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História I Can't Explain - I Can't Explain


Escrita por: Magiu_Townshend

Notas do Autor


Oieeeee... Gente, demorou mas saiu!!! Queria ter postado no dia do aniversário desse ovinho cozido mais lindo, mas não deu tempo de terminar o capítulo...
Bem, enfim, espero que gostem! Beijinhossss <3

Capítulo 11 - I Can't Explain


Fanfic / Fanfiction I Can't Explain - I Can't Explain

Narrado por Má

   Quando as cortinas se abrem, revelando a banda de Harrison, fico maravilhada... Meus olhos se arregalam, com um misto de choque, surpresa e curiosidade. Até então nunca havia conhecido uma banda tão... radical! Os garotos que no palco se postam, vestem calças de couro e usam gel para manter o cabelo em pé, algo muito incomum de se ver nas ruas. Sem se apresentarem, nem nada, já começam logo com a música. O som produzido pelos instrumentos causa o mesmo impacto que suas roupas. Um som forte e envolvente, que logo me faz dançar no lugar. 

    As pessoas começam a se espremer para poderem ficar mais perto do palco. Sinto o braço de Peter tocar no meu. Este havia sido empurrado pela multidão e acabou colado em mim. Não sei o motivo, mas isto causa um certo rubor em minha face.

   Devido a adrenalina, começo a gritar, assim como a maioria das garotas ali presentes. Olho para o meu amigo, ao meu lado, para tentar captar a sua sensação para com a banda, e ele também possui um olhar maravilhado. Ao invés de voltar a minha atenção de volta para a banda, paro de me mexer e continuo a olhar Pete, meio abobalhada. Ele continua olhando os músicos, dançando no lugar. Sinto uma tremenda vontade de abraçá-lo, mas então, ele percebe que eu o encaro e me olha de volta, sorrindo. Retribuo o sorriso, mas então o pucho para um abraço, que, assustado, o garoto demora um pouco para responder.

-- Ei, o que foi? -- Ele pergunta chegando mais próximo de meu ouvido para que eu pudesse escutá-lo, passando as mãos de leve nas minhas costas.

-- Nada, é só que... Bem... -- "eu te amo"... Quero dizer estas palavras mas elas simplesmente não saem. -- Queria só te agradecer por estar sempre ao meu lado. -- Respondo, também mais perto de seu ouvido.

-- Hehe, é sempre um prazer... -- Ele me afasta um pouco, segurando em meus braços, me olha um pouco. A multidão a nossa volta continua a pular e a dançar loucamente, mas, para mim, o universo todo para de se mexer. Sinto um certo tremor nas pernas, e uma leve ansiedade. Mas então, o garoto aproxima o seu rosto de mim novamente e deposita um beijo em minha testa. Sinto uma pequena decepção, já que estava esperando algo mais... "intenso"... Mas abro um lindo sorriso para Pete. 

   Encaro-o por mais alguns segundos, com o sorriso, até escutar a música que a banda começa a tocar, Blue Suede Shoes, minha música favorita do Elvis. Com um grito animado, me viro de volta ao palco, dançando e pulando alegremente.

-- Bem, senhoras e senhores, que bom que estão apreciando o som, mas gostaríamos de lhes informar que teremos uma pausa de vinte minutos. Muito obrigado a todos! -- Um dos integrantes da banda, aparentemente da mesma idade de George, informa. Todos ali presentes aplaudem, inclusive eu.

-- Uh, precisava mesmo dar uma descansada... -- Digo, sorrindo, me dirigindo para fora da pista, com Peter em meus calcanhares. 

-- É, eu também... Eles tocam muito! Eu realmente gostei da forma que o Harrison toca... -- Pete comentou, ainda recuperando o ar.

-- Vamos sentar um pouco... ei, onde estão Jullia e Keith? -- Digo, ao chegar em nossa mesa e encontrar apenas os casacos e copos de ponche vazios.

-- Vai saber... -- Pete responde, rindo e erguendo os ombros. Ele pucha a cadeira para eu me sentar e em seguida se senta ao meu lado. -- Ah, Má, quase me esqueci... Tenho um presentinho para você... -- O garoto comenta, enfiando a mão no bolso do paletó e tirando de lá uma caixinha.

-- Que gracinha! Não precisava se incomodar... Mas já que se incomodou, muito obrigada! -- Respondo meio sem jeito, mas então abro a caixinha. Tiro de lá uma corrente muito delicada com um lindo pingente do inconfundível círculo da paz. Olho maravilhada para o presente. -- Oh, Pete, eu amei! Que lindo! Muito obrigada! -- Me inclino um pouco e dou um beijo no rosto de um Pete muito envergonhado mas muito satisfeito.

-- Ah... É, deixa eu... Colocar para você... -- Ele diz, pegando o colar das minhas mãos, se levantando e se colocando atrás de mim. Levando o rabo de cavalo dos meus cabelos para facilitar. Sinto o metal frio encostar em minha pele, assim como os quentes dedos de meu amigo... ambos os toques me causam um leve arrepio na espinha. Peter finalmente engancha os dois lados da corrente e acaricia um pouco o meu pescoço, antes de voltar a se sentar ao meu lado. Começamos novamente com aquela história de nos encararmos um pouco. Pete quebra o silêncio. -- Má, se me der licença, tenho algo muito importante para fazer... -- ele diz, voltando a se levantar.

-- O que houve? -- Pergunto curiosa.

-- Surpresa... Não se preocupe... Volto logo... -- Ele toma minha mão na sua e deposita um beijo nesta, antes de se virar e andar até a aglomeração. Estes atos me intrigam um pouco, mas mantenho a minha atenção no meu colar novo... Como Pete sempre pensa em mim com tanto carinho... Ele estava me encarando de um jeito tão...

-- Caham... -- Alguém emite um chiado, me fazendo acordar dos devaneios. Olho para os lados e encontro um Keith e uma Jullia de mãos enlaçadas e bocas avermelhadas. Começo a rir histericamente. -- Ai! Que que foi, sua louca? -- Keith pergunta com sua voz mais cômica.

-- Acho melhor vocês irem no banheiro lavar estas bocas... Keith, este batom escuro não combina com seus olhos... -- Comento, rindo ainda mais, fazendo o casal corar fortemente. O garoto me olha de cara feia, e a garota olha para os pés, ainda muito envergonhada. -- Qual é, rapaziada, só estou brincando... Mas, contem-me, como é que foi o beijo de vocês?

-- Você quer dizer os beijos, né, minha querida? -- Keith responde, levando uma cotovelada de Jullia. -- Ai!

-- Relaxem... Eu sabia que isso ia acontecer uma hora ou outra... E eu sou amiga de vocês, podem me dizer... -- Digo, enquanto os outros dois se sentam ao meu lado.

-- Ok, ok... Jullia é minha namorada... -- Keith diz, orgulhoso.

-- Olha! Parabéns, Keith John, parabéns Jullia! -- Dou palmadinhas nas costas de Moon, que se sentou ao meu lado.

-- Obrigada Má... Mas, mudando um pouco de assunto, onde está o meu primo? -- Jullia finalmente fala, ainda muito tímida.

-- É, onde está o Peter Dennis? -- Keith reforça a pergunta da namorada.

-- Eu não faço a mínima ideia... -- Respondo, olhando para trás, tentando localizar o alto garoto, sem sucesso.

P.O.V Pete

    Chegou a hora... Não dá mais para esperar... Chegou a hora de eu dizer tudo o que eu sinto para a Má... Explicar o que nenhum médico foi capaz, dizer o que nenhum filósofo disse... Mas, não posso fazer isso de um jeito simples... Portanto, antes de buscar a Má para vir ao baile andei pensando com os meus botões... Vou pedir para a banda de Harrison tocar a música que escrevi para a Má... 

   Começo a rondar por toda a extensão do lugar a procura de George. Finalmente o encontro, sentado em uma mesa um pouco mais reservada, junto com seus colegas de banda e algumas garotas, entre elas, sua namorada, Lorella. Hesito um pouco antes de me aproximar da mesa... A timidez bate com força. Mas então, antes que eu pudesse fugir, Harrison me vê e acena.

-- Olá! Ei galera, este é o garoto que eu disse à vocês que gosta de tocar guitarra e que toca muito bem... -- George fala aos amigos, enquanto eu me aproximo.

-- Oi, gente... É... muito bom o show! -- Digo, com muita vergonha, parando na frente dos moços.

-- Qual é o seu nome, garoto? -- Um dos homens, aparentemente o mais velho, me pergunta.

-- Peter... hum, Peter Townshend... -- Respondo com rapidez, torcendo um pouco as mãos às minhas costas.

-- Bem, Peter, você já me conhece, portanto, deixa eu te apresentar meus amigos... Este é o John Lennon, -- George aponta para o homem que havia perguntado meu nome.-- este outro é o Paul McCartney, -- desta vez ele aponta para um garoto de cílios compridos, abraçado a uma garota de estatura baixa e cabelos curtos. O garoto acena para mim. -- e este é Pete, Pete Best... -- ele aponta para o último homem, que acena com um pouco de arrogância.

-- É um prazer conhecer vocês... -- Digo, acenando de volta para os rapazes. 

-- O que te trás aqui, Peter? -- O tal de Pete Best me pergunta.

-- Ah, é... Bom, será que vocês poderiam me ajudar com uma coisa? -- Pergunto, um pouco hesitante.

-- Diga aí! -- George diz, calorosamente.

-- Bem, é que tem uma garota... -- Quando menciono isso os quatro rapazes exclamam um "Ahhhhhh" e sorriem estreitando os olhos. -- E... Ela é muito especial para mim, por isso eu escrevi uma música pra ela e queria saber se vocês podem tocá-la para mim... -- Termino, enfiando a mão no bolso da calça e tirando uma folha de papel bem dobrada.

-- Será um prazer te ajudar, mas você terá que nos mostrar como se toca a sua música... O que você acha de vir conosco ao camarim, onde estão os instrumentos e nos mostrar? -- Harrison pergunta, solidário.

-- Será uma honra! -- Respondo animado.

-- Rapazes, vamos, temos um casal para juntar! -- George ergue os braços no ar triunfante. John e Pete se levantam para seguir George.

-- Ginger, meu amor, eu já volto... -- Paul diz dando um beijo na garota à qual estava abraçado até então, e se levanta.

-- Ok, Paulie, vou estar aqui te esperando, docinho... -- A garota sorri e pisca. Paul também se junta aos amigos e juntos andamos até o camarim.

   John abre a porta e entra. Entro por último e, ao ver todos aqueles instrumentos, uma expressão de entusiasmo escapa de minha boca.

-- Uau! Isso... isso é incrível! -- Digo, com brilho nos olhos.

-- Legal, né? -- George diz, rindo, andando até uma caixa bem grande e tirando de lá a sua guitarra, a qual estava usando no show. Ele andou de volta até mim e me entregou o instrumento. -- Agora, mostra a sua música, garoto...

-- Hum, ok... -- Coloco o instrumento com um cuidado imenso, como se este fosse estourar se fosse tocado muito brutalmente. Dou a folha de papel que contém a letra e as notas para o rapaz mais próximo de mim, Paul. Ele lê com calma o conteúdo do papel.

-- Tem certeza que foi você quem escreveu isso? -- Ele perguntou, impressionado. Confirmo com a cabeça. -- Quantos anos você tem?

-- Eu? Eu tenho quinze... -- Digo, com timidez.

-- Isso está muito bom... A letra está bem profunda... Que tal nos mostrar o ritmo agora? -- McCartney pergunta, com paciência.

-- Ah, sim... Claro... -- Digo, desajeitado, arrumando a guitarra e começando a dedilhar. Devido o nervosismo, os primeiros acordes saem desafinados, fazendo os músicos à minha volta me olharem um pouco desconfiados. Fecho os olhos e respiro fundo... Concentro minha mente em Má... Começo a dedilhar as cordas novamente. Desta vez, o som sai exatamente como o esperado. Começo a cantar o conteúdo da música. Ao terminar a primeira parte até o refrão, paro para saber a opinião dos homens. Eles me olham, com cara de espanto, então começam a aplaudir.

-- Meu Deus, cara! Isso foi de mais! -- John aplaude ainda mais. 

-- Então, vocês acham que conseguem tocá-la pra mim? -- Pergunto, esperançoso.

-- Não... -- Harrison responde rapidamente, me desanimando. -- Nós achamos que você deve tocá-la hoje! -- Ele completa, fazendo minha alegria voltar.

-- Sério? -- Exclamo com um sorriso imenso.

-- Sério, cara! Você pode subir ao palco conosco e tocar a sua música! Nós ajudaremos, claro... É só nos explicar o que fazer! -- George diz, sorrindo também, colocando a mão em meu ombro, solidariamente.

-- Nossa, muito obrigado mesmo! Vocês são de mais! -- Digo, agradecido.

--Esperamos que dê tudo certo com a sua garota... -- Paul comenta, esperançoso.

-- É, e... garoto, o irmão da minha namorada está tentando formar uma banda... E pelo que eu vi, você toca bem pra caramba a guitarra... Se quiser, vou te deixar o endereço da casa dele. Diga que você me conhece que vai dar tudo certo... O nome dele é Daltrey, Roger Daltrey... -- Best diz, parecendo bem menos arrogante agora, e bem mais caloroso. Ele pega uma caneta em uma das gavetas de uma grande penteadeira presente no camarim, pega a folha na qual eu havia escrito a letra da música, rasga um pequeno pedaço em branco da borda e anota um endereço, rapidamente. Me entrega e eu leio, antes de guardar no bolso do paletó.

-- Obrigado! -- Respondo, mais feliz do que nunca. Mostro aos moços o que estes deverão tocar e eles capitam a mensagem.

--Bem, rapazes, o papo está ótimo, mas subiremos novamente ao palco daqui a cinco minutos... Vamos avisar as garotas e voltar rapidinho... -- Paul comenta, olhando o relógio de pulso. Os outros rapazes balançam a cabeça positivamente e o seguem para fora do camarim.

-- Peter, se quiser esperar aqui, voltamos daqui uns dois minutos... -- George me diz, um pouco antes de sair. Me encontro sozinho na sala. Fecho os olhos e todos os acontecimentos começam a parecer loucura... Será que eu devo mesmo tocar esta música para a Má? E se ela não gostar? E se eu tocar errado? E se ela me achar um idiota? 

   Começo a respirar e inspirar profundamente, e logo, todas as inseguranças são substituídas por uma imagem do doce sorriso da Srta. Rose Fields... O doce sorriso da Má... Da minha amada Má... Sou tirado dos devaneios por um baque na porta e os garotos entrando.

-- Tudo pronto, Townshend? -- Lennon me pergunta, enquanto pega a sua guitarra.

-- Bem... Acho que sim... -- Digo, com um pouco de hesitação.

-- Garoto, se quiser conquistar a sua garota, tem que entrar confiante no palco... -- George se coloca ao meu lado, com uma outra guitarra. Confirmo com a cabeça. -- Então repita comigo, EU ESTOU PRONTO!

-- Eu estou pronto! -- Repito, meio inseguro.

-- Mais alto, eu não senti a vibração... EU ESTOU PRONTO! -- Harrison fez um gesto de força com as mãos

-- EU ESTOU PRONTO! -- Imito o mais velho.

-- Isso aí! Agora repita, VOU CONQUISTAR MINHA GAROTA! -- Ele repete o gesto anterior.

-- VOU CONQUISTAR A MÁ, digo A MINHA GAROTA! -- Começo a me sentir bem confiante.

-- E por último, EU SOU SELVAGEM! -- George diz, com ar de vitória.

-- EU SOU... O que? -- Pergunto, confuso, porém rindo.

-- SELVAGEM! AHHHHH! -- George ergue os punhos no ar e começa a correr para o palco. Os outros o copiam e o seguem. Dou de ombros e o imito também.

-- SELVAGEM! AHHHHHH! -- Corro para o palco também. Chego lá, as cortinas ainda estão fechadas, nos mantendo invisíveis para todas as pessoas ali presentes. Agora é a hora!

P.O.V Má

-- É, minha querida Má... Aquele bocó do Peter Dennis não voltou ainda, e os Beatles irão voltar ao palco loguinho... -- Keith comenta, olhando para a multidão que volta a se aglomerar ao redor do palco. Sigo o olhar do mais novo e me sinto um pouco triste... Será que Pete se foi? Será que arranjou outra garota para dançar?

-- É... Acho que ele se esqueceu de mim... Bem, vou ficar aqui, mas os dois podem ir lá dançar... -- Comento meio cabisbaixa, olhando para o colar pendurado em meu pescoço, tentando segurar algumas lágrimas.

-- Ei... Não fica assim... Você pode ir dançar conosco... -- Keith pousa uma das mãos em meu ombro, para me consolar. -- Não é Jullia?

-- Claro, Má... -- Jullia sorri para mim, que retribuo da melhor forma possível.

-- Own, obrigada! Aceito sim o convite... Assim também fico de olho em vocês para não fazerem nada de errado... -- Digo, com um tom malicioso. 

-- Minha querida, estamos te oferecendo esta oportunidade única e você vem com essa histórias de safadeza? Por favor... Você sabe que somos jovens de juízo perfeito! -- Moon diz com seu melhor tom de exagero, mas com um fundo de brincadeiras.

-- É, a Jullia é certeza que é, já você... -- Digo, fazendo Jullia corar e Keith me dar um empurrãozinho de brincadeira, rindo.

-- Ah, vamos logo para lá, antes que lote muito... -- O garoto se levanta, estende a mão para a namorada que se apoia nesta e se levanta. Me levanto também.

-- Relaxa, sigam-me que vou conseguir chegar lá na frente... -- Dou mais uma olhada geral no local. -- É, acho que Peter não volta... Vai perder uma grande parte do show... -- Digo, rindo por fora, mas o coração bem apertado por dentro. 

-- Má, você está realmente bem? -- Keith me olha sério, mas preocupado, olhando fundo nos meus olhos. Desvio um pouco o olhar.

-- Sim... é só que... Ah, sei lá. Achei que Pete estivesse curtindo... Mas vamos lá... Vamos curtir os Beatles! -- Fujo do problema me dirigindo para perto do palco. Peço algumas licenças aqui, dou um pequeno empurrãozinho ali, e logo, eu e o meu casal de amigos, chegamos o mais perto o possível do palco.

   Sem tardar, o homem que havia anunciado a banda no começo volta a subir no palco...

-- Senhoras e senhores, após uma longa pausa... THE BEATLES! -- Ele diz e volta a descer do palco. A cortina vai se abrindo de leve. Aproveito para dar uma última olhada para trás, na esperança de encontrar Peter perdido, me procurando no meio da multidão. Uma onda de aplausos atrás de mim e ao meu lado é provocada. Começo a correr os olhos de volta ao palco... 

-- PETE! -- Deixo um grito de surpresa escapar ao ver meu melhor amigo junto com a banda, segurando uma belíssima guitarra, postado atrás de um microfone. Ele me olha sorrindo e dá uma piscadela.

-- É ELE MESMO! -- Keith também diz surpreso, ao meu lado.

-- Bem, senhoras e senhores... Estamos de volta, e com a participação especial do nosso amigo que arrebenta na guitarra, Peter Townshend, com uma canção especial escrita por ele próprio! -- Harrison anuncia no microfone central. Meu peito se enche de orgulho de meu amigo, que parece se envergonhar um pouco diante da grandiosidade das palavras do mais velho. George se vira para os colegas de banda e começa a contagem "E um, dois, um, dois, três..."

  Pete começa a dedilhar a guitarra com uma melodia selvagem e moderna... Sua doce voz ressoa por todo o salão....

"Got a feeling inside (Can't explain)
It's a certain kind (Can't explain)
I feel hot and cold (Can't explain)
Yeah, down in my soul, yeah (Can't explain)

I said ... (Can't explain)
I'm feeling good now, yeah, but (Can't explain)

Dizzy in the head and I'm feeling blue
The things you've said, well, maybe they're true
I'm gettin' funny dreams again and again
I know what it means, but

Can't explain
I think it's love
Try to say it to you
When I feel blue

But I can't explain (Can't explain)
Yeah, hear what I'm saying, girl (Can't explain)

Dizzy in the head and I'm feeling bad
The things you've said have got me real mad
I'm gettin' funny dreams again and again
I know what it means but

Can't explain
I think it's love
Try to say it to you
When I feel blue

But I can't explain (Can't explain)
Forgive me one more time, now (Can't explain)

I said I can't explain, yeah
You drive me out of my mind
Yeah, I'm the worrying kind, babe
I said I can't explain"

 Conforme a música flui, Pete olha para mim, sorrindo e cantando. A verdade é que, fico tão impressionada, envergonhada e emocionada que mal consigo me mexer. Algumas lágrimas se soltam dos meus olhos. Tento olhar ao meu redor... Todos parecem estar curtindo a música... É claro, alguns casai trocam carinho... Keith e Jullia se perdem em um terno beijo ao meu lado... Volto a olhar para Pete, que ao terminar a música, pega o microfone à sua frente:

-- Má, essa música é para você... Que na verdade, eu não sei explicar o que sinto... Você é quem me faz ser feliz... -- Ele diz, muito menos envergonhado que no começo, sorrindo de orelha a orelha pra mim. Limpo as lágrimas e o olho sorrindo também. Todos aplaudem muito à nossa volta. 

-- Olha, garoto, até gostaria que você tocasse mais conosco, mas acho que alguém lá em baixo quer muito te abraçar agora... -- Escuto George dizer, muito baixo, devido os aplausos e todo o reboliço, para Pete, e apontar com o polegar para mim. Pete, consente com a cabeça, aperta a mão dos músicos, deixa a guitarra ao lado do amplificador e dá um salto do palco para a pista de dança, correndo ao meu encontro, assim como eu. O abraço como se ele fosse fugir a qualquer momento, ato que o mesmo repete com a mesma intensidade.

-- Pete, isso foi maravilhoso... Foi a coisa mais bonita que alguém já fez pra mim... -- Digo, deixando as lágrimas rolarem mais um pouco, escondendo o rosto no ombro largo e magro do menino.

-- E eu nunca escrevi algo tão sincero... -- Ele acaricia meus cabelos. Sinto seu nariz roçar no meu pescoço, próximo à minha bochecha. A única coisa que penso é em como este momento poderia durar para sempre.

   Nos soltamos do abraço com certa relutância. Pete se afasta um pouco, como se quisesse contemplar minha face toda. Fica me olhando com um sorriso abobalhado... O olho de volta, talvez com um olhar suplicante ou ansioso. Reviro um pouco os olhos, dou um riso de lado e faço algo que jamais me imaginaria fazer... Estico as mãos, agarro a gola da camisa de Peter e em um só movimento o puxo para o mais próximo o possível do meu corpo, colando instantaneamente os nossos lábios. De pronto, o beijo começa desajeitado... Peter desloca as suas mãos, antes soltas ao ar, para a minha nuca. O beijo vai se aprofundando. O som das pessoas a nossa volta torna-se inaudível. O momento parece durar uma eternidade... O sabor de menta exalado pelos lábios macios de Peter é a única coisa da qual consigo pensar. O ar nos falto, infelizmente, e ainda mais relutantes do que com o abraço, nos separamos. Minha cabeça ainda meio tonta pela adrenalina do momento. Abro os olhos e volto um pouco à realidade... Pete me encara, muito vermelho, mas começa a dar um risinho frouxo.

-- Meu Deus Má... Isso foi... Incrível! Você é incrível! Eu... Eu te amo! EU TE AMO! -- Peter diz, maravilhado, encurtando mais uma vez a distância dos nossos rostos, colando os nossos lábios mais uma vez. Desta vez, coloca uma das mãos na minha nuca e a outra na minha cintura. Continuo com as mãos agarradas à sua blusa, mas então as solto e as enlaço em seu pescoço. Novamente nos soltamos, desta vez um pouco mais ofegantes.

-- Eu também te amo! E vou amar para sempre! -- Desta vez eu é quem me pronuncio, olhando no fundo oceânico de seus olhos, exalando o seu perfume. A realidade nos volta por completo, e finalmente me toco de que estamos no meio da pista de dança. Moonie e Jullia nos observam, com cara de orgulho.

--Eles crescem tão rápido... -- Keith comenta, com as mãos no peito. Jullia faz sinal afirmativo com a cabeça. Pete o olha, depois volta a olhar pra mim, revirando os olhos e rindo.

-- Moon, não enche o saco! -- Comento rindo.

-- Vamos, Jullieta... Vamos deixar esses dois mais à vontade... Que tal dançarmos um pouco? -- Keith diz, tomando a mão da namorada e a conduzindo de volta ao centro do reboliço de pessoas dançando.

-- Esses dois... Quase se engolem no meio da pista e ficam nos zoando... -- Pete diz, rindo. -- Mas enfim, Má... Aceita ser a minha garota?

-- Hum... Só se você aceitar ser o meu garoto... -- Digo, estreitando os olhos.

-- Fechado! -- Pete levanta o dedo mindinho e engancha no meu, como naquela brincadeira infantil de promessas.

-- Fechado! Agora, que tal dançarmos um pouco? Eu realmente adorei os Beatles! -- Digo, me mexendo conforme a música, balançando os braços de Peter.

-- Falou e disse, minha linda! -- Peter começa a dançar também. 

  Ficamos dançando até o fim da apresentação da banda. 

  Finalmente posso me perder na imensidão dos olhos azuis de Pete... Na imensidão dos olhos azuis do meu garoto...


Notas Finais


E aí, gostaram??? ISSO MESMO GENTEM, OS BEATLES APARECERAM, BRILHARAM E ARRASARAM... Mas relaxem, esse não é o fim deles na fanfic... Eu sei, o Ringuitcho não apareceu, mas prometo que esse nome ainda será muito falado aqui! Enfim, beijos para todos vocês! <3


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