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História I don't fucking care - Pesadelos


Escrita por: wftmoose

Notas do Autor


Olá, filhos de Chuck <3

Como não tenho nada pra falar: eu gosto de bolinho :3

Até as notas finais!

Capítulo 5 - Pesadelos


Fanfic / Fanfiction I don't fucking care - Pesadelos

POV Castiel Novak – 1 mês depois

 

   - É tudo culpa sua, Castiel! Eu tenho nojo do que você se tornou...Nojo, seu filho da puta! – minha mãe berrava enquanto lágrimas saiam dos meus olhos, eu não podia contestar, pois sabia que era tudo verdade – Seu merda! – berrou mais uma vez e me deu um tapa no meio do meu rosto.

   - Mãe... – comecei com um fio de voz.

   - Não me chame mais de mãe, seu verme. Você vai arder no fogo do inferno pela morte do seu pai – ela se aproximou de mim e agarrou a gola da camiseta que estava usando – E isso vai acontecer daqui a pouco...

   Fiquei confuso e a olhei assustado. Naomi tirou uma arma da lateral da calça, que estava camuflada pela camiseta longa que usava.

   - Sabe, eu sempre quis aprender a atirar... – ela me lançou um sorriso psicopata carregado de ódio, que me fez estremecer. Ela engatilhou a arma e encostou o cano na lateral da minha cabeça, fazendo com que eu apertasse os olhos.

   Meu coração estava batendo tão forte que, provavelmente, a mulher conseguia ouvi-lo. Um barulho alto fez com que eu acordasse e olhasse diretamente para Nathaniel. Era só um sonho...

   - Não acredito que vou dizer isso, mas muito obrigado por ter derrubado a caneta – passei a mão pelos olhos, que estavam ligeiramente umedecidos, suspirando alto.

   - Pesadelo, não é?

   - Exatamente – disse levantando e pegando uma roupa e levando-a até o banheiro para que, logo em seguida, eu pudesse tomar banho – Mas, desde quando você passou a se importar com o que eu digo?

   - Cuide da sua própria vida, Castiel. E se puder tomar um banho menos demorado, a diretora agradece.

   - Calma, imbecil, só fiz uma pergunta... – soltei um riso nasal – Você e a diretora têm um caso ou...

   - Chega! –  Nathaniel gritou saindo pela porta e, logo depois, a batendo com força, fazendo com que eu risse alto.

   Aproveitei a “privacidade” para me despir ali mesmo e entrar no banheiro. O banho foi relaxante, apenas para tirar o suor da minha pele e as imagens referentes ao meu pesadelo mais recente. Eu havia tido vários outros antes daquele. Eles começaram a partir do dia em que Dean tinha falado aquelas coisas a meu respeito. É claro que ele foi punido e que a vida segue, mas eu não podia negar que aquilo havia, sim, me afetado.

   Quando alguém se vai, a gente nunca esquece.

   E para piorar, estávamos no mesmo ciclo de amigos, tivemos que fazer um trabalho de geografia juntos (que, obviamente, ficou horrível, pois não parávamos de discutir), sem contar a quantidade de gente que ainda me encarava como se eu fosse um daqueles monstros que ficam debaixo da sua cama.

   Por outro lado, isso fez com que eu ficasse popular. Estarei sendo hipócrita se disser que não gosto, pois todos nós queremos destaque em algo. O ser humano, em geral, busca o destaque, não importa a área em que ele está. Muitas garotas e alguns poucos garotos davam em cima de mim, compensando aqueles que me odiavam.

   Não sou daqueles que se apaixonam facilmente, muito menos o pegador da escola, mas mesmo assim, era uma sensação boa. Até arrumei algumas amizades.

   Saí do banheiro já vestido para a aula, mas ainda faltavam por volta de 20 minutos. Para me distrair, peguei um cigarro e o acendi, me encostando na janela e dando a primeira baforada. Eram raros os momentos de paz momentânea, só sentindo o pulmão ser preenchido e esvaziado. A fumaça levemente acinzentada saindo da boca como se fossem pequenas nuvens de prazer. Apenas um lugar calmo e música já eram meu paraíso individual.

   Em meio a pensamentos, não percebi quando Charlie se aproximou e falou comigo. Dei mais uma tragada para fora da janela e olhei para o quarto novamente, vendo que o cômodo não estava mais vazio.

   - Caralho, você até parece uma assombração, ruiva – disse colocando a mão no peito devido ao susto.

   - Assombração é a sua... – ela parou de falar quando viu o objeto entre os meus dedos – Você fuma?

   - Acho que não é nenhuma novidade – dei de ombros.

   - Novak, isso é proibido! – Charlie me encarou risonha.

   - Não que eu seja uma má influência, mas é relaxante de certa forma – encarei a janela por alguns segundos e voltei a olhar para a garota. - Quando não se dorme direito por causa de pesadelos... – pensei alto.

   - Que tipo de pesadelos?

   - Sobre meu pai – disse dando outra tragada.

   - Deve ser difícil pra você, não é? – a ruiva disse com um peso na voz, perceptivelmente preocupada. Não iria mentir para ela. Mesmo se desejasse, aquilo já estava tão transparente que só não enxergariam aqueles que não quisessem.

   - Sempre foi difícil, só os pesadelos que se tornaram mais frequentes desde que... – pensei por alguns segundos, vasculhando em minha mente alguma mentira descente, só para não entrar naquele assunto.

   - Desde que o Dean fez aquilo com você – ela me interrompeu, arrancando o cigarro de mim e jogando para fora do cômodo.

   - Ei! – reclamei visivelmente incrédulo.

   - Senta aqui – bateu num canto da cama.

   - Olha, não quero ser grosseiro, mas eu realmente não estou a fim de conversar sobre isso.

   - Mas vai! – ela me olhou mortalmente – Escuta, o que você precisar, qualquer coisa, eu sempre estarei aqui – eu assenti. – Como são seus pesadelos?

   - Geralmente, é minha mãe gritando comigo, falando que eu sou o culpado da morte do meu pai e que ela odeia o que eu me tornei – suspiro, com as mãos entre o rosto -, mas quando ela vai me matar, eu acordo.  

   - Eu vou falar com o Dean – Charlie disse se levantando, mas eu a segurei.

   - Não você não vai.

   - Eu vou sim, você não merece passar por isso. Me solta! – ela disse me dando leves socos no braço.

   - Você não vai! Mesmo que ele esteja arrependido, ele nunca iria me pedir desculpas. Até porquê o ego surreal que ele tem o impede de fazer qualquer coisa que o faça se sentir inferior. Foi por esse motivo que ele fez aquele teatrinho ridículo para começo de conversa – a soltei, percebendo que ela havia entendido.

   - Você tem razão – ela caminhou em passos lentos até a janela -, mas eu só queria entender o porquê de o Dean ter mudado tanto. Sabe, ele não é esse idiota que você pensa.

   - O “amor de pessoa” que a senhorita me disse, quando nos conhecemos, deve ter ido embora, então.

   - Não é bem assim, ele só age dessa maneira quando você está por perto – a garota pensou por um momento e logo constatou. – Talvez ele se irrite em ver que odeia, justamente, a pessoa com quem ele mais se parece.

   - Talvez...

   Ouvi um sinal tocando, estranhando de primeiro momento, mas quando olhei para o relógio percebi que estávamos atrasados. Nós nos entreolhamos e saímos correndo. Ao chegar nos corredores joguei os materiais dentro da mochila, voltando a correr para entrar na sala.

   - Castiel, Charlie, porque estão atrasados? – perguntou o professor de filosofia, que – por coincidência ou não – era aquele tal de Bobby que praticamente me arrastou até a diretoria, por causa da briga que eu e Dean tivemos fazia um mês.

   - Nós perdemos o horário, Sr. Singer, só isso – disse Charlie visivelmente constrangida.

   - Certo... – ele desconfiou –Agora sentem em seus respectivos lugares.

   - Parece que o jogo virou, não é mesmo? – Dean falou com um sorriso irônico nos lábios, direcionando o olhar para mim.

   - Meu atraso não é anual, diferente do seu, princesa – rebati vendo o rosto do loiro se fechar, logo em seguida.

   - Já chega! – o professor se pronunciou – Castiel, sente-se.

   O obedeci com um sorriso carregado de maldade pelo o que eu havia acabado de dizer.

***

   - Aí ele disse assim... – Lúcifer tentava dizer no meio dos risos - Que Deus olhe por mim – era a quarta vez que ele tentava dizer aquela frase, fazendo todos rirem da situação – E o Celso Portiolli.

   E assim todos caíram na gargalhada. Era uma piada tão ridícula, que chegava a ser engraçada. {Nota da Autora: créditos a Nat <3}.

   - Minha vez! – falei com a voz um tanto quanto alterada, devido as risadas – Sabe quem são as dançarinas do diabo? – perguntei e todos me olharam risonhos esperando pela resposta – As Diabetes! – todos riram mais um vez e ainda mais alto, chamando atenção dos poucos alunos que ainda estavam do lado de fora.

   A maioria das pessoas já haviam ido para seus dormitórios ou se aconchegado em algum canto da escola, já que estava muito frio. Aqueles que ainda se encontravam no lugar onde estávamos liam livros, conversavam com alguém ou apenas escutavam música, se isolando em seu próprio mundo.

   Estavam: eu, Charlie, Luci, Ruby, Gabriel (que chegou uma semana depois das aulas começarem), Sam e Jo. Dean fora encaminhado para a diretoria, por algum motivo o qual não tinha interesse.

   Nos últimos meses eu e o pessoal estávamos mais próximos que nunca. Gabe se tornara um dos meus melhores amigos, Jo se aproximou ainda mais, Charlie me conhecia da cabeça aos pés, com Ruby ocorria a mesma coisa, Luci não precisaria nem dizer e Sam era meu conselheiro de confiança (o melhor psicólogo que já vira).

   Essa autorreflexão só durou poucos segundos. Charlie disse que estava cansada, sendo acompanhada por Jo. O resto do grupo foi se desmanchando até que todos já estivessem em seus respectivos dormitórios.

   Minha barriga ainda doía devido as risadas. Ri comigo mesmo relembrando das piadas idiotas que foram contadas.

   - Do que está rindo? – Nathaniel perguntou enquanto arrumava sua mala, por algum motivo.

   - Algo que não te interessa e que você não quer saber.

   - Na verdade eu gostaria, sim – retrucou um tanto quanto intruso.

   - Uma piada idiota – disse deitando na cama e olhando para o teto -, só isso.

   - Vindo de você, provavelmente é bem idiota – revirou os olhos.

   - Vindo de você, as piadas nem tem graça – sussurrei.

   - Eu ouvi isso!

   - Eu sei – disse fechando os olhos e virando para a parede.

   - Você realmente vai dormir agora? – o conhecendo como conheço, tenho certeza de que ele havia arqueado uma de suas sobrancelhas.

   - E isso é da sua conta? – levantei a cabeça para encará-lo.

   Ouvi-o reclamar alguma coisa, mas não liguei. Estava com tanto sono que nem sei por quanto tempo dormi. Poderiam ter sido uma ou duas horas, no máximo; não mais do que isso. De uma certa forma, havia compensado as horas de sono perdidas em meio aos pesadelos.

   Acordei confuso e, por esse motivo, quase caí da cama. Notei que ainda estava com meus sapatos e que minha cabeça latejava. Esfreguei os olhos, que estavam vermelhos quando os olhei com a ajuda de um pequeno espelho. Eu estava parecendo um morador de rua.

   Resolvi que precisava fazer alguma coisa e, com isso, eu queria dizer: lição de casa. Separei algumas das tarefas que precisava fazer e coloquei alguma música aleatória. Haviam dois trabalhos de filosofia, alguns exercícios de matemática e história, uma redação e mais uma pilha de coisas.

   Fui terminar tudo às 23:45, horário o qual Nathaniel, estranhamente, ainda estava acordado. Não que eu me importasse, mas ele era tão correto que se dormisse um minuto depois do que o comum, já era considerável o seu atraso. Depois daquela maratona eu merecia um banho quente, relaxante e demorado. Minha cabeça doía tanto que parecia que ia explodir. Que ótima maneira de aliviar a dor de cabeça, se não estudando, não é mesmo? Imbecil...

   A água escorria pelo meu corpo e se misturava com as gotículas de suor que estavam grudadas na minha pele. Passei o sabonete com um leve odor de mel pelo meu corpo, sentindo os locais adormecerem. Eu realmente estava acabado.

   Após tomar o banho quente, do qual precisava, estava pronto para dormir. Na realidade, nem tanto, pois sabia que Nathaniel iria reclamar e eu não estava em condições de ficar ouvindo aquelas baboseiras. Não aguentava mais aquele idiota: sempre dando queixas sobre mim à diretora, com aquele jeito certinho de ser que me dá ânsia...Argh, aquilo me irritava!

   Coloquei apenas minha box e minha calça de pijama, afinal já estava indo dormir mesmo, não faria diferença. Enrolei a toalha no pescoço, e quando saí do banheiro, dei de cara com um certo Losechester na minha frente. Arqueei uma sobrancelha ao ver que ele estava com algumas malas, e que o nerdizinho não aparentava estar no cômodo.

    - Me desculpe, mas o dormitório feminino é em outro prédio, princesa – disse sarcástico, dando ênfase na palavra ‘‘princesa’’, como de costume

   - Cale a boca e lide com o fato de que vai ter que conviver comigo pelo resto da merda do ano, Bostiel -  esbravejou, jogando suas coisas em cima da cama, que um dia fora do nerd mais convencido do país.

   - O que?? – gritei, arregalando os olhos na hora.

  

 

   


Notas Finais


Espero que tenham gostado, amorecos <3 Cliquem em favoritar e comentem suas opiniões!

|Até o próximo capítulo|


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