História I am you, you are me. (REESCRITA) - You.

 [Jungkook POV]

O fansign havia terminado. Depois de assinar álbuns e conversar com as fãs, nós ficamos bastante felizes. A energia que todas aquelas pessoas nos passava transformava problemas em momentos felizes. Eu era muito grato a tudo aquilo e faria de tudo para retribuir todo aquele apoio algum dia.

Caminhamos até a van, estacionada alí por perto. Após todos membros entrarem, a porta fechou-se e seguimos viagem rumo ao dormitório.

-Olha todos esses doces... -disse Taehyung, analisando os presentes que as fãs haviam nos dado.

-Tae, me dá esse aqui? -perguntou Hobe hyung, metendo os olhos curiosos dentro do saco.

-Ah não! O rosa é meu! -respondeu Jin, tomando a embalagem das mãos do mais novo.

O ambiente era silencioso por causa do rádio, que havia pifado. Coloquei meus fones de ouvido e selecionei uma música aleatória. A música começou e olhei para a janela, admirando a paisagem pela escura janela da van.

Havia se passado 1 semana desde que aquilo havia acontecido. Lidei como se tudo fosse apenas um sonho qualquer. Jin contou-me que socorreu-me dentro do banheiro. Não havia sinais de que eu houvesse desmaiado, o que me intriga, pois ao acordar, meu corpo encontrava-se estirado no sofá.

Repentinamente, senti alguém tirar um fone de meu ouvido. Olhei para o lado e reconheci o autor da ação. Era Jimin.

-Nós estávamos decidindo o que jantar. O que você vai querer? -o mesmo perguntou, sorrindo fracamente.

-Pizza!

(***)

Após fazer toda higienização, deitei-me sobre a cama e encarei um ponto qualquer sobre minha cabeça. Pensei em tudo que havia acontecido. Todas aquelas palavras deixaram-me intrigado. Como ele sabia sobre o sonho que eu tivera? Seria possivelmente um cartomante ou algo do tipo?

[QUEBRA DE TEMPO]

2 horas atrás, no banheiro do restaurante.

Olhei-me no espelho, enquanto lavava as mãos.

-Ainda confuso sobre se aquilo era sonho ou realidade? -disse um senhor, que aparentava uns 40 anos, também lavando as mãos.

Olhei para meu lado e encarei-o confuso.

-Está falando comigo? -perguntei.

-Só há nós dois aqui. O que acha?

-Não faz sentido... Nós não nos conhecemos...

-Conheço você mais do que pensa.

Meu corpo estremeceu. Senti minha pele arrupiar com suas palavras. O mesmo saiu do banheiro, sem dizer mais nada, deixando-me alí, sozinho, sem compreender mais nada.

Voltei a mesa onde estavam todos os outros e me sentei em meu lugar.

-Jungkook -a voz levemente grave me chamou. Era Suga, sentado a minha frente. -Você tá bem? Parece até que viu algum fantasma.

-Eu estou ótimo. -respondi-o. -Era só um fã, que me abordou de surpresa.

Peguei o copo com refri e tomei um gole, tentando disfarçar a mentira que eu acabara de inventar. Eu odiava mentir para os meninos, mas ninguém nunca poderia entender o que havia acontecido. Se nem eu entendia, como pode alguém entender?

Não engoli aquilo tão facilmente. Até o fim da viajem, fiquei pensando milhares de vezes. Afinal, quem era ele?

(***)

Lentamente, senti meu corpo despertar. Depois de uma longa noite de bom sono, espreguicei-me.

Estava nublado. O quarto ficou em uma penumbra em plena manhã. Olhei pela janela atônito.

Hoje seria bastante puxado. Academia, ensaios e gravações para o comeback. Isso já fazia parte de minha rotina. Lavei meu rosto, coloquei uma roupa adequada a ocasião e saí do dormitório, chegando até um longo corredor. Uma música eletrônica tocava alto. De longe, poderia ouví-la.

Adentrei o ambiente cheio de aparelhos de levantamento de peso e estantes abastecidas de equipamentos.

(***)

O suor descia pelo meu pescoço. Peguei uma garrafa cheia de água e bebi seu conteúdo. O líquido gelado refrescou minha carganta. Parei por uns instantes para enxugar meu corpo com uma toalha de rosto que eu havia trazido.

-Jungkook, você já conhece nosso novo treinador? -olhei para cima e lá estava Jin hyung junto com um homem bastante conhecido por mim.

-Não pode ser... -pensei, analisando a fisionomia do treinador ao seu lado.

-Você--

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, minha visão virou apenas uma tela preta. Senti o impacto de meu corpo ao chão, enquanto deixava a realidade.