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História I don't fucking care - A Festa - Parte 2


Escrita por: wftmoose

Notas do Autor


Oi, meus amores <3
Bom, não tenho muito o que falar então..LEIAM AÍ!

PS: Eu demorei pra postar por causa de uns problemas pessoais e também um pouco de bloqueio criativo :/

Capítulo 8 - A Festa - Parte 2


Fanfic / Fanfiction I don't fucking care - A Festa - Parte 2

POV Autora

  

  Eram aproximadamente oito horas da noite e todos já estavam na festa (menos Jo, que não pode ir). Membros da família de Gabe se misturavam aos vários estudantes que faziam questão de gritar, pular e cantar alto para incomodar os demais convidados. Isso resultava numa explosão de risadas por parte dos adolescentes, que, ao verem caretas e expressões nada amigáveis sendo direcionadas a eles, se divertiam mais ainda.

  O único que ainda não havia chegado, até então, era Castiel. Todos estranharam aquele fato, até porque o moreno era um dos primeiros a estar presente na sala de aula, com uma pontualidade sem igual. Lúcifer, no entanto, era o único que realmente sabia o porquê de tal demora.

  - Pessoal, não exagerem. O Cass pode até ter aquela cara de “aluno mais dedicado do ano”, mas ele é preguiçoso e provavelmente deve estar acordando agora – brincou Luci, arrancando leves risadas dos demais.

  - Vem cá, você é o namorado dele ou o que? – perguntou Dean com uma sobrancelha arqueada.

  - Na verdade, não. Mas eu sinto cheiro de ciúmes de longe, então se você quiser ocupar esse lugar, fique à vontade – ironizou o loiro, fazendo com que todos rissem mais ainda.

  - Vocês formariam um belo casal. Sabe, vocês têm muito em comum e... – começou Sam entre as gargalhadas, mas foi interrompido bruscamente.

  - Cala essa boca, Sammy! – respondeu Dean irritado.

 Gabriel e Charlie se entreolharam, dando pequenos risos ao lembrar daquilo que haviam planejado para aquela noite.

  Passaram-se por volta de 15 minutos até que Castiel chegasse, com o uma cara um tanto quanto cansada e os cabelos rebeldes, como de costume. Ele estava vestido com sua roupa de sempre: uma calça jeans e camiseta preta. A escuridão da noite e as poucas luzes que iluminavam o jardim faziam com que seus olhos parecessem ainda mais azuis, como se fosse um imenso lago de águas claras.

  - Finalmente! – gritou Charlie, correndo para abraçar o amigo.

  - Oi pra você também, ruiva – disse meio sonolento – Gabriel! – gritou correndo para abraçar o baixinho e bagunçando seus cabelos – Parabéns, meu chocólatra favorito – disse entregando uma caixa de bombons, os favoritos do loirinho.

  - Ai-meu-deus – disse pausadamente quase que em choque – Cassie, eu te amo! – gritou dando mais um abraço no moreno, que apenas ria da situação.

  Ele cumprimentou os demais, se juntando para conversar sobre coisas aleatórias e incomodar os adultos presentes, incluindo Dean, que só tinha idade, porque no fundo ele era uma criança birrenta de cinco anos de idade, como Castiel costumava dizer.

  Foram vários minutos com conversas e brincadeiras, piadas idiotas e bebidas (cortesia de Lúcifer). Os únicos realmente sóbrios eram Sam, Castiel, Dean e Lúcifer (os três últimos, por estarem acostumados).

  De tempos em tempos, Gabriel entrava em casa para roubar alguns doces e levar mais bebida para os amigos, que apenas aceitavam aquilo que os era oferecido. Em uma dessas saídas repentinas do garoto, ele voltou com uma pequena garrafa de plástico, completamente vazia.

  Ninguém entendeu o porquê de ele ter pegado uma maldita garrafa, porém a maioria não deu importância, esquecendo completamente do fato por conta da quantidade de álcool que corria em suas veias. O único que teve o interesse foi Castiel, que olhou com uma sobrancelha arqueada e um grande ponto de interrogação se formando em seu rosto.

  - Por que você trouxe uma garrafa?

  - Pra brincar de verdade ou desafio, bobinho – disse com a voz levemente alterada.

  Ao ouvir aquilo, todos se sentaram no chão e esperaram, até que Charlie resolveu dar início a brincadeira. Poderia ser estúpida, porém divertida. Ao parar de girar, a garrafa apontou a tampa para Ruby e a base para Charlie, o que significava que a morena deveria fazer a pergunta.

  - Verdade ou desafio?

  - Desafio! – a ruiva falou animada, com um sorriso travesso nos lábios.

  - Bom – começou pensando por uns instantes –, eu te desafio a dançar atrás de uma pessoa, mas sem que ela perceba – disse quando começou a tocar uma música completamente agitada da Lady Gaga.

  - Lady Gaga, sério? – Dean e Castiel perguntaram ao mesmo tempo, se entreolhando em seguida. O loiro revirou os olhos e viu que a ruiva já se posicionava atrás de uma mulher de uns 40 anos. Ela trajava um vestido longo vermelho e seu cabelo estava preso em um coque, típica rica.

  Charlie começou a se movimentar conforme as batidas da música e a bater palmas de acordo com a letra.

“Give me that thing that I love
    (I'll turn the lights out)
    Put your hands up make 'em touch
    (Make it real loud)
    Give me that thing that I love
    (I'll turn the lights out)
    Put your hands up make 'em touch
    (Make it real loud)

    A-P-P-L-A-U-S-E
    (Make it real loud)
    Put your hands up make 'em touch
    A-P-P-L-A-U-S-E
    (Make it real loud)
     Put your hands up make 'em touch”

 

  Quando ela terminou o “show” todos da rodinha davam gargalhadas e a aplaudiam. A mulher, vítima daquela brincadeira idiota, só se deu conta do que havia acontecido quando falaram com ela sobre, não entendendo, até então, o porquê de estarem rindo em sua direção. As risadas cessaram e a garrafa voltou a girar, só que dessa vez parando em Lúcifer e Sam.

  - Verdade ou desafio? – perguntou Sam.

  - Olha, eu até queria desafio, mas dessa vez vai ser verdade – falou, ouvindo reclamações por parte dos amigos, que esperavam por outra resposta.

  - Okay. Desde quando você é apaixonado pelo Castiel? – perguntou segurando o riso, assim como os outros. Castiel olhava para Lúcifer perplexo, achando que o amigo havia comentado algo com o mais alto.

  - Desde nunca, oras! A gente pode até ter ficado algumas vezes, mas nada significativo – explicou o loiro, ganhando um olhar repreensivo do de olhos azuis.

  - Espera, vocês já...se pegaram? – Charlie quase gritou, com os olhos arregalados. Castiel deslizou a mão pelo rosto, obviamente constrangido.

  - Isso foi na 7ª série, eu não sabia o que eu estava fazendo, okay? – explicou o moreno.

  - Só um conselho, ele é bom no que faz. – o loiro falou com um sorriso malicioso.

  - Lúcifer! – gritou Castiel, atraindo o olhar de algumas pessoas ao redor, e fazendo com que os adolescentes da roda rissem alto. – Eu sabia que você não ia aguentar enquanto não falasse isso... – murmurou.

  - Espera, você disse 7ª série? – o moreno assentiu, já se preparando para alguma possível merda que sairia da boca do mais alto – Mas e aquela vez, no depósito daquela festa, quando você me... – começou, mas o de olhos azuis tampou sua boca, antes que houvessem mais revelações, fazendo com que todos voltassem a rir, ainda mais alto do que da última vez.

  - Tá, acho melhor continuar o jogo – Dean falou ainda rindo da situação.

  - É, eu também acho – assentiu Castiel, um pouco emburrado.

  Charlie girou o objeto, que apontou para Gabriel e Dean.

  - E o que o nosso campeão vai escolher, hum?

  - Desafio, né? – Dean respondeu como se fosse obvio.

  - Vejamos... – o baixinho olhou de soslaio para a ruiva, que assentiu com a cabeça – Eu te desafio a dar um beijo no seu querido e amado homem, Cassie – ambos se entreolharam, com a expressão perplexa.

  - O que?! – os dois gritaram ao mesmo tempo – Eu não vou fazer isso! – Dean completou.

  - Nem eu! – o moreno concordou – Até parece que eu sou uma vítima aqui... – sussurrou.

  - Okay, então vai ter uma punição – Charlie os encarou com um sorriso maléfico, tirando um molho de chaves do bolso – Vocês vão ter que ficar por volta de uma hora em um quarto, trancados, até que cheguem a uma conclusão.

  - Que conclusão? – Cass perguntou desanimado.

  - Vocês sabem qual é a conclusão – falou Gabriel, empurrando-os até o cômodo, que era relativamente espaçoso. Deveria ser o quarto de hóspedes da casa – Se algum de vocês desmaiar, gritem – brincou e trancou a porta.

  É claro que aquele fato não havia sido coincidência. Todos eles haviam planejado aquele acontecimento, pelo simples fato de não aguentarem mais os desentendimentos dos dois. Tudo o que eles queriam era paz e com o plano aquilo seria conquistado, se desse tudo certo, é óbvio. Dean escolheria desafio, como na maioria das vezes. Gabe faria a pergunta e, a não ser que eles estivessem muito bêbados para raciocinar - o que era quase impossível devido à resistência que ambos tinham para o álcool -, eles não aceitariam a proposta e teriam que ser obrigados a se entenderem.

  Dean se jogou na cama bufando alto, enquanto o moreno escorava a cabeça em uma das paredes, se perguntando qual era a tal da conclusão.

  Enquanto isso, os que restaram do pequeno grupo continuavam a jogar, fazendo desafios estúpido, do tipo: Quem bebe mais em tantos segundos?

  - Desafio! – respondeu Gabe, quando Lúcifer lhe fez a pergunta de sempre.

  - Eu quero que você dê um selinho no Sammy – falou, vendo Sam se engasgar com a própria saliva – É só um selinho, querido, você já fez coisa pior.

  Talvez fosse por causa da bebida, talvez por causa da insistência, mas no final os dois deram o esperado selinho. Ele foi um pouco mais demorado que o comum, o que fez Gabe ficar com borboletas no estômago. Uma faísca de esperança se acendeu, dando-o o mínimo pensamento de que aquele sentimento poderia ser recíproco de alguma forma, ocasionando uma grande onda de esperança repentina.

  Depois do beijo, os dois se olharam por um tempo. Os olhos do baixinho brilhavam como se ele estivesse tendo aquela sensação pela primeira vez, ou até como se um mar de estrelas tivesse invadido sua íris, que estava clara e cheia de vida. Porém, Sam não conseguiu ter nenhum tipo de sentimento ou pensamento, pois Ruby se levantou e correu para dentro da casa, visivelmente abalada.

  O mesmo olhou para Gabe com a feição preocupada, se levantando e logo se dando conta de que Charlie já havia ido de encontro com a amiga, provavelmente.

  - Calma, Ruby, foi só um selinho – falava, enquanto Ruby deixava algumas lágrimas escorrerem pelo rosto. A cena era de cortar o coração, pois a garota nunca fazia questão de chorar na frente de seus amigos.

  - Mas você viu o tempo que demorou aquilo? E se o Sam estiver apaixonado pelo Gabe?

  - Ruby, ele gosta de você... – respondia com a voz doce, enquanto acariciava os cabelos escuros da mesma.

  Sam apareceu na porta do quarto, balançando a cabeça para os lados, até seu olhar ir de encontro com as garotas. Nesse momento, Ruby o olhou com a expressão carregada de ódio e ciúmes, que foi seguida de uma atitude completamente inesperada. A garota aproximou o rosto de Charlie do seu e a beijou ferozmente, como forma de vingança.

  Ela se sentou no colo da ruiva, posicionando uma perna de cada lado, e devorando a boca da mesma, que até aquele momento não tivera reação aparente, a não ser segurar sua cintura com delicadeza. A atitude pegou todos de surpresa, incluindo Gabe, que havia chegado bem naquela hora.

  Sam saiu completamente irado com a situação, resolvendo pegar algumas bebidas e se distrair. Gabe, como um bom (e apaixonado) amigo, o acompanhou e o consolou. Porém a única coisa que o garoto conseguia pensar, era naquele selinho que ele havia esperado por tantos anos.

 

POV Castiel Novak

 

  - Conclusão... – repeti para mim mesmo pela milésima vez seguida, tentando ligar as coisas.

  - A gente nunca vai descobrir o que é que eles queriam dizer e... – o loiro começou, mas eu logo considerei uma hipótese.

  - Já sei! – gritei assustando o mais velho – Nós temos que chegar em uma conclusão, ou seja, nos acertamos ou pedir desculpas, algo do tipo.

  - Você demorou meia hora, pra isso?

  - Pelo menos eu descobri o que era, gênio – revirei os olhos.

  Ficamos alguns minutos em silêncio, quando um clima tenso se instalou. Eu realmente não iria pedir desculpas por nada, até porque eu não havia feito qualquer coisa para aborrecê-lo.

  - Por que? – perguntei olhando para ele, que pareceu não entender – Sei lá, eu só te dei uma liçãozinha de moral, não acho que foi o bastante para que você acabasse comigo, sabe? – disse dando uma risada fraca, apesar de me doer tocar no assunto da minha família.

  Dean ficou sem expressão alguma, apenas olhando nos meus olhos em busca de uma resposta convincente.

  - Sinceramente, eu também não sei o porquê – suspirou e olhou para o chão por alguns segundos, antes de voltar seu olhar para mim – Sabe, eu não sou daqueles que é de pedir desculpas, meu ego e o meu orgulho são muito grandes, isso se torna um defeito às vezes.

  - É, eu percebi... – ri.

  - Não estraga meu momento de misericórdia – chiou e voltou a falar – Normalmente, se alguém mexe com o meu ego, eu sinto a necessidade de atingir aquela pessoa, mas não por maldade, é mais por instinto. Não é como se eu não soubesse quando magoei alguém. Então...

  - Então...? – esperei pela continuação.

  - Me desculpa, eu sei que família é um assunto pesado. Eu fui meio cruel com as palavras.

  - Meio? – perguntei irônico.

  - Cale a boca – sorriu de lado, mas logo sua expressão tornou-se confusa – Espera, a gente acabou de...

  - Eu acho que sim.

  - Eu nunca fiz isso antes – brincou, me fazendo rir – A única coisa que eu não entendo é: Por que você não fez algo pior? Por que você não reagiu depois daquilo?

  - Eu poderia te socar, roubar suas roupas, xingar sua mãe, qualquer coisa. Mas do que adiantaria? Dean, eu não sou revoltadinho, muito menos briguento. Na verdade, eu sou bem calmo e racional – me gabei, vendo-o revirar os olhos - Uma vingança só geraria mais confusão, e eu nunca quis que isso acontecesse. Eu brinco com todo mundo, você não escaparia disso nem se quisesse – ri – E também, não teria como eu te atacar com algo pior, pra mim aquilo foi o limite.

  - Então nós estamos...bem?

  - Acho que sim – respondi relutante.

  Ficamos em silêncio novamente, mas dessa vez, com um ar de constrangimento.

  - Isso é estranho – ele disse.

  - É, eu concordo – rimos da situação, indo em direção a porta e chamando nossos amigos.

  Uma pequena chave escorregou por debaixo da porta, sem nenhum pronunciamento sequer da pessoa do lado de fora.

  Ao abrirmos a porta, vi Lúcifer com uma expressão preocupada e desesperadora.

  - Aconteceu alguma coisa, Luci? – questionei, pousando minha mão levemente em seu ombro.

  - É melhor irmos embora, as coisas não estão exatamente bem.

  - O que aconteceu? – foi a vez de Dean perguntar com impaciência.

  - A gente fala disso amanhã, okay? – disse rapidamente, se atropelando nas palavras.

  Eu assenti, vendo que Dean tinha o mesmo ponto de interrogação estampado no rosto. Passei por Gabe, dando um breve abraço e um último “parabéns”, percebendo que sua feição não estava como antes.

  Sam já havia ido embora, provavelmente de táxi ou até a pé, pois o Impala ainda se encontrava na rua. Charlie e Ruby também já haviam ido, assim como a maioria dos estudantes e familiares do aniversariante. Provavelmente, eu e Dean havíamos perdido a hora do bolo, até porque apenas um pedaço se destacava no meio da mesa completamente bagunçada, repleta de papéis e restos de doces.

  O que tinha acontecido?


Notas Finais


YEEEY
FINALMENTE PAZ E AMOR <3
Enfim, espero que tenham gostado, deixem o favorito, amo vcs <3


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