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História I Can't Live Without Your Love - Capítulo 1


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Oi amores.
Normalmente não costumo postar duas fanfics ao mesmo tempo, mas hoje é um dia especial *-*
Essa shortfic foi elaborada como presente de aniversário para minha linda, arrasadora, maravilhosa, Tati ♥
Então... Parabéns amigaaaaa.
Espero que aproveite o seu presente kkk
Aos demais lindos e divosos que vão ler, espero que gostem também *-*
Boa leitura ♥

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction I Can't Live Without Your Love - Capítulo 1

– Tudo bem. Eu só preciso que me dê três dias para ler o seu caso. Depois disso, entrarei em contato, e te direi o que consigo fazer para consertar o que seu antigo advogado fez. – falei colocando-me em pé.

– Mas é claro, doutor Mellark. Quanto tempo o senhor precisar. – Glimmer Rambin sorrio, levantando-se também. – Mas pelo que contei ao senhor, acha que consegue me ajudar?

– Esteja certa de que não há ninguém em Pasadena, melhor do que Peeta Mellark para fazer um divórcio acontecer. – fechei a pasta com seus arquivos, mantendo-a sobre minha mesa.

A mulher ampliou seu sorriso. Ela me analisou por alguns segundos, em completo silêncio. A ponta de sua língua resvalou lentamente entre seus lábios pintados de vermelho, finalizando a ação com uma pequena mordida no canto do lábio inferior. Permaneci atento, com um sorriso torto no rosto.

– O senhor não faz ideia de como fico feliz em ouvi-lo dizer essas palavras. – Glimmer curvou-se ligeiramente sobre minha mesa, ficando mais perto de mim, e deixando aparecer mais do decote que seu vestido preto proporcionava.

Desde que ela havia entrado em minha sala, estava claro que aquela mulher não estava ali apenas para que eu cuidasse do seu divórcio mal resolvido, onde seu advogado havia conseguido um único acordo onde Glimmer ficava apenas com a mansão em Beverly Hills do marido e abria mão do resto da fortuna. O acordo foi tão ruim para a loura a minha frente, que a mesma chegou a adiar o divórcio, até achar um novo advogado.

E ali estava eu. Um dos advogados mais conhecidos da cidade. O único problema é que eu sabia que eu não era conhecido só por culpa da minha profissão. Graças a minha assistente, que amava colher informações ao meu respeito, eu sabia a fama que eu tinha entre as mulheres de Pasadena, e pra mim não era tão ruim. Principalmente quando se tratava de louras fúteis e com um lindo corpo, como Glimmer.

Duas batidas em minha porta, foi o suficiente para que cortássemos o contato visual. Glimmer endireitou-se e eu pigarreei antes de falar.

– Entre. – pedi, mexendo em minha gravata.

Minha assistente entrou com um de seus sorrisos simpáticos, colocando uma pilha de papéis sobre a mesa.

– Desculpa a interrupção, senhor Mellark. – ela disse tirando a mecha de seus cabelos louros, que havia caído em seus olhos. – Eu preciso que o senhor assine esses papéis até as 17 horas. – continuou a falar, erguendo os olhos em minha direção. – Então temos urgência.

– Bom, doutor Mellark. Eu preciso ir. – Glimmer se manifestou. – Me ligue quando puder. – ela piscou pra mim, e deu as costas, caminhando para fora da minha sala.

– Você não aprende mesmo, não é? – minha assistente disse ao fechar a porta atrás da mulher.

– Não seja assim. – sorri, sentando-me em minha cadeira. – Você sabe que não tenho culpa. Elas simplesmente aparecem, e não posso manda-las embora.

Ela rolou os olhos antes de sentar na cadeira que Glimmer havia ocupado minutos atrás.

Katniss Everdeen. Eu a conhecia há praticamente 5 anos. Foi quando a contratei para trabalhar comigo. Desde então convivemos todos os dias, onde ela, pessoa que eu considerava minha melhor amiga, vivia se opondo as mulheres com quem eu saía. Principalmente pelo fato de sempre ser encontros de uma noite só.

– Ela nem deve ter um cérebro naquela cabeça, Peeta. Por favor. – Katniss disse impaciente. – Você consegue algo melhor do que aquilo.

– É claro que eu consigo algo melhor. – sorri presunçoso. – Conseguiria facilmente, na verdade. – ajeitei-me na cadeira. Katniss torceu o nariz com meu comentário. – Mas as melhores, são as que querem compromisso, Kat. E isso é algo que eu não quero.

– Claro que não quer. Você é um tremendo de um galinha. – acusou, levantando-se. – E se você vai sair com essa tal de Glimmer, não conte comigo para dispensa-la por telefone, mas mantê-la como cliente. Estou ficando sem argumentos com esse gênero de clientela que você criou. – Katniss puxou sua blusa preta para baixo repetidas vezes, demonstrando o quanto estava irritada.

Ri do seu nervosismo e neguei com a cabeça ao vê-la me fuzilar com seus olhos cinzentos.

– Vamos lá. Você é ótima em dispensar garotas por mim. – peguei minha caneta sobre a mesa, e puxei os papéis que Katniss trouxera. – Acho que devia pagar você por isso também. Dois empregos, em um. O que acha? – tirei a tampa da caneta.

– Vai se ferrar, Peeta. – ela resmungou, recebendo minha atenção novamente.

– Por favor? – pedi. – Você não pode me deixar na mão assim. Só tenho você.

– Quanto drama, apenas pra sair com uma platinada que tem seios fartos. – ela fechou os olhos e negou com a cabeça. – Não acredito que vou dizer isso. – Katniss disse baixo, parecendo mais para ela, do que pra mim e ergueu suas pálpebras para me encarar. – Tudo bem. Saia com ela. Eu vou pensar em novos argumentos.

– Você é um anjo. – dei um sorriso torto.

– E você é nojento. – Katniss alisou sua saia social como se o tecido estivesse amassado. – Assine logo esses papéis. – disse irritada.

– Já vou assinar, nervosinha. – voltei minha atenção para os papéis, começando a rubricar meu nome nas linhas escuras e com um X na frente.

– Me chame quando terminar. Estarei em minha mesa, usando o computador para procurar outro emprego. – Katniss disse parecendo séria demais para o meu gosto.

Ergui os olhos apenas para vê-la me dar as costas e caminhar em direção a porta.

– Não brinque desse jeito. Sabe que preciso de você. – falei com o tom sério e soltando a caneta sobre a mesa.

Katniss parou, segurando a maçaneta da porta entre aberta, e virou o rosto para me olhar. Um sorriso surgiu em seus lábios rosados, formando pequenas covinhas abaixo deles.

– Eu sei. Sem mim, você não saberia achar nem o grampeador. – debochou. – Estarei em minha mesa. – repetiu antes de sair e fechar a porta atrás de si.

 

~||~

 

Meus olhos se abriram com dificuldade quando um estrondo me acordou, causando-me uma terrível dor de cabeça. Continuei imóvel em minha cama, sentindo que eu não estava sozinho, mas sinceramente eu não fazia ideia de quem estava comigo.

A porta do meu quarto foi escancarada, o que me fez olhar em direção a ela. Katniss estava ali, parada, parecendo furiosa. Puxei um dos lençóis para cobrir até minha cintura.

– Que merda está acontecendo aqui? – ela gritou, fazendo minha cabeça latejar. A mulher que parecia dormir ao meu lado se mexeu. – Responda, Peeta! – Katniss voltou a gritar.

A mulher sentou no colchão, cobrindo seu corpo com um lençol, parecendo atordoada.

Sentei devagar, não me importando com a falta de camisa, apenas para assistir ao show que eu sabia que viria a seguir.

– Eu não posso nem viajar a trabalho, e é isso que eu encontro? – Katniss esbravejou.

– O que está acontecendo? – a morena ao meu lado perguntou confusa.

– Está acontecendo que você acabou de acordar na cama de um homem casado. – Katniss respondeu com sarcasmo erguendo a mão esquerda e mostrando o anel dourado em seu dedo. – Suma daqui! – ela gritou.

A mulher me encarou abismada, mas se levantou ainda enrolada no lençol branco. Ela recolheu suas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto, e passou apressada por Katniss.

– Minha mãe dizia que você era um problema. Mas não. Eu fui idiota em acreditar nas suas promessas. – Katniss falava alto e irritada. – Casar com você foi o pior erro que cometi em toda minha vida. – ela disse chorosa e entre dentes.

Seu rosto estava vermelho e seus olhos até brilhavam com lágrimas.

A porta do apartamento bateu com força, anunciando que a outra mulher havia saído. Katniss deu as costas pra mim sem dizer mais nenhuma palavra, e saiu do quarto, batendo a porta.

Suspirei e esfreguei os olhos, colocando-me em pé. Alcancei minha cueca, e a vesti com pressa, sentando-me na beirada da cama. Alguns minutos se passaram até que a Katniss abriu a porta, e entrou com um copo de vidro em mãos.

– Eu estou cansada disso. – murmurou entregando-me o copo com água e duas aspirinas. – Eu não sou sua babá, Peeta. – completou tirando a aliança falsa de seu dedo, e colocando-a no bolso de sua jaqueta.

– Como sabia que eu estava com alguém? – questionei, colocando os dois comprimidos na boca, e bebendo toda a água, entregando o copo vazio em seguida para Katniss.

– Você me ligou mais bêbado do que meu tio Richard no natal do ano passado, pedindo para que eu me livrasse da garota na manhã seguinte, porque ela era gostosa, mas parecia grudenta demais. – ela suspirou cansada.

– Eu fiz isso mesmo? – perguntei dando um sorriso.

– Você fala como se fosse novidade. – Katniss rolou os olhos.

– Realmente não é. – continuei sorrindo e me coloquei em pé. – Essa jogada de esposa traída é a melhor até agora. – comentei. – Você entra bem no personagem. Quase chorou. Foi espetacular. – caminhei em direção ao meu banheiro. – Sabe o que seria bom agora? – questionei ainda com a porta aberta.

– Café preto com ovos e bacon. – ela respondeu. – Tome seu banho, enquanto eu preparo. – Katniss disse, me fazendo sorrir.

Depois de poucos minutos no chuveiro frio, e uma simples calça de moletom, caminhei em direção a cozinha, que cheirava a café e a fritura.

Katniss estava de costas, parecendo concentrada demais para notar minha presença. Encostei no batente da porta da cozinha silenciosamente para observa-la. Ela usava um short jeans escuro, uma jaqueta cheia de hexágonos coloridos, sandálias, sem salto, na cor marrom, e seus cabelos, que antes estavam soltos, agora estavam presos em um coque frouxo sobre a cabeça.

Eu sempre admirei a beleza natural de Katniss, e sinceramente, assim que a conheci, tive que lutar contra a vontade que eu sentia de beijá-la, toda vez que ela sorria e as covinhas apareciam abaixo de sua boca. A minha sorte é que rapidamente ela se mostrou o tipo de mulher que eu evitava. As inteligentes que não costumavam cair em meu charme, e que fugiam de encontros de uma noite. Foi quando me dei conta de que, apesar de linda e ter o sorriso mais perfeito que eu conhecia, Katniss jamais se encaixaria no que eu procurava.

– Quanto tempo mais pretende ficar me secando? – ela perguntou sem se mexer.

– Não estou te secando. – desencostei do batente e andei até Katniss. – Só estava pensando como eu sou sortudo por ter uma esposa como você. – falei debochado, parando ao seu lado.

Ela virou o rosto em minha direção e um de seus belos sorrisos apareceu.

– Acho que sempre serei sua única esposa, não é? – Katniss voltou sua atenção para o fogão.

– Sim. E você é perfeita. – alcancei uma caneca e peguei a jarra de vidro da cafeteira. – Você cuida de mim, e ainda me deixa sair com outras mulheres.  – enchi minha caneca com café. – Estou no casamento dos sonhos.

– Nunca ouvi tanta merda em um só discurso. – ela apagou o fogo e virou o bacon sobre os ovos que estavam dentro de um prato grande e de louça que eu nem lembrava de ter em casa.

Acabei sorrindo e sentei em uma das cadeiras, sendo acompanhado por Katniss que tinha enchido também uma caneca de café.

– Como você consegue viver assim? – ela perguntou me servindo em um prato menor. – Eu já me sinto exausta só de te ver com essa cara.

– O que tem minha cara? – questionei franzindo o cenho.

– Parece que você não dorme há dias. – ela se serviu. – E aposto que você está com os casos que você estudaria no fim de semana, completamente atrasados.

– Que dia é hoje? – deixei a confusão transparecer em minha voz.

– Tá brincando né? – questionou unindo suas sobrancelhas claras.

– Não. – cocei a nuca sem graça, em seguida peguei o garfo e comecei a comer. – Não é sábado?

– É pior do que eu pensei. – Katniss disse baixo bebericando seu café. – Já é domingo, Peeta. Você disse que leria alguns casos no fim de semana. Casos urgentes. – seus olhos cinzentos continuaram a me encarar enquanto seus dedos finos rodeavam a caneca branca.

– Eu estou ferrado. – soltei o garfo no prato. – O que eu faço? – perguntei perdido para minha única salvação, que mantinha seu olhar duro e impassível sobre mim.

– Eu realmente não quero saber o que você vai ou como vai fazer. – Katniss deixou a caneca e o prato a sua frente praticamente cheios, levantando-se em seguida. – Não posso te ajudar hoje.

– Por quê? – perguntei curioso pegando minha caneca.

– Tenho um encontro. – respondeu andando até a pia.

O café que eu tinha na boca me engasgou, fazendo-me cuspir o líquido, dando início a uma crise de tosse.

Senti tapas ardidos e fortes nas costas, o que parecia mais uma forma de descontar a raiva que eu a fazia passar por irresponsabilidade minha, do que uma forma de me desengasgar.

– Chega. – falei rouco pulando para o lado e fugindo de suas mãos. – Como assim tem um encontro? – perguntei pigarreando.

Katniss cruzou os braços abaixo dos seios e fechou a cara.

– Sabe os encontros que você tem? – indagou me encarando séria.

– Os encontros que tenho são de uma noite só. – falei incrédulo.

– É exatamente o que não vou ter hoje, porque não sou como as vadias que você arranja por aí. – disse com sarcasmo. – Vou sair com Gale.

– Gale, o advogado que está contra mim no caso Undersee? – questionei mais incrédulo, e acabei me aproximando de Katniss.

– Sim, querido. – ela sorrio descruzando os braços. – Passar bem o resto do seu domingo. Até amanhã. – Katniss me deu as costas e começou a caminhar até a saída.

– Você vai mesmo me abandonar? – perguntei.

– É exatamente o que eu estou fazendo. – murmurou, saindo do meu apartamento.

Fechei os olhos com força, praguejando.

Era óbvio que eu folgava na boa vontade de Katniss, mas tínhamos tanta liberdade um com o outro, que no momento eu me sentia praticamente traído por ter sido trocado por Gale Hawthorne.

Passei as mãos no rosto algumas vezes, tentando focar meus pensamentos em algo que me ajudasse com todo o “dever de casa” que eu teria para revisar até o dia seguinte.

Suspirei, abrindo os olhos, encarando a porta branca do apartamento. Ela realmente tinha me abandonado.

Neguei com a cabeça.

– Vamos lá, Mellark. Temos muitos casos para ler. – falei para mim mesmo em tom derrotado.


Notas Finais


Até o próximo ♥


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