História I Don't Care - Seis.

— Não. – seguro seus ombros – Isso não pode acontecer em um sonho que por acaso é você que está controlando. – sorri.
— Tem razão. Já está na hora de acordar bonitinha.
Então do nada, lembro que havia visto Destiny, minha irmã mais velha, aquilo não parecia uma alucinação, era muito real.
— Klaus eu tenho que te contar, eu vi a... – começo a falar, mas Klaus me faz acordar.
Então quando abro os olhos, Klaus está sentado ao meu lado.
É como se alguma parte de minhas alucinações estivessem faltando, eu não me lembro nem do sonho que tive enquanto estava desacordada
— Está com fome? – ele pergunta.
— Muita.
Ele me estende uma bolsa de sangue. Bebo muito rápido.
— Onde estamos? – observo o quarto ao redor.
— Na nossa casa, trouxe você para cá enquanto estava dormindo. – ele sorri.
— Quanto tempo estou dormindo?
— Algumas horas.
Ficamos nos olhando por algum tempo sem trocar nenhuma palavra.
— Obrigada por ir atrás de mim. – falo.
— Não tem de quê, Amor. – ele passa a mão em meu rosto – Mas eu quero que você me explique uma coisa, que alucinação você teve com Hayley?
— Rebekah apareceu e falou que eu teria que me soltar porque estavam tentando matar Hayley. – balanço a cabeça sorrindo – Então eu arrebentei as corrente e fui atrás de Hayley.
— Se preocupando mais com os outro do que com você. – ele sorri.
— Todos vocês são prioridade para mim. – sorri.
— Eu só acordei você para perguntar sobre a alucinação, pode voltar a dormir. – ele diz se levantando.
— Antes de você ir, – falo segurando sua mão – pode pegar mais uma bolsa de sangue para mim? – ele assente e sai pela porta.
NIKLAUS
Vou até a cozinha, pego uma das bolsas de sangue da geladeira e sinto algo vibrar em meu bolso, meu celular. Peguo , olho no visor, e é meu mais querido irmão, Elijah.

Ligação.
"Ei irmão, quanto tempo." falo.
"Niklaus, como ela está?" ele se refere a Amábilie.
"Dormindo na cama de hóspedes." falo.
"Ótimo, estou indo para casa." ele fala desligando o telefone em seguida.
Fim de ligação.

Vou até a sala e Amábilie está descendo as escadas, ou pelo menos tentando. Ela está apenas com roupas íntimas, não que eu me importe, somos como irmãos, só era meio estranho ver ela assim. Percebo que na barriga dela ainda tinham cortes, estranho porque ela já deveria ter se curado. As suas pernas estão fraquejando e ela parece tonta.
Ela parou, olhou para mim e sorriu, então suas pernas não aguentaram mais e ela estava caindo. Corri rápido e a peguei antes que tocasse o chão.
Ela estava com os olhos semi-abertos, me observando.
— Estão doendo. – ela fala com a voz rouca, tocando as cicatrizes de sua barriga.
— Vamos deitar mais um pouco. – falo levando ela para o quarto.
Ela se deita na cama e eu deito ao seu lado, dou a bolsa de sangue para ela e ela sorri.
— Gosto quando você está comigo. Parece que nada vai acontecer, tudo vai ficar bem.
— Eu realmente queria que isso fosse verdade. – sorri.
Ela toma toda a bolsa de sangue, mas não parece mais alerta
Amábilie levanta minha mão, a abre e ponha sua mão sobre a minha, está medindo o quanto a minha é maior.
— Sabe o que irei fazer quando ficar melhor? – ela pergunta.
— Algo muito bobo, suponho.
— É, talvez. Eu quero adotar um cachorro... – ela fala sorrindo.
— Um cachorro? Já pensou que vai ter que cuidar sempre e até limpar as coisas...
— É, mas eu quero. Pensou a mesma coisa quando descobriu que teria Hope? – ela pergunta.
— É diferente...
— Não, eu acho que cachorros são como filhos. – ela sorri novamente.
Eu dou uma risada baixa, sendo acompanhado por Mabi.
Deito de lado, Amábilie põe a cabeça em cima de meu braço, abraça minha cintura e fecha os olhos.
— Ainda está doendo?
— Sim, é impossível doer assim, depois de duas bolsas de sangue...
— Posso ver? – pergunto e ela assente virando de barriga para cima. Sento e tiro a coberta de cima dela.
Seus machucado estão piores que antes, parecem mais abertos, passo os dedos por cima e ela parece relaxar um pouco.
— Para de doer quando passo a mão?
Ela assente. Fico observando os machucados e parecem abrir cada vez mais. Boto a mão em seu rosto, ela parece não estar mais acordada.
Tento levantar para ligar para Freya mas ela abre os olhos.
— Não. – ela segura minha mão – Fica aqui. – ela me puxa e eu deito em seu lado.
Ela pega a minha mão e bota em cima de sua barriga.
— Freya está chegando e irá ver o que é. Já vai passar. – tento tranquiliza-la.
Ela assente, pisca calmamente e sorri fraco.
— Acha que me enfeitiçaram? – ela pergunta.
— Eu não sei querida, iremos descobrir, já, já. – sorri.
Ela fecha os olhos e logo escuto um barulho de carro, percebo que ela também escuta.
— Não saia daqui. – ela sussurra.
Eu realmente queria cumprir isso, mas sou obrigado a levantar e ir até porta da frente, onde Elijah e Freya entram.
— Que susto Klaus! – Freya fala botando a mão no peito.
— Você tem que ajudar à Amábilie. – falo – As cicatrizes dela estão só piorando e ela está fraca.
Elijah vai correndo e eu fico para trás com Freya.
ELIJAH
Chego no quarto e Amábilie está deitada na cama, com os olhos semi-abertos.
— Elijah?
— Olá. – falo indo ao lado dela – Posso ver os ferimentos?
Ela assente, tira a coberta, segura minha mão e botou em seus ferimentos, ela parece relaxar.
— Fica melhor quando encosta? – pergunto.
— A dor passa um pouco... – ela me olha e sorri.
Ela nunca para de sorrir, nunca quer nos assustar, sempre se faz de forte.
— Não gosto de te ver assim. – passo minha outra mão livre em seu cabelo.
Freya e Klaus chegam no quarto, Freya vai direto até Amábilie, a descobre e afasta minha mão, ela bota a mão nos ferimentos e fecha os olhos.
— Isso é um feitiço de tortura e é difícil para desfazer e muito sofrido. – ela fala.
— Faça. – Niklaus diz decidido.
— Como pode ser tão frio? – pergunto.
— Melhor algumas horas de sofrimento, do que dias, ou meses...
Freya fecha os olhos e Amábilie começa a gemer e um grito de dor saí pela sua boca.
Olho para Klaus e ele fecha os olhos, não conseguindo observar aquilo nem por mais um minuto. Amábilie grita sem parar e se contorce na cama. Um grito mais alto que os outros soou e ouço um osso estralando.
— O que ela está fazendo? – Klaus fala chegando perto da cama.
— Eu não sei, está quebrando os ossos dela! – Freya fala sem parar o feitiço – É mais forte do que imaginei.
— Pare. – Mabi grita – Por favor, pare! – ela grita novamente.
Freya para e olha para Amábilie, está escorrendo sangue de seus olhos e seu nariz.
— Freya, não faça mais isso. – ela choraminga deitada de barriga para baixo na cama.
— Temos que fazer logo! Vai evitar sofrimento. – falo.
— Faça. – Klaus fala.
— Não, Freya! – Amábilie grita – Nã... – o feitiço já estava acontecendo e Amábilie volta a gritar.