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História I do too - I know that you got daddy issues


Escrita por: dboyoongi

Notas do Autor


OLÁ !!! tudo bem com vocês? espero que não tenham esquecido de mim e que gostem desse capítulo. E não esqueçam de ler as notas finais sz

P.s: é de extrema importância que vocês leiam as notas finais xx

Capítulo 9 - I know that you got daddy issues


Fanfic / Fanfiction I do too - I know that you got daddy issues

  Taehyung vira as costas para mim e começa a caminhar rápido, sumindo pela porta e eu levo alguns segundos para voltar a realidade e correr atrás dele.

 — Taehyung! — Minha voz ecoa pela escadaria. — Taehyung, espera!

Mas ele não me escuta e nem para, parece correr ainda mais rápido. Tento não cair e me arrebentar escada a baixo ao mesmo tempo em que tento alcança-lo, o medo como uma mão gelada deslizando pelas minhas costas.

 — Taehyung!

 Escuto os gritos antes mesmo de chegarmos ao seu número, o barulho estridente de coisas sendo quebradas e gritos agudos. Há duas pessoas em frente a porta, com expressões apavoradas, que eu reconheço serem as senhoras que moram ao lado.

 Alcanço Taehyung no exato momento em que ele desiste de tentar abrir a porta e a começa a chuta-la com força, as trancas soltando. A porta se abre com um estrondo e ele entra, eu logo atrás.

 — Mãe! Solta ela!

 A mãe de Taehyung está deitado no chão, se debatendo, seu pai está em cima dela, seus punhos impiedosos. Há sangue no chão.

 Taehyung avança, tentando tira-lo de cima dela e eu fico parado, congelado e só desperto quando meu garoto recebe um soco, caindo para trás. 

 — Seu moleque! — Levanta indo em direção a ele. — Inútil, assim como a vadia da sua mãe!

 Estou tremendo de medo, mas me meto na frente mesmo assim, empurrando-o com força. Taehyung ainda está no chão, desnorteado.

 — Fica longe dele! 

— Escuta aqui seu via...

Braços envolvem seu corpo por trás, braços finos e delicados, cheios de marcas. Ele se vira, furioso e acerta seu rosto e eu tento correr, tento segura-la, mas a senhora Kim cai, sua cabeça batendo com força na quina da mesa. Seu corpo fica imóvel no chão.

Tento segurar Taehyung quando ele passa por mim, mas ele me empurra com violência e eu perco o equilíbrio, derrubando os vasos perto da entrada quando tento me segurar. Observo apavorado ele agarrar a garrafa de bebida em cima da mesa e ir para cima de seu pai.

 — Tae... Taehyung, não!

Mas é tarde demais e eu não levanto a tempo. A cena é quase em câmera lenta e eu vejo os pedaços de vidro voarem quando Taehyung despedaça a garrafa no rosto de seu pai, o corpo grande perdendo o chão e tombando para trás, batendo na parede.

 Agarro seus braços mas isso não impede que ele invista a ponta afiada contra seu pai, várias vezes, o sangue esguichando molhando sua roupa. Sinto a bile subir a minha garganta quando respinga no meu rosto.

— Por favor — Choro, tentando faze-lo parar. — Taehyung!

 E ele para. 

O corpo cai pesado no chão, sangue molhando a camiseta branca e suja de bebida, os olhos sem vida.

A garrafa faz um barulho oco quando Taehyung a solta no chão e se afasta. Suas mãos estão vermelhas.

 Seu rosto está pálido e sujo de sangue, os olhos cheios de lágrimas e amedrontados quando ele se apóia na parede e desliza até o chão.  Taehyung leva as mãos até seu rosto, abrindo a boca, em pânico, ao ver o sangue em seus dedos.

— Mãe...

Me levanto, sentindo minha garganta fechada, meus pulmões parecem cheios de chumbo. Mas eu levanto mesmo assim e vou até ele no mesmo instante em que a sirene da polícia soa.

 — Taehyung — Chamo, mas ele não me olha. Seus olhos estão fixos nos dois corpos no chão. Ele não está mais aqui. — Tae, fica comigo. Taehyung, olha pra mim.

 Mas ele não se mexe, ele não pisca, mal parece estar respirando. Sinto o pânico apertar meu pescoço a cada segundo sem uma reação.

 — Taehyung!

 Escuto o barulho alto de passos e a porta é arrebentada uma segunda vez quando homens de farda invadem o apartamento, armados.

 Me coloco na frente de Taehyung quando eles se aproximam, gritando frases que não fazem sentido na minha cabeça, mal consigo ouvi-los com o sangue correndo pelos meus ouvidos. Meu coração batendo tão forte que dói.

 Eu me debato quando um deles me pega por trás, me puxando para longe do corpo cheio de sangue do meu melhor amigo. 

 — Para! Me solta! — Grito, suando com o esforço de tentar me soltar. — Fica longe dele!

 Um dos policiais do meu lado começa a falar.

 — Temos uma morte  — Sua voz é seria e fria enquanto ele fala no celular. — Dois corpos. Um está apenas inconsciente, precisamos de uma ambulância. Rápido.

 Eles se aproximam de Taehyung, Levantando-o com brutalidade do chão, puxando seus braços para trás. Me debato com mais força, tentando chegar até ele.

 — Não! Fica longe dele! Taehyung!

Espero que ele olhe para mim, que dê algum sinal enquanto somos arrastados apartamento a fora, mas ele nem parece estar vivo. Seus olhos estão vidrados no chão, perdidos. Vazios.

 — Taehyung!

 A ambulância chega quando me empurram para dentro da viatura mais próxima, Taehyung sendo levado para outra, para longe de mim. Observo os homens e mulheres descerem do veículo e correrem para dentro do prédio. 

 Me pego rezando para que a mãe dele esteja bem. Me pego desejando que seu pai esteja morto.

 Fecho os olhos com força, suando com o esforço para não vomitar. O pensamento me deixa enjoado, principalmente por ser verdade.

 Encosto minha cabeça no vidro do janela, respirando pela boca, tentando me manter calmo. Preciso ajudar Taehyung. Preciso achar uma solução para isso.

 A delegacia é um lugar frio e com um cheiro insuportável de detergente. Estou tremendo. Não vejo Taehyung.

 A onde ele está? Para onde o levaram?

Me levam para uma sala e me forçam a sentar. Ninguém entra ou fala comigo. Fico sozinho, a cena se repetindo na minha cabeça sem parar. Ouço o barulho de passos e vozes altas, a porta se abre com força e meu pai entra.

 — Hoseok! — Corre até mim e me levanta, envolvendo meu corpo em um abraço apertado. — Pelo amor de Deus, o que diabos aconteceu?

 Tento engolir, mas minha boca parece cheia de areia. É difícil respirar, é difícil falar.

 — O pai do Taehyung — Sussurro. — Ele ia matar ela, pai. Se a gente não impedisse, ele ia matar ela. O Taehyung só estava... Ele não fez de propósito, ele só estava defendendo ela!

 Yoosung continua me olhando apavorado, como se fosse eu o garoto coberto com sangue. Ele respira fundo, gotículas de suor molhando sua testa.

 — Hoseok, me escuta, tá bem? — Segura meu rosto. — Estão levando a cena como homicídio. Eu recebi a ligação no escritório e vim direto para cá, falei com eles. É um crime sério, muito sério. Mesmo em legítima defesa.

 Homicídio.

 Porra.

 — Pai, o que eu faço? — Pergunto, apavorado. — Não foi isso! A gente só estava tentando impedir ele! O Taehyung estava defendendo a mãe dele!

 — Me escuta, Hoseok — Comanda, assumindo a postura sério e dura de advogado. — Eles vão te interrogar daqui a pouco, para saber o que aconteceu. Você precisa se manter calmo e precisa falar a verdade, entendeu? Não precisa se desesperar.

 A coisa deve estar feia se meu pai, um advogado, está me dizendo pra falar tudo e a verdade. E isso, obviamente, me desespera.

 — Como não, pai?! Levaram o Taehyung para não sei onde, estão falando em homicídio, ele pode ser preso! 

 Yoosung segura meu rosto, me obrigando a olha-lo nos olhos. Tento respirar, mas o pânico aperta minha garganta.

 — Respira — Diz, calmo. — Eu falei com um dos policiais, tem mais duas testemunhas que estavam lá e as duas alegaram que foi auto-defesa. Você disse, Taehyung estava defendendo a mãe dele. É só o que você precisa dizer.

 Mais duas testemunhas? Interrogadas?

 — Há quanto tempo eu tô nessa sala? 

 — Quase duas horas — Responde. — Eu queria ter chegado mais cedo, mas só consegui receber ligação depois que eu saí do tribunal. 

 A porta se abre novamente e outro policial entra. Meu pai aperta meu ombro em um gesto de conforto, os olhos sérios me lembrando o que eu tenho que fazer e então sai.

 Sinto como se estivesse congelando quando volto a me sentar. Ele começa a falar, fazendo perguntas atrás de perguntas e apesar das minhas mãos estarem tremendo tanto que eu preciso fecha-las em punhos, eu falo com a voz mais firme que eu consigo.

 É difícil e meu corpo parece pesar uma tonelada com a preocupação e o medo, mas o pensamento de que eu preciso proteger Taehyung me empurra para frente.


                                ///

 Saio da sala me sentindo exausto, meus olhos estão inchados pelas lágrimas e o interior da minha bochecha está espalhando um gosto de sangue pela minha boca, de tanto morder ali pensando em Taehyung.

 A onde ele está?

 Meu pai se aproxima de mim no minuto em que me vê, mas dessa vez não me toca e eu agradeço silenciosamente por isso. 

 — Como foi? 

 — Eu disse a verdade — Sussurro. — Contei tudo. Que ele batia nela, que estava batendo nela quando chegamos e que Taehyung apenas estava defendendo ela.

Ele assente, a expressão aliviada.

 — O Taehyung não vai ser preso. — Diz convicto. — Vai ter todo um processo, sim, porque é homicídio de qualquer forma, mas foi auto-defesa. Ele vai ficar bem.

 — Pai... Ele não pode pagar um advogado. 

 O fantasma de um sorriso aparece em seu rosto.

 — Ele não vai precisar. Eu vou cuidar disso, tudo bem? Vai ficar tudo bem.

 Passo a mão pelo rosto, resistindo a vontade de chorar e concordo.

 — Obrigado. — Tento sorrir de volta. — Para onde o levaram?

 — Ele está em algum lugar por aqui — Diz, olhando em volta. 

 — Eu posso vê-lo?

 — Eu não sei se... — Se interrompe ao ver a expressão em meu rosto. — Damos um jeito.

 Sigo ele pelo corredor e pelo pequeno lance de escadas que leva a outro andar, meu coração batendo cada vez mais forte com a expectativa de vê-lo. De saber que ele está bem.

 Meu pai para e eu sinto meu ar ser cortado ao avista-lo sentado em uma das cadeiras no corredor, a cabeça entre as mãos e o olhar perdido no chão. 

 — Ele já foi interrogado — Meu pai me informa. — Mas não tem nenhum adulto responsável por ele. Não tem ninguém para leva-lo para casa.

 — Tem a mim — Digo sem hesitar. — Ele tem a mim.

 Volto minha atenção para ele e começo a caminhar rápido, meu peito doendo com a necessidade de segura-lo em meus braços.

 — Taehyung!

 Ele levanta a cabeça, seus olhos vasculhando o corredor até me achar e quando me encontram, Taehyung fica parado, o olhar ferido fixo em mim.

 O abraço sem pensar duas vezes, formando uma barreira com meus braços a sua volta, seu rosto escondido em meu pescoço. Seu aperto é forte, pressionando minhas costelas dolorosamente, mas eu não me afasto.

 A situação é diferente e não estamos no terraço no meio da noite, o céu escuro ouvindo nossa conversa. Estamos em um delegacia, seu pai está morto e sua mãe no hospital. Mas eu repito as mesmas palavras que dizemos um ao outro há anos.

 — Eu estou aqui — Sussurro contra seu cabelo. — Vai ficar tudo bem.

 E mesmo se não ficasse, eu continuaria ali.  

Sua respiração se torna pesada, seu aperto de ferro ainda mais forte e eu sinto meu coração se partir em pedaços ao perceber o que está acontecendo. Ao perceber que ele está chorando.

 E eu o seguro enquanto ele soluça em meu pescoço, seu corpo tremendo em meus braços pela força das lágrimas. Eu o seguro enquanto ele se quebra, tentando não deixar nenhum dos pedaços ir muito longe. 

 Eu o seguro enquanto o garoto que nunca chora escorrega por entre meus dedos e tento mantê-lo inteiro.


Notas Finais


OLÁ DE NOVO

Primeiramente eu gostaria de desejar um feliz natal super atrasado, espero que tenha sido ótimo e que vocês tenham comido muito ~~ e UM FELIZ ANO NOVO mantenham-se saudáveis e dando muito amor aos nossos meninos, sim? espero que o ano de vocês seja brilhante

segundamente eu gostaria de pedir, mais uma vez, desculpas pela demora absurda, mas por conta das festas e essas coisas, não consegui tempo para postar, sem contar problemas pessoais que me deixam incapaz de fazer qualquer coisa :( eu sinto muito de verdade, mas voltei e sim, meus amores, essa fic vai ser concluída!!



E esse é o penúltimo capítulo de I do too :((( foi uma dor enorme escrever ele, não só por ser o penúltimo, mas também pela cena em si, eu sou muito sensível, me ignorem ~~ e apesar de dor ter feito o Taehyung matar seu pai, tinha que ser assim, já que a fic foi feita em cima do MV de I Need U e para quem viu a versão completa, é realmente isso que acontece com o Tae. Gostaria de me desculpar se algo, em relação a parte policial do capítulo, não estiver correto, mas é como eu imagino que seria.

É isso, doces, espero que tenham gostado desse capítulo e apesar de eu não ser movida a comentários, gostaria muito, muito mesmo que vocês comentassem, os leitores fantasmas também viu? eu amo ver a opinião de vocês em cada capítulo, o que sentiram, então não deixem de comentar~~ até o próximo capítulo (chorando)

Misaki xx


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