História I Believe In You And Me - (EM REVISÃO) - Capítulo Onze - "Stay Quiet, Little Touka"

#11 – “Stay Quiet, Little Touka”.

  Yomo andava de um lado para o outro há horas, Uta já estava ficando irritado, o barulho dos passos do albino não o deixavam trabalhar. Alias, oque Yomo está fazendo ali mesmo? Ah, é, pedindo ajuda para encontrar Touka e Kaneki. As únicas informações que o albino tinha era que Kaneki estava morando com um dos pombos, e que Touka está sobre custódia da Aogiri, oque não bem uma boa noticia. Se Yomo continuasse a andar repetidamente desse jeito iria cavar um buraco em sua preciosa HySy ArtMask.  

- Renji, por favor, sente em algum lugar, não consigo me concentrar. – Pede o ghoul cheio de tatuagens e frequentemente com kakugan (olho-ghoul) ativo, Yomo sentou-se na poltrona e Uta olho de canto. – Está muito nervoso, nunca te vi assim desde... sua época... – Yomo franziu o cenho e olhou para Uta raivoso que entendeu o recado e voltou sua atenção pra o desenho.

- Eu só não quero que eles se machuquem por minha causa, já basta termos falhado com o Kaneki, não podemos falhar com a Touka. Foi sorte o Kaneki está morando com um dos pombos, ele está protegido, mas, Touka... Ela... – Uta segurou o riso. Faz um bom tempo que Uta já tinha visto seu amigo assim, na verdade desde que ele parou com aquilo, e foi para a Anteiku, tudo parece ter melhorado entre eles.

- Calma Renji, a Touka é uma mulher forte e resistente, ela vai ficar bem, pelo menos até a encontra-la.

   O albino meneou e tomou um pouco do café que havia trago da Anteiku. Era verdade, ele estava preocupado, por mais que não goste de demonstrar suas emoções (a não ser para Uta), por dentro ele se corrói, já havia perdido muito pessoas na época do corvo, e não podia perder mais ninguém por culpa de sua incompetência, tanto a Anteiku quando Touka e Kaneki precisa dele agora.

XXXXX

  Ah, como era bom terminar mais uma noite junto com ele ao seu lado, na mesma cama. Com duas xicaras vazias de café no criado-mudo. Roupas espalhadas pelo o chão e a cama. As quatro da matina, Amon pensando em como tudo tinha mudado desde a chegada de Kaneki.

  O investigador ficava olhando para o teto com um sorriso bobo, enquanto sentia a respiração calma do ghoul contra se peitoral, as suas mãos faziam um carinho que adormecera o mestiço imediatamente. Amon trazia a tona tudo oque havia acontecido em todas essas... 120 horas ao lado de Kaneki. Era algo quase impossível de acreditar. Um investigador e um ghoul juntos. Era UMA LOUCURA. (Talvez a palavra certa seja insólito).

  A brisa entrava pela a janela aberta que Amon sequer teve coragem de ir fecha-la. Nem precisava; Com um lençol, um contato corporal (literalmente) e um café “pós-sexo”. Era uma experiência que Amon nunca tinha experimentado em toda sua vida, e sua primeira foi com Kaneki.

  Há, que ironia. Enquanto ele define tudo que acontece ali no quarto, nem se dá conta que aquilo era exatamente oque ele precisava, oque ele queria. Não só uma relação carnal, mas espiritual. Como uma fusão de duas almas que foram feitas para ficarem juntas, não vamos exagerar, mas, Amon estava feliz com TUDO. E não abriria mão. Não trocaria nada por esta calmaria e esta respiração contra seu pescoço.

  O celular tocou fazendo Amon assusta-se de tão distraído que estava. Olhou para baixo e checou se Kaneki não havia acordado, mas ele apenas gemeu com o cenho franzido. Amon se apressou e pegou o celular e atendeu sem ao menos ver quem era.

- Alô?

- Você tem 48 horas para tentar salvar Kaneki Ken... Amon Koutarou, caso contrario, o bonitinho ao seu lado desaparecerá do mapa e principalmente de sua vista. – Assim que a ligação tinha sido terminada, Amon levantou-se bruscamente arregalando os olhos. Ficou olhando a tela de o celular desligar, seu coração estava acelerado com tal ameaça, fitou Kaneki e depois para a janela, enxergando de longe um borrão em cima do outro apartamento desaparecendo. Franziu o cenho e mandou uma mensagem Akira e depois voltando a abraçar Kaneki possessivamente, como se a qualquer momento a ameaça fosse se realizar.

XXXXX

  Kaneki acordou com feixes de luz em seu rosto e logo abriu os olhos, quase os cegando pela a claridade. Percebeu que Amon não estava ao seu lado levantou-se pegando o terno que jazia no chão, perfeitamente amassado e cheirava a Amon. Vestiu-se e saiu em busca do investigador pela a casa, e achou-o com sucesso na cozinha com um prato de torrada (nem tocada) e duas xicaras de café, o rosto do mesmo estava horrível.

  Orelheiras preenchiam a região abaixo do olho e a parte da esclera estava totalmente vermelha. Kaneki caminhou até a mesa e sentou-se em frente ao investigador, que ao levantar o rosto viu o semblante preocupado do ghoul.

- Amon... Oque aconteceu? – Pergunta o mestiço colocando a cadeira ao lado da de Amon que o abraçou de lado encostando o rosto no ombro de Kaneki. – Amon...

- Eles... Querem te pegar de volta... A Aogiri. – Kaneki arregalou os olhos e sentiu as mãos de Amon apertarem mais ainda. Ao separar-se do mesmo, Kaneki passou os dedos pelo o rosto do investigador destruindo as linhas de lagrimas que desciam oque não adiantou muito, pois a sua vez havia chegado.

- Eu não quero que se machuque por minha causa...

- Kaneki...

- Por favor... D-Deixe que eles... Levem-me...

- KANEKI! – O ghoul levantou o rosto para Amon, que junta os lábios num selo terno. – Eu não vou deixar. Nunca. Nem que eu tenha que quebrar uma perna, vou te proteger.

  Num abraço aconchegante Kaneki sentia-se realmente protegido, mas ao mesmo tempo inútil. Se não fosse por sua “incapacidade de controlar o poder-ghoul”, não precisaria se preocupar, ao melhor. Não precisaria ver Amon tão triste assim. Por sua culpa.

  Mas ele não iria deixar assim. A Aogiri não iria destruir sua felicidade mais uma vez.

XXXXX

 - Não aguento mais! – Reclama Hide jogando a pilha de papeis na mesa e ficando em uma posição desconfortável na cadeira soltando um suspiro. Akira revirou os olhos e fitou Arima. Desde que Kaneki havia sido trazido a CCG sua aparição a outras pessoas estava sendo frequente. – Tem certeza que não conseguiu nada? – Pergunta Hide desta vez olhando para o albino.

- Não. – Respondeu seco. – Na verdade... – Começou chamando a atenção dos demais. – Eu estava pensando. Mesmo tendo rastreado a ligação de Amon, só conseguimos a localização de um terreno baldio e a venda. Juuzou e Shinohara não conseguiram achar nenhuma entrada secreta, se bem que as atividades da Aogiri já foram bem recentes por lá. Só precisamos penetrar, mas aquele local.

  Akira franziu o cenho e lembrou no dia em que ficou perdida por lá e seu pai havia a encontrado. Naquela época...

- Eu me lembro de que quando eu era pequena, fiquei perdida naquele lugar. Mas antes que meu pai me encontrasse, eu vi um tipo de túnel. Se voltarmos lá...

- Podemos tentar achar o túnel. – Diz Arima e Hide em uníssono. Se Aogiri consegue fugir.

  A CCG os encontrará novamente, até o dia em que estejam todos destruídos.

XXXXXX

   Touka mexia suas mãos em uma tentativa de quebrar as correntes. Oque não adiantava em nada, pois sua forças estavam esgotadas. Ela não conseguia distinguir os cheiros nem o lugar em que estava, e ela só sabia de uma coisa. Quando conseguisse sair dali mataria seu irmão. Sua atenção foi chamada assim que escutou uma conversa atrás da porta.

- Não podemos deixar ele nos descobrirem, já basta o problema que tivemos com aquele investigadorzinho de merda. – Falava a voz masculina que Touka imaginava ser Ayato.

- O Jason não está por aqui, como vamos o desobedecer? Ayato-Kun, não somos seus subordinados. – Agora falava uma voz feminina abafada, quase sussurrada.

- Ah, quer saber?! Vão para a merda, eu não vou ser morto por causa de uns covardes. Se quiserem morrer, eu não me importo!

  A Porta abriu fazendo Touka estremecer, uma menina entrou, ela tinha o rosto coberto por panos assim como seu corpo, e usava um vestido, logo atrás dela um albino de máscara vermelha a fitava.

- Fique quietinha, pequena Touka. – A garota saiu junto com os outros, a ghoul ficou confusa.

  Os passos foram se afastando de pouco em pouco. Touka franziu o cenho e olhou para o teto. Observou o quarto imundo.

  Kaneki veio em sua mente.

  Será que ele está bem?

  A ghoul soltou um suspiro e fechou os olhos, somente os fechou. Pois qualquer coisa poderia acontecer com ela neste lugar.

To Be Continued