Vihtória
Acordo com a claridade vinda da janela dificultando minha visão. Aos poucos vou lembrando do que aconteceu ontem, desde o momento em que acordei atrasada até eu dando boa noite pro Rafa.
Pego meu celular de cima da cabeceira da cama e olho a hora. Estou duas horas atrasada, de novo. O Rafa não está mais na cama, então já deve ter ido pra escola.
Levanto e vou para a sala. Encontrando com o Rafa, que está sentado no sofá tomando café enquanto ouvia música.
- Oi. – Falo indo pro seu lado e ele tira um lado do fone prestando atenção em mim.
- Bom dia. – Ele se levanta. No caminho pra cozinha passa por mim e me beija.
- Por que não me acordou pra ir pra escola? – Falo me escorando na batente da porta da cozinha.
- Porque não vamos pra escola.
- Por que?
- Você não ta bem. E já são quase nove e meia.
- Eu não to bem?
- Sim. – Ele se senta no sofá.
- Por que acha isso? – Me sento do lado dele.
- Ontem perguntei se só estava com medo por causa do filme. Tu disse que não sabia. Saberia se fosse só o filme.
- É, tem razão. Eu não to bem, não to bem porque tu não ta bem.
- Como assim? – Ele me olha como quem não entendeu nada.
- Tu anda meio estranho ultimamente.
- E por que isso faz com que você não esteja bem?
- Por que eu to com medo. Medo de te perder.
- Mas não vai. – Ele me da um selinho. – Por que acha isso?
- Tem ficado muito tempo no celular. Anda preocupado e não me fala porque.
- Tem razão. Eu não to bem.
- Por que?
- Se tudo der certo, não vai precisar ficar sabendo.
- Por que não quer me contar?
- Não quero falar sobre isso.
- Okay. – Dou um beijo nele e me levanto.
- Aonde tu vai?
- Pro banheiro.
Entro no banheiro e fecho a porta, escovo os dentes porque ninguém merece sentir meu bafo logo de manhã cedo.
Saio do banheiro e vou em direção a porta enquanto o Rafa me olha franzindo o cenho.
- E agora? – Me viro pra ele.
- E agora o que? – Falo colocando a mão na cintura.
- Onde vai?
- Pro meu apartamento. – Falo abrindo a porta. Ia sair, mas o Rafa me interrompe novamente.
- Por que? Fica aqui comigo!
- Calma moço. Eu vou no meu apartamento pegar roupa pra tomar banho.
- Ah... – Ele da uma breve pausa. – Ta.
Saio do apartamento dele e vou até o meu. Abro ele e vou para o meu quarto, ligo as luzes e abro meu armário. Pego uma blusa branca sem estampa, uma calça larga, já que não vou sair, uma lingerie e continuo de pé descalço sem levar sapato nenhum e volto pro apartamento do Rafa.
Entro no apartamento do Rafa, vou para o quarto dele e largo minha roupa em cima da cama. Volto pra sala e agora o Rafa está assistindo alguma coisa na TV.
- Eu esqueci de pegar toalha então vou pegar umas das tuas.
- Tudo bem. Ta no armário do lado da porta do banheiro no corredor.
Abro a porta do armário e tiro de dentro a primeira toalha que vejo. Entro no banheiro e fecho a porta. Estendo a toalha e me dispo. Entro de baixo d’água e começo meu banho. Eu estava quase acabando quando o Rafa entra no banheiro.
- Virou um hobby entrar no banheiro enquanto eu tomo banho?
- Não. Mas poderia. – Ele começa a escovar os dentes.
- Vai tomar banho também?
- Vou. – Ele fala com a boca cheia de pasta deixando mais difícil de entender. – Mas também vim aqui avisar que eu derrubei café na tua blusa branca.
- O QUE?
- Isso mesmo o que tu ouviu. Já coloquei a coberta e a tua blusa na máquina.
- E o que eu vou usar agora?
- Eu vou deixar uma blusa minha em cima da cama junto com o resto da roupa. – Ele fala e sai do banheiro.
Eu desligo o chuveiro, puxo a toalha e me seco, me enrolo na toalha e saio do banheiro e o Rafa entra. Em cima da cama estava a roupa que eu tinha pego, mas a blusa branca fora substituída por uma com as mangas escuras e o meio branco, igual as que o Rafa usa normalmente. Me visto.
Eu coloco a mão no pescoço e percebo que o colar que ganhei da minha mãe em meus 15 anos não está mais ali. Deve ter caído enquanto eu tomava banho. Entro no banheiro.
- Resolveu fazer uma visita? *risos*
- Não. Meu colar deve ter caído do meu pescoço enquanto eu tomava banho. Ta aí? Ele tem um pingente pequeno de coração.
- Ta sim.
- Ainda bem! Pode me entregar?
- Não.
- Sério Rafa. Joga ele aí por cima do vidro.
- Não, vem buscar.
- Rafa! É sério. Eu já tomei banho.
- Taaa. Mas só porque já ta seca. Toma. – Ele abre uma fresta do vidro e me entrega o colar.
- Ah merda!
- O que foi agora?
- A corrente arrebentou.
- Isso da pra consertar.
- É muito caro. Não conseguiria pagar. Esquece. – Saio do banheiro antes que ele respondesse.
Vou para a sala e me sento no sofá. Fico olhando o face enquanto o Rafa não saia do banho. O que não demorou muito, ele sai do banheiro já pronto e se senta do meu lado.
- E aí? Vamos fazer o que no resto do dia?
- Não sei. Mas temos que pensar no que nós vamos comer. É quase meio dia e eu to morrendo de fome.
- Eu também.
- Vamos comer o que então?
- Pizza?
- De novo? Eu gosto muito de pizza mas eu só tenho comido isso ultimamente.
- Ta. Fica aí. Eu vou sair e já volto.
- Onde tu vai?
- Já vai saber. Não vou demorar muito. Espero que não pelo menos.
- Okay. – Ele sai do apartamento e eu ligo a TV.
(...)
Já são 13:00 horas e o senhor Rafael ainda não chegou. Merda! Ele disse que não ia demorar e...
- Voltei. – Ele entra no apartamento e joga as chaves na mesa.
- “Não vou demorar muito.” – Imito a voz dele. – Já passou mais de uma hora! Onde tu foi?
- É uma surpresa... Pra algum dia. Mas eu trouxe o almoço. – Ele mostra a sacola na mão dele e vai pra cozinha.
- Como assim surpresa? – Falo me sentando no balcão.
- Eu não posso falar. Não seria uma surpresa. – Ele fala enquanto tira a comida da sacola.
- Vai demorar muito?
- Provavelmente. Quer comer ou ficar me interrogando?
- Comer. O que tu trouxe?
- Massa. – Ele coloca as coisas na mesa e nós começamos a comer.
(...)
- RAFA! – Ele vem correndo.
- O que é?
- Meu colar sumiu! Eu tinha colocado ele em cima da mesa.
- Sério que era só isso? Pensei que era alguma coisa importante.
- Isso é importante! Eu ganhei o colar da minha mãe no meu aniversário de 15 anos antes de me emancipar. Minha vó usou ele no casamento dela!
- Calma! Deve ta em algum lugar por aí.
- Eu preciso encontrar ele!
- Mas tu não disse que ele arrebentou?
- Sim. Mas em algum momento eu ia consertar.
- Como? Não disse que não tinha dinheiro?
- Sim. Mas em algum momento vou ter.
- Me lembro de tu ter me dito que precisava trabalhar pra conseguir o dinheiro, mas de manhã está sempre na aula e a tarde não vai trabalhar. Como funciona isso?
- Eu não trabalho. Eu ia, mas eu e meus pais resolvemos esperar eu entrar na faculdade pra começar a trabalhar.
- É, bom, não falta muito.
- Uma merda isso. Estamos no último semestre do terceiro ano e eu não faço a mínima ideia de que faculdade vou fazer.
- Pode virar youtuber. Conhecer meus outros amigo e ir a eventos junto comigo. Não é uma má ideia.
- É uma má ideia. Sobre o que eu falaria?
- Não sei coisas aleatórias, entretenimento. Podia ter um canal secundário de jogos. Ou ao contrário.
- Olha Rafa, não acho que isso seja uma boa ideia. Preciso de um emprego que me sustente.
- Ta, que seja. Vamos fazer o que o resto da tarde?
- Não sei. Vamos jogar?
- E tu joga alguma coisa?
- Claro. Eu jogo toda noite antes de ir dormir.
- Ta bom. Vamos jogar o que então?
- Sei lá. Escolhe um jogo aí. – Ele coloca um jogo, não vi qual era mas é de corrida. Nós ficamos jogando o resto da tarde.
(...)
- GANHEEEIIII! – Eu grito.
- Não grita! Já era pra estarmos dormindo!
- Só ta dizendo isso porque sou EU quem ganhou e tá comemorando. – Mostro a língua pra ele.
- Ta, ta bom, tu ganhou. Parabéns. – Ele chega mais perto de mim me fazendo ir mais pra trás e me encostar nas costas do sofá.
- Eu te amo Rafa. – Fiquei encarando aqueles olhos azuis por uns três segundos até o Rafa colar nossas bocas.
No início foi mais calmo, mas foi ficando cada vez mais intenso, como foi da primeira vez. Eu coloco minhas pernas ao redor da cintura dele e ele se levanto comigo no colo sem interromper o beijo. Ele abre a porta do quarto com um chute e me coloca na cama, vai em direção a porta e a fecha. Ele vem na minha direção e volta a me beijar, ficando cada vez mais intenso. Ele passa a mão pelas minhas costas e vai até o meu sutiã, mas para. Eu tiro a blusa dele e ele se senta na cama e me encara.
- O que foi?
- Er, nada, mas... Tem certeza de que quer fazer isso? Eu não quero te forçar a fazer nada que não queira.
- Eu quero.
- Tem certeza mesmo? Na outra vez disse que não estava pronta. Se ainda não estiver não precisa fazer isso.
- Eu estou um pouco nervosa sabe, é a minha primeira vez... Mas eu quero fazer isso! Eu tenho certeza! Eu te amo Rafael! – Ele sorri.
- Eu também te amo Vihtória! – Ele me beija e se levanta.
- Aonde tu vai?
- Segurança. – Ele sai e volta com um pacote de camisinha na mão. – Eu preciso que saiba que no início vai doer, mas depois passa.
- Como sabe? Não é a tua primeira vez? – Ele cora.
- Não... – Flávia!
- Ah... Ta. – Ele volta pra cama.
Nós nos beijamos de novo mas ele para e tira a minha blusa, eu sinto seu membro encostar no meu baixo-ventre.
- Desculpa... – Ele cora.
- Não tem problema. *risos* - Ele tira meu sutiã e eu me cubro.
- Não precisa se cobrir, tu é linda, não precisa sentir vergonha. – Eu coro e paro de me cobrir.
Ele tira minha calça e eu a dele, por fim tiramos nossas roupas intimas. Ele beija meu pescoço e passa pelos meus seios e vai até minha barriga.
- Posso? – Eu assinto com a cabeça e ele começa a beijar minha intimidade. Eu me seguro pra não gemer, mas não aguento e solto um gemido baixinho. Ele sorri e volta a me encarar.
- Pronta?
- Sim. – Ele coloca a proteção em seu membro e me penetra. Ele da estocadas devagar e com cuidado.
- Rafa! – Falo me segurando pra não gemer. – Isso dói.
- Depois passa. – Ele continua a me estocar devagar e depois de uns três minutos parou de doer. E sinceramente, já estava cansada de tanta delicadeza.
- Rafa! – Ele também se segurava pra não gemer mas de vez enquanto não aguentávamos. – Mais rápido! – Ele acelera um pouco, mas ainda estava devagar de mais. – Mais rápido!
- Tem certeza?
- Anda logo Rafael! – Ele vai acelerando aos poucos e chegou um momento em que nenhum de nós aguentava mais segurar os gemidos. – Rafa!
- O que?
- Vai mais rápido! – Acabo soltando um gemido mais alto do que deveria no meio da frase.
- Assim? – Se fosse mais rápido nenhum de nós aguentaria.
- Aham! – Saiu mais um gemido do que uma resposta.
Seguro forte no cabelo do Rafa fazendo ele gemer muito alto.
Nós ficamos assim por um tempo.
- Vih! Aahn... Eu vou... Eu vou...
- Eu... Ahn, também... vou... – Nós não terminamos a frase e gozamos.
Chegamos ao nosso limite. O Rafa se deita do meu lado e ficamos olhando pro teto, sem falar nada, só ouvindo a respiração um do outro. Isso até o Rafa se virar pra mim e quebrar o silêncio.
- E aí? – Ele fala sorrindo e eu me viro pra ele.
- Foi incrível! Obrigada.
- Eu te amo! E sempre vou amar.
- Também te amo. Agora vamos. Não podemos ficar aqui pra sempre.
- Aonde iriamos as duas horas da manhã?
- Dormir. – Falo me enrolando nas cobertas e me levantando. – Amanhã temos aula. Lembra?
- Agora sim. Aff. Pelo menos da qui a menos de um ano poderemos fazer o que quisermos.
- Eu já posso. – Falo enquanto coloco a calça do pijama que usei na noite anterior. – Vai ficar ai pra sempre?
- Gostaria. – Ele se levanta e também vai colocar o pijama. – Vai dormir aqui de novo?
- Sim, eu espero. – Termino de me vestir e me jogo na cama. – To cansada.
- Eu também. – Ele se deita do meu lado.
- Já volto. – Me levanto da cama e vou ao banheiro e escovo meus dentes. Faço minhas nessecidades e volto pro quarto. – Voltei.
- Onde foi?
- No banheiro, escovar os dentes.
- Eu também vou. – Ele se levanta e sai do quarto.
- Demorou em.
- E isso te importa?
- Sim. – Ele ri. – Ta vem logo. – Ele deita de barriga pra cima do meu lado, eu coloco a cabeça em seu peito e ele me abraça.
- Boa noite.
- Boa noite. – Nós dormimos.
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