum jeito, não é? E sem lutar está um pouco fora de questão. — Entregou uma das espadas a Xiumin, ficando com as outras duas e três pistolas. — Com certeza, se o capitão estiver em condições, ele vai fazer questão de cortar alguns pescoços. — E deu de ombros, entregando a Chen o arco e uma pistola, e dando os dois punhais para os dois restantes, um para Baek e outro para Suho. — Vocês vão atrás de nós dois, enquanto Xiumin fica na retaguarda. Se as coisas saírem do controle se escondam e fujam, entendido? — Com um assentir, todos foram caminhando para fora daquele lugar. Nos primeiros corredores tudo ocorreu bem, até um dos soldados aparecerem. Sendo mais rápido que ele, Jongdae acertou uma flecha perto de sua cabeça, o paralisando tempo suficiente para Chanyeol o imobilizar. — Onde está o capitão Kris? Diga, rápido, eu estou com muito pressa e você não está ajudando! — O tom duro do outro fez o tritão mais novo ali se encolher, ao mesmo tempo em que o francês também.

 

— N-no escritório do se-senhor Kian. — Disse ele, trêmulo. — Por favor, não me machuque.

 

— E onde ele fica? — Apertou ainda mais o homem contra a parede. — FALA!

 

— No fin-nal do corredor, senhor, a esquerda, com dois soldados na porta.

 

— Ótimo. — O soltando, deu um golpe perto de sua nuca com a espada, o fazendo cair inconsciente. — Vamos, rápido. — Seguiram até aquele corredor, parando na esquina enquanto observavam. Realmente, haviam dois brutamontes parados ali, com uma postura rígida. O ruivo se virou para os outros e sussurrou: — E agora?

 

— Chame atenção para que os dois venham aqui. — Disse Chen, em outro sussurro. Olhando para os homens novamente, tentou fazer barulho de passos se aproximando, mas nenhum deles sequer se mexeu. Xingando, tomou fôlego e se pôs no meio do corredor.

 

— Olá, babacas. Como vai vossas mães? Com saudades de mim? — Agora sim atraíra a atenção desejada, enquanto ambos sacavam espadas e vinham rapidamente em sua direção. — É, eu acho que não. — E entrou novamente no corredor, onde Chen o aguardava com uma flecha em punho e, assim que os viu, acertou a ambos, um diretamente no peito e outro no pescoço.

 

— Venham, rápido. É questão de tempo até perceberem algo de errado aqui embaixo. — E foram até a tal porta, descobrindo-a trancada. Com um impulso (tanto quanto aquele corredor deixava), ambos os piratas foram em direção a porta com os ombros, a derrubando na primeira tentativa e fazendo um barulho alto. Jongdae se levantava do chão enquanto o outro corria em direção ao loiro e o soltava, ao mesmo tempo em que ele os encarava com um sorriso satisfeito.

 

— Sabia que iriam fazer isso hora ou outra. — Disse Kris, massageando os pulsos machucados devido as cordas, aceitando a espada e as pistolas de Chanyeol. Quando terminou de se arrumar, poupou um olhar para os tritões, se demorando um pouco mais em Junmyeon, que continuava pálido e fraco, apoiado em Baekhyun. O moreno, em troca, apenas assentiu com a cabeça, como se dissesse que estava tudo bem. Antes que pudessem falar algo, som de passos no corredor os fizeram entrar em alerta novamente. — Os dois. Atrás de nós. Não precisam poupar nem tirar a vida de ninguém, precisamos apenas sair daqui o mais rápido possível. — Ditou, e logo se pôs a frente, saindo no corredor e começando a atacar, com Chanyeol, Chen e Xiumin. Em alguns minutos já estavam quase na parte de cima do navio. — Agora, o plano seria…

 

— Correr pelas nossas vidas e pular no mar para tentarmos nos salvar? — Disse Chen, olhando em volta no lado de fora. Graças a Netuno, haviam poucos soldados ali, enquanto o resto eram apenas marinheiros em serviço. A lua brilhava junto com as estrelas no céu, e o mar estava calmo. Com um olhar para trás, ficou um instante em silêncio.

 

— Baekhyun, vá com Park. Xiumin, com Chen. Suho fica comigo. Fiquem em pares, assim é mais fácil para nos acharmos depois. Corram o mais rápido possível. — Se aproximando do menor, segurou em sua mão com cuidado. — Consegue correr um pouco? — O outro revirou os olhos.

 

— Estou fraco, não inválido. Então sim. Só se me prometer um dia inteiro de descanso. — Sem evitar, deu um sorriso pequeno, apertando com mais força os dedos dele entre os seus. Voltando com sua carranca fria, analisou mais uma vez o cenário a sua frente. Quando achou mais apropriado, ouviu passos atrás deles, enquanto alguns soldados os avistavam.

 

— CORRAM! — Gritou, e saíram correndo. As pessoas ainda estavam confusas com tanta gente correndo pelo convés, por isso, não houve uma reação imediata, os favorecendo muito mais do que previsto pois, quando finalmente notaram a fuga, os mesmos já estavam em alto-mar. Alguns arpões foram jogados, mas nada poderia ser realmente visto, afinal estava noite. Kian, que estava do outro lado do navio, apareceu, jogando milhares de pragas para todos os lados ao saber o que acontecera. Pegando uma das armas de fogo, atirou contra um marinheiro inocente, jogando-a longe em pura raiva. Seu irmão e seus piratas escaparam bem debaixo do seu nariz!

 

Dentro do mar, a alguns metros do barco, Baek os guiava em meio a escuridão das águas, levando Chanyeol e Chen enquanto Minseok ajudava Suho a carregar Kris. Estavam todos relativamente bem, no final. A única coisa que realmente importava agora era que suas chances de serem pegos havia triplicado, e um pequeno sentimento incômodo começava a incomodar Yifan, afinal, seus planos nunca falhavam, e este estava começando a dar uma terrível reviravolta.

 

~~~~~~


Notas Finais


Então... Só... É.

Enfim.

Qualquer dúvida, comentário, xingamento pela falta de criatividade da autora (culpem o bloqueio criativo), ou só quiserem me dar uns abraços, é só comentar ai :) eu gosto de comentários :) e pareço uma maníaca (wtf)

Então, até mais :*


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