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História I Do - Dezessete


Escrita por: plsjessie e lailights

Capítulo 17 - Dezessete


Se alguém tivesse dito para Youngjae que algum dia em sua vida ele hospedaria seu chefe no apartamento bagunçado em que vivia e se sentiria feliz com aquilo, ele definitivamente não acreditaria, mas ali estava ele.

Ainda com os trapos que costumava chamar de pijama e aquelas pantufas ridículas nos pés, ouvia pela milésima vez Jaebeom se desculpar por aparecer daquela maneira e ainda pedindo abrigo, mesmo que para Youngjae aquilo não fosse incômodo algum – não que ele tivesse falado aquilo em voz alta, é claro.

A única coisa que estava o deixando um tanto quanto aflito era aquela vontade quase que incontrolável de ir ao próprio quarto e se trocar. Ele já se sentia reprimido com a beleza de Jaebeom normalmente, com ele caindo tão bem em uma roupa casual enquanto Youngjae ainda usava seu pijama surrado para os dias frios e pantufas de coelhos nos pés, Choi se sentia vítima de uma covardia grande demais para ser colocada em palavras.

— Eu já te disse que não tem problema, Jaebeom. – disse por fim.

Estava encostado na bancada da cozinha agora, usando todo o seu controle para não ficar encarando Jaebeom enquanto devia estar preparando algo para que os dois comessem.

— Sinceramente, eu acho fantástico o fato de não precisar pegar um ônibus até o trabalho por alguns dias. – comentou com um sorriso animado, fazendo o outro rir.

— Obrigado, de verdade. – Jaebeom agradeceu novamente.

— Se você me agradecer mais uma vez eu te deixo do lado de fora e fico só com a Nora. – Youngjae apontou a colher para Jaebeom que riu.

— Tudo bem, tudo bem. – levantou as mãos em sinal de rendição.

E o cômodo ficou silencioso por um instante. Jaebeom apenas o observando se esticar para pegar alguns ingredientes nos armários, seus pensamentos sendo ocupados apenas com o quanto o corpo do mais novo era bonito, e droga, aquele pijama era pequeno demais e fazia com que seus olhos ganhassem vida própria e encarassem a pele exposta da barriga do outro.

Tudo culpa daquela blusa de pijama.

Choi pareceu não perceber o olhar em si enquanto pensava no que falar para deixar o ambiente mais confortável. E então aquele assunto voltou à sua mente de novo.

Talvez ele não devesse se sentir tão incomodado com o fato de que a ex-noiva de seu chefe tinha aparecido naquele dia, mas o que podia fazer se a vida havia feito com que ele nascesse tão curioso e intrometido?

— Então... – começou, desistindo da ideia de parecer alguém equilibrado e não enxerido. — O que aconteceu sábado?

Jaebeom engoliu em seco. Não esperava ter que conversar sobre aquilo tão cedo. Ponderou por um minuto se deveria responder e Youngjae já se arrependia de ter perguntado aquilo.

O mais velho parou e montou o raciocínio de que Youngjae estava o abrigando – e a Nora também – sem nem ao menos questionar qual era o grande problema que o impedia de ficar em casa. Era justo que respondesse algumas coisinhas.

— Ela veio se explicar. – Jaebeom respondeu simples.

— Hm... – O mais novo resmungou insatisfeito com aquela resposta curta. — E como vocês estão? Você não está com ela agora então eu imagino que não tenham voltado.

Jaebeom vacilou por mais uns instantes antes de limpar a garganta e responder.

— Ah, ela disse que não queria mesmo se casar e que não fazia ideia do porquê de ter aceitado. – riu nervoso ao terminar. Aquilo ainda doía um pouquinho no fim das contas.

Youngjae parou de mexer nos ingredientes no balcão e olhou para o outro como se ele tivesse acabado de falar que estava engordando Nora para não ficar sem comida no inverno. Como em sã consciência alguém poderia dizer que não sabia por que tinha aceitado se casar com um homem como Jaebeom?

— Mas que filha da puta. – e mais uma vez as palavras saíram da boca de Youngjae antes que ele pudesse impedir.

Arregalou os olhos e os direcionou para Jaebeom como se estivesse se desculpando. Gesticulou enquanto encontrava palavras para se desculpar.

— Eu não gosto de xingar as pessoas assim, mas pode ficar aliviado, acho que xinguei tanto ela que já gastei todos os palavrões que eu conheço nos últimos dias. – comentou cabisbaixo e Youngjae suspirou aliviado.

Ele não estava arrependido de verdade mesmo.

Ainda não fazia sentido para si como alguém conseguia encontrar algum motivo para não estar ao lado de Jaebeom.

— Eu não sei como ela podia não querer casar com você. Eu não sei como qualquer um não se casaria com você. Você é inteligente, bonito, divertido e ainda gosta de gatos! O que mais ela queria? — disse tudo de uma vez

Silêncio.

Youngjae levou apenas alguns segundos para se dar conta do que tinha falado, e enquanto suas bochechas esquentavam, ele se perguntava o que devia ter feito na vida anterior para que entidades divinas tivessem o feito tão impulsivo.

— O-obrigado. – Jaebeom respondeu um tantinho acanhado enquanto Nora se aproximava de si como se soubesse que estava sendo citada na conversa. — E, sabe, você acabou de me lembrar que ela não gostava muito da Nora.

— Essa foi a coisa mais horrível que já me falaram. – colocou a mão no peito acompanhada de uma expressão ofendida. — Eu tenho certeza que você vai encontrar alguém melhor que isso. — Choi disse, tentando o animar, o que pareceu funcionar já que o outro riu.

— Ela acabou me trazendo até aqui. – tamborilou os dedos na mesa. — Eu meio que... quebrei um cano. – sorriu amarelo quando os olhos de Youngjae o fitaram surpresos.

— O que ela tem a ver com um cano quebrado?

— Nem eu sei direito. – coçou a nuca. — Devo ter jogado alguma coisa lá e criei um problema enorme. — bufou antes de continuar. — Parando para pensar agora, aquela parede era uma porcaria.

— Ah, nossa... – Youngjae disse ainda surpreso. — Me lembre de nunca te deixar irritado. –  Jaebeom riu e o silêncio novamente se fez presente.

Im limpou a garganta, chamando a atenção do mais novo.

— Enfim, eu queria me desculpar com você. – disse sincero para o outro. — Sobre hoje cedo... e todos os outros dias. Eu ainda estava meio aéreo e... eu sei lá... acho que era coisa demais para processar. — completou rapidamente antes que Youngjae realmente o expulsasse.

— Não tem problema. Na verdade, a Byul é bem divertida. Eu gosto dela. – tranquilizou o mais velho. Estava sendo sincero, afinal. A companhia de Moon era a garantia de várias gargalhadas durante o dia.

— A Moonbyul é demais, ela sempre me anima. –  Jaebeom sorriu abertamente dessa vez, fazendo o coração de Youngjae falhar uma batida. — Fico feliz que tenham se dado tão bem.

— Vocês são amigos há muito tempo? – E a curiosidade ataca novamente.

— Faz uns dois anos, eu acho. – Jaebeom o olhou desconfiado. — Por quê?

— Curiosidade. — desviou o olhar novamente e virou-se para o fogão. — Ela tem um namorado, né? Um cara de sorte.

— Namorado? — Jaebeom franziu o cenho.

— É. Ela estava com voz de pessoa apaixonada hoje no telefone, usando um daqueles apelidos de namorados. – Youngjae se explicou, lembrando do claro "também te amo, sunshine, até mais tarde." no fim da ligação.

— Sunshine? – Jaebeom perguntou e Youngjae balançou a cabeça positivamente. — Ah, Youngjae, você não sabia que na terra da Moonbyul a única estrela é o sol? – perguntou, deixando Choi com uma expressão deveras confusa. Jaebeom riu. — A namorada dela se chama Solar.

— Ah, namorada. — Youngjae ficou calado por um tempo. — Isso explica muita coisa.

Jaebeom riu.

— O que você estava pensando? – Im perguntou.

— E-eu? Nada. O que você achou que eu estava pensando? – disse rápido demais. Choi também não era bom em disfarçar.

— Eu não disse nada. – comentou divertido.

Antes que Youngjae pudesse falar alguma coisa, os dois ouviram o som de algo quebrando vindo da sala.

— Ah, droga. – Jaebeom disse, notando que Nora não estava mais na cozinha. Saiu rápido até o outro cômodo com Youngjae atrás de si. — Eu não acredito, Nora. – usou o tom de bronca quando pegou a gata que não estava nem aí por ter quebrado um dos porta-retratos. — Me desculpa, eu pago. – disse agora para o outro rapaz do lugar.

— É só mais uma das fotos que o Jackson gosta de deixar por aí para impressionar o Bambam. – Youngjae deu de ombros. — Aposto que ele nem vai notar.

— Eu insisto. – Jaebeom o ignorou. — Eu já estou abusando da sua boa vontade ficando aqui, eu não posso deixar que a Nora faça bagunça assim. – Youngjae revirou os olhos para o discurso que já tinha escutado pelo menos em dez versões diferentes.

— Ok, já chega. – pegou Nora dos braços de Jaebeom, a soltando na sala em seguida. — Toma isso e vai tomar um banho antes que eu te tire da minha casa com esse monte de obrigados. – pegou a mochila, essa que estava jogada no sofá, e colocou nas mãos dele, apontando para uma das portas em seguida. — Tem umas toalhas limpas no banheiro.

Jaebeom o encarou por alguns segundos pensando em como argumentar, mas desistiu rapidamente. Ele não estava ali por aquele motivo no fim das contas?

Acenou rapidamente e começou a caminhar na direção que Choi apontara.

Quando o mais velho finalmente entrou no banheiro, Youngjae tirou os olhos do homem. Ele nem tinha percebido que estava encarando Im.

Secando é a palavra certa, seu cérebro o corrigiu.

Youngjae balançou a cabeça tentando não pensar naquilo.

Após varrer os cacos do porta-retratos, voltou à cozinha encarando sua bancada cheia de ingredientes aleatórios. Ele tinha esquecido que só tinha começado com aquilo para não ficar fazendo nada enquanto Jaebeom estava olhando para si.

Que droga, por que ele tinha que aparecer justo naquele dia? Ele só tinha planejado esquentar aquela lasanha que estava na geladeira e dormir depois de ser dispensado por Yugyeom, mas definitivamente não podia fazer aquilo para o seu recém-descoberto crush.

Seus olhos passaram pelos ingredientes mais duas vezes antes de uma ideia iluminar sua mente — ele quase viu uma lâmpada surgir acima de sua cabeça.

Só existia uma pessoa no mundo que poderia o ajudar com algo tão difícil quanto agradar alguém com comida.

Caminhou até o quarto tirando o celular do carregador e procurando por aquele contato cheio de emojis de coração, ligando para a pessoa em seguida.

Três toques mais tarde alguém atendeu o aparelho e Youngjae não conseguiu conter o sorriso ao escutar "Oi, meu amor" vindo do outro lado.

— Oi, mãe. — seu sorriso aumentou. — Eu preciso da sua ajuda.


Notas Finais


(≧▽≦)

ola amigas, demoramos mas voltamos!!! A culpa dessa vez foi minha.

[insira um "que feio, Laila"]

FINALMENTE COISAS IRÃO ACONTECER EU NAO VOU PASSANDO SPOILER NAO MAS SE PREPAREM!!!

A fic bateu 400 favs no spirit e 20k de view no wattpad, obrigada, de verdade ❤

Esses dias eu me agarrei à minha carência e transformei numa drabble 2jae mt xerosa c vários beijinhos, dêem uma olhada
https://spiritfanfics.com/historia/kissable-6997190

E já que estamos no clima I Do, a Jiyoon (ex 4minute, a de cabelo verde em crazy!) lançou o debut solo dela e coincidentemente se chama I Do hehe
https://youtu.be/6yHgymBDLK0
dêem muito amor à ela <3

até a próximo att, que virá mais cedo, prometemos de mindinho.

com amor,

lessica.


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