História "I can see you" (Billdip) - Prólogo: Dias Nublados.

Era apenas mais um dia de chuva, o céu se encontrava nublado coberto pelas nuvens acinzentadas, podia sentir uma brisa gelada invadir os corpos das pessoas que passavam pelas ruas vazias, exeto por alguém que se atrevia a andar pela aquela rua com uma neblina intensa.

O garoto de cabelos chocolate andava sozinho por aquela rua, seu rosto se encontrava avermelhado por conta do frio que fazia naquela noite. O garoto trajava de um moletom na cor vinho e uma calça azulada junto com seus tênis vermelhos.

O menino andava sem rumo pelas avenidas, até avistar sorrateiramente uma figura que havia mais ou menos a sua idade, a neblina era intensa mas mesmo assim o garoto podia notar que a figura tinha cabelos loiros que chegavam até ser dourados, trajava um sueter amarelo e uma calça preta junto com seus sapatos cano alto que se encontravam desamarrados. O garoto curioso começou a aproximar-se do menino desconhecido, e podia ver que a figura aparentava ter uma feição triste mas que ainda mantia a cabeça abaixada.

O garoto de cabelos chocolate sentiu uma dor em seu peito ao perceber que o menino desconhecido se encontrava sozinho na chuva sendo molhado pelos pingos rápidos que caiam em seu cabelo. O garoto lentamente colocou a mão no ombro do menino que aparentava estar triste, fazendo que a figura desconhecida virasse rapidamente e encarasse o menino de cabelos chocolates para logo dizer:

-Oque…você…faz aqui…? - Perguntou o garoto de cabelos loiros ao avistar o menino agachado em sua frente.

O garoto rapidamente olhou para a face do menino que aparentava estar chorando, já que os seus olhos estavam avermelhados.

-Eu…vi você parado aqui na chuva sozinho….e pensei em perguntar o porque está aqui sozinho…- Disse o menino levemente corado ao responder a pergunta da figura desconhecida.

A figura surpresa, olha para o menino rapidamente vendo suas bochechas darem um leve rubor.

-Eu…apenas quero ficar sozinho…apropósito…qual o seu nome? - Perguntou a figura curiosa.

- Ah…meu nome é Dipper Pines…- Dizia o garoto com um sorriso em seu rosto.

O garoto ainda se perguntava que menino era aquele, mas ele rapidamente ao perceber que o menino se molhava constantemente, estendeu o seu guarda chuva vermelho para a figura em sua frente logo dizendo:

- Fique com o meu guarda-chuva, você ficando nessa chuva irá faze-lo ficar resfriado.- disse o menino rapidamente entregando o guarda chuva a figura.

A figura logo agarrou o guarda-chuva meio receoso logo após dizendo:

-Mas..e você não vai se molhar?- Perguntou o menino num certo tom de preocupação. 

-Não se preocupe, eu já estou voltando para casa e você precisa mais do que eu.-Disse o garoto logo andando em frente. 

-Espera! COMO EU PODEREI TE ENTREGAR DE NOVO?! -Disse a figura gritando para que o garoto pudesse ouvir.

-Quando nos encontrarmos novamente você poderá me devolver. - disse o garoto de cabelos chocolates logo desaparecendo em meio a neblina.

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O garoto acordou em meio a um sobressalto, aquele mesmo sonho do qual tinha constantemente.

Dipper Pines, um garoto que para muitas pessoas era alguém normal, alguém estudioso, alguém calmo e calculista. Dipper Pines era diferente, ele via coisas na quais ninguém mais via, ele via..espiritos, ele acabou sendo antisocial por conta disso, muitas pessoas o achava esquesito e estranho, sua família mantinha esse fato em segredo. Afinal se alguém descobrisse, iria sair em tudo qual ter jornal, Dipper nunca mais teria a sua paz, nunca mais poderia passar suas tardes lendo seus livros calmamente enquanto descansava sobre sua cama. 

Dipper rapidamente pegou seus trajes e foi em direção ao banheiro para fazer suas higienes pessoais, ele entrou no box e ligou o chuveiro, ele finalmente podia relaxar e deixar as gotas suaves cairem e deslizarem sobre o seu corpo, ao sair do banho logo enrolou uma toalha branca e macia em sua cintura indo em passos lentos ao lavatório para pegar sua escola da cor vermelha e começar a escovar seus dentes.

Após fazer isso, o garoto logo vestiu suas roupas, e olhando-se no espelho reparou as roupas que trajava, ele usava uma camiseta da cor azul escuro, por cima usava uma blusa xadrez vermelha com linhas pretas, e uma calça jeans preta junto com seus tênis vermelhos desgastados.

Por mais que penteasse seu cabelo nunca ficava da maneira que queria, ele sempre ficava desgrenhado ao acordar de manhã.

Ele satisfeito com sua aparência saiu de seu quarto apagando a luz, e logo indo em direção as escadas descendo os degraus devagar ouvindo a madeira fazer um barulho que para si era irritante. Foi em direção a mesa do café da manhã avistando apenas sua irmã divertida e colorida como sempre.

Mabel Pines, era uma garota alegre e extrovertida, que sempre trajava roupas coloridas e chamativas, aos olhos de seu irmão. Hoje ela usava uma saia colorida como um arco íris, seu cabelo estava solto enquanto usava um arquinho rosa com uma estrela em sua lateral, Também usava uma camisa escrita "Best Boss" e meias coloridas acompanhadas com sapatos chamativos e suas pulseiras.

A menina comia e saboreava de panquecas cobertas de mel que colocava em montes em sua boca, ela dizia alguma coisa que era quase incompreensível, mas Dipper entendeu como:

-"Oi Bro-Bro, mamãe e papai sairam mais cedo hoje"-gesticulou a irmã com a boca repleta de panquecas.

Era normal os pais dos gêmeos não estarem em casa, ao longo se seus 16 anos eles irem e voltarem de viagens de negócios, isso já havia se tornado um custume para os gêmeos que agora nem se importavam mais.

O menino sem muitas cerimônias agarrou uma maçã e começou a saborear o alimento, ele logo andou até o lugar aonde estava a sua mochila cor vinho pendurada e a agarrou, logo abrindo a porta da frente para que pudesse sair daquela casa, a menina acompanhou os movimentos de seu irmão mais novo e agarrou sua mochila colorida repleta de bottons diferenciados, logo saindo pela porta da frente e a trancando-a.

Ela e seu irmão puseram a caminhar a caminho da escola que não era muito longe, logo o garoto sentiu gotas cairem sobre a sua cabeça, fazendo rapidamente se lembrar daquele fatídico dia nublado.