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História I am incomplete - Capítulo 5 - Soterrada


Escrita por: LolitaMoe

Capítulo 6 - Capítulo 5 - Soterrada


A tensão aumentava enquanto eu encarava aquele cara, eu tentava demonstrar estar calma, porém estava paralisada de medo por dentro:

-Oh, olá, muito tempo mesmo, não é? –fico pensativa –Ora, veja bem, já se passaram tantos anos que já não sei mais o nome de meu próprio irmão! –sorrio de forma doce:

-Hector. –ele ri –Engraçado que eu lembro do seu nome, Ana...

-Larguei esse nome sete anos atrás, assim que me tornei isso. –dou de ombros –Atendo por Elise hoje em dia. –dou um passo para o lado e ele me ataca com seus tentáculos, aos quais bloqueio com os meus:

-Hu, então é assim que são os “incompletos”! Parecem tão frágeis... –ele tenta enroscar seus tentáculos nos meus, eu os afasto e pulo para o lado, nojo em meu rosto:

-Por que você está aqui?! O que quer?! –berro:

-Não é óbvio? Estou aqui por sua causa. –ele ataca novamente, eu bloqueio:

-O que?

-Na verdade, estou aqui porque alguém acessou o banco de dados sobre o projeto, nunca imaginei encontrar minha desaparecida irmãzinha. –ele caminhava calmamente enquanto eu o atacava, sendo bloqueada antes de sequer tocá-lo –Eu apenas fui enviado para exterminar todos aqui.

-Não ache que vai ser fácil assim.

-Vai me impedir? Hu, mal consegue me tocar, como pretende me impedir? –ele se vangloria, sendo surpreendido por uma katana, a qual se desvia no último instante, mas tendo seu braço acertado:

-Se esqueceu que não é só eu neste local? –rio e dou uma investida, finalmente acertando um golpe diretamente em sua barriga:

-Maldita! –ele rosna, desviando de outro golpe do Snake:

-Essa expressão é tão divertida... –rio, tocando no sangue dele em meus tentáculos –Huh, seu sangue... Ele não é como o meu...

-Do que está falando?! –ele estava furioso:

-Nada não. –minha visão fica vermelha e ataco. Ele bloqueia e se desvia de outro golpe do Snake Eyes:

-Não queria ter de recorrer a isso, mas não tenho escolha. –ele saca um bastão –Creatures, plano B! –ele berra para as criaturas roxas, algumas sobem para o teto e vejo algo amarrado nas costas deles... –Tchauzinho irmã. –e o teto explode.

Destroços caíam, me desvio e vejo meu irmão fugindo, ah não, ele não vai fugir, não enquanto eu não souber onde estão aqueles que me tornaram isso. Tento ir atrás, porém uma daquelas criaturas se joga em mim, ficando sobre meu corpo e ataca com sua cauda afiada.

Aquilo crava em meu ombro, solto um gemido de dor e uso um tentáculo para segurar o rabo e outro para atingir seu peito. O corpo inerte dele cai encima de mim, que jogo para o lado e levanto, procurando meu irmão, porém ele havia desaparecido:

-Garota! –ouço a voz de Duke, olho para trás e o vejo preso nos escombros, que ainda caíam:

-Ora ora, agora quer que eu te ajude huh? –lanço um olhar irônico:

-Me desculpe tá? Eu só estava fazendo meu trabalho! –ele faz cara de dor e eu suspiro, usando meus tentáculos para tirá-lo dali:

-Tente aprontar outra dessas de me sedar e eu te deixo implorando por sua vida. –rosno para ele, que arregala os olhos e engole em seco, concordando em seguida –Agora vamos procurar os outros.

Tunnel não estava muito longe dali, desviando dos escombros e arrastando Scarlet:

-Tunnel, onde está Roadblock? –Duke berra, chegando até ele:

-Não sei, deve ter conseguido sair! –ele responde –Temos que sair daqui!

-Não sem o Roadblock!

-Se não sairmos, vamos morrer! Os destroços ainda estão caindo, vamos sair e esperar acabar, assim é mais fácil procurar! –Duke abre a boca para argumentar:

-Ele tem razão, vamos sair daqui e depois o procuramos. –o interrompo, agarrando seu ombro. Ele respira fundo e concorda, ajudando Tunnel a levantar Scarlet.

O metal range acima de nós, um grande destroço começa a vir em nossa direção. Sem nem ao menos pensar, uso meus tentáculos para pará-lo, só não contava que ele fosse tão pesado:

-Saiam daqui! –grito para eles, não estava aguentando –AGORA!

-Droga, você está nos salvando, de novo. –Duke fala entredentes e puxa Tunnel com ele, os três saindo debaixo do destroço:

-Idiota. –murmuro, vendo os dois saindo dali. Tunnel faz questão de olhar para mim e estender a mão, e tudo que faço é sorrir e deixar aquele peso enorme ceder sobre mim.

 

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Algo caía no meu rosto, me fazendo gemer e abrir os olhos em um sobressalto. Certo, meu irmão, explosão, soterrada... Não, está errado, eu deveria estar esmagada agora, regenerando dolorosamente meu corpo, e não inteira em um lugar debaixo da terra.

Olho minha mão, ela estava quebrada, e eu podia ouvir os estalos dos ossos enquanto se regenerava:

-Isso bem que podia doer menos né? –reclamo com a mão. Um vulto passa pelo canto de meu olho, entro em alerta e levanto em um pulo, botando meus tentáculos de forma ameaçadora e vejo quem era que me assustou. Dou um passo para trás, confusa.

Aquele que me encarava era uma estranha criaturinha fofa que demonstrava curiosidade, os olhos vermelhos me encarando. Nos encaramos por um tempo, até que ele faz algo inesperado, ele vem até minhas pernas e começa a se esfregar. Ok, isso é muito bizarro...

-Hã, não me diga que você gostou de mim... –o bicho me encara e depois volta a se esfregar na minha perna –Acho que isso é um sim... –olho para os lados, parecia que não dava para sair de lá. O bicho desgruda da minha perna e fica na minha frente, dando uns saltinhos para chamar minha atenção. O encaro e ele faz movimentos para segui-lo –Eu devo estar ficando louca... –me rendo, vendo que não havia outra alternativa para sair de lá.

O sigo e logo um caminho se revela. Olho para o bicho na minha frente, ele não era um bichinho fofo e retardado como aparentava ser, e isso me deixou com uma sensação ruim... O bicho para e me olha, o caminho a frente estava bloqueado:

-Quer que eu faça o resto do caminho? –o bichinho vira a cabeça de lado e eu suspiro, lançando meus tentáculos contra os destroços. Um, dois, três ataques e já podia sentir o vento. Continuo batendo até que faço um buraco de tamanho considerável para poder passar –Conseguimos...

Passo pelo buraco, o bichinho me segue. Olho ao redor, estava um tanto longe da base dos Joes. Como eu havia parado tão longe? A menos que...

-Foi você? –pergunto ao bichinho, que me encara –Foi você que me tirou dos escombros e levou até aquele lugar?

O bichinho muda o olhar bruscamente, como se dissesse que era melhor parar de questionar ou algo ruim iria acontecer... Eu estou sendo intimidada por uma criaturinha fofinha?

Desvio o olhar, chegava a ser perturbador ficar encarando aqueles olhinhos. Começo a caminhar em direção à base dos Joes, o bichinho me seguia, dando uns saltinhos de vez em quando e fazendo algo engraçado, no intuito de me fazer rir e esquecer aquela sensação, mas eu sei que ele tem algo ruim.

Quando finalmente chego perto da base dos Joes, ouço vozes:

-Onde aquela idiota está? –era Duke, bufando como sempre:

-Duke, já estamos procurando há horas, acho que ela... –Scarlet soa cansada:

-Não vamos parar enquanto não a acharmos. –esse era Tunnel:

-Mas já está anoitecendo e...

-Se não a acharmos, você irá contar pro Snake Eyes? Já viu como ele ficou depois que falamos do que aconteceu? –Duke exclama, acho que ela deu um passo para trás. Sério que o ninja caladão está tão abalado assim? Espera, não me diga que... Não, não e não, não comece a inventar coisas Elise!

-E falando nisso, onde ele está?

-Ele tinha ido procurar do outro lado. –Tunnel suspira, obviamente cansado. Ok, hora de acalma-los. Olho o bichinho, que faz uma cara fofinha:

-Quer vir comigo? –pergunto para ele, que me olha com uma cara indagadora –Estou em débito por ter me tirado de lá, então que tal eu e você sermos parceiros? Meu “bichinho de estimação”? –de estimação essa criatura não tem nada.

Estendo a mão e ele pula, subindo até meu ombro e ficando ali. Acho que isso é um sim.

Com meu novo mascote, vou até os três que estavam concentrados demais em retirar os escombros:

-Pelo jeito precisam trabalhar mais, porque estou mais lá embaixo. –falo, assustando-os, que dão um pulo para trás e me olhar como se vissem um fantasma:

-E-Elise?! Mas como? –Duke exclama:

-Nem me pergunte, quando acordei, estava em outro lugar. –dou de ombros –Quantos... Sobreviveram?

-Mais da metade, porém mesmo assim ainda temos feridos e soterrados, vai demorar para os Joes se reerguerem... –Scarlet fala:

-E tudo por minha causa... –murmuro. Um barulho soa atrás de mim e me viro, era Snake Eyes me encarando, ele tinha alguns cortes aqui e ali, mas de resto parecia ótimo –E aí Snake! Parece que sobrevivemos a outra bomba... –falo com meu tom costumeiro, tentando esconder o nervosismo que resolveu tomar conta. Antes que eu abrisse a boca novamente, sinto braços me envolvendo, Snake estava me abraçando:

-Pensei que você tinha morrido... –a voz robótica soa, Snake resolveu falar pela máscara:

-Se tem algo que sou boa em fazer, é sobreviver. –faço piada e ele me solta, me encarando de cima a baixo –Estou bem, você que devia cuidar desses ferimentos. –ele fica encarando o bichinho no meu ombro, não sei se estava surpreso ou tentando pulverizar o bicho através do visor da máscara:

-Hum, gente, temos um problema –Roadblock aparece, segurando um laptop:

-E o que seria? –Duke o olha:

-Uma nave está vindo em nossa direção, vai chegar a qualquer instante.

-Sério isso? Será que não dá pra ter um descanso? –bufo, cruzando os braços.

No céu, surge um jato que eu conhecia muito bem, mas não dava para acreditar que eles haviam me encontrado.

“Sim, a encontramos. ”, ouço a voz do Professor Xavier em minha mente, sorrio:

-Não se preocupem, são meus amigos chegando. –anuncio para os Joes.



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