Kimberly Nicole Moore.
A semana de provas havia passado rápido, junto com o mês de outubro. Logo estávamos no final dele, entrando no outono. O inverno europeu se aproximava, fazendo com quê o clima ficasse mais frio. Eu e Bridgit tivemos a ideia de fazer uma festa em nossa piscina para nossos amigos mais próximos, antes que o frio chegasse para valer.
Durante toda a semana de provas, não vi Keith. A última vez que o vi, foi em minha festa. Mick ia para a escola, assim como seus outros amigos. Só ele não aparecia, o quê me fazia ficar preocupada.
Corri até Mick durante o intervalo.
– Mick! Onde está Keith? – perguntei.
– Bom dia para você também, Kim. – ele disse. Revirei os olhos.
– É sério! Aconteceu algo com ele? – perguntei enquanto ele escrevia algo em um papel. Me deu.
– Este é o endereço dele. Se conseguir arrancar algo dele, também me conte, porque eu não sei. – Mick disse. Agradeci, e recebi um beijo na testa dele.
Fui até Debbie, que estava do outro lado do corredor, conversando com alguma menina do segundo ano.
– Vou precisar da sua ajuda.
(...)
– Nunca vim para esses lados de Liverpool, Kimmie! – Debbie reclamava.
– Já estamos chegando, pare de reclamar, por favor. – disse.
Paramos em frente á uma casa com aparência de antiga. Não era muito simples, mas também não era um palácio. Parecia mal cuidada. Toquei a campainha, e logo abriram a porta. Dei de cara com um Keith sem camisa e com os cabelos bagunçados. Seu corpo estava mais magro – não que eu reparasse –, e em seu rosto, haviam olheiras.
– Quer me matar de susto? – perguntei o surpreendendo com um abraço. Keith enfiou o rosto no meu pescoço me abraçando com força. – Onde esteve durante essa semana? – disse sem cortar o abraço.
– Minha avó morreu. – senti-o sorrir fraco. – Não estava me sentindo bem para ir para a escola.
– Oh, Keith! Meus pêsames. – disse enfim quebrando o abraço. Acariciei seu rosto fino. Keith cheirava a cigarro.
– Olá, ruiva. – ele sorriu fraco para Debbie que retribuiu.
– Quer entrar? – ele perguntou.
– Não posso. Tenho que voltar para casa. Faremos uma festa na piscina, quer ir? – perguntei. Debbie pigarreou.
– Acho que não serei bem-vindo. Apareça mais aqui, tudo bem? – perguntou depositando um beijo em minha cabeça.
– Tudo bem. Eu apareço. – sorri. – Tchau, Keith. – o abracei novamente.
Keith fechou a porta, e bateu uma dorzinha no coração. Algo como remorso. Eu poderia ficar um pouco, afinal, a avó dele havia morrido.
– Não foi tão ruim, foi? – perguntei baixo para Debbie.
– Tirando o fato dele ser um Stone fedendo a cigarro, e estarmos em uma parte perigosa de Liverpool, foi divertido. – ela disse revirando os olhos. Ri.
(...)
Chegamos em minha casa, e impressionantemente todos ainda estavam na mesa almoçando.
– Demoraram. – John disse dando de ombros.
– Desculpe, mãe. Da próxima vez vou mais rápido. Aliás, onde está mamãe mesmo? – perguntei.
– Saiu com meu pai. Foram fazer compras, algo assim. – Paul disse me dando um selinho.
– Eles são loucos de deixar oito adolescentes loucos pela casa. – Ringo disse.
Disse para todos que iria com Debbie em casa buscar sua roupa de banho, já que a mesma havia esquecido. Chegando em casa, almocei com todos, e esperamos um tempo para trocarmos de roupa, e ir para a piscina.
A água estava gelada, dei a mão para Paul, que estava uma graça com uma sunga azul, e entrei. Paul abraçou-me pela cintura, depositando um beijo em minha bochecha.
– Desgruda um pouco dela! – Bridgit disse me puxando. Paul fez bico, e eu só sabia rir.
– Vamos jogar marco-polo! – Ringo disse animado.
– Sim! – George pulou.
– Eu começo. – Brid disse.
Ela se posicionou na borda da piscina, e contou até dez. Assim que chegou ao dez, nadou para trás como um jato dando impulso na borda. Ringo já estava fazendo quase parte da parede, quando Bridgit chegava perto dele. Ela o agarrou pelo braço, fazendo com quê ele gritasse.
Ashley segurou o riso e se pôs na frente do namorado, gritando também. Minha irmã, confusa, não sabia quem era.
– Ashley? – ela perguntou.
– Errou! – Ash disse rindo. Bridgit abriu os olhos vendo que havia agarrado o braço de Ringo, e revirou os olhos.
– Vocês roubaram! – ela disse voltando ao seu lugar.
– Aprenda a ser malandra. – John disse. Bridgit jogou água em seu rosto nos fazendo rir. Bridgit voltou para o seu lugar, desta vez, tendo que contar até vinte.
Puxei Paul enquanto Bridgit estava contando, e saímos da piscina sem fazer algum barulho, e implorando com os olhos para que os outros não falassem nada. Corremos até aparte do lado da casa, entrando em um armário de vassouras que havia por ali.
– O quê viemos fazer aqui? – Paul perguntou. Não dei tempo para resposta alguma.
Colei meus lábios nos lábios de Paul de maneira rápida, fazendo com que sua única atitude, fosse agarrar minha nuca e minha cintura, me aproximando de seu corpo.
Paul beijava cada vez melhor. Um beijo quente, macio, molhado, e permito-me dizer, maravilhoso.
As mãos de Paul passeavam pela minha cintura desnuda, e dava apertos cada vez mais fortes. Assustei-me um pouco quando senti as mãos de Paul passando por minhas coxas. Ele me puxou para o seu colo, e me colocou sentada em um balcão de madeira que havia ali. Em algum momento paramos o beijo.
Passei minhas mãos levemente por seu abdômen um pouco cheinho, sentindo que Paul estava suando um pouco. Assustei-me para valer quando suas mãos grandes puxaram-me com força para o encontro de seu corpo, permitindo-me sentir... Ai, não!
– Paul. – disse parando o beijo. Ele beijava meu pescoço.
– Hum? – ele murmurou não parando de fazer o quê estava fazendo.
– O quê é isso? – perguntou.
– Eu não sei, também sinto. – ele disse arrastado. Do que ele estava falando?
– Como você sente algo que está em você? – perguntei. Ele parou na hora me olhando. Ele estava vermelho, e um pouco suado.
– Como assim? – ele perguntou recuperando o fôlego.
– Isso, Paul. – disse olhando para baixo. Santo Deus! Que vergonha! Paul olhou-me desesperado, e não sabia o quê dizer.
Nossa, que clima horrível.
– Amor, eu não... – ele disse. Engoliu a seco e não terminou a frase.
– Eu... Já volto. – disse saindo do armário sem trocar nenhuma palavra com ele. Que vexame o meu.
Corri para a área da piscina como o diabo foge da cruz.
– Bridgit! – a gritei. Nem parei na piscina, fui direto para a cozinha. – Venha aqui!
Abri a geladeira, pegando um pouco de água gelada e bebendo. Logo, Bridgit estava parada em frente a pia com uma toalha enrolada no corpo.
– O quê aconteceu no armário de vassouras? – perguntou com deboche. Minha irmã realmente sabia de tudo.
– Paul. – disse sem graça. – Ele ficou animado de novo.
Bridgit riu. Eu odiava quando ela fazia isso.
– Kimberly, isso é normal! Coitado do menino! Você o largou lá? Ele não faz por querer, e se fica “animado” é porque você o excita. Isso é bom.
– Santo Deus. – falei. – Como ele deve estar? – perguntei.
– Eu não sei. Converse com ele. Não repreenda o menino por isso. Deixe de ser careta. O mesmo fogo que você sente, é o quê ele sente. Mas ele não tem como esconder. – ela deu de ombros. Como ela podia falar sobre esses assuntos de maneira tão natural?
– O chame para mim, por favor. – fiz uma cara de cachorrinho pidão.
– Tudo bem. – ela suspirou. – Olha lá o quê vai fazer!
James Paul McCartney.
Estava sentado ao lado de John que me bombardeava com perguntas bestas. Eu apenas fazia revirar os olhos, e pensar se tinha sido algo tão ruim para a minha menina se sentir tão assustada.
Ao ver Bridgit sair da cozinha com um sorrisinho bobo, meu coração acelerou.
– Minha irmã está te chamando. – ela disse.
Não a respondi. Apenas corri para dentro da cozinha, vendo Kimmie com um copo d’água na mão.
Ela virou para mim, dando um de seus sorrisos que me derretiam por inteiro.
– Desculpe por ser tão boba, amor. Sei que nosso namoro está perto de dar um passo, apenas assustei-me. – ela disse.
– Eu que peço desculpas. Eu prometo tentar não fazer de novo. – falei nervoso com a proximidade de Kimmie. Eu não podia prometer aquilo.
Kimmie ficou na ponta dos pés, dando-me um beijo longo e molhado. Assim seria difícil cumprir a promessa. Suas mãos passaram pelos meus cabelos molhados, puxando-os um pouco.
Encostei-me na pia, com Kimmie em minha frente. Não me contive. Desci minhas mãos de sua cintura para o seu bumbum, esperando que ela me batesse ou algo do tipo. Mas ela não fez nada. Vi como carta branca, e aproximei-a para mais perto de mim, a beijando com mais intensidade, sem tirar as mãos de seu bumbum.
Eu nunca tinha feito algo do tipo, mas estava sendo maravilhoso. Eu já havia quebrado minha promessa, estava com muita vergonha, e ao mesmo tempo excitado. Eu não sabia o quê ela estava sentindo ali por baixo, ou se estava gostando. Eu só não conseguia parar.
Sentir o corpo de Kimmie colado ao meu aliviava um pouco a dor que eu sentia na parte de baixo do meu corpo. Kimberly não parecia ligar. E eu tive certeza, que nunca senti tamanha vontade de fazê-la minha ali mesmo. Não conseguia tirar as mãos de seu bumbum carnudo, e sabia que iria sonhar com aquilo. Eu mal o apertava. Só de estar com as mãos nele, já me sentia realizado.
Eu senti que iria desmaiar, quando ouvi Kimmie suspirar durante o beijo. Então ela estava gostando. Quando troquei as posições, encostando-a na pia, escutamos uma voz.
Era o meu pai.
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