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História I don't fucking care - Hipnose


Escrita por: wftmoose

Notas do Autor


Oi meus amores <3

EU SEI QUE EU DEMOREI, DESCULPEM :/
Vou tentar postar com mais frequência agora nas férias...

ESPERO QUE GOSTEM DO CAP, PIRANHUDOS <3

Capítulo 11 - Hipnose


Fanfic / Fanfiction I don't fucking care - Hipnose

POV Autora

 

 A brisa gélida da madrugada entrava pelo cômodo, fazendo as cortinas balançarem e algumas folhas de papel caírem de seus devidos lugares. Dean se remexia na cama, tentando se aconchegar o máximo possível entre as cobertas. O loiro não conseguia dormir e, por esse motivo, ouvia músicas calmas para tentar relaxar.

  Castiel, por outro lado, dormia tranquilamente com o corpo esparramado no colchão. Sua franja caía sobre o rosto e, seus lábios entreabertos facilitavam a emissão dos sons ocasionados pela expiração. Os braços do moreno estavam envolvidos em uma parte do cobertor, como se estivesse segurando um ursinho de pelúcia. Com todo esse aspecto fofo e infantil nem daria para imaginar que Castiel era aquele menino “rebelde”.

  Dean só percebeu que observava o menor tão atentamente e pensava aquelas coisas, ao se assustar com o barulho dos trovões que vinham do lado de fora. Estava chovendo.

  O maior levantou-se para fechar a janela, mas parou quando ouviu Castiel falando algo.

  - Fala – se virou completamente, percebendo que o menor ainda dormia.

  Arqueou uma sobrancelha, não entendo o porquê de ter tido a impressão de ter sido chamado pelo mesmo. Fechou a janela cuidadosamente, para não acordar Castiel, se deitando logo em seguida.

  Naquela altura, já estava com sono o suficiente para cogitar a possibilidade de que conseguiria dormir. Seus olhos se fecharam, os pensamentos silenciaram-se e seu corpo tornou-se relaxado.

  Estava quase dormindo, mas foi acordado por um murmúrio alto, que o fez se assustar. Olhou para seu amigo, notando algo estranho em si. Ele se debatia e falava coisas desconexas. Certamente era um pesadelo.

  O garoto começou a chorar e gritar histericamente, fazendo Dean pular da cama para saber o que estava acontecendo. Ele chamava o moreno repetidamente, mas ele parecia não o escutar, como se estivesse numa espécie de transe. Castiel chegou a empurrá-lo algumas vezes.

  O loiro subiu por cima do corpo do menor, colocando suas mãos acima da cabeça, de uma forma que ele não conseguia mais se mexer, sacudindo ele com força e gritando seu nome. Castiel acordou ofegante, com os olhos demasiadamente inchados e encharcados por conta do choro. Sua expressão assustada denunciava o desconforto que era estar com o loiro por cima de si, principalmente naquele momento.

  Percebendo isso, Dean saiu de cima dele, sentando-se na beirada da cama, e sendo acompanhado pelo outro. De repente, o maior sentiu-se sendo envolvido pelos braços de Castiel, num abraço apertado e melancólico. De primeiro momento, ficou paralisado, não sabendo como agir, mas depois devolveu o gesto.

  - Obrigado – disse o moreno com a voz embriagada. Ele deu um suspiro forte, se aconchegando no ombro de Dean.

  - Shhh, já passou. Eu estou aqui, okay? – respondeu o maior com a voz calma, se surpreendendo com a sua capacidade de compreensão naquele momento.

  De alguma forma, aquilo conseguia quebrar o coração de Dean. Castiel parecia ser forte (tanto psicologicamente quanto fisicamente), insensível, arrogante e antipático; antes de conhece-lo. Mas naquele momento, o loiro só conseguia vê-lo com um olhar carinhoso. Achava-o uma pessoa extremamente prestativa, atenciosa, engraçada e que até poderia ser forte, porém tinha seu lado fraco também, seu lado sensível.

  Não se sabe quanto tempo eles ficaram daquele jeito. Apenas abraçados, sem dizer uma palavra sequer, e apenas curtindo o clima agradável que se instalara. O dos olhos azuis já havia parado de chorar e, só se mantinha naquela posição, pois se sentia bem. Aquele era seu porto-seguro e, lá no fundo, ele sabia disso. Só não queria admitir.

  Ao se separarem do abraço, ainda estavam muito próximos. Dean conseguia sentir o hálito de Castiel, surpreendentemente agradável e quente, batendo contra sua bochecha. Aqueles lábios rosados extremamente convidativos. Aqueles olhos azuis, os quais ele poderia observar o dia todo de tão penetrantes.

  O moreno estava sob o mesmo efeito. Completamente embriagado pelo aroma do loiro, que era um tanto quanto amadeirado e doce, mas não enjoativo, de forma alguma. Aquele par de esmeraldas o fitando não facilitavam nada, ele simplesmente não conseguia parar de encará-lo.

  Completamente hipnotizados um pelo outro, eles foram se aproximando lentamente, cada vez mais entregues ao clima. Cada vez mais atraídos, como se fossem dois imãs, que através do magnetismo, vão ficando cada vez mais próximos...até que sejam um só.

  Ambos fecharam os olhos, esperando ansiosamente por aquele momento. Qualquer espaço que ainda havia ficado entre os dois, acabara de ser rompido. Seus lábios já começavam a roçar um no outro, causando uma sensação completamente diferente de qualquer uma que já sentiram. Uma onda elétrica passou por seus corpos, causando arrepios pelo contato. Dean, especialmente, se sentiu na mais profunda perdição ao sentir o piercing que havia no canto da boca do menor, roçando no canto de seu lábio.

  As bocas já estavam quase que completamente encostadas, quando um trovão os assustou, quebrando a ausência de espaço entre eles. Ambos se encontravam, naquele momento, igualmente constrangidos. Castiel poderia ser comparado a um pimentão, de tão corado que estava. Dean ainda não havia raciocinado o que havia acontecido, mesmo que levemente enrubescido pela situação.

  - E-eu acho q-que... – dizia Cass se atropelando nas próprias palavras – E-eu vou ao banheiro – falou e foi apressado para o cômodo, fechando a porta rapidamente.

 

POV Dean Winchester

 

  - O que diabos está acontecendo comigo? – sussurrei para mim mesmo, passando a mão pelos cabelos e puxando-os levemente para trás.

  Suspirei, já me levantando e deitando em minha cama. Fingi que dormia ao ver que Cass já voltava do banheiro. Sem dizer uma única palavra, ele se deitou e, provavelmente, achou que eu já estivesse dormindo.

  - Puta merda... – murmurou suspirando e cobrindo o rosto com as mãos.

  Depois disso, senti meus olhos pesarem e tudo a minha volta se tornar escuro, até que eu finalmente conseguisse voltar a dormir.

 

POV Lúcifer

 

  Nós já estávamos em nossas salas quando o primeiro sinal foi dado. Eu estava conversando com Charlie discretamente, enquanto o professor Singer passava a matéria na lousa. Ele começou a explicar parte do texto, quando me dei conta de que Cass e Dean ainda não haviam chegado.

  - Ruiva! – chamei Charlie em um sussurro, cutucando seu braço.

  - O que foi? – sussurrou de volta.

  - Sherlock e Watson não estão aqui – falei, recebendo um olhar confuso como resposta – Querida, isso não é muita coincidência?

  Charlie abriu um sorriso malicioso, tampando a boca logo em seguida. Me virei para frente e o Sr. Singer me encarava com um olhar reprovador.

  - Algo a declarar?

  - Na verdade, não – respondi.

  - Querem ir para a diretoria, ou vão prestar atenção na aula?

  - Não, eu passo. Pode continuar – disse balançando a cabeça para que ele prosseguisse, ouvindo alguns risos.

  - Se eu ouvir sua voz mais uma vez, eu terei que convidá-lo a se retirar da sala – disse apontando para mim - Bom, como eu ia dizendo... – o professor foi interrompido por Dean abrindo a porta bruscamente.

  - Eu disse pra ir rápido, não pra me jogar na sala – repreendeu Castiel, que o encarava risonho.

  - Eu só te ajudei a ir mais rápido com um empurrãozinho, nada de mais – rebateu ajeitando o cabelo. Os alunos começaram a rir da situação, inclusive eu.

  - Vocês podem me explicar, o que está acontecendo aqui? – questionou Sr. Singer, passando a mão pela barba grisalha, expressando o tamanho da sua impaciência e indignação. Ele só fazia aquele gesto quando estava realmente estressado – E...O que é isso no seu braço?

  O professor apontava para a tatuagem que Cass possuía no seu braço, com uma feição um tanto quanto desprezível. Era um par de asas, extremamente bonitas e detalhadas, que tinha um significado enorme para o garoto.

  - É uma t-tatuagem...? – respondeu hesitante com uma sobrancelha arqueada – Por que? – perguntou, já escondendo o desenho com a manga do moletom.

  - Nada... – revirou os olhos, visivelmente incomodado – Sentem-se.

  - Típicos conservadores.... – murmurei quando todos ficaram quietos.

  - Você – apontou para mim – Fora.

  - O que? – me exaltei.

  - Qual parte do fora você não entendeu? – gritou.

  Revirei os olhos e levantei do meu lugar, batendo a porta com força ao sair daquela sala. Aquele professor me odiava, eu sabia. Mas eu não tinha culpa se ele estava estressado, eu não havia feito nada.

  Andei pelos corredores, subindo algumas escadas até chegar aos dormitórios. Fui até o meu quarto, apenas para pegar um maço de cigarros. Desci até o pátio, sentando-me debaixo de uma árvore qualquer e acendendo o objeto entre meus dedos, dando a primeira tragada.

  Todo o meu vazio, toda a minha angústia parecia ser preenchida, juntamente com meus pulmões. Um certo êxtase tomou conta de mim, me fazendo suspirar involuntariamente. Deixei-me levar, não percebendo o que o tempo havia passado tanto. Olhei no celular, me surpreendendo, afinal já era a hora do almoço. Olhei para o maço de cigarros, me assustando ao ver metade da pequena caixa, completamente vazia.

  Balancei a cabeça saindo de meus devaneios, quando vi Dean vindo em minha direção.

  - Ei, cara! Onde você estava? – perguntou exaltado.

  - Aqui...? – respondi confuso.

  - Por todo esse tempo?

  - Sim – ao ouvir isso, ele revirou os olhos, como sempre.

  - O Cass tá te procurando, achando que você foi sequestrado.

  - Ele é bem dessas... – disse já me levantando – Ah, falando no Cass...O que vocês estavam fazendo hoje mais cedo? – perguntei risonho, com uma expressão lotada de malícia.

  - O-o que? – Dean ficou estático e seu rosto tornou-se pálido. Ele abria a boca para falar, mas as palavras não saíam – O...despertador dele...Isso, o despertador! Não tocou e n-nós acordamos t-tarde, entende? – disse nervoso, se atropelando nas próprias palavras.

  - Tá tudo bem com você, Winchester? – arqueei uma sobrancelha.

  - Sim! Tá tudo ótimo, inclusive eu vou voltar pro refeitório agora, tchau! – deu as costas e saiu andando apressadamente.

  - Imbecil... – murmurei, achando aquela atitude completamente suspeita. Definitivamente algo havia acontecido entre os dois.

  Guardei os últimos cigarros que me restavam no bolso, me dirigindo para o refeitório. Peguei minha comida, como sempre fazia e sentei na mesa junto com Dean, Charlie, Sam e Gabriel.

  - Nossa, Lúcifer, que cheiro de cigarro! - exclamou Charlie.

  - O Cass não estava me procurando? – perguntei confuso, ignorando a pergunta da ruiva, e me concentrando apenas no fato de que Castiel não estava na mesa.

  Os outros pareciam carregar um grande ponto de interrogação na testa, como se não fizessem ideia de onde o moreno se encontrava. Procurei-o com os olhos, avistando um Castiel irado. Sua blusa estava completamente encharcada com um líquido amarelo, que se destacava em meio à imensidão neutra que era sua blusa. A pessoa que havia feito aquilo, era ninguém mais ninguém menos do que Lisa.

  Me levantei de onde estava, indo em direção a eles e me posicionando ao lado de meu amigo.

  - Hey, o que aconteceu?

 - Essa imbecil, que tacou esse suco em mim, sem motivo nenhum! – esbravejou, olhando para a Lisa com suas íris completamente negras por conta da adrenalina.

  - Ah, chegou o namoradinho foi? – zombou, rindo logo em seguida – Isso foi só uma pequena amostra do que eu posso fazer com você.

  - Você é maluca! – o moreno ameaçou se aproximar dela, mas eu segurei seu ombro, balançando a cabeça negativamente – Eu fico triste por não poder acabar com a sua raça, sua vagabunda!

  - A piranha aqui é você, que sai dando pra todo mundo – riu sínica – O Dean é meu, escutou bem? Ninguém rouba ele de mim, nem você, seu moreninho sem sal.

  - Piranha é a sua mãe, aquela puta tridimensional – retrucou, fazendo com que alguns que estavam em volta rissem.

  - Seu... – ela levantou a mão para bater nele, mas eu segurei.

  - Ouse tocar nele, que eu acabo com você – ameacei, vendo seu rosto ficar pálido.

  Ela saiu do refeitório, depois daquele show, fazendo Castiel bufar alto.

  - Nossa, eu odeio essa garota! – disse tirando o moletom, revelando uma camiseta preta do AC/DC.

  - Ela é doente, nem liga – ri, acompanhando-o até a mesa.

  - Faltava o tamanho do pau do Gabriel pra eu ir lá e acabar com aquela vadia – disse Charlie, recebendo um olhar indignado de Gabe.

  - Então faltava muito né, querida? – retrucou revirando os olhos.

  Todos rimos da situação. Comecei a comer minha comida, que por acaso já estava meio gelada, o que era péssimo. Gabe, Lie e Sam conversavam animadamente sobre séries e livros, como de costume. Cass e Dean estavam estranhos. Quando seus olhares se cruzavam, eles desviavam o foco, fingindo que nada havia acontecido. Os garotos permaneciam calados, trocando pequenas palavras, mas tentando manter a distância.

  O que tinha acontecido?


Notas Finais


Bom, foi isso <3
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OBRIGADA PELOS 72 FAVORITOS SEUS LINDOS ♡
Amo vcs :3


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