Capítulo 2
Não cortem as cabeças.
Simon Lewis acaba de ser efetivado como contador nas empresas Bane e tudo o que ele precisa fazer para não perder a cabeça é seguir as ordens de Clarissa Morgenstern. A sua cabeça poderia rolar a qualquer momento e a carta do empréstimo estudantil pesava mais do que o necessário na sua bolsa.
Por causa da morte do seu pai, a sua família se desequilibrou financeiramente a sua mãe, Elaine, teve que voltar a trabalhar e hoje ambos custeiam os estudos de Rebecca, irmã mais nova de Simon.
Ao entrar na boate, ele observa à ruiva, com os braços cruzados analisando o ambiente.
Todo o lugar estava decorado, havia tendas por todos os cantos, almofadas e a iluminação estava colorida.
-Senhorita Morgenstern. –Cumprimenta, ficando ao lado da ruiva.
-Preciso que faça algumas coisas para mim. –Avisa, seguindo em direção a um trabalhador. –Mais para esquerda... Está festa tem que estar perfeita. –Resmunga, irritada.
-O que gostaria que fizesse, senhorita? –Pergunta, apreensivo.
-Que trabalhe. –Responde, virando-se em direção ao homem. –Vi o seu currículo, sei que foi a pouco tempo efetivado, portanto, está na linha do corte. –Avisa, analisando-o com atenção, fazendo-o engolir em seco. –Eu preciso que contrate essas pessoas. –Manda, passando uma lista para o rapaz e o deixando para trás.
***
O homem que está no auge dos seus vinte e cinco anos, havia se formado em administração de empresas, bom lutado, galinha assumido, o irresponsável, o protetor, aquele que sempre está disposto a ajudar todo mundo, esse era Alexander Gideon Lightwood. Filho mais velho de Maryse e Robert, irmão de Isabelle e Max, melhor amigo de Jace.
Alec, como gostava de ser chamado, não tinha a mínima intensão de ficar preso em um escritório o resto da sua vida, ele queria liberdade, ele queria escolhas e agarrou o que quis e o que não quis com unhas e dentes.
Gay assumido, Alexander era dono de invejáveis olhos azuis, lisos e sedosos cabelos negros, dono de um físico de dar inveja a qualquer um e com a pele tão branca que qualquer movimento brusco lhe causava marcas, o homem estava bastante irritado, aquelas duas estavam o enlouquecendo o dia inteiro.
Agora estava à frente de Lydia, que o encarava com uma expressão desafiadora.
-Eu não tenho culpa se a madrasta do seu chefe é uma piranha que acha que pode mudar a vida das pessoas. –Garante, aproximando-se da loira, que revira os olhos.
-Não importa o que você acha, o importa é que se Magnus Bane estiver insatisfeito com essa festa, todas as nossas cabeças vão rolar. Inclusive a sua. –Avisa, apontando em direção a Alexander, que alisa o seu rosto.
-Minha boate não é de quinta, é uma das mais bem frequentadas da cidade... E é muito bem vigiada, só que eu não posso permitir câmeras na pista de dança... É contra as normas. –Revela, nervoso.
-Não estou dizendo que a sua boate é de quinta, mas nós... –Lydia interrompe-se, quando ouve o som dos saltos, som esse que quase é abafado pelo som dos trabalhadores.
-Eu estou. –Afirma Clarissa, aproximando-se dos dois.
-Se me ofender mais uma vez, eu pago com prazer a rescisão do contrato. –Ameaça, entre os dentes.
-Não teria como pagar. –Avisa, debochada, fazendo Alec revirar os olhos. –O ponto é... Se isso der certo, todos nós saímos ganhando. –Revela, cruzando os braços.
-O que eu vou ganhar com isso? –Pergunta, suspirando. –E não me venha dizer que é sua eterna gratidão. –Avisa, revirando os olhos.
-A minha gratidão abre muitas portas, Alexander. –Avisa, analisando-o com atenção.
Alec não entende a ruiva, normalmente, ele é bom em ler pessoas, mas Clarissa continuava sendo um enigma a cada minuto que passava com ela.
Ela poderia estar mesmo desesperada, ou era extremamente mandona.
-Tudo bem, pode instalar as câmeras. –Revela, desgostoso.
A Pandemonuim prezava a privacidade, era por conta disso, que a boate tinha a politica de não ter câmeras de segurança na pista de dança, porém a ruiva a sua frente estava disposta a tudo para conseguir que Alexander quebrasse a sua única e derradeira regra.
-Obrigada. –Agradece, virando-se e deixando Lydia com os olhos arregalados.
-Sinta-se lisonjeado, Clary não agradece com frequência. –Comenta, espantada.
-O quão desesperada ela está? –Pergunta, confuso.
-Num nível altíssimo. –Responde, suspirando.
-Por que Camille alugou a minha boate? –Pergunta, temeroso com a resposta, porém era uma resposta necessária.
-Para humilhar o Magnus. –Responde, fazendo Alec engolir em seco. –Magnus Bane é totalmente voltado ao trabalho, ele é sério e bastante compenetrado... Ele nunca, em hipótese alguma faria um evento do trabalho numa boate, por mais que ela seja famosa. –Explica, fazendo Alec concordar com a cabeça.
-Homem poderoso? –Pergunta, mordendo o lábio.
-Não imagina o quanto. –Responde, suspirando, mas Alec queria imaginar.
***
Isabelle Sophia Lightwood, mas conhecida como Izzy, é a linda filha do meio de Maryse e Robert, sempre com os seus lábios pintados de vermelho, os cabelos cacheados.
Izzy é especialista em causar danos por onde passa.
Mesmo com os seus saltos altos e as suas roupas apertadas, dona de curvas invejáveis, cabelo escuros de olhos castanhos escuros sabia fazer era arrumar problemas em cima de problemas, Isabelle é um desastre ambulante.
A morena trabalha com o pai num turno e no outro está terminando o seu curso de administração, já que o pai não poderia contar com Alec, Izzy, que tem a mesma idade de Jace e é dois anos mais nova que Alec, estava seguindo para a Pandemonuim depois de conversar com Jace, que estava bastante espantado com o que estava acontecendo na boate do irmão.
-O que diabos está acontecendo aqui? –Pergunta, confusa.
-Estou me fazendo está mesmo pergunta desde que aquelas duas invadiram o meu estabelecimento. –Responde Alec, ao se aproximar.
-Quem alugou o espaço, afinal? –Pergunta, curiosa.
-Camille Bane, mas quem está... –Alec interrompe-se, quando Izzy abre um enorme sorriso.
-Magnus Bane? Ai meu Deus! –Comemora, animada.
-Você o conhece? –Pergunta, confuso.
-Qualquer ser vivente conhece. –Responde, revirando os olhos.
-Diz que ele é tão lindo, quanto é exigente. –Pede, mordendo o lábio.
-Ele é... Eu garanto. –Afirma, rindo da expressão do irmão.
-Alexander... Ele está vindo. –Avisa uma mulher ruiva, aproximando-se dos dois.
-Acho que vou conhecer o famoso, Magnus Bane. –Comenta, tremendo as mãos, fazendo Izzy rir.
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