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História I do too - You know what your daddy did too


Escrita por: dboyoongi

Notas do Autor


HELLO como prometido, voltei com mais um capítulo ~~ espero que gostem e por favor, leiam as notas finais, é muito importante c:

Capítulo 7 - You know what your daddy did too


Fanfic / Fanfiction I do too - You know what your daddy did too

Ou eu estou vendo coisas ou meu pai, Jung Yoosung, realmente está sentado de frente para mim, na nossa cozinha, comendo junto comigo. Comendo. Comigo. Não o fato dele estar comendo, óbvio. Mas sim ele estar ali, aquela hora e jantando comigo. Meu pai nunca, nenhuma vez em todos esses anos, sentou para comer comigo por vontade própria. Ele nem mesmo olhava para mim, quem diria me fazer companhia.

A verdade é que meu pai está agindo estranho a semanas, quase um mês, chegando muito tarde em alguns dias e muito cedo em outros. Me perguntando como foi meu dia, conversando comigo, comendo comigo e tudo isso sem gritar ou me bater. Na verdade, não sinto sua força há algum tempo. A esperança queima dentro de mim e eu tento mante-la sobre controle.

- Então - Sorri, nervoso. - Como foi na escola?

- Foi bem - Responde enfiando uma colherada de kimchi na boca. - Por quê?

- Nada demais, só queria saber como foi seu dia.

Não conversamos muito mais do que isso, mas ele continuou ali, comendo e me olhando de tempos em tempos com uma expressão que eu não consigo compreender. Tinha algo de diferente em sua aparência também; ele parecia cansando, como sempre, mas havia um brilho que não estava ali antes, uma suavidade que eu não via há muito tempo.

Depois de terminarmos, lavo e guardo a louça, ignorando a sensação esquisita de tê-lo ainda na cozinha, observando cada movimento meu. Me tensiono inteiro ao sentir sua mão em meu ombro e me viro, assustado. Sua expressão escurece e ele tira a mão rápido, como seu eu o tivesse queimado.

- Eu... - Tosse, desviando o olhar. - Você e o Taehyung estão bem?

Meu pai nunca pergunta sobre o Taehyung.

- Sim, estamos. Algum problema? - Pergunto cauteloso.

- Eu não sei como... É que... - Fecha os olhos, parecendo frustrado. - Vocês estão... se envolvendo?

Se eu estivesse comendo, teria engasgado.

- O quê?!

- Eu não quero me intrometer, mas você realmente devia aprender a cobrir os chupões, filho.

Imediatamente levo minhas mãos ao meu pescoço, corando até o último fio de cabelo. Eu sabia que estava esquecendo algo quando voltei para casa hoje a tarde.

- Pai, e-eu...

E então algo ainda mais estranho acontece: os cantos de seus lábios se erguem e seu rosto muda, um sorriso pequeno se abrindo. Tão pequeno que se eu não estivesse prestando atenção não teria percebido. É um sorriso quebrado, mas ainda assim é um sorriso.

- Está tudo bem - Diz - Eu só queria tirar essa dúvida. Vocês estão namorando?

Será que é possível eu ficar mais vermelho? Tenho certeza que não.

- Não! Quer dizer, sim...espera, não! Argh - Passo a mão pelo rosto, sentindo-o quente. - Eu não sei. Estamos juntos.

- Entendo - Sorri mais um pouco. - Eu me lembro de quando Jaehee e eu...

E ele para.

Os vestígios do sorriso sumindo, o brilho em seus olhos diminuindo devagar e eu assisto, impotente, meu pai se fechar nele mesmo. O peso das memórias nublando seus olhos escuros. É doloroso de olhar e sei que dói olhar para mim também, a prova em carne e osso do marido que o deixou para trás.

- Pai...

- Eu vou dormir - Murmura, sem me olhar. - Não fique muito tempo acordado, você tem aula amanhã.

E sai, me deixando sozinho na cozinha com o que restou da sensação quente em meu peito ao vê-lo sorrir.

///

Acordo no dia seguinte, literalmente, me sentindo a morte. Minha cabeça dói de tanto estudar e ficar acordado pensando no meu pai no outro quarto, sozinho com os próprios demônios. E o efeito da noite mal dormida é claro em meu rosto quando me olho no espelho, os olhos inchados e as olheiras escuras. Escovo os dentes devagar, pensando seriamente em voltar a dormir e faltar, mas meu pai nunca permitiria.

Piso fora do quarto e paro, ouvindo meu pai falando baixinho ao telefone.

Eu queria saber se posso marcar uma consulta hoje a tarde - Consulta? - Não, qualquer sala está bom, mas... Será que poderia ser com a Doutora Yuki? Não, eu prefiro que seja com ela. Okay, obrigada. Posso falar com ela?

Olho para o chão confuso. Consulta? Para que? Meu pai não está doente, se estivesse, eu saberia. Continuo escutando.

Olá... Não, eu estou bem. Conversei com ele ontem, nós jantamos. Foi a primeira vez em meses. - Sua voz é pequena e ele parece acanhado. - Eu lembrei dele...Não, eu não fiz nada. Fui dormir. Não consegui tomar os remédios. Eu sei que é necessário... Me desculpe.

Me encosto na porta, confuso e preocupado. Com quem meu pai está falando? Que remédios?

Antes que eu possa escutar mais, meu celular começa a vibrar e eu lembro que vou me atrasar se não sair agora. Engulo em seco e passo pelo quarto dele, fingindo que não ouvi nada de sua conversa e saio, o ar gelado clareando um pouco minha mente. Sinto um sorriso se abrir ao encontrar Taehyung encostado no muro de sempre, me esperando.

- Você demorou - Murmura, pegando minha mão quando começamos a caminhar. - Aconteceu alguma coisa?

- Meu pai anda muito estranho, muito mesmo. Ele jantou ontem comigo, acredita? E ainda perguntou sobre a gente.

- Como assim? Perguntou o que sobre a gente? - Faz um careta, apertando minha mão. - Se ele tentar...

- Se acalma aí, Hulk - Solto uma risada. - Ele não falou nada de mal. Só queria saber se estamos namorando, mas aí ele se lembrou do Jaehee e... parou. Foi dormir. E tem ainda hoje de manhã...

- O quê?

- Eu ouvi ele no celular. Estava falando sobre consultas e remédios. Não sei o que pensar.

Taehyung parece pensativo por alguns antes de me dar um sorriso quadradinho.

- Relaxa, deve ser só um resfriado.

- Ele não está doente, eu saberia se estivesse.

Taehyung não responde depois disso e nós seguimos o resto do caminho em silêncio, eu perdido demais pensando no meu pai para tentar manter qualquer tipo de conversa. Tão perdido que chegamos na escola e eu só percebo quando já passamos pelo portão. Me sinto inquieto; Taehyung ainda está segurando minha mão e eu olho em volta, esperando alguma reação desagradável, mas todo mundo parece ocupado demais tomando conta de suas próprias vidas. 

- Escuta - Diz quando paramos em frente ao meu armário. - Se isso realmente está te incomodando, a gente pode dar uma olhada.

- Como assim?

- Eu não vou fazer nada hoje depois da aula, já que aquele castigo besta já terminou e eu sei que você está de férias do clube de matemática. Se você procurar pelo quarto dele, aposto que pode achar algum endereço ou algo do tipo. - Sorri, travesso. - Podemos ir dar uma olhada no que ele anda aprontando.

- Você parece um maluco falando assim - Balanço a cabeça em negação. - Mas eu provavelmente sou maluco também, porque essa ideia parece ser muito boa. Nos vemos no final da aula?

Ele assente e me da um beijo rápido, no momento em que o sinal toca e sai, sumindo no mar de alunos. Solto um suspiro e pego meus livros, seguindo o mesmo caminho para a minha sala, já odiando o momento em que terei de sentar e me forçar a prestar atenção e não ficar pensando no meu pai.

As aulas, como sempre, passam devagar. Mas passam e eventualmente, eu me encontro esperando Taehyung em frente ao portão, encolhido de frio e vibrando, ansioso para descobrir o que Yoosung anda fazendo.

- Nós vamos para o prédio, você vasculha o quarto do seu pai e se achar alguma coisa me liga. Okay?

Assinto e nós pegamos o caminho de volta. Taehyung explica várias vezes o que vamos fazer, me dizendo a cada minuto para tomar cuidado e não ser pego, o fato de meu pai estar calmo essas ultimas semanas não significa que ele não vai me machucar se me pegar fuçando suas coisas. E também há a sensação de ansiedade, já que nunca entro em seu quarto. Me pergunto se vai ter o cheiro de seu perfume no ar ou algo do tipo.

Sinto o ar elétrico entre nós dois quando entramos no elevador, a necessidade de contato fazendo meu rosto esquentar de vergonha. Mas isso não existe em Taehyung e ele não hesita em se aproximar, me puxando pela cintura e colando nossos lábios. Suspiro contra ele, levando minhas mãos até seu cabelo e deixando sua língua explorar minha boca do jeito que bem entender. Sinto a típica fraqueza em meus joelhos e me seguro mais a ele, afundando meus dedos nos fios loiros. É bom, mas isso não me surpreende. Sempre é bom com Taehyung.

Continuamos nos beijando e só paramos quando o elevador chega no meu andar. Reluto, mas não por muito tempo. Deixo um ultimo beijo suave em seus lábios e vou para casa, a ansiedade voltando.

Está vazia, mas checo algumas vezes mesmo assim, só para garantir e com passos inseguros vou até seu quarto. Paro em frente a porta e respiro fundo algumas vezes antes de abrir e entrar, o cheiro de seu perfume me cumprimentando.

O quarto é organizado e limpo, a cama bem arrumado e nenhuma roupa pelo chão ou na escrivaninha. Seus casacos estão ajeitados em fila perto do guarda-roupa e eu passo os dedos por eles devagar, sentindo a textura macia. Percorro meus olhos pela mesinha de centro que há ali, observando os vários porta-retratos. Há algumas fotos de Sook, mas a maioria são fotos minhas: no jardim de infância, jogando futebol ou correndo pela rua. Há  uma foto de Jaehee também, ele está mais jovem e seu sorriso ilumina o pequeno quadro. Sinto um nó se formar quando encontro uma de nós quatro juntos. A foto de uma família que há muito tempo deixou de existir.

Balanço a cabeça, espantando as memórias e a ardência repentina em meus olhos. Lembro do por que estar ali e começo a olhar nas gavetas, tomando cuidado para não deixar nada fora do lugar. Encontro papéis de casos, contas, notas de super mercado, minhas provas da escola, desenhos da Sook, mas nenhuma consulta médica.  Continuo procurando e quando estou desistindo, encontro uma receita de remédios. É recente.

Corro os olhos pelo papel escrito com uma letra bem feita demais para ser de um médico e sinto um nó em minha garganta ao reconhecer os remédios citados ali.

São antidepressivos. Pesados.

Há um número no canto da folha e eu tiro meu celular do bolso, mas não mando nenhuma mensagem para Taehyung. Com os dedos trêmulos disco o número informado ali e espero, mordendo meu lábio inferior até sentir o gosto fraco de sangue. 

Um toque. Dois toques. Três toques. Quatro.

Clínica Psquiátrica de Seul, em que posso ajudá-lo?

 


Notas Finais


OI BEBÊS me desculpem estar postando a essa hora e por não ter sido no sábado, aconteceram alguns imprevistos e eu não consegui postar. Mas está aqui, curtinho e fraquinho, mas está hehehe espero que gostem do capítulo. Bom, o recardo importante é que a fic está chegando ao final, já que eu planejo para ela apenas 10 capítulos :( por isso, fiquem ligados nas próximas att porque há muito para acontecer ainda ~~ é isso, até o próximo cap, se cuidem

misaki xx


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