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História I Can Be Your Eyes - Emprego


Escrita por: Dyonutsoo

Notas do Autor


[Desculpe os erros de português e outros erros]



~Boa Leitura

Capítulo 25 - Emprego


Fanfic / Fanfiction I Can Be Your Eyes - Emprego

Eu voltei para dentro do quarto e destranquei a porta. Me sentei na cama e fiquei olhando pela janela. Pessoas iam e vinham o dia todo, e eu apenas as observava. Ouvi os passos de alguém subindo as escadas, em seguida ouvi a maçaneta girar. Me virei e vi minha mãe. Ela se aproximoi de mim rapidamente.

- Você estava ficando louco? - ela ficou de frente para mim. Eu olhei para baixo eu sabia do que se tratava. Ela deve ter me visto lá fora.

- Desculpa...

- Desculpa? Se seu pai te pegasse você acha que ele aceitaria apenas "desculpa"? Você estaria perdido... tem uma sorte muito grande por ele estar lendo aquele jornal de costas para a janela se não... você estaria morto, Jongdae...

- Eu sei disso... - eu estava triste por ter feito aquilo, mas ao mesmo tempo feliz, aliás Min veio me ver e isso me deixou realmente feliz. Ela se sentou do meu lado colocando uma de suas mãos nas minhas costas. Eu olhei para ela - Eu precisava falar com Min...

- Você falou sobre... - ela passou a mão no meu ferimento na boca. 

- Não... - eu abaixei a cabeça. 

- Seu pai disse que amanhã vocês iram atrás de um emprego... isso não é bom?

- É... "maravilhoso" - eu olhei para a janela de novo.

- Querido... eu sei que você não merecia estar machucado agora... mas... pode tentar ser um pouco mais compreensivel com seu pai?

- Claro... mas ele vai ser compreensivel comigo? - eu olhei para minha mãe, ela estava com sua expressão preocupada e triste.

- Ele vai tentar... eu falei com ele... não tem que se preocupar...

- Tudo bem...

- Querido, assim que tiver seu emprego, eu quero que pegue o dinheiro que te dei e se mude... não quero mais ter que ver essas discussões... ver seu pai estar errado mas mesmo assim achar estar certo... ver você se machucando... - ela acariciou meu rosto - Por isso... amanhã quero que se vista bem... - ela bagunçou meu cabelo de forma carinhosa - e arrume bem seu cabelo - eu ri - fique bem bonito e arrumado... e é claro... cheiroso para que ache um emprego...

- Certo, certo - eu forçei um sorriso. Ela se levantou, afagou minha cabeça e saiu do quarto. Eu passei o resto da tarde deitado. As vezes rabiscava alguma coisa no papel ou tentava ler alguma coisa, mas estava desanimado para tentar qualquer coisa. Durante a noite eu desci para jantar. Meu pai estava lá junto com a minha mãe. Eu me sentei em meu lugar e comecei a comer mesmo estando sem muita fome.

- Jongdae... - eu olhei para meu pai - sua mãe já conversou com você sobre o que vamos fazer amanhã?

- Já sim... - eu voltei a olhar para meu prato de comida, mesmo sem fome eu insisti em terminar de comer tudo rapido para voltar para meu quarto.

- Por isso se arrume bem amanhã... tenho certeza de que vai conseguir um emprego otimo - ele continuou comendo e eu também - E não faça isso que está fazendo agora... se for conhecer seu novo chefe tem que olhar ele nos olhos... - eu me virei para encarar ele. - Quem sabe você já não encontra uma mulher que te interesse... você já tem idade para estar casado e ter filhos...

- Não exagera... - eu voltei a olhar para a comida. "Mulher que te interesse"? Fala sério... a única pessoa que me interessava era Minseok, e eu estava impedido de ver ele.

- Estou falando sério... com sua idade eu já estava casado com sua mãe... - Coitada da minha mãe... desde tão jovem já era casada com uma pessoa tão ruim como essa.

- Podemos apenas focar no emprego por enquanto? Não quero... você sabe... me envolver com outras pessoas...

- Tem certeza disso? Um dos meus amigos me contou que viu você com uma garota no parque ontem a noite, isso é verdade? - eu senti meu rosto queimar. Eu terminei de comer minha comida.

- N-não... - ele sorriu maliciosamente - Ela é a irmã de Minseok... eu jamais faria isso...

- Isso só pode ser brincadeira... esse Minseok vai te matar se você estiver a fim da irmã dele?

- Talvez... - eu me levantei. Meu pai parecia não ter entendido o que eu quis dizer com isso, mas apenas continuou comendo sua comida.

- Não entendo você Jongdae... - eu olhei para ele - Existem tantos garotos correndo atrás de garotas... e você tem uma a fim de você... mas apenas pensa em Minseok e o que ele vai achar disso?

- É... eu não sou esses "tantos gatotos" desculpa... - eu subi as escadas.

- Jongade... - eu desci alguns degraus apenas para olhar para ele de novo - Não quero mais brigar com você...

- Sei disso... eu também não... - Mentiroso. Eu estava pronto para avançar na sua garganta a qualquer momento mas sabia que era errado. Ele forçou um sorriso.

- Então... acorde cedo amanhã... - eu concordei com a cabeça e subi as escadas. Entrei no meu quarto e fechei a porta. 

Antes de dormir eu tomei um banho rápido e escovei os dentes. Me joguei na cama e depois de me revirar eu consegui dormir.

No dia seguinte eu acordei com alguém batendo na porta e chamando meu nome. Eu corri para atender. Era meu pai. Eu não entendia... o dia ainda nem tinha clareado, o que ele queria?

- Ainda não está pronto? - eu esfreguei os olhos. Aquilo só podia ser um pesadelo.

- Claro que não - eu sussurrei. Ainda não tinha forças para falar direito. - O dia nem clareou...

- Vamos Jongdae, cada segundo que perdemos é um desperdicio imenso de empregos que poderiamos estar procurando. 

- Ok... ok... espera ai - eu fechei a porta. Peguei minhas coisas e me arrumei. Eu coloquei uma roupa apenas mais arrumada mas nada muito formal, aliás ainda estavamos no verão... e... só procurando emprego, não era como se eu fosse me casar...

Eu escovei meu cabelo e meus dentes. Lavei meu rosto e sai do quarto. Meu pai estava esperando impaciente já dentro do carro. O sol estava começando a se pôr. Eu me distrai olhando para o céu e só fui despertado do meu devaneio pela buzina do carro que soou alto me fazendo voltar a viver no mundo real.

Eu me sentei no banco do passageiro e coloquei os cintos. Meu pai me olhou furioso.

- O que estava fazendo parado?

- Eu estava olhando para o céu... - ele riu zombando de mim.

- Jongdae você se distrai muito fácil - ele voltou a ficar sério - É por isso que não consegue um trabalho... quem iria contratar um idiota que se distrai com... o céu?  E...

- Estamos perdendo tempo... - eu apressei ele falando em um tom frio.

- Sim, é verdade - ele pareceu meio sem graça por ser interrompido dessa maneira. Ele ligou o carro e acelerou.

Passamos a manhã toda procurando emprego em lugares grandes. É claro que não consegui nenhum. Não no centro da cidade. Então voltamos para perto de casa e comecamos a procurar nos estabelecimentos mais pequenos. Meu pai sempre parecia irritado com tudo, o que fazia com que as pessoas pensassem que eu fosse da mesma maneira e não me contratassem. Eu fiquei com raiva de estar ao lado do meu pai e sai indo para uma pequena loja de conveniencia, lá com certeza eu teria alguma chance. 

- Sai daí, você está fazendo tudo errado! - um homem gordinho e baixinho gritava com um garoto que aparentava ter uns dezessete anos. Ele empurrou o garoto - Não preciso de você, saia! - ele bufou e o garoto saiu triste.

- Eh... 

- Você veio procurar emprego? Acabo de ter uma vaga livre agora...

- S-sim

- Perfeito... você começa amanhã! - meu pai entrou na loja.

- Começa amanhã? - meu pai pareceu surpreso.

- Sim, eu vou trabalhar aqui - eu respondi e meu pai ficou ainda mais surpreso.

- Que orgulho... - meu pai parecia decepcionado. Mas ele queria que eu fizesse o que? Tentamos em todos os lugares... e eu estava cansado de procurar, e trabalhar limpando o chão de uma loja que quase ninguém ousa pisar/entrar pela groceria do gerente é otimo!

- Você é pai dele? - o homem baixinho e gordinho que deveria ser o gerente perguntou ao meu pai.

- Sim... eu posso falar com você... a sós? - perfeito... vou ficar sem emprego por que meu pai é um idiota. Eu sai da loja me sentando na calçada. Não conseguia ouvir nada do que eles falavam. Eu fiquei assistindo algumas crianças que pulavam corda na calçada. Eu senti uma mão em meu ombro e me levantei em um pulo.

- Oi - Min sorriu por me ver assustado.

- O-oi... - eu ri - Você me assustou... - ele riu.

- Desculpe por isso... - ele estava carregando uma sacola de papel com alguma de suas compras. - O que está fazendo aqui?

- Procurando emprego... - ele pareceu surpreso.

- Você achou? 

- Sim... - eu apontei para a loja. Min arregalou os olhos. - Eu sei... "não é um lugar bom"...

- Não é isso... é que eu adoro comprar aqui... assim eu vou poder te ver sempre que precisar comprar algo... - ele sorriu

- Isso é bom... - eu vi meu pai ainda dentro da loja. Se ele me visse com Min isso seria um problema muito grave. - Você precisa voltar... não precisa?

- Voltar? - ele me olhou com sua expressão fofa.

- Sim... pra casa...

- Chen... você está me evitando?

- N-não... mas precisa ir embora... - eu ainda olhava para meu pai dentro da loja. 

- Você está estranho... - eu olhei para ele. Min parecia triste. - Você não gosta mais de mim?

- N-não...

- Não? 

- Não! Não é isso... eu ainda gosto muito, muito de você....

- Você tem estado estranho desde ontem... - ele olhou para baixo

- Ei, ei... - eu levantei sua cabeça. Ele estava com seus olhinhos brilhando. - Está tudo bem...

- Então... por que eu tenho que ir logo pra casa? - ele me deixou corado com sua expressão fofa. - eu quero ficar mais com você... - ele me abraçou, sem se importar se estaria estragando suas compras. Eu retribui seu abraço. Eu levei Min até a esquina onde meu pai não poderia nos ver.

- Voê vai ficar... só... precisa ir agora... vai estragar suas compras... - eu desfiz o nosso abraço e arrumei a sacola de Min. Ele olhou para mim preocupado.

- Tudo bem... - ele pareceu triste novamente. Eu não podia deixar ele ir embora assim. Eu puxei a manga da sua blusa. Ele se virou para mim.

- Nos vemos mais tarde... - ele sorriu.

- Você promete? - seus olhos estavam cheios de brilhos.

- Sim, prometo... - ele sorriu e me abraçou de novo. Ele olhou em volta para ver se tinhamos plateia. Como não estavamos sendo assistidos ele selou um beijo rápido em meus lábios e sorriu. - Até mais tarde... - eu forçei um sorriso.

- Até mais, Chen... - ele sorriu e acenou indo saltitando de volta para casa. Eu esperei mais um pouco sentado na calçada até que meu pai saiu da loja. Ele e o gerente gargalhavam.

- Jongdae, espere no carro... - ele me deu a chave. Eu peguei a chave abri o carro. Me sentei e esperei pelo meu pai. Ele veio algum tempo depois. Ele ligou o carro. - Ele é um otimo gerente... nós já estudamos juntos... você vai adorar trabalhar com ele...

- Que otimo... pai... eu posso sair hoje a noite?

- Vai fazer o que? - ele me olhou sério. Eu engoli seco. Não tinha uma desculpa boa, nem uma que meu pai gostaria de ouvir. - Nem vem, Jongdae, sei que isso é furada sua pra sair com os amigos... mas nem pensar... precisa estar descansado para que amanhã comece um otimo dia de trabalho...

- Tá bom... - eu já tinha um plano e ele era perfeito. Sair pela janela como da última vez. Eu precisaria ser cauteloso como da ultima da vez mas isso seria facil. Se deu certo uma vez... por que daria errado agora?

Nós chegamos em casa. Nós almoçamos. Contamos sobre meu novo emprego para minha mãe. Assim que terminei de comer corri para meu quarto.

- Onde vai, querido? - Minha mãe veio até mim, ela parecia contente por eu ter conseguido um trabalho.

- Vou descansar...  não dormi muito bem essa noite... - ela concordou com a cabeça e eu fechei a porta do quarto e a tranquei.

Fui até a janela. Me sentei e joguei meus pés para fora fazendo com que em pouco tempo eu estivesse fora de casa. Tomei cuidado para não passar perto de nenhuma das janelas. Eu fui a pé até a casa de Min.


Notas Finais


*to be continued*


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