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História I Can't Explain - Water


Escrita por: Magiu_Townshend

Notas do Autor


Olá!!! E depois de muito tempo e de uma breve onda de criatividade, aqui está mais um capítulo pra vocês!
~Srta. Townshend

Capítulo 8 - Water


Fanfic / Fanfiction I Can't Explain - Water

 A semana passou e as coisas continuaram estranhas entre Pete e eu. Acho que se não fosse Keith, que começava todos os assuntos, provavelmente passaríamos o recreio em silêncio. Trocamos poucas palavras entre nós dois. Eu não estou brava com ele, muito pelo contrário... Eu estou é com vergonha por tê-lo visto, por um momento, como um parceiro romântico e quase termos trocado um beijo.

Essa situação é tão agonizante para mim... É estranho não conseguir olhar nos olhos de uma pessoa que você conhece desde que nasceu. E eu estou tão preocupada com Peter... Seus cortes e machucados ainda não sararam. Me corta o coração toda vez que eu olho em seu rosto e vejo aquele grande hematoma que toma seus lábios, e outro pior ainda que toma sua testa. Mas, a gota d’água pra mim foi no recreio de terça-feira...

Saímos para o recreio, Keith no meio, tagarelando sem parar, Pete só concordando e eu olhando para baixo, evitando os encontros com a visão de meu amigo. Do nada, Keith parou de falar, o que é meio raro de acontecer, e de andar também, o que me fez parar e levantar o rosto para descobrir o motivo da interrupção.

-- Ih, pronto... Lá vem encrenca... – Keith comentou de certa forma um tanto quanto baixa. Olhei para o lado e vi Humbert e seus amigos se aproximando de nós.

-- Ei, Peter! Esses cortes no seu rosto te caíram bem... Deixam ele mais proporcional ao tamanho do seu nariz! Quando sararem me avise que faço mais! – Humbert comentou, rindo com seus amigos da piada maldosa e sem graça. Eu me controlei para não sair estapeando aqueles moleques.

-- Idiotas! Não ligue para eles Pete! -- Keith defendeu o amigo.

-- Olha galera, o maluco sabe falar! O sanatório está fazendo um bom trabalho... – As piadas sem graça de Humbert continuaram... – Hey, Peter, fica esperto pra não tentar arranjar namorada na nossa frente de novo...

-- Seu covarde! Vocês todos são uns covardes! Vocês batem em quem muitas vezes estão na desvantagem! Pete não estava fazendo nada e vocês simplesmente o espancaram por diversão! – Começo a minha lição de moral, ainda com a voz calma.

-- Minha querida, a culpa não é nossa se o seu querido amigo não é homem o suficiente para se defender... – Humbert fez uma cara de superioridade mais que irritante... Até meio ofensiva.

-- Primeiramente, não me chame de querida. Você é a última pessoa do mundo da qual eu gostaria de ser chamada de querida. Segundamente, Pete é mais homem do que vocês todos juntos. Ser homem não é ser fortão e ficar batendo nos mais fracos... – Olhei para Pete – sem ofensas Pete, você é de mais... – Ele murmurou um “sem problemas” e eu voltei meu olhar para o repugnante garoto do qual eu estava brigando – Ser homem é ser um cavalheiro com as garotas e saber respeitá-las, e ter inteligência para ser justo e fazer o certo, e isso Peter com certeza é... Tenho nojo de você Humbert, nojo de todos vocês, e saiba que irei defender Keith e Pete com unhas e dentes se preciso! – Terminei meu “discurso” com tom ameaçador e alguns passos a frente de meus amigos. – Agora, se nos der licença, não queremos perder o nosso horário de recreio atoa, temos coisas muito mais importantes para fazer, tipo... discutir qual é o melhor sabor de refrigerante... Au revoir! – Prossigo no caminho até as mesas do refeitório, abrindo espaço entre os imbecis impressionados.

-- Isso foi... de mais Má! – Keith comentou, olhando para trás.

-- Eu não fiz nada... Só disse umas boas verdades para eles... – Respondo dando de ombros.

-- O-obrigado... – Pete agradece, meio tímido, olhando para o chão.

-- Não foi nada! – Respondo tímida também.

O resto da semana foi bem... diferente deste dia... Humbert nem chegou perto de nós, o que é bom, mas os diálogos entre Pete e eu foram bem limitados, o que é ruim.

Assim como todos os sábados, Peter e Paul deveriam vir dormir aqui em casa hoje, mas Betty está gripada e não poderá ir cantar, portanto, os garotos não virão. Betty me chamou para dormir lá, mas eu disse que não poderia porque estava de castigo... o que é uma pequena mentirinha. Acho que eu ainda não estou com coragem o suficiente para ficar sozinha com Pete.

Passo o meu sábado inteiro dentro do quarto, escutando meus discos, pois isso me acalma e me faz esquecer dos meus problemas. Depois de quatorze discos, acabo adormecendo.

Acordo cedo. Olho no calendário, domingo. Provavelmente meu domingo será igual ao meu sábado. Desço até a cozinha para tomar café com meus pais. Os cumprimento e sento à mesa, cortando uma fatia de pão.

-- Filha, está tudo bem com você? É que eu te achei meio estranha esta semana... E achei estranho você não ter saído com Peter e nem ter visto os dois juntos conversando... Vocês brigaram? – Meu pai perguntou, abaixando a folha do jornal, tornando seu rosto visível.

-- Não, papai, eu estou ótima... E nós não brigamos não, só não... conseguimos achar um tempo livre... para nos encontrarmos... Sabe como é, muitas provas... – Digo meio tensa.

-- Ah sim, “provas”... Vocês sempre estudaram juntos para as provas... – Papai acrescentou, me deixando um pouco nervosa.

-- É que... que... Ah, é que Pete estava de castigo... – De novo uma breve mentirinha. A última coisa que eu quero nesse mundo é contar ao meu pai que eu quase beijei meu melhor amigo.

Quando meu pai abre a boca para fazer mais perguntas, minha mãe aparece na porta da cozinha segurando a correspondência... Aleluia!

-- Frank, chegaram as contas de luz e água... Minha irmã Anne mandou um postal... Panfletos... E filha, tem uma carta para você, mas não fala de quem é... – Minha mãe me entrega o envelope, tão curiosa quanto eu.

-- Obrigada mamãe! – Agradeço e viro o envelope, estudando o local onde meu nome foi escrito, com uma letra um tanto quanto garranchada mas até que bem organizada... a letra de Peter. Sinto o estômago remexer e a ansiedade tomar conta de mim.

Me apreço para engolir o café e o pão com manteiga. Quando finalmente acabo, peço licença aos meus pais e subo as escadas de duas em duas, para chegar mais rápido. Entro no meu quarto e encosto a porta, não sei qual reação está carta irá me causar, e não quero que meus pais me vejam chorando ou rindo histericamente. Me jogo na cadeira da escrivaninha e alcanço uma tesoura para abrir o envelope. Puxo a carta dobrada com cuidado e a estico... Começo, ansiosa, a ler seu conteúdo...

Querida Maria Giulia,

Eu gostaria, acima de qualquer coisa, te agradecer por ter me defendido na escola, não só nesta terça mas todas as vezes em que fez isso. Quero agradecer por estar sempre ao meu lado me ajudando com tudo que for preciso. Sei que está última semana foi um tanto quanto perturbadora, não só para você, mas para mim também. Estamos agindo como completos estranhos... Isso é uma tortura para mim, pois foi sempre para você que eu contei tudo que me aborrecia ou que me deixava feliz, e acredite, estar com você é o que mais me deixa feliz! Queria te pedir desculpas por quase ter te beijado... Eu realmente não sei o que aconteceu, eu saí fora de controle... Eu não sei direito o que estou sentindo... Me perdoe! Podemos esquecer o que aconteceu e voltarmos a agir como antes? Eu não me importo como, mas quero ter você ao meu lado... Seja como amiga ou como qualquer outra coisa, só quero que as coisas voltem a ser como antes! Amo demais você! Por favor, quando ler esta carta, venha falar comigo.

Com amor, do seu amigo idiota,

Peter Townshend.

Terminei de ler a carta com lágrimas nos olhos e com ar de surpresa... Acho que esta carta me deixou mais confusa que o normal... Mas ao mesmo tempo, me deixou aliviada por Pete também querer voltar ao normal comigo. Guardo o papel na gaveta da escrivaninha e troco de roupa o mais rápido possível. Abro as cortinas do quarto e olho para a janela do quarto de Pete, tentando detectar movimentos... Nada. Desço as escadas correndo e saio para a rua, hesitando um pouco.

Nem preciso me preocupar em tocar a campainha, pois encontro Pete sentado ao pé da escada da porta de entrada de sua casa, com seu violão em mãos, tocando uma melodia nova. Ele me vê e para de dedilhar as cordas, mas abre um lindo sorriso tímido.

-- Oi! – Digo timidamente. Retribuo o sorriso.

-- Oi! – Ele responde com o mesmo tom de voz.

-- Eu recebi a sua carta... – Digo, olhando no fundo de seus olhos pela primeira vez desde o quase beijo. Saudades daquele lindo tom de azul. – Me pergunto como o carteiro soube onde entregá-la, já que você não colocou nem endereço e nem seu nome... – Digo, acompanhada de um riso calmo.

-- É porque eu coloquei a carta na sua caixa do correio ontem a noite. – Ele vira o rosto para o braço do instrumento e começa a afinar o mesmo.

-- Eu... eu gostei muito... do que você escreveu. – Comento meio hesitante.

-- Nada mais do que a verdade! – Ele volta os olhos para a minha face, sorrindo.

-- Eu concordo plenamente com tudo que você me disse! – Solto as palavras que antes se encontravam entaladas na garganta. Me aproximo mais de Pete e sento ao seu lado, na escada.

-- Que bom... Eu senti sua falta... Pois ao mesmo tempo que estávamos tão perto fisicamente um do outro, estávamos tão distantes mentalmente, durante esta semana... É claro, se não fosse o besta do Moonie, acho que nem fisicamente eu conseguiria ficar perto de você... Temos que agradecê-lo depois... – Peter termina com uma risada gostosa.

-- Também senti sua falta! – Abraço meu amigo, nostalgicamente. Ele contribui em questão de segundos. Ao nos desvencilharmos, volto a minha atenção para seu violão. – Qual música estava tocando antes de eu chegar? Pelo o que eu escutei, era algo novo.

-- Ah, isso? Não é nada... É só uma música que eu estou escrevendo... – Peter diz envergonhado, com as bochechas coradas.

-- Toca ela pra eu ouvir, por favorzinho! – Imploro, fazendo um gesto cômico com as mãos, que rende risadas de Pete.

-- Prometo que irei tocar, mas não hoje... É uma surpresa, e ainda não está pronta... – O garoto responde e eu faço um biquinho de cachorro pidão. Mas meu amigo ri e continua a negar e dizer que é surpresa.

-- Tá, já que não quer tocar pra mim, que tal inventarmos algo para fazer? Como o dia está bem quente, o que você acha de irmos chamar Keith e depois, nós três, darmos uma nadada na piscina municipal? – Pergunto, me levantando e estendendo a mão para ajudar Pete a fazer o mesmo.

-- Topo! – Ele responde, já em pé. – Só me dê uns cinco minutos para pegar minhas coisas e avisar minha mãe... Só espero que ela não invente de eu levar Paul junto...

-- Relaxa, cara. Eu também tenho que pegar minhas coisas e avisar meus pais... – digo, apontando com o polegar para a minha casa.

-- Então, até daqui a pouco! – Peter diz, se virando para entrar em casa.

-- Até daqui a pouco... – Digo, antes da porta se fechar.

Entro em casa e encontro meu pai sentado em sua habitual poltrona, ao lado do toca-discos da família, que, diferente do meu, este é bem requintado.

-- Pai! Pai! Posso ir com Pete e Keith para a piscina municipal? – Pergunto alegre.

-- Agora sim estou te reconhecendo, minha filha! – Papai diz, bem humorado. – Por mim, sem problemas... Desde que você siga as ordens da piscina e não se meta em encrenca...

-- Eu prometo papai! Volto antes das duas da tarde! – Abraço meu pai. – Obrigada pai!

Ao chegar em meu quarto, pego uma mochila pequena que encontro jogada dentro do guarda-roupa e a encho com alguns pertences, como o meu maiô, uma toalha, sabonete e um frasco de shampoo. Pego também uma roupa reserva, caso aconteça de esta ficar molhada. Desço ao andar de baixo de minha casa e me despeço de meus pais. Saio na rua e vejo que Pete já me espera.

-- Desculpe a demora... – Digo e ele faz um gesto de “sem problemas”. – Podemos ir?

-- Claro! Ainda temos que ir buscar o Moon. – Pete diz e coloca sua mochila nas costas. Faço o mesmo, e juntos, começamos andar para além da esquina, até chegarmos na casa de nosso outro amigo.

Para começo de conversa, temos uma pequena surpresa ao encontrarmos Jullia, prima de Peter, esperando ser atendida na porta da propriedade dos Moon.

-- Prima? Que surpresa te encontrar aqui! – Pete exclama, cumprimentando a garota.

-- Ah, olá! É que Keith me convidou para tomar sorvete com ele hoje... – Jullia explica.

-- Pois bem, minha querida, acho que temos novos planos pra vocês dois! – Digo, sorrindo, deixando a garota curiosa. – Peter e eu viemos chamar Keith para nadar na piscina municipal... Você pode vir também!

-- Oh, eu gostaria muito, mas não tenho roupa de banho... – A menina responde triste. Não tinha pensado nisso... Mas aí, uma ideia surge em minha mente. Olho para Jullia e constato que a garota, por mais que tenha a minha idade, é bem menor que eu, no quesito altura...

-- Você pode pedir um maiô emprestado para Linda! – Digo, me referindo a irmã do meio de Keith. Ela é bem mais nova, mas tem quase a mesma altura de Jullia... Talvez dê certo.

-- Por que estão demorando para abrir a porta... Será que saíram? – Pete pergunta, de braços cruzados.

-- Ah, na verdade, primo, eu ainda não toquei a campainha... Estava tomando coragem para isso... – Jullia diz, se encolhendo um pouco e Peter olha indignado para a garota. Eu me apresso e aperto a campainha.

Menos de dois minutos depois, a porta se abre, revelando a face brincalhona de Keith.

-- Não tem pão velho aqui não! – Ele diz de brincadeira.

-- Ah, que pena... Então vamos ter que ir nadar sem o nosso pão velho favorito... – Digo, fazendo os outros rirem.

-- Nadar? Opa, eu quero! – O garoto abre a porta e nos cumprimenta. Noto que fica um tanto quanto envergonhado ao cumprimentar Jullia.

Explico ao Keith que Jullia precisa arranjar roupa de banho e peço para que este pegue um maiô de sua irmã emprestado. Ele concorda e, silenciosamente, vai até o quarto de Linda e pega a roupa. Ele volta rapidamente para onde nós ficamos o esperando, a sala de estar. Ele estica o maiô para uma Jullia bem envergonhada.

-- Aqui está, Jullieta! – Keith diz, usando um tom de voz teatral, que nos faz rir.

-- O-obrigada Keith... – Ela toma a roupa em suas mãos, ainda mais envergonhada. Pete e eu trocamos alguns olhares maliciosos, que deixaram Keith bravo.

-- Tá, tá, tá... Depois vocês dois flertam o quanto quiserem, mas agora vamos logo para a piscina municipal pois estou morrendo de calor! – Digo, impaciente.

-- Tá bom, madame! – Keith diz, mal-humorado e abre a porta, indo de encontro com a brisa das ruas de Londres.

Como todo bom grupo de amigos, caminhamos até a piscina municipal conversando, rindo, bagunçando e cantando coisas aleatórias (tudo bem, esta última parte foi só eu). Além de a piscina municipal ser perto de nossas casas, ela também tem entrada franca... Ou seja, nada de gastar meu dinheiro que estou guardando para o novo disco do Elvis. As únicas coisas que temos que fazer é assinar nossos nomes em uma lista e um breve exame médico, que deve ser feito já em trajes de banho. Assino meu nome e espero Jullia assinar o seu.

-- Bom, garotos, se nos dão licença, iremos nos trocar... – Digo, puxando Jullia até o vestuário.

Entro em uma cabine vazia e digo para a garota entrar na cabine ao lado. De forma ligeira, visto o maiô e prendo meus cabelos em uma trança mal-feita. Me olho no espelho e me sinto um tanto quanto estranha... Sei que não sou nada gorda, sou até magrela de mais, mas sinto uma breve vergonha de encontrar os meninos com esta roupa. A última vez que usei maiô perto deles foi há dois anos atrás.

Saio de minha cabine e penduro a mochila com minhas roupas em um gancho na parede. Sento em um banco para esperar a porta da cabine de Jullia se abrir, o que não demora muito para acontecer. Eu estava certa, a roupa de Linda a serviu direitinho!

-- Eu... Eu não quero aparecer na frente do Keith, digo, dos garotos, vestida assim... – Ela diz, olhando no espelho.

-- Relaxa, Jullia... Eu também estou com um pouco de vergonha, e olha que eu conheço Pete há quinze anos e Keith há onze... Você não está indecente, e isto é uma piscina... todos estarão com roupa de banho. – Tento tranquiliza-la, o que parece funcionar... um pouco.

-- Tem razão, Má! – A garota agora se volta para mim, já com um pouco menos de timidez.

-- Vamos botar pra quebrar! – Digo, erguendo os punhos para o alto.

-- Vamos! – Jullia diz, um pouco menos eufórica do que eu.

Saímos do vestuário e olhamos em volta, procurando os garotos. Enfim, avisto Keith saindo do vestuário masculino, gritando para Pete, que parece não querer sair. Keith, com seu calção vermelho, parece estar perdendo as paciências...

-- Peter Dennis, ou você sai agora ou eu vou mandar a Má vir te buscar! – Ele diz, tentando puxar o garoto para fora, sem sucesso...

-- Eu não quero sair! Elas vão rir de mim! – Pete gritou, de dentro do banheiro.

-- O que está acontecendo aqui? – Digo, chegando perto de Keith, colocando as mãos na cintura.

-- Pete não quer sair do vestuário... PORQUE ELE É UM BESTA QUADRADA! – Keith grita a última parte para o amigo escutar.

-- Não sou não! Eu não vou sair daqui! – O garoto responde.

-- Peter, para de ser chato e saia logo daí... Estamos passando calor por sua causa! – Desta vez, eu é quem tenta a sorte.

-- Só se vocês prometerem que não vão rir de mim! – Ele diz, colocando somente a cabeça para fora da porta.

-- Ah... Tá, eu prometo... Você promete Jullia? – Pergunto para a garota que faz sinal positivo com a cabeça. – Ótimo... e você Keith?

-- Não consigo rir com esse calor todo! – Keith responde.

--Agora sai logo daí! – Digo também sem paciência.

Pete começa a aparecer pela porta... A sua magreza sempre me espanta um pouco... Eu descubro o porquê de toda a sua preocupação. Seguro muito a risada quando vejo o calção xadrez do garoto. Enfim, não consigo me manter e rio.

--Ei! Você prometeu que não ia rir! – Ele diz, fingindo irritação.

-- Des-desculpe... Não pude... Evitar! – Digo entre risos.

-- Você vai ver agora! – Pete corre atrás de mim, e quando me alcança, me pega no colo, como os príncipes de desenhos animados, e chega perto da piscina.

-- Não, por favor! Não! – Reluto, rindo. Posso estar com calor, mas entrar em uma piscina leva tempo para se acostumar.

-- Vingança! – Pete diz, sombrio e me joga na água. Ao levantar o rosto, vejo um Pete, um Keith e uma Jullia morrendo de rir.

-- Ah é? Vocês vão ver agora... – Saio da piscina e corro atrás de todos, até conseguir abraçar e molhar os três... Logo, todos já haviam pulado na água e agora, juntos, tentamos arranjar alguma brincadeira.

-- Que tal... briga de galo? – Keith sugere. Todos concordamos. Como o esperado, Keith faz dupla com Jullia e eu, com Peter.

Primeiro, eu e Jullia montamos no cangote dos garotos e começamos a lutinha, bem bobinha, mas divertida. Acabo derrubando Jullia, e, junto com Pete, comemoro. Depois é a vez dos garotos.

-- Tem certeza que me aguenta Má? – Pete pergunta, meio preocupado.

-- Claro, sobe logo! – Digo, com toda a minha “delicadeza”.

Peter sobe, e eu reluto um pouco para me equilibrar. Keith também já montado, consegue nos derrubar de primeira.

-- Desculpa, eu que me desequilibrei aqui... – Digo ao meu amigo.

-- Relaxa... agora estamos todos empatados. – Ele diz, alegre.

Fizemos vários outros jogos, como competição de pulo e quem consegue ficar mais tempo em baixo da água. Peter ganhou ambos os jogos.

Logo escuto as badaladas das 13h00 e me apresso para sair, para conseguir chegar em casa antes das 14h00. Os garotos relutam um pouco, mas depois sedem e saem da piscina também. Eu e Jullia voltamos ao vestuário feminino para nos trocar e depois, encontramos os garotos para voltarmos todos para nossas casas.

Todo aquele clima tenso da semana passada, já havia se esvaído, dando lugar para novas risadas e brincadeiras... E curiosidade sobre certas coisas...

 

Notas Finais


Oie, seus lindos! Eu sei que demorei um século para postar, mas é que eu estava viajando, e quando voltei, minha criatividade continuou viajando... Faz quatro dias que eu estou escrevendo este capítulo... Queria ter feito o baile neste capítulo, mas achei melhor esperar mais um pouco... Só espero que vocês tenham gostado! Obrigada a todos que leem e comentam, aos que só leem também e a todos vocês que continuam acompanhando! Beijossss <3
~Srta. Townshend


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