1. Spirit Fanfics >
  2. I Bet You All In >
  3. I bet on The X clan

História I Bet You All In - I bet on The X clan


Escrita por: TaigaMinhyuk

Notas do Autor


VOLTEI MEUS AMORES, NÃO ME APEDREJEM, POR FAVOR <333
voces já me conhecem não é? então, é aquele ditado, quem é vivo sempre aparece, e cá estou eu, trazendo mais uma vez um capitulo para a felicidade de voces <3
JÁ ESTAMOS COM 3.000 VIEWS TO GRITANDO <3 agradeço todos os dias por vocês não desistirem de mim e da minha fic, continuem nos apoiando, por um longo tempo, por favor <3
Amo voces, e só mais uma coisa: O QUE FOI ESSE MV DE FIGHTER? TO TÃO ORGULHOSA, quando a fic chegar a 130 favoritos, irei contar uma surpresa para voces, se não, só no ultimo capitulo mesmo kakakaaka Não sou maligna, eu juro gente, mas enfim obrigada por tudo e boa leitura <3

Capítulo 14 - I bet on The X clan


 

                                        

Era como se o odor da Delfim estivesse entrando pelas minhas narinas e se dirigindo até meu coração, ocupando todo o espaço ali vazio. Sentia-me leve, era quase como se todos os problemas que inundavam minha vida se dissolvessem como o mais simples pó.

Olhei para o garoto sentado ao meu lado, o qual me observava com um sorriso nos lábios, como estivesse se divertindo vendo meu estado, e lhe devolvi um dos meus sorrisos mais largos. Ele estava mais bonito que o normal, como isso era possível? Sua pele pálida se encontrava em contraste com os tons escuros de tinta em seu rosto, seu cabelo aparentava ter sido penteado, o que era raro. No mesmo tempo em que eu lhe olhava, nossos olhares se cruzaram e se encararam. Seus olhos estavam tão vivos e misteriosos, e algo neles me atraiam tão perdidamente, que eu havia esquecido a vergonha e apenas o olhava, impossibilitado de desviar. Eram encantadores. Lembrei-me do nosso primeiro encontro, aqueles olhos castanhos escuros, ao ponto de serem confundidos com o preto, desde começo faziam meu coração acelerar, e o pior, sem nenhuma explicação.

Após algum tempo, ele virou-se para frente cortando nossos olhares, e com isso, decidi observar ao meu redor, todos pareciam estar no mesmo estado que eu, haviam sorrisos em cada um dos rostos ali presentes. ChangKyun segurava em suas mãos uma muda de Delfim e brincava com sua pétalas distraidamente, enquanto encostava sua cabeça no ombro de Kihyun,o qual mexia o liquido lilás, no entanto, mais claro do que aquele que Minhyuk me mostrara. Wonho parecia mais alterado do que os outros, sua risada soava pelo lugar, mas os membros pareciam não se importar. Já Shownu dirigia seu olhar calmamente para Jooheon, ao mesmo tempo que o rapaz com as covinhas acrescentava com seu dedo mais cores ao corpo do Líder.

 Quando Jooheon terminou, Shownu acenou com sua cabeça, como se desse permissão a próxima ação do rapaz ao seu lado, o qual logo após, se levantou, e pegou um vaso com detalhes de bronze, já um pouco enferrujado por conta do passar dos anos que se encontrava próximo dali. Com isso, todos pararam o que faziam, ficando em silencio e olharam para o garoto em pé. Notei que dentro do vaso estava o liquido lilás que antes se encontrava com Kihyun, ao vê-lo tomar aquela posição, conclui que Jooheon era o responsável por dirigir a cerimonia, assim, passei também a lhe observar atentamente.

 Jooheon então começou a falar, e ao mesmo tempo, os membros fecharam os olhos:

“Factum est autem caelum et terram, (Dos céus a terra veio)

salutem tueri liberos (para proteger e salvar teus filhos)

et nunc creati sunt receptacula animae ad laudem, Deae Cras (agora os escolhidos e receptáculos de tua alma se encontram aqui a louvando, Deae Cras)

Protegat nos a morte animas nostras et in miraculum, et dolores nostros curare Delphino, et in nomine tuo pugna capta recuperare omnia. (Nos proteja da morte, cure nossas dores e nossas almas, com pode e milagre da delfim, para que consigamos lutar em teu nome e reconquistar tudo que nos foi tirado) "

 Ele estava falando em outro idioma, eu reconhecia aquelas palavras, cada silaba delas haviam feito parte de minha infância. De repente, a imagem borrada de minha mãe veio em minha mente, ela era amante de latim e adorava recitar poemas e canções na forma mais antiquada do mesmo, lembrei-me que quando mais novo, uma vez que fiquei doente ela recitara aquelas mesmas palavras que saiam naquele momento da boca do Jooheon,mas como isso era possível? Não poderia ser, certamente eu estava me confundindo, eu era apenas uma criança na época, não podia me lembrar de algo rudimentar assim. Expulsei aquele pensamento estranho de minha mente, e apenas deixei que vestígios da voz de minha mãe ressoassem nela. Eu amava as suas canções, mesmo nunca compreendendo o que ela falava, mas pouco me importava, o que bastava era somente o som da sua voz, a qual o tom até hoje se encontra guardado em meu coração, protegido como uma de minhas lembranças mais preciosas.

 Assim que Jooheon terminou, todos ergueram suas mãos em direção ao recipiente com o liquido, e começaram a falar algo que eu não conseguia distinguir o que era, por não passar de meros sussurros. Minhyuk então, ao perceber minha confusão, baixou as suas mãos e falou em murmúrio, próximo ao meu ouvido:

– Não se assuste, estamos apenas agradecendo e pedindo proteção para Deae Cras, pois uma fase importante do nosso plano está se aproximando. No próximo ritual irei lhe ajudar com suas preces, mas por agora, apenas se entregue e deixe a alma de nossa deusa tomar conta do seu corpo, tudo bem?

 Acenei em concordância e logo após fechei meus olhos. Com isso, apenas deixei que a sensação proporcionada pela flor tomasse conta do meu corpo, naquele momento, eu não era o filho problemático do comandante, não era o perdedor, o inútil, o medroso. Naquele momento eu era apenas Hyungwon, sem crises, problemas ou medos.

 Depois de alguns minutos, as vozes foram aos poucos sessando, e o silencio tomou conta do local, Jooheon também parara de falar e agora, pegava as pétalas de delfim moídas e adicionava ao liquido, o qual rapidamente tornou-se um tom de lilás mais escuro, quase roxo. Assim que terminou, colocou o vaso de bronze no meio do círculo e despejou o liquido em quatro outros recipientes menores e transparentes. Quando os recipientes estavam cheios, sentou-se novamente e falou, olhando para mim:

– Shownu agora irá recitar nosso juramento. Sempre que realizamos o ritual, temos que renovar nossos votos, pois eles são os responsáveis por fazer com que a delfim continue a crescer saudável, sem o ritual, elas murcharão com o tempo, se tornando brancas e por fim irão morrer. E se isto acontecer, não podemos as trazer de volta a vida por mais que nos esforcemos, se chegar a esse ponto, ela não nascera nunca mais. Por isso, nunca passamos muito tempo longe em missões. – Seus olhos pareciam observar cautelosamente minhas reações, ele certamente ainda estava inseguro sobre minha decisão, já cansado disso, lhe olhei de volta, deixando claro que eu não voltaria atrás. Jooheon por fim, suspirou e continuou –Ao fim do juramento, você estendera sobre os quatros vasos uma de suas mãos e irar dizer: “Juramos solenemente que vamos fazer de tudo para proteger o CLAN X.” Você sabe que ao jurar você não poderá mais voltar atrás não é?

 Sim eu sabia, meu pai sempre me ensinara que os juramentos eram a honra de um homem, se um dia você romper um juramento, sua alma também rompera e você não irar passar de um cão sarmento. Pelo menos alguns de seus ensinamentos, eu havia decidido levar para a vida toda. Respondi me esforçando para transparecer a minha resignação:

– Eu viverei para proteger e Clan X, essa é minha escolha.

 Com minha fala, notei um sorriso vitorioso brotar nos lábios de Minhyuk, mesmo ele tentando disfarçar. “Eu estou fazendo a escolha certa, eu sei disso.”  Pensei, desviando meu olhar para Shownu, o qual agora, parecia mais ainda ser o líder, sua aura esbanjava sabedoria e proteção, enquanto respirava fundo antes de dar início ao juramento. Se alguém alguns dias atrás me falasse sobre rituais, deusas e plantas curadoras, eu não acreditaria e certamente o chamaria de Herege, mas naquele momento, lá estava eu, em um caminho sem volta, uma parte de mim, ainda me dizia que havia tempo para fugir, que era perigoso demais, no entanto, eu a ignorava, eu estava aonde tinha que está, esse era o meu lugar. Repentinamente a voz de Shownuu soou me fazendo despertar de meus pensamentos, e rapidamente prestei atenção no que ele dizia:

– Nós, apostando tudo o que temos, solenemente juramos que iremos cumprir tudo no seguinte juramento:

Um, nós vamos recuperar tudo o que perdemos . 

Um, vamos ocupar nossos corações vazios.   

Um, vamos encontrar o caminho certo para voltar e marchar em frente.                                                                                               

Um, nunca vamos deixar ninguém para trás.     

Para nos tornarmos um só, nós vamos proteger o CLAN X.                                                                                                                                                       

 Enquanto Shownu recitava o juramento, senti arrepios percorrerem meu corpo, e uma chama aparentava se acender em meu coração a cada palavra. Eu não apenas as escutava, mas também sentia as em cada parte do meu ser. Parecia que cada palavra do juramento estavam sendo recitadas junto as vozes de todos os antepassados do Clan X, eu podia jurar que as podia escutar claramente.

  Aquelas frases eram mais que um simples juramento, pois em cada uma delas, estava a alma de um membro do Clã que fora morto durante os Anos Vazios, de homens e mulheres que acreditaram e lutaram sem temer, dos guardiões que padeceram na busca de recuperar aquilo que lhes foi tomado, de crianças que tiveram seu futuro roubado, e de todos que ainda continuavam vivos e clamavam por suas terras. E naquele momento, prometi para mim mesmo, que me esforçaria para que nossas vozes fossem lembradas como os daqueles que cumpriram todo o juramento e protegeram o Clan X até o ultimo dia de suas vidas.

 Logo que Shownu terminou o juramento, levei minha mão em direção ao centro do círculo e os outros trataram de fazer o mesmo, e falamos em uni som:

– Juramos solenemente que vamos fazer de tudo para proteger o CLAN X.

Após isto, Jooheon pegou um dos vasos transparentes e o levou ao encontro de sua boca, assim sendo o primeiro a tomar o liquido. Enquanto tomava o elixir, os outros pareciam esperar pacientemente por sua vez. Chegara a hora, assim que eu tomasse o elixir, entraria oficialmente para o Clan X, entraria para um grupo de rebeldes. Assim que o liquido entrasse em meu corpo, eu estava colocando minha vida em pró do clã, o que será que minha mãe iria dizer se descobrisse que seu filho havia entrado para um grupo rebelde? Meu pai, com certeza, me prenderia sem hesitar. Meu pai... como eu esconderia o que eu havia me tornado dele? Será que ele sabia que rebeldes viviam livremente em nosso distrito? As dúvidas começavam a preencher minha mente, e se ele soubesse que eu estava me envolvendo e me usasse para capturar os meninos? Não, não, isso não seria possível, ele estava muito ocupado lidando com os problemas do distrito, para querer saber mais sobre a vida de seu imprestável filho.

– Hyungwon?

Ouvi meu nome ser chamado, e virei imediatamente em direção a voz do senhor cabelos de neve, ele parecia estar mais próximo de mim, ao ponto de nossas pernas estarem em contato uma com a outra.

 – Está nervoso?

 Sorri ligeiramente, já havíamos chegado no ponto de Minhyuk saber o que se passava comigo mesmo sendo ótimo em desfaça minhas emoções? Mas ele tinha razão, meu coração batia aceleradamente por causa do meu nervosismo, o suor em minhas mãos era perceptível. Senti que Minhyuk estava se aproximando mais, com isso, levantei meu olhar que estava olhando para um ponto qualquer no chão, e o fixei no garoto a minha frente. Sua mão esquerda foi em direção a minha, que se encontrava sobre minhas pernas, e a segurou firmemente, em uma tentativa de fazer com que os pequenos tremores que haviam se iniciado parassem. Nossos olhares se encontraram, Minhyuk me olhava carinhosamente, e em seu olhar também havia algo parecido como proteção, nisso, constatei sua mão direita se aproximando de meu rosto, a qual logo se pousou em minhas bochechas fazendo-lhe um carinho com os dedos, o qual imediatamente me causou um arrepio. O lugar em que seu dedo deslizava parecia fervilhar, agradeci silenciosamente, a pouca luz do lugar, pois podia sentir minhas bochechas começarem a se avermelhar.

 Enquanto eu desfrutava de seu toque, sua voz ressoou calmamente:

– Não precisa ficar nervoso, eu estou aqui ao seu lado. Vamos, chegou sua fez.

Falou ao se desfazer do toque em minhas bochechas, no entanto, mantendo nossas mãos entrelaçadas.

  Jooheon agora estendia o liquido em minha direção. Respirei sutilmente, e estendi minha mão livre sem hesitação, como Minhyuk dissera, eu não precisava ficar nervoso, sei que ele estaria ali para me proteger a qualquer momento, e apenas aquela certeza, era capaz de tranquilizar meu atordoado ser. Já com o vaso em mãos, soltei minha mão da de Minhyuk para segurar melhor o receptáculo, e sobre os olhares de todos ali, levei o liquido a meus lábios, tomando-o.

 O liquido desceu queimando cada pedaço de minha garganta, era como se vários espinhos estivessem passando por ela e arranhando suas paredes, torci um pouco, e Minhyuk me olhou preocupado, mas logo lhe lancei um olhar o tranquilizando, e levei novamente o vaso a minha boca, mas aos poucos, a sensação de queimar foi dando lugar, a uma sensação que eu não conseguia descrever, mas era como se eu estivesse deitado em milhares de penas ao som da agua de um cachoeira caindo. Minha visão parecia está ficando embaçada, e também tudo ali parecia mais colorido que o normal. As coisas ao meu redor pareciam tremular e estarem se movendo, aquilo era engraçado, e sem que eu percebesse minha risada soava altamente pela estufa. Mas logo a cessei, ao olhar para a minha mão, e ver que lentamente, um desenho ali se formava, as linhas negras brotavam e se curvavam, e de repente desapareciam e resurgiam. O desenho aos poucos tomava forma, e por fim, notei que aquele era a minha tatuagem de X e abri um largo sorriso para Minhyuk.

Eu havia entrado para o Clan.

 Enquanto os outros passavam os outros vasos entre si, prendi meu olhar na cena em que se encontrava o casal em minha frente, ChangKyun sorria para Kihyun vendo o menor tomar o liquido, e logo após, o olhar de ambos se encontraram, Chang se aproximou de Kihyun e falou um pouco baixo, mas não o bastante para que eu fosse incapaz de ouvir:

Eu amo você, Hyun.

 Se a iluminação daquele local não fosse tão ruim, eu podia jurar que vi as bochechas do Kihyun corarem. E então, Kihyun puxou o seu companheiro pelo o pescoço, fazendo com que suas testas se encontrassem, e abriu um lindo sorriso formando um adorável eye smile, e respondeu com um “Eu também amo você.” Logo após, Chang abaixou-se e deitou sua cabeça no colo de Kihyun, o qual iniciou uma série de carinhos nos cabelos do mais novo. Sorri ao ver aquela cena, eles deviam se amar muito, ela incrível como mesmo em meio ao caos ainda houvesse amor, coisas assim me faziam não perder a fé na humanidade.

 “Como deve ser se apaixonar e amar alguém?” pensei.

 Depois que todos já haviam tomado o elixir, a voz de Kihyun foi a primeira a ressoar pela estufa:

– A partir de hoje estamos completos. Os setes pedaços da alma de Deae Cras estão reunidos formando apenas um. Então lembrem-se o X Clan não vive sem o guardião, e o guardião não vive sem o X Clan. Se um de nós abandonar o clã, tudo padecerá. Devemos nos manter unidos, não importa o que aconteça, o futuro de todos depende de sete.

 

 

 Algumas semanas se passaram desde o ritual, não havia ocorrido nada demais, meus dias se resumiam a passar grande parte das 24 horas na casa do ChangKyun, onde convenci Minhyuk, apesar de suas queixas, a me ensinar alguns golpes de artes márcias, como os que eu vira em sua luta contra os apollyons. No entanto, Minhyuk era o braço direito de Shownu, então as vezes, ele passava horas discutindo sobre nossas ações futuras junto com o líder e Jooheon, e quando isso acontecia, eu me distraia ensinando a Kihyun como fazer medicamentos à base de algumas ervas, ele parecia encantado com cada ensinamento de Yoongi e seguia minhas instruções fielmente.

 Eu só voltava para casa ao anoitecer, e raramente nesses dias que passaram encontrei meu pai em casa, não sei se ele estava me evitando ou ocupado demais com o trabalho, mas mesmo assim, eu agradecia, pois as agressões haviam parado. Minhyuk ainda preocupado comigo desde o acontecido da minha crise, fazia questões de dormir todas as noites comigo, apesar de minha oposição, eu realmente gostava de sua preocupação e proteção, mas era covarde demais para admitir os sentimentos que começavam a brotar em meu coração. Eu me encontrava confuso em relação a Minhyuk, cada toque inesperado seu, a caricia que fazia em meus cabelos para que eu adormecesse, cada pergunta que exalava preocupação, a sensação de acordar todos os dias e ver que seus braços me envolviam com cuidado, sua voz, a intensidade que me olhava quando nossos olhos se encontravam sem querer, tudo ligado aquele rapaz fazia meu coração se aquecer e aos poucos eu perdia meu medo de me envolver com pessoas, e me entregava contando todos meus segredos a ele, para Minhyuk eu me tornara um livro aberto, o qual ele não se importava se havia amaçados ou folhas amareladas, ele cuidava e adorava cada parte do velho livro, cada parte de mim. E eu adorava cada pedacinho dele.

   

 A claridade de mais um dia já invadia meu quarto, e o ser ao meu lado, dormia como uma criança ou como uma pedra melhor dizendo. Se eu pudesse, passaria o resto do dia olhando sua expressão serena e como seu peito subia e descia lentamente, no entanto, no dia anterior, Shownu havia recebido um pedido de socorro de alguns comerciantes do Estorvo, os quais não que estavam sendo ameaçados por alguns soldados. No fim, decidimos que quando amanhecesse iriamos ver o que ocorria, naquele distrito não havia ninguém fora o membros do Clan X que arriscavam se opor aos soldados, os injustiçados precisavam da gente e faríamos tudo que estivesse ao nosso alcance, ou até mesmo além dele.

 Passei levemente meu polegar pela bochecha de Minhyuk, porém só foi o suficiente para fazer com que o rapaz resmungasse e virasse para o lado. “Certamente ele é uma criança, não é possível.” Pensei, enquanto encarava as costas do grande preguiçoso. Olhei para o relógio já passavam das onze horas, Kihyun, com certeza, já estava planejando nossa morte por conta do atraso, e então, sem cerimonias e com um sorriso maligno no rosto, empurrei o senhor cabelos de neve em direção ao chão.

Antes mesmo que eu pudesse ouvi seu grito, já me encontrava rindo alto.

– Que merda está acontecendo? – falou ainda atordoado olhando para os lados, e então olhou para cima, e pude jurar que se outra pessoa o tivesse empurrado, ele estaria a enforcando agora.

E então ao parar meu ataque de risos, sorri maroto em sua direção, e falei com uma voz manhosa, que eu nunca pensei que pudesse ser capaz de sair de minha boca:

– Bom dia, Senhor Cabelo de Neve. – Desde que Minhyuk entrara em minha vida, muitas coisas que eu nunca pensei que poderia ser capaz de fazer ou sentir preenchiam meus dias.

Ainda se levantando, perguntou:

– Quando você se tornou uma versão mais alta do Kihyun? Você não era assim. – disse com um tom rígido, mas simultaneamente um sorriso brotava em seus lábios, e logo seus braços me envolveram. E, com seu rosto enfiado entre meus cabelos, continuou: – Bom dia para você também, Won.

 

 

 Já estávamos todos reunidos na casa do Chang, depois de comemos uma sopa de broto de feijão, Kimchi e arroz, maravilhosamente feito por Kihyun, decidimos que já devíamos sair. Quem nos olhasse com roupas características do nosso distrito, poderia jurar que éramos cidadãos abastados comuns, uma das primeiras regras de ser rebelde, era evitar o máximo chamar a atenção. Sempre que podíamos, saiamos pelo distrito, apenas para se divertir e respirar um pouco o ar fora de nossa casa, mas diferentes desses dias, uma sensação de medo e de que algo daria errado iria acontecer me deixava apreensivo e com o peito apertado, no entanto, ao ver como todos ali sorriam e falavam de algo descontraidamente, decidi que era melhor me manter calado, essa sensação era só mais uma das peças pregada pelo meu inconsciente. Sim, era somente isso.

 Ao longe, podíamos avistar um pequeno aglomerado de homens com roupas pretas ao redor de algo, Shownu e Jooheon se olharam, e logo o líder acenou para os outros e falou:

– Chegou a hora rapazes.

 Essa seria a primeira vez desde que eu entrara para o clã que enfrentariamos tão descaradamente um soldado, pelo menos notei que não eram apollyons, mas soldados de rota comuns.  Respirei fundo e senti o pequeno ramo de Delfim em meu bolso, eu o levara com a intenção de demostrar mais ainda meu protesto, que não estávamos ali para brigas.

 Ao nos aproximarmos, podíamos ver o desespero dos dois idosos comerciantes que tentavam afastar as armas dos soldados os intimidava.

– Por favor, senhor, não estamos fazendo nada de errado, temos família para sustentar.

 O soldado mais alto riu em sarcasmo e falou, com um irritante tom de voz:

– Pouco me importar, vocês sabem as leis, aqueles que não pagam impostos não podem comercializar nada.  –  o soldado parou e e olhou para a desgastada mesa, e apos cuspi em cima dos sapatos, continuo – Rapazes destruam essa barraca nojenta.

 Jooheon foi o primeiro a intervir. Assim que um soldado gordinho se preparava para derrubar a mesa, Jooheon colocou sua mão no peito do soldado, e o afastou. E rapidamente todos nós seguimos logo atrás.

– Calma senhores, por que não deixamos esses cidadãos venderem o resto de suas mercadorias e logo após eles irão se retirar. – Falou o rapaz das covinhas, que agora possuía um olhar intimidador, como aquele que vi quando nos conhecemos.

 O soldado gordinho se surpreendeu, mas logo passou a encarar Jooheon – E quem é você? –  falou já apontando a arma em sua direção.

– Alguém que você não precisa saber o nome, senhor. – Jooheon respondeu com sarcasmo, mesmo tendo com arma apontada para sua cabeça. A pegou pelo cano e a segurou em desafio. E demostrando que não iriamos recuar nem um passo.

 Tirei minha atenção de Jooheon e dos outros membros, e me dirigi para um soldado que mantilha ainda firmemente a arma em seu peito, quando nossos olhares se encontraram, o vi dar um passo para trás e me olhou confuso, e então me coloquei em sua frente.

– O que o filho do comandante Lee Hyung faz com um bando de arruaceiros? Seu pai sabe? – perguntou com uma voz firme.

 Droga. Eu sabia que algum deles iria me reconhecer, mas na verdade, pouco me importava, naquele momento eu não pensava nas consequências daquilo tudo, apenas desejava proteger o que havíamos ido proteger, nada mais. E então, tirei a flor lilás do bolso de minha calça, e a levei até meus lábios, depositando um beijo em suas pétalas e a coloquei no bolso do colete do soldado a minha frente, o mesmo ainda mantinha um olhar meandroso, quando sorri de canto ao responder:

– Viemos manter a paz.

  Assim que terminei de falar, o soldado moveu seu braço como se fosse me atacar, e rapidamente vi a cabeleira branca surgi em minha frente. E ao virar um pouco para atrás para me olhar, Minhyuk falou sorrindo:

– Acho que você já terminou com esse aqui, Won. Pode ir ver como os outros estão.

Ao mesmo momento em que falava, nossos olhares se encontraram e notei que algo parecido com orgulho exalava de seu olhar, e então me afastei sorrindo em resposta. Ele estava orgulhoso de mim, e eu também estava, nunca pensei que algum dia podia enfrentar as injustiças que eu tanto detestava.

 Ao olhar ao redor, percebi que Shownu e os outros também enfrentavam o resto dos soldados, já os dois idosos olhavam surpresos e também esperançosos para os garotos a sua frente, e naquele momento, ao ver o olhar de cada um deles, entendi o real significado de ser rebelde.

 Éramos a última esperança do povo contra a mão opressora do governo.


Notas Finais


TRADUÇÃO DA ORAÇAÕ DO JOOHEON:
Do ceus a terra veio,
para proteger e salvar teus filhos,
agora os escolhidos e receptáculos de tua alma se encontram aqui a louvando, Deae Cras.
Nos proteja da morte, cure nossas dores e nossas almas, com poder e milagre da delfim, para que consigamos lutar em teu nome e reconquistar tudo que os foi tirado
-FOTO DAS TATUAGENS DE CADA MEMBRO DO MX: https://twitter.com/TaigaMinhyuk/status/783521534522564609

Alguém arrisca, baseado no mv, qual vai ser a proxima cena no próximo capitulo? Não esqueçam de comentar, cada comentario me faz sorrir por um dia inteiro, eu mereço pelo menos um " gostei do capitulo" não é? kakakaka
até o próximo cap <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...